sábado, 7 de abril de 2012

Merece uma monografia

"Xixica"

Francisco Barreto Rodrigues, o "Xixica", foi preso por uma guarnição da Polícia Militar, na área do Comércio, sob a acusação de prática do crime de receptação. Uma prisão de um malandro qualquer, por crime patrimonial de grande incidência, se não fosse o histórico de vida do delinquente.


"Maria

Pretinha"

Há mais de 40 anos na malandragem, "Xixica" enveredou cedo, aos 15 anos, para a vida à margem da lei. Ele é muito conhecido na capital e no interior como o maior contraventor do jogo de azar chamado de "Maria Pretinha", em que a vítima aposta suas economias, mas não tem qualquer chance de ganhar da banca.


Golpe

Na área do Ver-o-Peso, contam-se às centenas os incautos enganados por "Xixica", que conta com parceiros no golpe da "Maria Pretinha". Esses malandros que dão apoio a quem faz a "Maria Pretinha" são chamados pela polícia de "Agá", por induzirem a vítima a jogar.

Não estou fazendo apologia ao crime, apenas corroborando com o que diz meu grande mestre Ivanildo Alves.

Veja a o que o "xixica" apronta Pará afora para garantir a sobrevivência.

Fugas

No interior, "Xixica" se aproveitava de festas como o Círio para enganar suas vítimas. Já sofreu atentado à sua vida por conta de vingança de vítimas por ele enganadas. O calejado malandro agora é deficiente, devido a uma facada que levou em uma briga com outro marginal, que atingiu a medula espinhal.


Estudo

Os filhos de Francisco já estão encaminhados também na malandragem: um é traficante e o outro ladrão. "Xixica", que não é um malandro violento, merecia um estudo criminológico, pois parece ser o malandro de vida mais longa em atividade criminosa no Pará. Preso pela enésima vez, "Xixica" tem passado mais tempo no crime do que Moisés passou no deserto.

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