quinta-feira, 31 de maio de 2012

O BRASIL E A ONU

ESSA ''AUTORIDADES'' TAMBÉM EMPREGARAM  O FIM DO DESARMAMENTO











A extinção da PM ou da ONU?

ONU, que permitiu genocídios no Sudão e Ruanda, nunca pediu a extinção do PCC

Julio Severo
Nesta quarta-feira o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), numa medida de interferência extrema, pediu ao Brasil a extinção da Polícia Militar, acusando-a de numerosas execuções extrajudiciais.
A principal motivação da ONU foi o recente caso onde foram presos três policiais da Rota — grupo da Polícia Militar —, que, num confronto com o PCC (Primeiro Comando da Capital), na Penha, zona leste de São Paulo, mataram homens do PCC, cujos integrantes estavam armados com fuzis, submetralhadoras, pistolas e revólveres.
ONU: interferência nos assuntos internos do Brasil


ONU: interferência nos assuntos internos do Brasil
A morte dos membros do PCC provocou a crítica da ONU, cobrando a extinção da PM.
A cobrança da ONU pela extinção da PM ocorre num contexto social onde mais de 50 mil brasileiros são assassinados por ano. Oficialmente, menos de 10 por cento desses crimes são solucionados. Isto é, mais de 90% dos assassinos são premiados com a impunidade.
É um caso grave onde a ONU deveria fazer cobranças diárias, pedindo ações concretas para eliminar as ações criminosas que assassinam milhares de brasileiros por ano. Pelo bem estar do da população do Brasil, a ONU poderia recomendar o armamento da população brasileira e até mesmo a pena capital, como meio de eliminar indivíduos que assassinam gente inocente.
Contudo, a ONU vem trabalhando de forma inversa, exigindo o desarmamento da população civil, numa meta esquerdista de tornar as pessoas totalmente indefesas diante dos assassinos, inclusive abolindo apena capital para eles.
Quem abolirá a pena capital que tem eliminado mais de 50 mil brasileiros por ano? De modo particular, quem abolirá a pena capital para os bebês em gestação que está sendo promovida pela própria ONU?
A PM e até mesmo a ONU deveriam ser investigadas por excessos. Mas se a PM realmente matou integrantes do PCC, deveríamos deixar a população brasileira, que é vítima inocente desses criminosos violentos, opinar. Quem extermina exterminadores da população pode ser considerado bandido? Quem mata inocentes, seja bandido, PM ou ONU, é que deveria levar o rótulo e castigo de criminoso.

Polícia Militar, não o PCC, na mira da ONU
Quando centenas de milhares de crianças, mulheres e homens inocentes estavam sendo massacrados no Sudão durante mais de uma década, a ONU mal bocejava um protesto. Era um caso de genocídio. Mas a ONU não teve a coragem de cobrar a extinção das forças que estavam exterminando os sudaneses.
As vítimas eram em grande parte cristãos, e os assassinos eram forças governamentais muçulmanas. Mas suspeito que, se por um milagre, alguma nação fornecesse armas para os cristãos, de modo que eles pudessem reagir e matar seus matadores, a ONU prontamente gritaria “genocídio” e permitiria uma ação militar de várias nações contra os supostos abusos de “direitos humanos” cometidos pelos cristãos.
Centenas de milhares de cristãos foram mortos, bem debaixo do nariz indiferente da ONU.
Milhões de bebês em gestação estão sendo mortos por leis incentivadas, louvadas e promovidas pela ONU, que não quer o Brasil fora desse negócio macabro. Por isso, o Brasil vem sofrendo pressões da ONU para legalizar o aborto, de modo que governo, empresários médicos e mulheres tenham atendidos seus desejos de exterminar inocentes.
A resistência do povo brasileiro tem sido fabulosa, pois dois gigantes — ONU e governo brasileiro sob o PT — querem o aborto legalizado e o único obstáculo é o povo.
A ONU e o governo brasileiro estão também alinhados em outras questões. O governo petista quer a tal Comissão da “Verdade”, para premiar ainda mais terroristas comunistas que queriam derrubar o governo do Brasil e instalar uma ditadura sanguinária no modelo da União Soviética. Eles foram detidos pelo governo militar e hoje seus aliados reivindicam, a todo o custo, a canonização desses indivíduos que, fortemente armados, assaltavam bancos e matavam.
Em vez de serem forçados a devolver todo o dinheiro que roubaram, são premiados. Em vez de pagarem por seus assassinatos, são prestigiados.
E a ONU, que nada fez para deter o genocídio do Sudão, apareceu para dar seu selo de aprovação para tal Comissão da “Verdade”.
E agora quer também extinguir a PM? Se a PM matou inocentes, que seja punida. Se matou assassinos, por que puni-la? O que se precisa no Brasil é diminuir o número de assassinos que incham os números de 50 mil assassinatos por ano, não sustentá-los, protegê-los e defendê-los.
Se a ONU quiser cobrar o Brasil por esses milhares de assassinatos e até mesmo pedir a extinção do governo petista por seu descaso para com a segurança da população, tudo bem. É uma cobrança e pedido perfeitamente justificáveis. Mas cobranças justas não são o forte da ONU.
Se a ONU fez algum bem à humanidade, que tentem reciclá-la. Mas com seu papel no Sudão, em Ruanda, na legalização do aborto e agora na interferência dos assuntos internos do Brasil, sua extinção seriam mais que bem-vinda.



































quarta-feira, 30 de maio de 2012

Renascimento



Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII. Os estudiosos, contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por várias razões, que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à cultura italiana desse período, e que a difusão europeia dos ideais clássicos italianos pertence com mais propriedade à esfera do Maneirismo. Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado uma quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste período, considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o Renascimento como uma fase muito mais complexa, contraditória e imprevisível do que se supôs ao longo de gerações.
O Humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. Baseia-se em diversos conceitosassociados:Neoplatonismo, Antropocentrismo, 
Hedonismo, Racionalismo
Otimismo e Individualismo. O Humanismo, antes que um corpo filosófico, é um método de aprendizado que faz uso da razão individual e da evidência empírica para chegar às suas conclusões, paralelamente à consulta aos textos originais, ao contrário da escolástica medieval, que se limitava ao debate das diferenças entre os autores e comentaristas. O Humanismo afirma a dignidade do homem e o torna o investigador por excelência da natureza. Na perspectiva do Renascimento, isso envolveu a revalorização da cultura clássica antiga e sua filosofia, com uma compreensão fortemente antropocentrista e racionalista do mundo, tendo o homem e seu raciocínio lógico e sua ciência como árbitros da vida manifesta. Seu precursor foi Petrarca, e o conceito se consolidou no século XV principalmente através dos escritos de Marsilio Ficino, Erasmo de Roterdão, Pico della Mirandola e Thomas More.
O brilhante florescimento cultural e científico renascentista deu origem a sentimentos de otimismo, abrindo positivamente o homem para o novo e incentivando seu espírito de pesquisa. O desenvolvimento de uma nova atitude perante a vida deixava para trás a espiritualidade excessiva do gótico e via o mundo material com suas belezas naturais e culturais como um local a ser desfrutado, com ênfase na experiência individual e nas possibilidades latentes do homem. Além disso, os experimentos democráticos italianos, o crescente prestígio do artista como um erudito e não como um simples artesão, e um novo conceito de educação que valorizava os talentos individuais de cada um e buscava desenvolver o homem num ser completo e integrado, com a plena expressão de suas faculdades espirituais, morais e físicas, nutriam sentimentos novos de liberdade social e individual.
Reunindo esse corpus eclético de idéias, os homens do Renascimento cunharam ou adaptaram à sua moda alguns outros conceitos, dos quais se destacam as teorias da perfectibilidade e do progresso, que na prática impulsionaram positivamente a ciência de modo a tornar o período em foco como o marco inicial da ciência moderna. Mas como que para contrapô-los surgiu uma percepção de que a história é cíclica e tem fases de declínio inevitável, e de que o homem natural é um ser sujeito a forças além de seu poder e não tem domínio completo sobre seus pensamentos, capacidades e paixões, nem sobre a duração de sua própria vida. O resultado foi um grande e rico debate teórico entre os eruditos, recheado por fatos novos que apareciam a cada momento, que só teve uma resolução prática no século XVII, com a afirmação irresistível e definitiva da importância da ciência. Por um lado, alguns daqueles homens se viam como herdeiros de uma tradição que havia desaparecido por mil anos, crendo reviver de fato uma grande cultura antiga, e sentindo-se até um pouco como contemporâneos dos romanos. Mas havia outros que viam sua própria época como distinta tanto da Idade Média como da Antiguidade, com um estilo de vida até então inédito sobre a face da Terra, sentimento que era baseado exatamente no óbvio progresso da ciência. A história confirma que nesse período foram inventados diversos instrumentos científicos, e foram descobertas diversas leis naturais e objetos físicos antes desconhecidos; a própria face do planeta se modificou nos mapas depois dos descobrimentos das grandes navegações, levando consigo a física, a matemática, a medicina, a astronomia, a filosofia, a engenharia, a filologia e vários outros ramos do saber a um nível de complexidade, eficiência e exatidão sem precedentes, cada qual contribuindo para um crescimento exponencial do conhecimento total, o que levou a se conceber a história da humanidade como uma expansão contínua e sempre para melhor. Talvez seja esse espírito de confiança na vida e no homem o que mais liga o Renascimento à antiguidade clássica e o que melhor define sua essência e seu legado. O seguinte trecho de Pantagruel (1532), de François Rabelais, costuma ser citado para ilustrar o espírito do Renascimento:
Todas as disciplinas são agora ressuscitadas, as línguas estabelecidas: Grego, sem o conhecimento do qual é uma vergonha alguém chamar-se erudito, Hebraico, Caldeu, Latim (…) O mundo inteiro está cheio de acadêmicos, pedagogos altamente cultivados, bibliotecas muito ricas, de tal modo que me parece que nem nos tempos de Platão, de Cícero ou Papiniano, o estudo era tão confortável como o que se vê a nossa volta. (…) Eu vejo que os ladrões de rua, os carrascos, os empregados do estábulo hoje em dia são mais eruditos do que os doutores e pregadores do meu tempo.

O preparo que os humanistas preconizavam para a formação do homem ideal, são de corpo e espírito, ao mesmo tempo um filósofo, um cientista e um artista, se desenvolveu a partir da estrutura de ensino medieval do Trivium e do Quadrivium, que sistematizavam o conhecimento da época. A novidade renascentista não foi tanto a ressurreição da sabedoria antiga, mas sua ampliação e aprofundamento com a criação de novas ciências e disciplinas, de uma nova visão de mundo e do homem e de um novo conceito de ensino e educação. O resultado foi um grande e frutífero programa disciplinador e desenvolvedor do intelecto e das habilidades gerais do homem, que tinha origem na cultura greco-romana e que de fato em parte se perdera para o ocidente durante a Idade Média. Mas é preciso lembrar que apesar da idéia que os renascentistas pudessem ter de si mesmos, o movimento jamais poderia ser uma imitação literal da cultura antiga, por acontecer todo sob o manto do Catolicismo, cujos valores ecosmogonia eram bem diversos dos do antigo paganismo. Assim, a Renascença foi uma tentativa original e eclética de harmonização do Neoplatonismo pagão com a religião cristã, do eros com a charitas, junto com influências orientais, judaicas e árabes, e onde o estudo da magia, da astrologia e do oculto não estavam ausentes.[8]
O pensamento medieval tendia a ver o homem como uma criatura vil, uma "massa de podridão, pó e cinza", como se lê em De laude flagellorum de Pedro Damião, no século XI. Mas quando se eleva a voz de Pico della Mirandola no século XV o homem já representava o centro do universo, um ser mutante, essencialmente imortal, autônomo, livre, criativo e poderoso, o que ecoava as vozes mais antigas de Hermes Trismegisto ("Grande milagre é o homem") e do árabe Abdala ("Não há nada mais maravilhoso do que o homem"). Esse otimismo se perderia novamente no século XVI, com a reaparição do ceticismo, do pessimismo, da ironia e do pragmatismo em Erasmo, Maquiavel, Rabelais e Montaigne, que veneravam a beleza dos ideais do classicismo mas tristemente constatavam a impossibilidade de sua aplicação prática universal e testemunhavam o deplorável jogo político, a pobreza e opressão das populações e outros problemas sociais e morais do homem real de seu tempo. Cabe notar que muitos pesquisadores consideram esta fase final não como uma etapa no grande ciclo do Renascimento, e a estabeleceram como um movimento distinto e autônomo, dando-lhe o nome deManeirismo.

Fases do Renascimento e seu contexto

Costuma-se dividir o Renascimento em três grandes fases, Trecento, Quattrocento e Cinquecento, correspondentes aos séculos XIV, XV e XVI, com um breve interlúdio entre as duas últimas chamado de Alta Renascença.

Trecento

O Trecento representa a preparação para o Renascimento e é um fenômeno basicamente italiano, mais especificamente da cidade de Florença, pólo político, econômico e cultural da região, embora outros centros também tenham participado do processo, como Pisa e Siena, tornando-os a vanguarda da Europa em termos de economia, cultura e organização social, conduzindo a transformação do modelo medieval para o moderno.
Simone Martini: Guidoriccio da Fogliano no assédio de Montemassi, 1328. Palazzo Pubblico, Siena
A economia era dinamizada pela fundação de grandes casas bancárias, pelo surgimento da noção de livre concorrência e pela forte ênfase no comércio, e cada vez mais se estruturava em moldes capitalistas e bastante materialistas, onde a tradição era sacrificada diante do racionalismo, da especulação financeira e do utilitarismo. O sistema de produção desenvolvia novos métodos, com uma nova divisão de trabalho organizada pelas guildas e uma progressiva mecanização, mas levando a uma despersonalização da atividade artesanal. A Itália nesta época era um mosaico de pequenos países e cidades independentes. O regime republicano com base no racionalismo fora adotado por vários daqueles Estados, e a sociedade via crescer umaclasse média emancipada intelectual e financeiramente que se tornaria um dos principais pilares do poder e um dos sustentáculos de um novo mercado de arte e cultura.
O início do século viveu intensas lutas de classes, com prejuízo para os trabalhadores não vinculados às guildas, e como conseqüência instalou-se grave crise econômica, que teve um ponto culminante na bancarrota das famílias Bardi e Peruzzi em torno de1328-38, gerando uma fase de estagnação que não obstante levaria a pequena burguesia pela primeira vez ao poder. Esta situação foi comentada depreciativamente pelos poetas célebres da época - Boccaccio e Villani - mas constituiu a primeira experiência democrática em Florença, durando cerca de quarenta anos. Tumultos políticos e militares, além de duas devastadoras epidemias de peste bubônica, provocaram períodos de fome e desalento, com revoltas populares que tentaram modificar o equilíbrio político e social, mas só conseguiram assegurar a permanência dos burgueses à testa do governo. Os Médici, banqueiros plebeus, assumiram a liderança da classe mas logo se revestiram da dignidade da nobreza, e um sistema oligárquico voltou a dominar a cena política, muitas vezes se valendo da corrupção para atingir seus fins, mas também iniciando um costume de mecenato das artes que seria fundamental para a evolução do classicismo no século seguinte.
Na religião a mudança foi assinalada pela busca, amparada pela ciência, de explicações racionais para os fenômenos da natureza; por uma nova forma de ver as relações entre Deus e o homem, e pela idéia de que o mundo não deveria ser renegado, mas vivenciado plenamente, e que a salvação poderia ser conquistada também através do serviço público e do embelezamento das cidades e igrejas com obras de arte, além da prática de outras ações virtuosas. Deve-se frisar que mesmo com a crescente influência clássica, que era toda pagã na origem, o Cristianismo jamais foi posto em xeque e permaneceu como um pano de fundo ao longo de todo o período, criando-se a síntese original que conhecemos hoje.

 

 


Exercício
1ª) À EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas abaixo apresentam de modo correto características do Renascimento. Assinale-a.
a) 
O retorno aos valores do mundo clássico, na literatura, nas artes, nas ciências e na filosofia.
b) 
A valorização da experimentação como um dos caminhos para a investigação dos fenômenos da natureza.
c) 
A possibilidade de uma estreita relação entre os diferentes campos do conhecimento.
d) 
O fato de ter ocorrido com exclusividade nas cidades italianas.
E) 
O uso da linguagem matemática e da experimentação nos estudos dos fenômenos da natureza.

) A história da cultura renascentista nos ilustra com clareza todo o processo de construção cultural do homem moderno e da sociedade contemporânea. Nele se manifestam já muito dinâmicos e predominantes, os germes do individualismo, do racionalismo e da ambição ilimitada, típicos de comportamentos mais imperativos e representativos do nosso tempo. (SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1987.)
Sobre a cultura renascentista, a que se refere Nicolau Sevcenko, assinale V (Verdadeiro) para as afirmações verdadeiras e F (Falso) paras as afirmações falsas.
(   ) O Renascimento marcou a transição da mentalidade medieval para a mentalidade moderna, ao traduzir novas concepções que tinham como referência o humanismo, enquanto base intelectual que procurava definir e afirmar o novo papel do homem no universo.
(   ) Em meio à desorganização administrativa, econômica e social, principais características da cultura renascentista, praticamente apenas a Igreja Católica conseguiu manter-se como instituição, conquistando assim grandes poderes e ampliando sua influência sobre a sociedade.
(   ) Ao formular princípios como o humanismo, o racionalismo e o individualismo, o movimento renascentista estabeleceu as bases intelectuais do mundo moderno.
(    ) A cultura renascentista consagrou a vitória da razão abstrata, instância suprema de toda a cultura moderna, pautada no rigor das matemáticas que passaram a reger os sistemas de controle do tempo, do espaço, do trabalho e do domínio da natureza.
(    ) Em meio a esse processo, transformações socioeconômicas culminaram na substituição de pequenas oficinas de artesãos por fábricas, assim como as ferramentas simples foram trocadas pelas novas máquinas que então haviam surgido.
Assinale a alternativa que contém a seqüência correta, de cima para baixo.
A) 
V F V V F
B) 
V V F V V
C) 
F F V V F
D) 
F V F V V
E) 
V V F F V


3ª) O mundo moderno está associado, na sua origem, à cultura renascentista. Invenções e descobertas só puderam ser realizadas porque os intelectuais renascentistas reuniram tradições clássicas ocidentais e orientais, a fim de dar novo sentido à ideia de HOMEM e NATUREZA. Assinale a afirmativa que pode ser corretamente associada ao Renascimento.
A) 
O livro da natureza foi escrito em caracteres matemáticos. (Galileu)
B) 
O homem é imagem e semelhança de Deus. (Jean Bodin)
C) 
O mundo é perfeito porque é uma obra divina e, assim, só pode ser esférico. (Marsílio Ficino)
D) 
A perspectiva é o fundamento da relação entre espaço humano e natureza divina. (Alberti)
E) 
A proporção é a qualidade matemática inadequada à representação do mundo natural. (Leonardo da Vinci)
4ª) (Adaptado) A Renascença ou Renascimento foi um movimento artístico e científico ocorrido na Europa entre os séculos XV e XVI. Sobre esse movimento, identifique a(s) afirmativa(s) verdadeira(s):
1) 
A utilização de métodos experimentais e de observação da natureza e do universo orientou a ação dos cientistas durante o Renascimento. O período demarca, ainda, o início de um processo de maior valorização da razão humana e do indivíduo.
2) 
O Renascimento, baseado na ideologia ab­solutista, foi um movimento de valorização do mundo rural. Essa característica pode ser entendida pela forte influência dos mecenas, uma vez que todos eles eram vinculados à agricultura.
3) 
O Renascimento surge no período de transição da sociedade medieval para a sociedade moderna e representa uma nova visão de mundo. Suas principais características eram o racionalismo e o antropocentrismo.
4) 
Uma das mudanças propiciadas pela cultura renascentista foi a valorização da natureza, em contraste com as explicações sobrenaturais sobre o mundo.



Para refletir
 
 O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram  a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e  tornou-se o próprio espírito do Renascimento.

5ª) Segundo a  arte do Renascimento, julgue os itens a seguir em (C) CERTOS
 ou (E) ERRADOS:

a) (C) O termo Renascimento se refere ao resgate dos ideais da cultura grecoromana.
b) (E) No Renascimento ocorreu a valorização do divino e do sobrenatural.
c) (E) O artista renascentista teve a oportunidade de expressar suas ideias e sentimentos
sem estar submetido á igreja ou a outro poder.
d) (E) O renascimento é marcado pela pressão da igreja junto à produção artística.
e) (C) A principal característica da arquitetura renascentista é o equilíbrio das linhas,a organização matemática dos espaços e a presença de elementos da antiguidade clássica  na decoração.
f) (C) No período renascentista predomina a tendência de uma interpretação científica da realidade e do mundo.
g) (E) A pintura renascentista nega qualquer característica do ultimo período gótico.
h) (C) Nas artes plásticas acontecem estudos sobre a perspectiva segundo princípios da matemática e da geometria.

6ª) Quanto às características  do Renascimento analise e julgue os itens
abaixo com (V)  VERDADEIRO ou (F)  FALSO e em seguida marque a alternativa
correspondente à seqüência obtida.
I. Na escultura renascentista o nu é totalmente abandonado. (  V  )
II. A posição do homem como o centro do mundo é retomada. ( F ) 
III. É na arquitetura Renascentista que o interior é decorado com inspiração na arte da
Antigüidade Clássica. ( V )
IV. A pintura Renascentista acompanha os mesmos padrões da escultura citados no item 1. ( F  )
a) ( X )  V – F – V – F    
b) (   )  F – F – V – V
c) (   )  V – V – F – V
d) (   )  F – V – V – F


domingo, 27 de maio de 2012

Pesadelo de menina



Pesadelo de menina

É preciso dizer a garotas que sofrem abuso, como Xuxa, que a culpa não é delas, é de homens obscenos.         

Debora Diniz

Xuxa em Sonho de Menina foi um filme para crianças. A personagem vivida pela rainha dos baixinhos era uma professora de matemática que sonhava em ser atriz. Sem grandes expectativas de roteiro, o filme combinou fantasia com relances biográficos de Xuxa, uma mulher também a meio caminho entre a realidade e a ficção. Ao contar o que viu na vida, Xuxa apresentou-se como personagem de um roteiro documental. Xuxa em Pesadelo de Menina poderia ser o título de seu depoimento solitário à televisão. A melancólica trilha musical só foi interrompida quando a personagem cedeu o lugar à mulher em aflição pela memória do passado. Xuxa enfrentou a câmera e surpreendeu a audiência ao anunciar "Eu fui abusada". Até os 13 anos, Xuxa foi vítima de abuso sexual de homens de seu convívio doméstico - amigos, professores e parentes. Esse foi um segredo não previsto pelo roteiro do sonho, mas sentido pela ferida do real.
A história da rainha se transformou em um roteiro de conto de fadas, interrompido nos últimos minutos de depoimento pelo segredo da violência. Uma adolescente suburbana e bonita é descoberta em um trem; em poucos meses, é uma imagem pública. Ainda jovem, casou-se com o rei do futebol, namorou o príncipe da velocidade, transformou-se na rainha dos baixinhos. Como em um enredo de matrimônio arranjado entre famílias samurais, porém adaptado à realidade das celebridades sem fronteiras, o agente doomiai entre Michael Jackson e Xuxa foi o assessor do imperador da terra do nunca. Não houve casamento da rainha com o imperador, apesar do amor em comum pelos bichos e pelas crianças. Xuxa se apresentou ambiguamente como uma mulher independente, porém solitária. "Por que não consigo me casar? Deve ter uma explicação". A resposta, segundo ela, seria a ferida do abuso sexual sofrido na infância.
A casa é um espaço de risco para as meninas. Elas são vítimas do desejo obsceno dos homens, sejam eles pais, amigos ou vizinhos. As meninas emudecem-se diante do assédio - temem os agressores pela força com que eles as ameaçam, sentem vergonha de suas mães, imaginam-se culpadas pelo sexo que carregam entre as pernas infantis. As mães são figuras que compõem um binômio com essas meninas - poucas são as capazes de reagir ou denunciar o agressor. Com suas filhas, elas são parte de uma arquitetura perversa da violência: temem os agressores pela sedução ou pela força. Xuxa não contou à mãe ou aos irmãos a violência que sofria, algo comum às meninas muito jovens assediadas por adultos. Certamente há histórias de mães que se lançam contra os agressores, mulheres que ignoram a hegemonia patriarcal que as une às filhas como corpos disponíveis ao desejo masculino. Mas essas são histórias de exceção, seja porque o segredo das meninas é impenetrável, seja porque as mulheres também se submetem à ordem de silêncio dos agressores.
A escola e o hospital são dois espaços que provocam a hegemonia do medo e do silêncio. Por sinais muito diversos, professoras, psicólogas e assistentes sociais são as principais vozes de denúncia contra a violência e o abuso infantis. Na escola, a menina se transforma. A metamorfose imposta pela violência denuncia-se por comportamentos padronizados ao olhar atento das professoras - desde expressões afetivas como a tristeza até indicadores objetivos da desordem mental, como a queda no rendimento escolar. No hospital, a menina se demonstra. A metamorfose está no corpo e não só nos afetos perturbados. Menarca, gravidez e abuso são descobertos como sequências de um ato perverso que se estende no tempo: meninas pré-púberes são violadas e seus corpos em gestação escancaram um longo regime de violência silenciado pela casa. É a gravidez que aponta a violência e denuncia que o agressor não é um estrangeiro, mas um patriarca do regime doméstico de poder.
O segredo de Xuxa escapou aos olhares atentos das professoras, e o abuso que sofria talvez não tenha se consumado em ato sexual, o que evitou o risco da gravidez infantil. Xuxa não foi ouvida em seu silêncio por nenhuma das instituições capazes de protegê-la; ela foi uma sobrevivente do abuso sexual infantil. Hoje, causa política e biografia se confundem em uma mulher madura, rica e independente que escolhe a câmera como interlocutora do que só se imaginaria como possível na esfera do fantástico dos contos de fada. Mas não é. Xuxa é uma rainha de carne e osso, diferente da bailarina da música infantil. Como as outras meninas, ela teve unha encardida ou escarlatina. Mas, diferente de outras meninas, Xuxa foi abusada sexualmente. Há outras meninas que, como ela, se perguntam "por que aconteceu isso? Eu ainda acho que foi minha culpa". Elas se sentem únicas no segredo e na vergonha.
É preciso dizer a elas que "não, a culpa não foi sua, menina". Não há culpa em carregar um sexo entre as pernas. Não há vergonha em ser uma menina desprotegida. Na verdade, não existe razão para temer ser uma menina. Há homens obscenos, fortalecidos por uma cultura patriarcal que ignora a decência e dignidade das meninas. Há homens que não temem a lei penal, seguros que estão de sua supremacia na casa e sobre as mulheres de seu domínio. Nem Xuxa nem as meninas anônimas são responsáveis pelo abuso. Nem Xuxa nem as mães das meninas anônimas são capazes, sozinhas, de enfrentar a força patriarcal. Entre sonho e pesadelo, a voz de Xuxa deve ser poderosa para romper o silêncio masculino da casa. Quem fala é a rainha dos baixinhos, uma mulher que nunca reconheceu limites para entrar na casa dos homens.

                                                                                                                       

HISTÓRIA DE ANANINDEUA


HISTÓRIA DE ANANINDEUA

Ananindeua
Pará - PA
Histórico
As terras onde está situado o município de Ananindeua são provenientes do antigo território da circunscrição belenense, ficando mesmo bastante vizinhas da capital do estado. A localização de Ananindeua é das mais convenientes e importantes, pois, além da vantajosa proximidade de Belém, a atração de argumentos populacionais, bem como as acessíveis possibilidade de trabalho e a ocorrência de vias fáceis de transportes são fatores relevantes para a posição que ocupa. Os habitantes do lugar recebem o nome de “ananindeuense”. É Ananindeua topônimo de origem tupi, que significa “lugar de Ananim”, abundância de Ananim. Ananim ou anini, é uma gutiferácea que tem sapupemas em forma de joelho e flôres escarlates muito abundantes. Produz uma resina chamada “Cerol”.
Ananindeua, como município vizinho da Capital, está se tornando, mercê da rodovia Belém-Brasília, um subúrbio de Belém. Um sem número de granjas e piscinas (de igarapés de água doce, excessivamente fria) serve para fins de semana das pessoas mais abastadas da Capital paraense.O nome de Ananindeua originou-se da grande quantidade de árvores chamadas anani, que existiam ali em tempos remotos, especialmente a margem do igarapé que recebeu o nome de Ananindeua, denominação esta que com agrado geral dos filhos da terra permanece até hoje. Relativamente às suas origens históricas e à sua evolução, Ananindeua, remonta a meados do século XIX, quando surgiu alí uma parada da extinta Estrada de Ferro de Bragança com o citado nome e teve continuidade, depois de constituida em freguesia e mais tarde em distrito de Belém.

Gentílico: ananindeuense ou ANANIN

Formação Administrativa

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, Ananindeua figura no município de Belém. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, Ananindeua. Não figura no município de Belém.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o distrito de Ananindeua, figura no município de Santa Isabel. Pelo decreto-lei estadual nº 3131, de 31-10-1938, transfere o distrito de Ananindeua, município de Santa Isabel para o de Belém. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito Ananindeua figura no município de Belém. Elevado à categoria de município com a denominação de Ananindeua, pelo decreto-lei estadual nº 4505, de 30-12-1943, desmembrado de Belém, e João Coelho ex-Santa Isabel. Sede no antigo distrito de Ananindeua. Constituído de 4 distritos: Ananindeua, Benfica, Engenho Araci e Benevides. Desmembrado do município de João Coelho. Instalado em 01-01-1944. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Ananindeua, Benevides, Benfica e Engenho Araci.

Referências históricas datadas de meados do século XIX permitem identificar traços da fundação do Município de Ananindeua. Esses traços guardam relação com o estabelecimento de uma parada e/ou estação da Estrada de Ferro de Bragança, na área territorial, no lugar onde, hoje se encontra instalada sua sede municipal.
Originalmente, Ananindeua pertencia à circunscrição de Belém. A partir da localização da estação da Estrada de Ferro, o seu povoamento começou a adquirir dinamismo, sendo reconhecido como freguesia, e mais tarde, como Distrito de Belém.
Nas fontes históricas consultadas, não foi possível encontrar os instrumentos eclesiásticos da sua elevação à categoria de freguesia, nem os instrumentos legais de sua consideração como Distrito.
Sabe-se, no entanto que, em 1938, por um Ato do Governo Estadual, passou a ser considerada como sede distrital, pertencendo ao Município de Santa Isabel, retornando ao patrimônio territorial de Belém.
Pelo Decreto-lei Estadual nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943, promulgado pelo Interventor Federal, Magalhães Barata, o Município de Ananindeua foi criado, acontecendo sua instalação, como tal, em 3 de janeiro de 1944.
Para dirigir o novo Município, assumiu a prefeitura Claudemiro Belém de Nazaré. No mês de outubro de 1945, com a queda do regime ditatorial, segunda a Enciclopédia dos Municípios, foi nomeado como Prefeito de Ananindeua Fausto Augusto Batalha. Sua sede municipal foi reconhecida como cidade em 31 de dezembro de 1947, com a aprovação da Lei nº 62, que foi publicada no Diário Oficial do Estado, em 18 de janeiro de 1948.
O nome desse Município advém da abundância de árvores denominadas ANANI, que crescia à margem do igarapé que recebeu o nome de Ananindeua.
Entre os anos 1947 a 1956, o Município de Ananindeua contava com os seguintes, distritos: Ananindeua, Benevides, Benfica e Engenho do Ararí. No ano de 1961, pelo disposto na Lei nº 2.460, de 29 de dezembro, com as áreas de seus distritos( Engenho Ararí, Benfica e Benevides), foi constituído o Município de Benevides. Atualmente, o Município de Ananindeua é constituído apenas do distrito-sede: Ananindeua.