domingo, 22 de agosto de 2010

OLHA O PARÁ CRESCENDO GENTE!

Rússia? Nada! Se dependesse dos títulos que estão registrados em cartórios espalhados pelo interior do Brasil, seríamos o maior país do mundo em extensão territorial. É como uma cebola: você vai descascando, retirando os diversos títulos de propriedade podres que se sobrepõem e quando percebe, não sobrou nada lá dentro, só vento. Descobre-se que, na verdade, a terra era pública – minha, sua, nossa. Apesar da situação fazer chorar, o problema está menos para cebola e mais para abacaxi, difícil de descascar.

O Conselho Nacional de Justiça deu mais um passo importante ao determinar que fossem cancelados mais de 5,5 mil registros irregulares no Pará, muitos deles resultado de grilagem de terras públicas. Os títulos praticamente dobravam no papel o tamanho real do Estado, imaginem o Pará duas vezes maior do que já é, imagino o que não acontece em outros Estados.

A ação do CNJ atendeu a pedido da Comissão Permanente de Monitoramento, Estudo e Assessoramento das Questões Ligadas à Grilagem no Pará, composta pelo Tribunal de Justiça, Ministério Público, Instituto de Terras do Pará, Advocacia Geral da União, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Comissão Pastoral da Terra, Ordem dos Advogados do Brasil e Federação dos Trabalhadores na Agricultura. Os cartórios têm 30 dias para cancelar os registros e cabe recurso – básico. Mas os latifundiários terão que apresentar documentos – desta vez, de verdade – que provem a propriedade da terra. Vale lembrar que, desde 1988, imóveis com mais de 2500 hectares precisam de autorização do Senado para serem registrados (de 1964 a 1988, o limite era de 3 mil hectares e, de 1934 a 1964, 10 mil hectares). Acabou-se aquela aplicação de capitanias hereditárias ou sesmarias.

Além da suruba que é a situação fundiária no Pará, o Estado é conhecido pela violência contra os trabalhadores rurais, estou me referindo aquele colono humilde e verdadeiramente trabalhador, que nem estrada tem para escoar seus produtos, isolado mata adentro fazendo a cultura de subsistência, o qual foi empurrado para isso, sem falar no trabalho escravo e pelo desmatamento ilegal, feito por grileiro criminosos, que usam a figura do "gato" para fazerem o trabalho de mobilização, e muitas das vezes fugitivos de sua cidade de origem, normalmente do Sul e Suldeste. Não é todo mundo que vive à sombra da lei, é claro. Mas os que vivem já fazem um estrago gigante a exemplo do MST, o maior grupo criminoso no Brasil, aqueles assaltantes que fizeram mais de 30 reféns no Rio de Janeiro dentro de um hotel são fichinha diante do aparato bélico e financeiro do MST, que por trás deles existem dezenas de ONGs que sugam o dinheiro público, nosso dinheiro isso com a conivência do mandatário máximo do pais e do próprio Senado que não se posiciona diante de tão grave ameaça ao direito de propriedade previsto na própria Constituição brasileira, a qual é a Carta Magna e o direito já citado é matéria pétria. .

Qualquer passarinho que voa a Amazônia sabe, contudo, que por trás dos nomes que estão em cartórios, há aqueles que ganham dinheiro de verdade. Muitos deles antigos coronéis, novos coronéis, políticos, filhos e filhas de políticos, mulheres e maridos de políticos, irmãos de empresários, tios de empresários. Não poupam nem empregados e funcionários os quais são transformados em laranjas, são tão somente usados suas documentações para fazerem uma pseuda legalização em cartórios e diante do órgão oficial …

Seria mais fácil para descascar cebolas ou limpar abacaxis se soubéssemos quem está por trás dos laranjas. Mas isso ia pegar tanta gente, de diferentes credos e orientações políticas, que não é tão interessante descobrir. VIVA O BRASIL! NUNCA NA HISTÓRIA DESSE PAIS O BRASILEIRO FOI TÃO SURRUPIADO E SAQUEADO, ATÉ QUANDO? ALGUÉM ME RESPONDA?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ESCRAVIDÃO E ABOLIÇÃO NO PARÁ

Segundo o Professor Doutor José Maia Bezerra Neto - PA
Sex, 20 de Novembro de 2009 12:23 Questão Racial - Ensaios, Estudos & Pesquisas
Professor Doutor da Faculdade de História da UFPA, que defendeu a tese de Doutorado na PUC de São Paulo sobre Escravidão e Abolição no Pará.

A Efeméride é importante como lugar da memória, neste caso a memória das lutas do movimento negro contra o racismo. Mas não apenas celebração, mais que isto, lugar que busca ser espaço de reflexão e de continuidade da luta por um país mais tolerante e justo. Mas é preciso, para ser provocativo, lembrar que as efemérides enquanto lugares da memória são construções sociais, construídas historicamente, daí inclusive seu caráter político-ideológico e, portanto, sua instrumentalização política pelos sujeitos ou movimentos sociais. As efemérides são polissêmicas, isto é, dotadas de mias de uma possibilidade de significados e significações, isto fica muito claro por exemplo quando você estuda os embates e disputas políticas em torno da memória e que fazem memória de si mesmos, tal como, por exemplo, no abolicionismo.

Sobre a escravidão, há ainda poucos trabalhos mais específicos. Temos mais obras de caráter mais geral. Por exemplo, faltam estudos históricos sobre a história/econômica, demográfica, incluindo aí a família, cultural, entre outras, da escravidão, histórias de fôlego, não trabalhos pontuais ou monográficos. Em algumas áreas, como estudo de quilombos e comunidades campesinas negras já há um certo volume de trabalhos, sobre o tráfico negreiro já começam a surgir alguma coisa que trate do tema para além tão-somente do período pombalino, isto é a segunda metade do século XVIII. Mas creio que ainda falta muito, inclusive estudos sobre os africanos escravos e livres no Pará. No meu caso, estudei e estudo ainda, hoje menos, as fugas escravas e ultimamente na tese de doutorado o abolicionismo, compreendendo o abolicionismo no Brasil a partir da província paraense e as lutas aqui desencadeadas contra a escravidão como importantes para se entender a abolição feita no Brasil.

Hoje, podemos dizer com segurança que o caminho trilhado por Vicente Salles foi correto quando em seu livro O Negro no Pará, isto no início da década de 1970, já demonstrava a importância da escravidão na região. Depois vieram outros trabalhos que ajudaram de uma forma ou de outra a desmontar a tese de que a escravidão negra foi de pouca importância na região, inclusive no meu livro procuro justamente demonstrar a importância social, demográfica e econômica da escravidão negra no Pará. A tese que advogava a pouca importância da escravidão, desconhecendo-a, não tem empiria, era muito mais uma ideologização, a partir de determinados modelos de análise sobrepostos à realidade tipo uma suposta oposição entre extrativismo e escravidão negra, ou extrativismo versus agricultura, centro versus periferia, para além da idéia equivocada de que sem plantaions, isto é, grandes propriedades monocultoras exportadoras não havia razão de ser dos escravos. Enfim, acho possível dizer que muito mais que uma sociedade com escravos, o Pará foi uma sociedade escravista.

Até a primeira metade do século XIX, creio que a escravidão por aqui ainda tinha muitos indivíduos africanos, nascidos lá. A partir d´então ganhou corpo e densidade o processo de mestiçagem, tanto que na década de 1870 a população africana era reduzidíssima. Tivemos então uma população escrava muito mestiça. Isto se traduz inclusive nos quilombos aqui existentes, o que não é, contudo, algo exclusivo. O mesmo se pode dizer das relações com populações indígenas, nem sempre pacíficas, sobre o que, alias, existem os estudos de Rosa Acevedo, Flávio Gomes e Eurípides Funes, para ficar em alguns exemplos. Por outro lado, a importância da escravidão aqui não estava atrelada à plantation, mas a uma economia agrícola e criatória de gado para o abastecimento ainda que exportadora de alimentos.

A escravidão que social,econômica e demograficamente foi importante ao longo do século XIX. Ainda no final do Império, a presença escrava em Belém era mais significativa que em São Paulo, por exemplo, embora se possa dizer São Paulo não era muita coisa por essa época. Mas, apesar de alguns estudos monográficos e avanços com a publicação de alguns artigos, a escravidão urbana em Belém é algo ainda por ser meticulosamente estudado.

A presença negra, de livres, libertos ou escravos aconteceu na Cabanagem. Mas, isto não quer dizer que todos os negros fossem cabanos, havia aqueles que ficavam à margem, ou simplesmente não tomaram parte, ou até mesmo lutaram contra. A própria relação com os ditos líderes
cabanos era problemática para muitas lideranças negras e negros cabanos em suas ousadias na luta pela liberdade. Atualmente tenho me interessado muito em pensar como uma das lideranças cabanas, no pós-cabangem, na condição de senhor de escravos e proprietário rural fez a defesa da escravidão e assumiu posturas conservadoras, no caso o famoso Eduardo Angelim.

O movimento abolicionista ganhou importância na década de 1880, como de resto em todo o Brasil. Havia desde sujeitos das elites, como das classes trabalhadoras, passando pelos escravos, tomando parte no abolicionismo. Benevides foi importante no contexto do abolicionismo paraense em função da atuação da Sociedade Libertadora de Benevides, fundada por colonos cearenses. Foram eles que deram o tom mais radical do abolicionismo no Pará, se associando ao movimento de fugas dos escravos, fazendo de Benevides um verdadeiro quilombo abolicionista.

As associações em defesa dos escravos foram muitas e meteóricas, dado o caráter efêmero de muitas dessas associações, o que não quer dizer que não tenham sido importantes ou ativas. Algumas delas foram muito ativas. A primeira foi, ainda em 1869, a Associação Filantrópica de Emancipação de Escravos, muito marca pelo
emancipacionismo, isto é, a defesa da extinção da escravidão com a indenização dos senhores, de pouco em pouco, aos poucos. Já na década de 1880, surgiram outras, seja ligadas ao universos das elites, seja de natureza mais popular, mas quase sempre envolvendo sujeitos de várias classes e colorações políticas, o que não quer dizer que não houvesse diferenças políticas e de classe entre os emancipadores e abolicionista. Havia também associações de mulheres.


A minha tese tem muito do que já foi dito aqui, mas resumindo é sobre as lutas contra a escravidão e os limites conservadores da abolição no Brasil, a partir do Pará. Creio que ela inova e contribui quando demonstra que as lutas contra a escravidão iniciaram ainda em meados do século XIX e como foi preciso ser construído historicamente a crença de que um mundo sem escravidão é possível e que a escravidão é algo inaceitável. No caso do Pará, nunca havia sido escrita uma história do abolicionismo,quando muitos estudos pontuais em capítulos de livros sobre história do Pará, tal como os de Hurley, o que melhor escreveu sobre o tema; antes dele, Arthur Vianna; depois Ernesto Cruz. Acredito que a tese preenche esta lacuna, mas é preciso mais estudos.

Existe com toda certeza documentos nossos acervos estão aí. Documentos como inventários, testamentos, escrituras, livros de batismos, relatórios e leis, processos crimes e cíveis, jornais de um modo geral, entre outros tantos. Quanto aos acervos, a melhor notícia é o trabalho feito pelo Centro de Memória da Amazônia da UFPA, que está organizando a documentação do judiciário. A documentação do arquivo também muito rica pode ser melhor trabalhada, falta recursos. O importante mesmo é ter recursos públicos para potencializar o acesso aos acervos e se evitar a burocratização do acesso do pesquisador, afinal nós não somos o inimigo dos arquivos, precisamos deles para faze nosso ofício.
Mini dicionário:

Efemérides significam, em latim, "memorial diário", "calendário" (ephemèris,ìdis), ou, em grego, "de cada dia" (ephémerís,îdos). A palavra efêmero/a ("que dura um dia") tem a mesma etimologia.
Uma efeméride é um fato relevante escrito para ser lembrado ou comemorado em um certo dia, ou ainda uma sucessão cronológica de datas e de seus respectivos acontecimentos. Há a possibilidade de classificá-la de diversas formas, como, por exemplo, histórica, vexilológica ou hagiográfica.

Na forma plural, "efemérides", nomeadamente, "efemérides astronômicas" ou "efemérides monárquicas", é o termo usado por magos, astrônomos, astrólogos e monarcas para anunciar a tanto as ocorrências de alguns acontecimentos celestiais (eclipse, cometas) bem como escolher a posição dos astros para assinaturas e tratados imperiais tudo de acordo com a posição dos astros de cada dia, normalmente encontrados num conjunto de tabelas denominadas hoje efemérides astronômicas, que indicam a posição dos astros para cada dia do ano.
Plantation é um tipo de sistema agrícola (uma plantação) baseado em uma monocultura de exportação mediante a utilização de latifúndios e mão-de-obra escrava. Foi bastante utilizado na colonização da América, principalmente no cultivo de gêneros tropicais e é atualmente comum a países subdesenvolvidos.
É constituída de uma grande propriedade monocultora, para produção de gêneros tropicais em sua maioria, normalmente voltada para exportação, já que o mercado interno ficaria saturado destes gêneros. Sistema típico de Países subdesenvolvidos, que fora amplamente utilizado durante a colonização europeia nas Américas, e mais tarde fora levada para a África e Ásia. Hoje em dia alguns países subdesenvolvidos ainda usam este tipo de sistema agrícola, apesar dele ser reconhecidamente ineficaz, para isto estes países contam com mão-de-obra assalariada ou trabalho escravo ilegal. No Brasil, por exemplo, a plantation é usada em vastas porções do território nacional, principalmente nas áreas de cultivo de café e cana-de-açúcar, dois dos nossos principais produtos agrícolas de exportação.

A Cabanagem (1835-1840) foi uma revolta na qual negros, índios e mestiços se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder na então província do Grão-Pará (Brasil). Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil.

De cunho popular, contou com a participação de elementos das camadas média e alta da região, entre os quais se destacam os nomes do padre João Batista Gonçalves Campos, do jornalista Vicente Ferreira Lavor Papagaio.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

GÓTICOS?

GÓTICOS
Sou educador já algumas décadas, trabalhei com crianças de 6 anos a adolescente por mais de duas décadas, nesse interim observei comportamentos diversos vezes engraçados e alguns assustadores, mais nunca me deixei intimidar, sempre estava ensinando comportamentos repassados pelos meus pais ou mesmo na escola do séc. XX, que considero primordial para a formação do carater do ser humano, aparti da infância “Eduque-se as crianças de hoje e não será preciso punir o adulto de amanhã”,. Entretanto, hoje trabalho com ensino fundamental maior e médio existem alunos que vão para a escola tão somente para medir força com os colegas ou mesmo desafiar professores os quais muitas das vezes se sentem acoados e dão a chamada “ média do medo”, medo esse refletido a outros que buscam a escola na intenção do realmente aprender. Quando não o aluno fica nos corredores ouvindo músicas de gosto duvidoso ou de gosto algum como: ELA TÁ DOIDA, TÁ BEBA ou VOU TE COMER/TE COMER /SOU O LOBO MAU e por ai vai,, sem nenhum fudamento ou lógica, distante do bom gosto música..
Nas escolas que trabalhei com fundamental menor, aplicava o comportamento cotidiano que uma pessoa deve ter, hoje tidos como ultrapassados ou caretas, criei uma disciplina que batizei de EDUCAÇÃO COMPORTAMENTAL, todas as sextas feiras, meus alunos eram orientados como se comportarem em um restaurante ou mesmo em casa na hora das refeições, o respeito na hora sagrada do se alimentar e tantas outras coisas que a muitos já estão esquecidas e dificilmente se ver hoje por exemplo o simples ato de: Se despedirem dos pais ou responsáveis ‘BENÇÃO MINHA MÃE ou BENÇÃO MEU PAI” esse comportamento hoje em dia na sociedade esta cada vez mais distante, coisas simples que acredito fazem o diferencial no comportamento correto ou aceitavel na sociedade em que vivemos. O acompanhamento aos filhos, da educação de modo geral, , em que muitos pais transferem essa responsabilidade para a escola seja pública ou privada, em uma verdadeira omissão do bem maior que é o educar e orientar para a formação pessoal e profissional na formação de um cidadão digno e respeitador. Chegou a hora de refletirmos sobre isto então!
hoje os pais mudaram, temos vivido principalmente a partir do meio do século XX, profundas, contínuas e velozes transformações sociais, políticas e culturais. Em especial atenção para a tecnologia. Entretanto, por mais que essas mudanças tenham sido promovidas e desejadas por nós para propiciar uma vida mais confortável, estamos vivendo resultados indesejáveis. Se não vejamos o que leva jovens assassinarem, roubarem, seqüestrarem, usarem drogas e terem comportamentos violentos aterrorizando toda uma sociedade pacifica, com atitudes grotescas e bárbaras.

Destaco três aspectos dessas mudanças:

Em primeiro lugar, a necessidade de atualização e adaptação a esse “novo mundo” globalizado, por conseqüência o aumento do índice de analfabetos tecnológicos e funcionais, sejam porque não acompanham o ritmo dos avanços tecnológicos ou porque não estão conseguindo perceber o que acontece; outro dado é o alto índice de desemprego em todo mundo pela substituição tecnológica mais eficiente e barata, sendo que estes fatores de uma forma ou de outra atingem todos nós.
Em segundo lugar, o desejo de termos uma vida mais livre, prazerosa, quase perfeita, alimenta a idéia de que o ser humano pode dominar e alterar a natureza humana, física e psíquica, citamos o projeto Genoma, clonagem, fertilizações em vitro, etc. Por outro lado, com todo o progresso científico, continuamos lutando contra a fome e a miséria, as pessoas continuam adoecendo física e mentalmente apesar de todos os confortos e “remédios de última geração”.
Em terceiro lugar, o questionamento de todas as formas de autoridade, seja no âmbito político, empresarial, médico, educacional, familiar , etc. É muito difícil nos guiarmos pelas próprias pernas, assumirmos as conseqüências do caminho escolhido, modificarmos nossa atitude reconhecendo muitas vezes que erramos,quer seja em casa, no trabalho, com os amigos.
Portanto depois disto tudo, os adultos estão se sentindo muito confusos, desorientados e atarefados com tantas mudanças e conflitos para resolverem. Se nós adultos estamos assim, o que dizer das crianças e adolescentes ? Afinal, não somos o que eles irão ser amanhã ?
O que você vai ser quando crescer? Uma pergunta muito comum antigamente, mas hoje caiu em desuso, porque as crianças e adolescentes não estão querendo crescer.

Muitos adolescentes que não tem o privilegio de ter pais “EXIGENTES” “CARETAS”, passam a não ter limites de seus atos, se não fosse assim aquela jovem não teria morrido no cemitério do bengui em Belém, por jovens desvairados ditos góticos, em que eles estão longe de imaginar o que seja a palavra GÓTICO. Ou sua origem. .

Góticos

A subcultura gótica surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970, início de 1980, sob a inspiração da banda de rock Bauhaus e seguiu sob a influência de Marylin Manson e Alice Cooper. Eles têm comportamento diferente e exótico, como atração por cemitérios, tristeza, surtos de depressão, fixação pela morte e uso de drogas para aliviar as crises depressivas.
Vampirismo

Eis um desafio para psicólogos, psiquiatras e educadores: tentar explicar e desvendar os motivos que levam jovens, no desabrochar da vida, a se organizar em torno de ideias tolas e na sequência da bizarrice cometer um homicídio contra pessoa indefesa.


Contracultura

A conduta do grupo gótico Dark, envolvido na morte da adolescente no desativado cemitério do bairro do Bengui, só faz ampliar o preconceito existente no corpo social contra certas minorias, que procuram levar uma vida diferente e de contracultura.


GÁRGULA (neogótica) da Catedral de Notre Dame em Paris. Como se fosse a figura de um mostro ou um grande cachorro

O estilo gótico designa uma fase da história da arte ocidental, identificável por características muito próprias de contexto social, político e religioso em conjugação com valores estéticos e filosóficos e que surge como resposta à austeridade do estilo românico.
Este movimento cultural e artístico desenvolve-se durante a Idade Média, no contexto do Renascimento do Século XII e prolonga-se até ao advento do Renascimento Italiano em Florença, quando a inspiração clássica quebra a linguagem artística até então difundida.

Os primeiros passos são dados a meados do século XII em França no campo da arquitetura (mais especificamente na construção de catedrais) e, acabando por abranger outras disciplinas estéticas, estende-se pela Europa até ao início do século XVI, já não apresentando então uma uniformidade geográfica.
A arquitetura, em comunhão com a religião, vai formar o eixo de maior relevo deste movimento e vai cunhar profundamente todo o desenvolvimento estético.

O termo

Quando a nova estética se expande além das fronteiras francesas, a sua origem vai ser a base para a sua designação, art français, francigenum opus (trabalho francês) ou opus modernum (trabalho moderno). Mas vai ser só quando o Renascimento toma o lugar da linguagem anterior que os novos valores vão entrar em conflito com os ideais góticos e o termo actual nasce. Na Itália do século XVI , e sob a fascinação pela glória e cânones da antiguidade clássica, o termo gótico vai ser referido pela primeira vez por Giorgio Vasari, considerado o fundador da história da arte. Aos olhos deste autor e dos seus contemporâneos, a arte da Idade Média, especialmente no campo da arquitectura, é o oposto da perfeição, é o obscuro e o negativo, relacionando-a neste ponto com os Godos, povo que semeou a destruição na Roma antiga em 410. Vasari cria assim o termo gótico com fortes conotações pejorativas, designando um estilo somente digno de bárbaros e vândalos, mas que nada tem a ver com os antigos povos germânicos (visigodos e ostrogodos).

Somente alguns séculos mais tarde, durante o romantismo nas primeiras décadas do século XIX, vai ser valorizada a filosofia estética do gótico. A arte volta-se novamente para o passado, mas agora para o período misterioso e desconhecido da Idade Média. Goethe, também fascinado pela imponência das grandes catedrais góticas na Alemanha, vai acabar por ajudar ao impulso desta redescoberta da originalidade do período gótico, exprimindo as emoções que lhe são despertas ao admirar os gigantes edifícios de pedra.

Neste momento nasce o neogótico que define e expande o gosto pela utilização de elementos decorativos góticos e que reconhece pela primeira vez as diferenças artísticas que separam o estilo românico do gótico.
Contexto e primeiros passos

Os séculos XI e XII são séculos de mudanças sociais, políticas e económicas que em muito vão fazer despoletar as necessidades de uma expressão artística mais adequada às novas premissas sociais.

O comércio está em expansão e a Flandres, como centro das grandes transacções comerciais, leva ao desenvolvimento das comunicações e rotas entre os diversos povos e reduz as distâncias entre si, facilitando não só o comércio de bens físicos, como também a troca de ideais estéticos entre os países. A economia prospera e nasce um novo mundo cosmopolita que se alimenta do turbilhão das cidades em crescimento e participa de um movimento intelectual em ascensão.

Paralelamente assiste-se ao crescimento do poder político representado pelo monarca e à solidificação do Estado unificado, poderosa entidade que vai aspirar a algo que lhe devolva a dignidade e a glória de outros tempos e que ajude a nação a apoiar a imagem do soberano .

A igreja, por seu lado, vai compreender que os fiéis se concentram nas cidades e vai deixar de estar tão ligada à comunidade monástica, virando-se agora para o projecto do que será o local por excelência do culto religioso, a catedral. Ao contrário da construção humilde e empírica do românico, a construção religiosa gótica abre portas a um espaço público de ensinamento da história bíblica, de grandiosidade, símbolo da glória de Deus e da igreja, símbolo do poder económico da burguesia, do estado e de todos os que financiaram a elevação do emblema citadino.

A Filosofia da Luz e a Abadia de Saint-Denis


O colorido e a exaltação da luz na rosácea de Sainte-Chapelle, Paris.
O nascimento do estilo, mais que o seu desaparecimento, pode ser definido cronologicamente com clareza, nomeadamente no momento da reconstrução da abadia real de Saint-Denis sob orientação do abade Suger entre 1137 e 1144. Esta abadia beneditina situada nas proximidades de Paris, em França, vai ser o veículo utilizado à comunicação dos novos valores simbólicos: por um lado a dignificação da monarquia, por outro a glorificação da religião. Este empreendimento tem por objectivo apresentar o maior centro patriótico e espiritual de toda a França, ofuscando todas as outras igrejas de peregrinação, trazendo para si mais crentes e restabelecer a confiança entre a igreja e o seu rebanho.

Para materializar esta ideia várias fontes e influências terrenas vão ter de ser, no entanto, bem contabilizadas e fundidas. A cabeceira (zona este da igreja) vai ser emprestada das já existentes igrejas de peregrinação, com ábside, deambulatório e capelas radiantes, assim como a utilização do arco quebrado de influência normanda. A técnica construtiva dá também neste momento um avanço significativo contribuindo com a abóbada de nervuras (sobre cruzaria de ogivas) e que vai permitir uma maior dinâmica e flexibilidade de construção. O impulso destas abóbadas vai ser recebido por contrafortes no exterior do edifício, libertando o espaço interior e dotando-o de uma leveza extraordinária.

Mas mais que uma junção de elementos, o estilo gótico é afirmação de uma nova filosofia. A estrutura apresenta algo novo, uma harmonia e proporção inovadoras resultado de relações matemáticas, de ordens claras impregnadas de simbolismo. Suger, que é fortemente influenciado pela teologia de Pseudo-Dionísio, o Areopagita, aspira uma representação material da Jerusalém Celeste. A luz é a comunicação do divino, o sobrenatural, é o veículo real para a comunhão com o sagrado, através dela o homem comum pode admirar a glória de Deus e melhor aperceber-se da sua mortalidade e inferioridade. Fisicamente a luz vai ter um papel de importância crucial no interior da catedral, vai-se difundir através dos grandes vitrais numa áurea de misticismo e a sua carga simbólica vai ser reforçada pela acentuação do verticalismo. As paredes, agora libertas da sua função de apoio, expandem em altura e permitem a metamorfose do interior num espaço gracioso e etéreo.

O espaço é acessível ao homem comum, atrai-o de uma maneira palpável, que ele é capaz de assimilar e compreender, o templo torna-se o ponto de contacto com o divino, um livro de pedra iconográfico que ilustra e ensina os valores religiosos e que vai, a partir deste momento, continuar o aperfeiçoamento da mesma.
Expansão, ramificação e uniformização

O núcleo central do estilo resume-se inicialmente à zona da Île-de-France, que abarca a zona de Paris e arredores, mas estende-se eventualmente a todo o território francês e transborda mesmo para lá das fronteiras ramificando-se pela Europa ocidental, principalmente a norte dos Alpes. A expansão do movimento alastra com o tempo para Inglaterra, Alemanha, Itália, Polónia e até à Península Ibérica, embora aqui com menos impacto.

Seguindo as rotas comerciais o estilo é exportado e vai permanecer por algum tempo como uma estética de carácter estrangeiro e adaptado. Já no decorrer do século XIII impõem-se as influências regionais e o estilo assume, dentro de um mesmo eixo condutor, diversas facetas demarcadas pelas diferentes culturas e tradições europeias. Mas a corrente artística não vai permanecer imutável e, do mesmo modo que se ramifica, vai acabar por se influenciar mutuamente e formar um conjunto uniforme e homogéneo por volta de 1400, denominado Gótico internacional. A meados do século XV a área de domínio gótica começa a reduzir e está practicamente extinta um século depois quando o Proto-Renascimento lança as primeiras ideias.

Em geral verifica-se que, em termos de permanência temporal, o movimento artístico difere profundamente de local para local, podendo-se, no entanto, definir aproximadamente as diferentes fases que o compoem.


• Gótico primitivo, ou Proto-gótico

Assumem-se as ideias base e dão-se os primeiros passos com a reconstrução da Abadia de Saint-Denis.

Gótico pleno, ou Gótico clássico

Aperfeiçoam-se as inovadoras técnicas de construção e entra-se na fase do domínio construtivo arquitectónico com o tempo das grandes catedrais.

Gótico tardio

A expressão artística torna-se menos ambiciosa, fruto da crise económica e da Peste negra do século XIV a par com uma religião mais terrena e mundana praticada pelas ordens mendicantes.
• Variantes decorativas
o Gótico lanceolado: De 1200 a 1300.
o Gótico radiante, irradiante ou rayonnant (século XIV de 1300 a 1400, uso de linhas radiais na traceria)
o Gótico perpendicular (Inglaterra, século XIV, uso de linhas perpendiculares)
o Gótico flamejante ou flamboyant (França, século XV de 1400 a 1500). Momento definido pela exuberância da decoração escultórica nos edifícios arquitectónicos. A própria designação do momento (flamejante, que deriva de chama) traduz a essência do novo gosto por uma ornamentação fluída e ondulante que cobre toda a superície arquitectónica como uma teia. Neste momento não existem, no entanto, evoluções estruturais.
Arquitectura
Catedral de Colónia em Colónia, Alemanha.
Características gerais
• Verticalismo dos edifícios substitui o horizontalismo do Românico;
• Paredes mais leves e finas;
• Contrafortes em menor número;
• Janelas predominantes;
• Torres ornadas por rosáceas;
• Utilização do arco de volta quebrada;
• Consolidação dos arcos feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas;
• Nas torres (principalmente nas torres sineiras) os telhados são em forma de pirâmide.

• A catedral

A arquitectura gótica não é um momento de ruptura drástica com os ideais anteriores, mas antes uma assimilação de alguns elementos independentes de diferentes fontes, metamorfoseada com o novo conceito de interpretação da arte religiosa. Os primeiros indícios surgem na Normandia do século XI com a era de construção monástica incentivada pela Ordem de Cluny. Mas já neste momento se aglomeram diversas influências posteriores que vão ser cruciais à tipologia da catedral gótica: as arquivoltas e a abóbada de arestas de origem lombarda e franca; a planta basilical modificada composta por três naves, transepto e três ábsides de influência carolíngia.

Facto decisivo para a originalidade construtiva é o avanço técnico nas mãos das corporações de construtores, grupos formados pelos antigos mestres anónimos ao serviço das construções monásticas, que se movem livremente de obra para obra e impulsionam a técnica do arcobotante, elemento que vai suportar a impulsão da abóbada no exterior da catedral e vai libertar as paredes do esforço, tornando-as mais esbeltas e transmitindo uma ilusão de leveza no interior pela acentuação de verticalidade.

Vários componentes adicionais, como as duas torres ocidentais, o sistema interior de divisão vertical em três áreas (arcada, trifório e clerestório – zona dos grandes vitrais), as colunas esguias, os arcos quebrados, a profusão de pináculos e diversos elementos decorativos vão formar uma tipologia maleável de grandes dimensões, que não obedece a um padrão pré-definido de número de partes e que varia de caso a caso (ver a título de exemplo a Catedral de Notre-Dame em Paris).
A decoração interna e externa dos edifícios é bastante complexa e também um dos factores mais importantes. A geometrização vai dominar e consequentemente encontra-se uma multiplicidade de elementos compostos por círculos e arcos nos lavores de pedra (traceria) em remates de vitrais, arcos e gabletes. Estes ornamentos estão principalmente ligados à estilização de flora, identificando-se também referências ao universo humano e animal.

Elementos arquitectónicos
• Interior:
arcada, abóbada de nervuras, arco quebrado, clerestório, coluna, rosácea, trifório, vitral
• Exterior:

arcobotante, arquivolta, cogulho, contraforte, gablete, gárgula, florão, jamba, pináculo, portal, tímpano, torre, traceria
Áreas da catedral

ábside, capelas radiantes ou ábsides secundárias, coro, cruzeiro, deambulatório ou charola, nave, narthex, transepto

• Arquitectura secular

O estilo gótico é, para a sociedade da época, extremamente contagiante e persuasivo, ultrapassando por isso as barreiras da arquitectura religiosa e transpondo-se para outras tipologias. Ao invés do românico estas características construtivas encontram-se, embora em menores dimensões e exuberância, em moradias da burguesia, câmaras municipais, hospitais e outras construções citadinas (reduzidas, no entanto, a elementos de índole decorativa).
Escultura

Escultura gótica



A exemplo temos as Esculturas do portal da Catedral de Magdeburgo, As Três Virgens.

Já na Abadia de Saint-Denis se observa uma maior importância dada à escultura que no românico, sendo que se vai afirmar pela primeira vez como elemento independente à arquitectura e com objectivos próprios na Catedral de Chartres. De qualquer modo a escultura estará ainda estritamente ligada à catedral mas, em oposição ao “amontoado” do românico, demonstra agora consciência do seu próprio espaço e ocupa-o de modo ordenado e claro.


Cracóvia.

Especialmente no portal de entrada para o templo se encontram as maiores produções escultóricas que proliferam nas ombreiras (jamba), arquivoltas e tímpanos. As estátuas nas ombreiras libertam-se progressivamente das colunas e da sua forma irreal e alongada ganhando volume e vida. A humanização das posturas e gestos é reforçada pela utilização de um eixo próprio para a figura, eixo este que se vai ondulando com o tempo e emprega à figura uma acentuada formação em S. Toda uma nova naturalidade vai determinar a composição e envolvência física: os pés passam a estar numa plataforma horizontal e não mais num plano inclinado; as roupagens e todo o volume corporal cedem à gravidade; aumenta a atenção ao pormenor transportado do quotidiano; e acima de tudo domina uma atitude elegante, uma expressão realista, serena e profundamente terna que estabelece comunicação pelo olhar, pelo sorriso e pelo gesto.
A meados do século XIII esta estética elegante difunde-se, mas no início do século XIV a busca de efeitos de luz/sombra através do contraste entre volumes cunha as figuras de uma maior abstração.

Pintura

A pintura gótica, uma das expressões da arte gótica, não assume um papel de destaque logo desde o início do desenvolvimento do estilo. Apareceu apenas em 1200 ou quase 50 anos depois do início da arquitetura e escultura góticas. Só mais tarde, entre 1300 e 1350, a pintura tem o seu apogeu como expressão independente da arquitetura. A transição do Românico para Gótico é bastante imprecisa e não uma quebra definida, mas pode-se perceber o início de um estilo mais sombrio e emotivo que o do período anterior. Esta transição ocorre primeiro em Inglaterra e França, cerca de 1200, na Alemanha, cerca de 1220 e na Itália, cerca de 1300 e 1400.
• Vitral
De início a pintura surge como elemento de auxílio à estruturação da catedral numa das expressões de maior peso simbólico, o vitral. Este método, de unir pedaços de vidro colorido através de chumbo, foi o que melhor se adaptou à necessidade narrativa do interior da catedral gótica. Desenvolvendo-se bruscamente com as inovações técnicas de distribuição de peso das abóbadas, que permitiam a criação de grandes lances de entrada de luz, esta evolução desafia os mestres-vidreiros obrigando-os a um projecto metodicamente planeado, distanciando-se progressivamente da influência românica e assumindo um estilo pictórico próprio a partir de 1200 e com apogeu até 1250.
No entanto a formulação pictórica vai permanecer associada à escultura no sentido em que as figuras são como estátuas projectadas numa superfície plana. O vitral assume um forte carácter abstrato sem efeito tridimensional, profundamente geométrico onde os únicos pormenores permitidos são as delineações a negro dos olhos, cabelos e pregas das roupas.


• Iluminura
Após o apogeu do vitral a iluminura de manuscritos volta a assumir o papel principal na representação pictórica que vinha já desde o românico, mas no seu repertório formal passam-se a encontrar referências à arquitectura que até aqui eram muito limitadas. Por um lado as figuras estão integradas num ambiente arquitectónico de fundo onde são evidentes os traços do gótico, por outro lado as figuras exibem um tratamento volumétrico com as mesmas expressões graciosas e posições sinuosas da decoração escultórica da catedral. Mas mesmo neste enquadramento arquitectónico a profundidade e a perspectiva são ainda muito básicos, em grande parte pela contribuição dos contornos a negro das figuras que fazem lembrar as uniões num vitral e que as remetem para um plano bidimensional.
Esta adopção dos elementos do gótico dever-se-à em grande parte à transposição da produção da iluminura dos mosteiros para as oficinas dos centros urbanos onde o gótico habita.
Na última metade do século XIV a influência dos mestres italianos no norte europeu é forte e a iluminura ganha uma estrutura espacial mais harmoniosa.
Drôleries
Estas drôleries designam um tipo próprio de manuscrito ilustrado típico do gótico setentrional e que acaba por se alastrar a outras regiões. Nesta tipologia as composições adquirem uma liberdade quase ilimitada reunindo o humor grotesco com o fantástico e cenas do quotidiano analisadas ao mais ínfimo detalhe.


• Mestres italianos
A Itália representa uma região com características muito próprias do estilo gótico. A influência bizantina, também denominada por maniera greca, de pintura afresco e sobre madeira, vai estar enraizada até aos finais do século XIII quando a pintura gótica se começa a desenvolver. Neste momento a pintura apresenta uma escala monumental e majestosa, uma forte dramatização dos personagens inseridos em planos de pouca profundidade e perspectiva distorcida. Os temas religiosos dominam e os tons dourados e vermelhos vão ajudar à associação de importância e santidade das personagens bíblicas.
Neste campo Giotto é o expoente da audácia e originalidade estabelecendo pela primeira vez uma relação física entre a pintura e o espectador.
Gótico português
Arquitectura
Em Portugal, o estilo gótico aparece no último quartel do século XII, com as obras do Mosteiro de Alcobaça (começado em 1178 e habitado a partir de 1222). O Mosteiro, fundado pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, para a Ordem Cisterciense, é a primeira obra totalmente gótica de Portugal. Entretanto, a dissolução do estilo românico pelo gótico ocorreu lentamente, havendo muitas igrejas portuguesas de estilo de transição românico-gótico datando do século XIII e até do século XIV.
A expansão da arquitectura gótica em Portugal deveu muito às ordens religiosas mendicantes (franciscanos, dominicanos, carmelitas, agostinhos), que construíram vários mosteiros em cidades portuguesas nos séculos XIII e XIV. Importantes exemplos são as igrejas franciscanas e dominicanas de Santarém e Guimarães, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra (hoje em ruínas), Mosteiro de São Francisco do Porto, Igreja do Convento do Carmo em Lisboa (hoje em ruínas e usado como museu arqueológico) e muitas outras. Também as ordens medievais militares contribuíram para a expansão do gótico, por exemplo com Igreja de São João de Alporão de Santarém e o Mosteiro de Leça do Bailio (pertencente aos Cavaleiros Hospitalários), e com a Igreja de Santa Maria dos Olivais de Tomar (fundada pelos Cavaleiros Templários). Algumas catedrais portuguesas também foram construídas em estilo gótico, como a Sé de Évora (séc XIII-XIV), a Sé de Silves (séc XIV-XV) e a Sé da Guarda (finais séc XIV-XVI).


(séc XIV-XV).
Um marco na arquitectura gótica portuguesa é o Mosteiro da Batalha, construído a mando do rei D. João I para comemorar a vitória na Batalha de Aljubarrota contra os castelhanos. A obra do mosteiro, começada em 1388 e que seguiu até o século XVI, introduziu o gótico internacional flamejante em Portugal, distanciando-se da estética mendicante. Esse mosteiro influenciaria muitas obras de Portugal do século XV, como a Igreja da Graça de Santarém, a capela do Castelo de Leiria, a Sé da Guarda, o Convento da Nossa Senhora da Conceição de Beja, entre outros.
O dissolução do gótico pelo estilo renascentista ocorreu lentamente, sendo o estilo intermediário chamado manuelino devido a que coincidiu com o reinado do rei D. Manuel I (1495-1521). O manuelino mistura formas arquitetónicas do gótico final com a decoração gótica e renascentista, criando um estilo tipicamente português. A partir do Mosteiro de Jesus de Setúbal, considerado a primeira obra manuelina, o estilo se espalha por Portugal e atinge o ápice com a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, ambos em Belém (Lisboa), a Igreja do Convento de Cristo de Tomar, as Capelas Imperfeitas e Claustro Real do Mosteiro da Batalha, além de muitos outros monumentos.
Além da arquitectura religiosa, muitos castelos foram construídos e/ou reformados em estilo gótico em Portugal, como os Castelos de Leiria, Estremoz, Beja, Bragança e Santa Maria da Feira.
Outras artes
Na escultura destacam-se os túmulos de D. Pedro I e de Inês de Castro, no Mosteiro de Alcobaça (séc XIV), os túmulos reais do Mosteiro da Batalha (séc XV), os túmulos da Sé de Lisboa, e das Sés de Braga e Évora (sécs XIV-XV) e muitos outros. Na pintura destaca-se Nuno Gonçalves e os Painéis de São Vicente (cerca de 1470), atribuídos a ele e hoje no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa.
O gótico e os descobrimentos


Durante o século XV e início do século XVI, os estilos gótico e manuelino foram levados pelos portugueses a seus domínios d'além mar, particularmente as ilhas atlânticas dos Açores e Madeira. Por exemplo,a Igreja Matriz de Vila Franca do Campo (Ilha de S. Miguel, Açores) e a Sé do Funchal (capital da Ilha da Madeira), que foi contruída entre 1493 e 1514, é uma típica igreja gótica-manuelina. No Brasil, por outro lado, não há construções góticas ou manuelinas, devido a que a colonização do território começou a partir de 1530, quando o estilo renascentista já era o estilo usado em Portugal.
Neogótico


Dentro do espírito revivalista do Romantismo surge o gosto pela recriação de elementos da arte medieval, especialmente do gótico. Particularmente em Inglaterra esta nova corrente tem grande adesão, iniciando já em finais do século XVII com a aplicação de ornamentação ao estilo gótico em algumas construções novas. A partir de meados do século seguinte, e já não se assumindo somente como uma alternativa ao Rococó, este gosto é encarado com mais seriedade ficando também conhecido como victorian gothic (gótico victoriano).
Mas também a França assume uma posição representativa no Neogótico, liderada pela figura de Viollet-le-Duc e pelo seu trabalho na área do restauro em diversas catedrais francesas góticas. Não só assumiu um papel pedagógico no ensinamento das técnicas de aplicação deste gosto em construções modernas, como também compilou na Encyclopédie médiévale as diversas variantes formais do estilo, desde a arquitectura à indumentária da época.
Com mais ou menos intensidade o fascínio por esta época passada manteve-se até aos nossos dias um pouco por todo o mundo ocidental entrando pelo século XX adentro nas diversas vertentes artísticas ecléticas.
Neogótico no Brasil


Conjunto arquitetônico Nossa Senhora da Piedade, em Ilhéus, Bahia. (séc XX).


Edificações góticas autênticas não existem no Brasil, mas o revivalismo neogótico popularizou-se a partir do reinado de D. Pedro II. Uma das igrejas neogóticas brasileiras mais antigas é a Catedral de Petrópolis, começada em 1884 mas só concluída em 1925, que abriga os túmulos do Imperador e sua família. Outro exemplo precoce é a Igreja do Santuário do Caraça, em Minas Gerais, reconstruída em estilo neogótico entre 1860 e 1885. No Rio de Janeiro, o pitoresco Palácio da Ilha Fiscal foi construído entre 1881 e 1889 sobre uma ilha na Baía da Guanabara.
A Catedral da Sé de São Paulo (1913-1954),a catedral de São João Batista de Santa Cruz do Sul, a Catedral de Santos (1909-1967), a Catedral Metropolitana de Vitória (1910)-(1970) a Catedral de Belo Horizonte (começada em 1913) e a Catedral Metropolitana de Fortaleza (1938-1978)são exemplos de edifícios neogóticos tardios. O neomanuelino (variante portuguesa do neogótico) está representado no Brasil em edifícios como o Real Gabinete Português de Leitura (1880-1887), no Rio de Janeiro, e o Centro Português de Santos (1898-1901).

Portanto, concluo que apesar de todas as transformações deste século, o homem continua nascendo como um animal mais frágil e vulnerável do planeta. Não pode contar unicamente com seus instintos para viver, ele continua sendo dependente de outro ser humano que cuide dele, que dê afeto, proteção, segurança, o eduque para a vida, transformando-o em um ser humano digno deste nome, o que não é papel exclusivo da escola.

domingo, 8 de agosto de 2010

AINDA JOGO MEIO TEMPO

Tenho ditos várias frases que por anos seguidos são lembradas por amigos ou mesmo por ex-alunos hoje já pais de famílias e vez por outra encontro-os pelas esquinas da vida. Algumas “tolas” outras engraçadas que são efêmeras outra duram até um pouquinho mais tempo,, tenho duas que já duram alguns anos ESTOU NA ÁREA SE DERRUBAR É PENALTI ou AINDA JOGO MEIO TEMPO, cada uma tem interpretação interessante por parte de quem as ouve. Contudo faço as explicações com cada uma delas, Estou na área se derrubar é pênalti, criei devido em local de trabalho constantemente se falava mal dos ausentes e claro eu não estava imune as línguas ferinas por vezes até injustamente, já, ainda jogo meio tempo, foi devido a uma disputa na quadra da escola em que a seleção do Gondim formada por alunos do ensino médio, desafiaram os professores para uma peleja, resultado PROFESSORES 3 X ALUNOS 1. Dos quais 2 gool foram feitos por mim. O professor GLAUBE ao término do 1º tempo fez o seguinte comentário égua professor você ainda joga, me enganei da porrada em muito menino novo, eu respondi é mais acontece que eu SÓ JOGO MEIO TEMPO. Quando digo: Que ainda jogo meio tempo, muitos pensam logo em sexo. Certa vez em sala de aula eu estava aparentando cansaço físico e um aluno da noite disse: “ Do jeito que o senhor está é chegar em casa e dormir “ eu disse engano seu ‘AINDA JOGO MEIO TEMPO” foi uma gargalhada só aluno só quer confiança, uma outra aluna completou “ Melhor que meu marido que nem meio tempo joga,. Pronto, foi gargalhada dobrada, não deu para continuar a aula, de história obrigatoriamente tive que falar de biologia, de psicologia ou sexologia nem sei definir exatamente, o certo é que: começamos a falar de impotência do homem e seus medos.


Embora o grande terror masculino seja a disfunção erétil (impotência), não é o único problema que atormenta o homem, deixando-o inseguro e, também, frustrando a mulher. A mais comum das disfunções sexuais masculinas é a ejaculação precoce: quando o orgasmo chega rápido demais para o homem. Mas as situações são variadas. Alguns homens ejaculam logo que se iniciam as carícias ou simplesmente ao ver a parceira se despindo. Muitos ejaculam antes ou logo depois de introduzir o pênis na vagina da mulher, mas outros são capazes de alguns movimentos antes de atingir o orgasmo.

Alguns estudiosos do assunto considera precoce a ejaculação ocorrida 30 segundos depois da penetração, um médico prolongou esse critério para um minuto e meio, outro para dois minutos, enquanto um terceiro a reconhece quando o orgasmo ocorre antes de dez movimentos.

Na verdade, o aspecto fundamental é a ausência de controle voluntário sobre o reflexo ejaculatório. Por alguma razão um homem pode nunca ter aprendido a perceber as sensações que anunciam o orgasmo e por isso o controle voluntário adequado não foi adquirido. Nesse caso, o orgasmo ocorre como um reflexo quando é atingido um nível intenso de excitação sexual. Frequentemente, isso cria muita tensão entre os parceiros, principalmente quando a mulher fica ressentida, acreditando que o homem não se preocupa com ela nem com suas necessidades sexuais.

Ele, por sua vez, se sente um fracasso e fica deprimido. A partir daí, passa a evitar relações sexuais, mas quando ocorre, tenta segurar a ejaculação mordendo a língua, pensando em coisas desagradáveis, anestesiando a ponta do pênis com pomada, ou qualquer outra técnica que possa diminuir a excitação. O resultado final é nenhum prazer e um profundo estresse, sem amenizar a culpa por ter gozado mais rápido do que gostaria. Sem dúvida, a capacidade do homem de controlar sua ejaculação é precondição para que ele e a parceira obtenham mais prazer na relação sexual. E se considera que o controle ejaculatório está estabelecido quando é possível tolerar durante o tempo que se quiser um nível elevado de excitação, sem ejacular por reflexo.

Dentre os diversos métodos de tratamento, destacam-se os exercícios para controlar a ejaculação - respiração e contração dos músculos que circundam a próstata -, que são os mesmos que permitem ao homem ter orgasmos múltiplos sem ejacular

Nesse sentido, o mal que atormenta muitos homens merece uma atenção especial de sua parceira, principalmente se ela for fixa e de longas datas. Pois ele precisa de ajuda não só psicológica, como ela ter habilidade em contornar essa insegurança que cedo ou tarde acontece com qualquer humano masculino.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

AINDA 06 DE AGOSTO

Hiroshima não esquece tragédia da bomba atômica

Há uma sobriedade atípica em Hiroshima, um silêncio que incomoda, especialmente quando estamos falando de um país cujos telões eletrônicos, propagandistas com seus megafones e sinais de semáforo se misturam a uma população inquieta, que vai e volta freneticamente, num ritmo que parece não ter fim. Se a sensação faz parte da culpa histórica dessa ter sido a primeira cidade a ser atingida pelo impacto da guerra nuclear, é difícil dizer, mas minha prima ZEZÉ" que mora na terra do sol-nascente há mais de 30 anos, quando em visita o ano passado em minha residência, nos relata maravilhas dos costumes nipônicos e os avanços tecnologicos em todas as áreas do conhecimento humano, chegou afirmar que sente vergonha em andar pelas ruas no Brasil, e constatar que temos comportamentos ainda do mundo medieval e exemplificou, homens adultos andando nus da cintura pra cima (sem camisa), e ficou mais pasma quando viu homens maltrapilhos retirando entulhos das ruas em carroças e servindo de animal (puxando a carroça), e apenas transportando o entulho de um lugar para outra mais adiante não resolvendo o problema. Ficou estarrecida em constatar o cotidiano na grande Belém.fez uma visita a escola que trabalho da rede pública e ficou pasma com tamanha área devoluta e sem serventia, mas ainda quando constatou o local insalubre de sala tanto para os professores como para alunos, e disse que a propaganda do governo a nivel internacional é totalmente diferente do que ela constatou in loco. Mais aterorizada ficou ao andar em coletivos que chovia mais dentro do que fora e a precaridade do transporte coletivo a insegurança de modo geral, fez com que ela comprase um carro o qual antes de ir embora presenteou a família desejando sorte a todos e não sabia se ainda voltaria ao Brasil uma vez ter dupla cidadania e sentia vergonha por constatar que seus pátrios viviam em um atraso em relação a outros paises.

Mais isso é uma outra história, vamos voltar ao foco do que representa o dia 06 de agosto na história da humanidade.

Em 65 anos, Hiroshima parece ter perdoado - com a cultura americana descaracterizando casas e estabelecimentos - mas não esquecido a tragédia que ocorreu em 6 de agosto de 1945.

Segundo dados do governo, a cidade recebe anualmente cerca de 3 milhões de turistas, 99% deles com um único interesse: conhecer a Praça Memorial da Paz, hipocentro da bomba, que explodiu a 500 m do centro. Apesar da importância histórica do local, sua entrada tem ares de espetáculo gore. Não dá pra deixar de notar a fixação que as pessoas têm pela guerra e o grand finale da bomba atômica. O problema é que a ficção científica acaba quando começa a nossa culpa cristã. Se teve uma coisa que o Japão aprendeu nesses anos de paz "velada" no mundo, foi destruir com qualquer sensação de prazer que o peso histórico da ameaça nuclear possa causar.

O Museu Memorial da Paz é um dos poucos museus financiados integralmente pelo governo japonês. A entrada, simbólica, custa apenas R$ 1,20 (em valor convertido), uma taxa para que ele continue em pé todos os dias do ano. Uma vez lá dentro, é possível acessar informações em nove línguas, entre elas o português.

Entre imagens da destruição e maquetes feitas para ilustrar as perdas do povo japonês, podemos ver réplicas de corpos se despedaçando, objetos e roupas que pertenceram às vítimas, todas com um pequeno texto contendo a história de cada uma delas. Há uma sala somente para Sadako Sasaki, garota que sobreviveu à bomba atômica mas morreu dez anos depois, com um quadro complicado de leucemia. Ela, como milhares de habitantes da cidade e seus arredores, tornou-se uma "gembakusha", como os japoneses chamam os sobreviventes da bomba que posteriormente desenvolveram câncer e problemas de saúde devido à radiação.

Sadako morreu em outubro de 1955, após fazer 644 "tsurus", origamis no formato de pássaros que representam a paz. Para os japoneses, Sadako é símbolo da ameaça atômica e dos horrores da guerra. Na praça memorial da paz, a menina tem até um monumento, onde diariamente grupos de crianças japonesas em idade escolar vão fazer orações.

O Museu de Hiroshima ainda abriga alguns valiosos - e raros - itens, a maior parte deles doados pelo próprio governo americano. Uma carta redigida por Albert Einstein sobre o primeiro experimento da energia atômica choca com seu passado histórico. "Pode ser que ela seja necessária no futuro", afirma ele.

No último corredor, desenhos feitos por crianças na época do bombardeio, quando a cidade ainda se reerguia. São rabiscos de pessoas andando em meio ao fogo e vários corpos flutuando pelo rio que corta a cidade. Na saída, quem quiser ainda pode passar pela conhecida chama ("aquela que só será apagada quando todas as bombas atômicas deixarem de existir") e tocar o sino mundial da paz - praticamente a única coisa que pode ser realmente ouvida na praça além do piado dos pássaros e do ziguezague dos passos.

A Cúpula Genbaku, que à noite fica iluminada em holofotes de várias cores, do lado de fora, foi a única construção que ficou de pé com a explosão. As ruínas permanecem intactas, isoladas por alarmes, segurança e alguns fortes alicerces. A construção, que pertenceu à prefeitura de Hiroshima, era para ter sido demolida, mas hoje é patrimônio mundial e a maior memória real dos japoneses - e do resto do mundo - sobre o ocorrido.

Mas a bomba não está apenas nos arredores do Parque Memorial. Há um esforço conjunto da cidade em exibir cartazes, outdoors e guias que falam sobre a ameaça radioativa. Não é raro encontrar também nas inúmeras revistarias da cidade manuais e aulas em vídeo sobre como proceder em caso de bombardeio. Tais materiais se misturam a manuais de sobrevivência em caso de desastres naturais, por exemplo. E a pomba da paz está presente em qualquer canto que se vá: nas ruas centrais, ônibus, estações de trem e praças comerciais.

Por volta dos anos 1960, uma fonte de água foi construída no centro da cidade para lembrar as vítimas do ataque. Com a pele derretendo e os órgãos sucumbidos pela radiação, as pessoas expostas ao clarão engatinhavam e andavam pelo solo quente em busca de água. A população de Hiroshima foi aconselhada a não oferecer água para ninguém, evitando contaminações. Como conseqüência, muita gente morreu de sede. A fonte, construída em mármore, tem a forma de um relógio que marca às 8h15, horário que a bomba explodiu. A água é um pedido de desculpa do Japão para saciar a "sede eterna daqueles que morreram".

O Ministério da Saúde japonês afirma que ainda existem cerca de 200 mil sobreviventes da bomba atômica vivendo em Hiroshima, a maior parte deles com mais de 70 anos. Mais da maioria sofre sequelas da radiação emitida pela bomba A. Depois de uma forte pressão da população local, o governo passou a beneficiar todos os afetados, oferecendo assistência médica gratuita e uma indenização que gira em torno de 19 mil ienes para casos mais leves e 140 mil ienes para casos graves em que se precisa de acompanhamento médico frequente.

Há quem diga que Hiroshima e suas 140 mil vítimas não chegaram perto do que o exército japonês foi capaz de fazer com seus inimigos durante a 2ª Guerra Mundial. A bomba atômica seria uma forma de fazer o mundo - e a América - se culpar por uma guerra que teria acabado bem depois, se não fosse a intervenção do Enola Gay com seu little boy cortando o céu da cidade. Mas 65 anos depois, ainda há marcas da bomba atômica em Hiroshima. Marcas essas que frearam e ainda vão frear alguns sérios conflitos políticos, pelo medo cada vez maior de uma população que não quer ser dissipada. Hiroshima ainda está de luto para ensinar que na guerra nuclear, ninguém sobrevive. Ganha quem morre por último.

Minha prima 'ZEZE", relatou que os japoneses alcançaram um nivel intelectual muito alto e são uma sociedade de doutores e intelectuais, após a II grande guerra, por que investiram em educação básica, e que um dos três filhos dela fabricou seu proprio veículo o qual todo computadorizado recebe até comando de voz. Quando chegaremos a esse nivel?

06 DE AGOSTO NÃO DEVEMOS ESQUECER

65 anos da bomba atômica em Hiroshima

Hiroshima após a explosão que liberou 15 mil toneladas de TNT

Na manhã do dia 6 de agosto de 1945, o mundo conheceu o poder de destruição das bombas atômicas. A cidade japonesa de Hiroshima foi alvo do primeiro ataque nuclear da história, proferido pelos Estados Unidos, matando milhares de pessoas instantaneamente e outras lentamente, em decorrência dos efeitos da radiação.

A Segunda Guerra Mundial estava em curso desde 1939. Na Europa, a Inglaterra e a União Soviética tentavam conter as forças nazi-fascistas, enquanto os Estados Unidos reuniu suas forças para combater o Japão imperialista. Os EUA buscavam revidar o ataque japonês à base de Pearl Harbor em 1941 e, após dar ao país um ultimato de rendição sem obter resposta, enviaram a Hiroshima a bomba “Little Boy”, transportada e lançada pelo bombardeiro B-29, apelidado Enola Gay e comandado pelo piloto Paul Tibbets.

Passados apenas 57 segundos do lançamento, a 600 metros do solo, a bomba explodiu liberando 15 quilotons de carga - o equivalente a 15 mil toneladas de TNT –, em uma onda de calor e choque que pulverizou instantaneamente 11 quilômetros quadrados a partir de seu epicentro. Além das 70 mil pessoas mortas no momento da explosão, o número de vítimas dobraria em questão de horas, devido aos graves ferimentos causados por queimaduras e soterramentos. Nos meses e anos que se seguiram, o Japão viu seus milhares de hibakusha – como foram chamados os sobreviventes da bomba atômica – morrerem em decorrência da radiação, com câncer e mutações.

Constatando seu país destruído, o imperador Hiroito assinou a rendição do Japão dia 14 de agosto, após a cidade de Nagasaki também sofrer um ataque. A saída do conflito trouxe o fim da Segunda Guerra, mas marcou para sempre a história mundial, colocando a dúvida sobre o uso deste novo artefato militar.

Após o desastre, Hiroshima construiu museus e memoriais para relembrar o acontecimento e honrar os 140.000 japoneses mortos no ataque. O local do epicentro da explosão recebe hoje o Parque Memorial da Paz, idealizado pelo renomado arquiteto japonês Kenzo Tange. Às margens do rio Motoyasu, onde foram criados os jardins, encontra-se a Cúpula Genbatsu, uma estrutura que resistiu às explosões, tornando-se um marco da cidade e dos sobreviventes. O complexo abriga ainda um museu, com objetos pessoais e ruínas, como um relógio com os ponteiros parados na hora da explosão, 8h15 da manhã. O parque tornou-se patrimônio mundial da Unesco em 1996 e todos os anos é sede de cerimônias para honrar as vítimas e os hibakusha - os sobreviventes que atualmente contabilizam 263.945 pessoas.

Acredito que os EUA, fez demonstração de força perante ao mundo, quando jogou as duas bombas sobre Hiroshima e Nagasaki, não havia mais motivo do uso de tamanha brutalidade uma vez que a guerra estava no seu final, as forças japonesas já estavam sem folego, para qualquer ataque, um dos indicios foram os KAMIKAZE, em que os pilotos japoneses arremessavam seus aviões contra os navios inimigos pois não tinham combustível o suficiente para chegar em uma base segura. Há um relato de um japonês que tentou colidir com um navio no seu avião mas foi abatido antes de chegar ao alvo, sobrevivendo logo após a queda no mar.Isto fez com que ele sentisse muita vergonha por não ter conseguido cumprir sua missão.

Existem versões diferentes para a verdadeira história da criação do tipo Kamikaze. Durante os combates aéreos da Guerra do Pacífico, muitos pilotos, sobrevoando diretamente os navios inimigos ou instalações em terra, se viram em situações de gravemente feridos ou o avião muito avariado. Em tais situações, muitos optaram enquanto era possível manobrar a aeronave, por um mergulho suicida contra o objetivo inimigo. Essas ocasiões não raras, ainda não eram consideradas verdadeiramente um ataque-suicida e sim uma maneira de atingir o objetivo uma vez que havia mínimas chances de sobrevivência, pois não havia equipamentos de salvamento, tais como, paraquedas.

O ataque Kamikase foi um assunto totalmente diverso, pois nesta operação, o piloto ou a tripulação inteira de um avião atacante, eliminava até a mais remota probabilidade de salvamento, uma vez empenhado no mergulho mortal contra o inimigo.

Portanto, nesse sentido os EUA, apenas quis se firmar como potência bélica e se fazer respeitar por outras Nações, devido o ataque japones à base de Pearl Harbor em 1941, o que foi uma grande perda para os nortes americanos, jamais esquecida.