sexta-feira, 6 de abril de 2012

IGUAL TUCURUI NA DÉCADA DE 70 (1970)

"Ainda tem muita água para rolar debaixo dessa ponte"

Aumento da violência, prostituição, tráfico de entorpecentes e muito mais miséria, a corrida já começou gente de todos os estados e quando se passarem algumas décadas vão querer fazer movimentos para dividir o Pará. Assim esta acontecendo com o sul e sudeste do Pará, na figura dos políticos que ganharam dinheiro se radicaram nessa grandiosa terra e agora se fazem de paladinos e querem dividir o indivisível.

Cordão de operários interrompe acesso a Belo Monte

O trabalho nos cinco canteiros de obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), foi interrompido no começo ontem de manhã por um cordão de trabalhadores e manifestantes de movimentos sociais insatisfeitos com a construção da usina e as condições de trabalho.

O cordão impediu a partida dos ônibus desde a madrugada (4h) até as 9h. O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) não soube informar quanto do trabalho já foi retomado.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada (Fenatracop), Wilmar Gomes dos Santos, disse que o grupo responsável pelo protesto não tem representatividade na base dos trabalhadores (7 mil pessoas). “Fomos surpreendidos. É um movimento alheio aos trabalhadores”, defendeu.

Francenildo Teixeira Farias, operário do sítio e apoiador do protesto ocorrido ontem, reclama do consórcio e da atuação sindical. “Eles estão falando a língua do consórcio”, disse, se referindo à Fenatracop e ao Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintrapav).

A situação da obra da hidrelétrica foi tratada na tarde de anteontem, no Palácio do Planalto, durante a instalação da Mesa Nacional Permanente para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção, segundo Atnágoras Lopes, integrante da Central Sindical Popular – Coordenação Nacional de Lutas (CSP-Conlutas). “Aproveitamos para denunciar [as más condições de trabalho]. O governo ficou de olhar de perto”, disse.

Ontem, uma reunião entre o consórcio, os trabalhadores e o Sintrapav na Associação do Comércio e Indústria de Altamira teria discutido a pauta dos trabalhadores, que inclui o aumento das remunerações; redução do intervalo de visita à família (a cada 90 dias e não 180); melhoria na qualidade da comida e da água fornecida pelo consórcio aos empregados; o pagamento de horas extras aos sábados, e melhoria no transporte.

Para o delegado sindical, Wendel Lima, ligado ao Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintrapav), os trabalhadores têm razão em protestar. “É preciso melhorar as condições da obra”, disse reclamando especialmente dos ônibus que transportam diariamente os empregados.

O Movimento Xingu Vivo Para Sempre, que é contrário à obra, afirma que o CCBM já preparou uma lista de empregados que serão demitidos por causa do movimento grevista iniciado há seis dias. A assessoria do consórcio nega que haja lista de desligamentos e diz que a intenção é continuar negociando com os trabalhadores. O consórcio tem até o dia 16 de abril para formalizar se aceita as reivindicações dos operários. (Agência Brasil)

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