domingo, 15 de abril de 2012

ARAGUAIA SEUS ERROS E ACERTOS

Araguaia não foi um episódio qualquer na história

O presidente da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, afirmou hoje (14) que a Guerrilha do Araguaia, que completou 40 anos no último dia 12, não foi um episódio qualquer da história do Brasil, mas sim um momento no qual houve um massacre direcionado a um conjunto de brasileiros resistentes em uma das maiores mobilizações militares.

A data foi lembrada durante o Sábado Resistente, ciclo de eventos realizado uma vez por mês no Memorial da Resistência de São Paulo. O evento é organizado pelo Memorial e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, para lembrar o período da ditadura militar no Brasil.

Hoje o encontro debateu o legado do movimento guerrilheiro, além da responsabilidade pelos crimes cometidos pelo Estado na região. “Reunir quase 3 mil soldados para dizimar a vida de 79 militantes é uma brutalidade que precisa ser cada vez mais denunciada e transformada em uma questão de debate público nacional para que as pessoas tenham consciência de que a violência da ditadura tem reflexos até os dias de hoje", disse Abrão.

Segundo ele, é necessário um trabalho cotidiano para superar a cultura da violência."Esse é o legado que a juventude do Araguaia deixa para nós”, acrescentou.

Atualmente, destacou Abrão, o país vive em uma democracia, porém ainda existem ambientes autoritários e de opressão nesse regime. “Saber se dar conta disso é perceber que a democracia não é um fim em si mesma, é um processo, e nossa tarefa hoje não é mais a de simplesmente reconquistar o direito de votar e viver com liberdade, e sim o de democratizar nossas relações sociais e aquilo que nos iguala enquanto cidadãos.”

Para o diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, Maurice Politi, é preciso regatar, a todo momento, os movimentos de resistência à ditadura militar, porque durante muitos anos passou-se uma borracha em cima do que aconteceu no país e, por isso, a juventude não conhece esse período da história. “Partimos do princípio de que, só conhecendo o passado, podemos entender o presente e construir um futuro melhor para que períodos como aquele não se repitam mais", disse ele.

Um dos homenageados do dia, José Moraes, conhecido como Zé da Onça, era um camponês que vivia no Araguaia e apoiou os guerrilheiros que lá se instalaram, ajudando-os com alimentação, abrigo e transporte de mantimentos “Eu me sinto muito emocionado, forte, porque eles eram pessoas humildes, que ajudavam os outros. Eles viam uma pessoa pela primeira vez e parecia que já a conheciam há 200 anos. Eu amava aquele povo. O que lembro dos guerrilheiros, eu vi e conto o que vi ao vivo. Eu convivi com eles.”

O movimento guerrilheiro no Araguaia começou no fim dos anos 60 para lutar contra a ditadura militar. Organizado por pessoas ligadas ao PCdoB, o grupo acabou constituindo o primeiro movimento que enfrentou o Exército durante o regime militar. No conflito, morreram mais de 60 pessoas e muitos corpos continuam desaparecidos. (Agência Brasil)

Conclusão

A guerrilha do Araguaia, foi uma empreitada desastrosa do PCdoB que queriam tomar o poder pelas armas. Quando Paulo Abrão diz: “Reunir quase 3 mil soldados para dizimar a vida de 79 militantes é uma brutalidade que precisa ser cada vez mais denunciada e transformada em uma questão de debate público nacional para que as pessoas tenham consciência de que a violência da ditadura tem reflexos até os dias de hoje". Certamente concordo que até os dias de hoje tem reflexos, reflexos positivos na própria democracia e no livre exercício dela, tanto que a própria Comissão de anistia se beneficia do livre exercício de expressão e outras benesses conquistadas no decorrer dos anos pós-período militar. Será que os membros da comissão queriam que fosse o inverso que os 3 mil soldados fossem todos eliminados, para florescer um sistema de governo falido em outras partes do planeta?

Hitler nos ensinou muito bem que não se toma o poder pelas armas e sim pelo voto e assim fez na Alemanha, foi candidato a Chanceler e venceu por milhares de votos, pós fracasso de tentativa de tomar o poder pelas armas e quando tomou o poder fez a política desastrosa da conquista do espaço vital e tentou implantar a política do embranqueamento.

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