O golpe
revelado
Um documento da Embaixada dos Estados Unidos em
Assunção para o Departamento de Estado, em março de 2009, desmente a alegação
de que a derrubada de Fernando Lugo fosse a reação do Congresso à inaptidão
presidencial ante o confronto armado de sem-terra e policiais no Paraguai.
Aqui também o MST tem as "benção" do governo, leia-se muito dinheiro do povo.
Com três anos e dois meses de antecedência, o
governo de Barack Obama estava informado, por sua embaixada, do golpe que era
planejado sob o disfarce de "um julgamento político dentro do
Parlamento". Tal como veio a ser feito.
Aos moldes do que aconteceu no Brasil,
no ano de 1954 com a morte de GETULIO VARGAS, os militares tiveram que adiar
por 10 anos a tomada do poder.
A ideia de que houve uma ação legítima e
constitucional, no afastamento de Lugo, desaba sob a prova da longa
conspiração.
A Constituição foi tão vítima do golpe quanto o
presidente eleito. Os conspiradores planejaram uso fraudulento dos dispositivos
constitucionais de defesa da democracia. Assim viriam a ludibriar os países
vizinhos, e os acordos internacionais, com as aparências de uma medida
parlamentar legal.
O que não foi o caso do Brasil na tomada do poder pelos militares.
O documento confidencial da embaixada para o
Departamento de Estado foi divulgado pelo Wikileaks, o "site" que os
governos americano e inglês, sobretudo, vêm tentando silenciar, por suas
revelações de documentos secretos comprovadores de práticas ilegais e imorais,
principalmente, das potências.
No caso atual, vê-se que, apesar de informado sobre
a conspiração desde cedo, o governo dos Estados Unidos não produziu nenhum
indício de defesa da democracia paraguaia. E, logo após a derrubada de Lugo,
foi o primeiro a dar mais do que indícios de apoio ao empossado Federico
Franco, mais simpático aos Estados Unidos do que à América do Sul. Isso sim tem
muita semelhança com o Brasil das décadas anteriores.
Um pouco mais tarde, a secretária Hillary Clinton
fez um dúbio recuo, para algo parecido com indefinição. Não seria conveniente
opor-se, tão depressa, à condenação imediata do "golpe parlamentar"
feita por grande parte da América Latina.
O general Lino Oviedo é apontado, no documento
americano, como um dos dois principais condutores da conspiração, com a
companhia do ex-presidente Nicanor Duarte.
Oviedo é um desses tipos comuns de militares
maníacos de golpismo: cucaracha típico. O que o fez passar anos no Brasil como
fugitivo e, depois, como asilado, por fracassar na tentativa de golpe contra o
então presidente Juan Wasmosy. Oviedo já se põe como candidato nas eleições
presidenciais a ocorrerem, dizem, daqui a nove meses.
Isso sim me faz lembrar NAPOLEÃO BONAPARTE com suas
idas e vindas na França, até ser congnominado Imperador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário