quarta-feira, 27 de junho de 2012


Cinebiografia de Darwin em cartaz na Saraiva

Enfocando as dificuldades e o drama vivido pelo naturalista britânico Charles Darwin pouco antes de publicar a obra “A Origem das Espécies” – que abordaria o nosso parentesco com os primatas -, o filme “Criação” é o objeto de análise desta quinta-feira (28), na livraria Saraiva. Críticos de Cinema do Pará e pela Academia Paraense de Ciências, na livraria Saraiva.
Produzido em 2009, a produção de uma cinebiografia de Darwin permite e seguinte indagação: Como transformar a história de um homem que desafiou o sentido da própria existência, num filme com pouco mais de uma hora e meia de duração? Responsável pelo épico marítimo “Mestre dos Mares”, Jon Amiel aceitou o desafio e chamou Paul Bettany para dar vida ao cientista, e a para interpretar a prima e esposa Emma
Ao tentar humanizar a história pessoal do autor da teoria evolutiva mais consistente já pensada, a obra dá muita atenção ao conflito entre seu trabalho científico e a religião da mulher – e também prima – Emma Edgwood (Jennifer Connely que conheceu e casou com seu par romântico durante as filmagens). Em meio à essa delicada questão, Darwin ainda enfrenta uma perda dolorida, e o desprezo dos colegas ao tentar provar que evoluímos por meio da seleção natural e sexual.
Há, no filme, uma clara e compreensível preocupação em mostrar o homem por trás do mito, demonstrando como a vida familiar conturbada o influenciou no desenvolvimento de um pensamento original e revolucionário. E equilibrar esse viés, com os momentos nos quais ele descortina as questões da nossa identidade fisiológica, que enxerga a natureza – e em especial, os macacos - e buscar compreender como nos desenvolvemos racionalmente, é o grande desafio em questão.
O personagem principal vai nos atraindo com o seu dilema moral constante, que o arrasta e pesa na consciência. Um homem na corda bamba entre ter fé e religiosidade ou seguir adiante com seus estudos, temendo consequências drásticas à humanidade, com o possível fim da crença em Deus, que pode gerar certo caos. Vale mergulhar no enredo e se embevecer pela fotografia belíssima, a direção de arte que recria a época de modo irretocável, e os atores que estão à vontade em seus papéis, em especial Bettany, que inclusive havia vivido um naturalista no já citado “Mestre dos Mares”.
Apenas interessante, nada de concreto apenas se contrapõem a criação divina, o Universo é fabuloso e harmonioso obra exclusiva da criação de DEUS.          

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