Créditos ALBERTO ANDRADE
Como falar mal das greves sem falar mal dos professores?
Difícil. Hoje (10 /12) a Globo ficou ali, em cima do fio da navalha. Precisavam falar mal das greves que atrasaram os calendários, mas foram obrigados a expor o caos que a educação passa em nosso país.
Difícil. Hoje (10 /12) a Globo ficou ali, em cima do fio da navalha. Precisavam falar mal das greves que atrasaram os calendários, mas foram obrigados a expor o caos que a educação passa em nosso país.
Reconheceram que os problemas estão nas escolas com péssimas condições, salários atrasados, reformas inacabadas, falta de uma política educacional de fato, enfim, tudo aquilo que denunciamos há décadas.
O Alexandre Garcia fez as velhas (mas ainda eficazes) comparações dos países que investiram em educação e são hoje exemplos de desenvolvimento. Pecou ao final ao cobrar o "mérito", que na lógica neoliberal é a coroação do esforço individual, que pra mim é parte e não solução do problema.
Depois os âncoras do Bom Dia Brasil elogiaram uma escola no Ceará (Adauto Bezerra), onde estuda no 2° ano o aluno João Vitor, de 16 anos, que acertou 172 das 180 questões do Enem.
Um feito magnífico, cujo aluno reconheceu nos professores seu incentivo.
A escola usa como método a motivação e estudos em grupo, que ajudam no desempenho dos educandos e aumentaram de 5 aprovados para universidade em média em 2005, para mais de 200 este ano.
Um bom exemplo a ser seguido, especialmente pelos governos que precisam garantir meios para boas práticas se multiplicarem.
Valorização, Jornada de trabalho digna, formação continuada, combate à violência nas escolas, boas condições de trabalho,... são estes "meios" para dar possibilidade aos educadores de formular alternativas pedagógicas de qualificar nossa educação e aos educandos a condição de uma boa aprendizagem.
Mas pra isso, o governo tem que investir de fato e não só na propaganda. Nada de novo, mas continuamente necessário!
Nenhum comentário:
Postar um comentário