sábado, 31 de março de 2012

É MUITO ROUBO POR BAIXO DO POSTER

a Celpa deve ainda R$ 135 milhões de ICMS ao Estado.

Há um mês, a empresa, controlada pelo grupo Rede Energia, entrou com um pedido de recuperação judicial devido ao agravamento da sua situação econômica. A Celpa tem que apresentar à Justiça, no próximo dia 5 de maio, o plano de recuperação.

Os senadores tem é que determinar a substituição da administração e a Eletrobras assumir o controle da distribuidora ou, pelo menos, aumentar sua participação e ajudar com novo investimento. Não adianta insistir com o plano de recuperação a roubalheira foi grande o investimento foi pífio.

O governo federal tem que tomar qualçquerr atitude pois o governo estadual esta desmoralizado desde a sua privatização, não acionou a celpa na justiça para receber o repasse do ICMS, tem com certeza roubo e corrupção por baixo dessa rede.

No meu entendimento a iniciativa privada ou os acionistas devem acionar a Justiça para assumirem o controle administrativo acredito que seja o único caminho, só assim não sofreremos com falta de energia constantemente como tem acontecido.

sexta-feira, 30 de março de 2012

REVOLTA DA VACINA

Revolta da Vacina

A chamada Revolta da Vacina ocorreu de 10 a 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

O início do período republicano no Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares. O motivo que desencadeou esta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola.

História

Antecedentes

No inicio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, como capital da República, apesar de possuir belos palacetes e casarões, tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e esgoto, coleta de resíduos precária e cortiços super povoados. Nesse ambiente proliferavam muitas doenças, como a tuberculose, o sarampo, o tifo e a hanseníase. Alastravam-se, sobretudo, grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica.

Decidido a sanear e modernizar a cidade, o então presidente da República Rodrigues Alves (1902-1906) deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr. Oswaldo Cruz para executarem um grande projeto sanitário. O prefeito pôs em prática uma ampla reforma urbana, que ficou conhecida como bota abaixo, em razão das demolições dos velhos prédios e cortiços, que deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins. Milhares de pessoas pobres foram desalojadas à força, sendo obrigadas a morar nos morros e na periferia, em comunidades hoje conhecidas como favelas.

Oswaldo Cruz, convidado a assumir a Direção Geral da Saúde Pública, criou as Brigadas Mata Mosquitos, grupos de funcionários do Serviço Sanitário que invadiam as casas para desinfecção e extermínio dos mosquitos transmissores da febre amarela. Iniciou também a campanha de extermínio de ratos considerados os principais transmissores da peste bubônica, espalhando raticidas pela cidade.

A revolta popular

"Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados às pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz" (Gazeta de Notícias, 14 de novembro de 1904).

A resistência popular, quase um golpe militar, teve o apoio de positivistas e dos cadetes da Escola Militar. Os acontecimentos, que tiveram início no dia 10 de novembro de 1904, com uma manifestação estudantil, cresceram consideravelmente no dia 12, quando a passeata de manifestantes dirigia-se ao Palácio do Catete, sede do Governo Federal. A população estava alarmada. No domingo, dia 13, o centro do Rio de Janeiro transforma-se em campo de batalha: era a rejeição popular à vacina contra a varíola que ficou conhecida como a Revolta da Vacina, mas que foi muito além do que isto.

Para erradicar a varíola, o sanitarista convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória (31 de Outubro de 1904), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força.

A população estava confusa e descontente. A cidade parecia em ruínas, muitos perdiam suas casas e outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos mata-mosquitos, que agiam acompanhados por policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou.

A aprovação da Lei da Vacina foi o estopim da revolta: no dia 5 de novembro, a oposição criava a Liga contra a Vacina Obrigatória. Entre os dias 10 e 16 de novembro, a cidade virou um campo de guerra. A população exaltada depredou lojas, virou e incendiou bondes, fez barricadas, arrancou trilhos, quebrou postes e atacou as forças da polícia com pedras, paus e pedaços de ferro. No dia 14, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se sublevaram contra as medidas baixadas pelo Governo Federal.

A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de Novembro). A rebelião foi contida, deixando 30 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o Acre.
Ao reassumir o controle da situação, o processo de vacinação foi reiniciado, tendo a varíola, em pouco tempo, sido erradicada da capital.

quarta-feira, 28 de março de 2012

MENSAGEM AOS ALUNOS DA ESCOLA PAULO MENDES E ANTONIO GONDIM LINS EM ANANINDEUA/PA

Em todos os povos do mundo, em todas as épocas da humanidade, o que se espera de uma nova geração é que ela aprenda os ensinamentos aplicados e siga os passos daqueles que já trilharam muitos caminhos. Esperamos que nossos alunos se orgulhem do nosso espaço democrático, nossa escola é um Instituto de educação estamos de portas abertas para aquelas pessoas que realmente sabem o que querem e buscam um futuro melhor. Portanto desejamos a todos que coloquem em prática os ensinamentos dos educadores da escola Paulo Mendes, "Eduque-se o jovem de hoje e não será preciso punir o adulto de amanhã" não só eu como todos os funcionários da Escola Paulo Mendes nos orgulhamos dos nossos alunos.

O Conhecimento não é somente assimilar passivamente um saber, um conteúdo, um objeto. Admitimos a ideia de que devemos partir de algo, mas para que haja conhecimento esse algo deve ser transformado, repensado, ter que adquirir novo significado e ser re-elaborado. Podemos fazer isso em conjunto, com todos juntos professores e alunos, mas cada um, individualmente, precisa contribuir com sua parcela de intelectualidade e de ação no sentido de tornarmos nossa escola cada vez mais grandiosa no seio da comunidade do Icui e no município de Ananindeua.

Juntos queremos, nesse novo ano letivo fortalecermos nosso espírito para que os objetivos almejados em nossos projetos sejam alcançados com sucesso. E nesta caminhada precisaremos de perseverança, senso de compromisso, dedicação, entrosamento e responsabilidade de todos.

É com esse espírito e amor pela educação, que damos as boas vindas e um bom retorno a todos: Aos alunos, para que com vibração e alegria iniciemos nossas atividades.

ALUNOS (as) TURMA 503 (TURNO TARDE)

01- AMANDA SINVAL LEAL
02- DANIELLY BORGES SILVA
03- ADAILSON MORAES SILVA
04- NATHALIA CRISTINA RODRIGUES LOBATO
05- SAYLON VICTOR GOMES MAMEDE
06- LUAN PATRICK OLIVEIRA RODRIGUES
07- IGOR DE JESUS FONSECA
08- WELLIGTON POATRICK DO ESPIRITO SANTO
09- WELLIGTON SANTIAGO XAVIER
10- JULIA MAYRA ALCÂNTARA DOS SANTOS (VICE-REPRESENTANTE DE CLASSE)
11- AILTON HIGOR MACHADO
12- SELMO LUIZ SILVA FERREIRA FILHO
13- ENILDA HELENA VALADAR DE ANDRADE
14- BRUNO PONTES PANTOJA
15- ANDRÉ LUIS P. DE ALMEIDA
16- ROBERTO CARLOS PEREIRA COSTA
17- EDMILSON NASCIMENTO SOUZA
18- YOCUIDESON DE MORAES LOBATO
19- MAICAN DA SILVA TRINDADE
20- IANCA DA SILVA TRINDADE (REPRESENTANTE DE CLASSE)
21- JOSIVAN DE MORAES LOBATO
22- ELITON COSTA CORREA
23- LUCAS RAFAEL DA SILVA MACHADO
24- EMILIE CRISTINA NUNES LISBOA
25- LUIDE CORREIA RODRIGUES
26- BRUNA STEFANI ALMEIDA DOS SANTOS
27- KARLA ROSANA RAMOS ARAUJO
28- CAROLINE DE LIMA XAVIER
29- BRUNA DA SILVA NEVES
30- KARINA FEITOSA NASCIMENTO
31- RAYSSA FERNADES RODRIGUES
32- RAIANE RAMOS DA SILVA
33- ROGER WILLEN DOS SANTOS GOMES
34- MARCOS JOSÉ PEREIRA DA COSTA
35- JOSUE VICTO DA SILVA OLIVEIRA
36- IGOR DAVID MOREIRA DE MOURA
37- CALEB HARISON DE ASSIS DALMACIO
38- PAULO FELIPE LISBOA DE SOUZA
39- HIAGO JAÉS GONÇALVES DA SILVA
40- ADRIANO MONTEIRO DA SILVA

TURMA 504 (TARDE)

01- RENAN DO NASCIMENTO DA CRUZ
02- DILON MARQUES MARTINS
03- IRANDSON NAZARENO DO SOCORRO A. MAGNO
04- RAYANA SILVA TRAJANO
05- YURI FELIPE DA SILVA ASSIS
06- EVERTON ALEXANDRE LIMA XAVIER
07- TAISSA ALMEIDA VALENTE
08- ADRIANA DO SOCORRO BRITO DA SILVA
09- CARLOS LORRAN COSTA BARROS
10- SUELEN YASMIM JESUS DE BARROS
11- FABIANE BATISTA DA COSTA
12- ELIELTON ANDRÉ RIBEIRO COSTA
13- MESSIAS SODRÉ SILVA
14- AMANDA CRISTINA CARVALHO FERREIRA
15- CLEIDIENE PEREIRA LISBOA
16- SUELLEM RODRIGUES DA SILVA
17- THIAGO RAMOS FONSECA
18- SERGIO ALEXANDRE DA SILVA DE SOUZA
19- DIEGO ROBERTO BASTO SILVA
20- MARCELA ROXANE F.
21- PAULO VINICIUS SOUZA LEITE
22- VANDO MORAES PEREIRA
23- INGRID NICOLLE DO NASCIMENTO SALDANHA
24- JOÃO DANIEL BALEIEIRO DE ALMEIDA
25- LUIS DARCI COSTA DE ARAÚJO
26- JAINARA RODRIGUES BAIA
27- KAROLAINE DA SILVA FERREIRA
28- FABRICIO AMBÉ DOS SANTOS

TURMA 603 (TARDE)

01-WARLEN PINHEIRO CORRÊIA
02- SILMARA FERREIRA CUNHA
03- BRENDA CUNHA FERREIRA
04- BRUNO FERREIRA CUNHA
05- HELITON MONTEIRO DA SILVA
06- ANDREY SILVEIRA GARCIA
07- GABRIEL BARROSO DA SILVA
08- ISMAEL DE SOUZA RIBEIRO
09- IAN PATRICK DA COSTA MOREIRA BRITO
10- CAMILA DOS REMEDIOS RAIOL
11- JAQUELINE GONÇALVES TEIXEIRA
12- EMANUELE MESQUITA DE SOUSA
13- RAYSSA GABRIELLE LIMA
14- KEILA NADIME ASSIS CARDOSO
15- JOYCE FERREIRA CUNHA
16- INGRID PASSOS SILVA
17- MAURICIO CAVALCANTE
18- FELICIO AILSON CORREA SANTOS
19- JENNIFER ALBUQUERQUE NEVES
20- WALLERY VANESSA FERREIRA DA SILVA
21- JHONATA MICHEL DE MELLO ALMEIDA
22- EWELIN NOGUEIRA DA COSTA
23- LAILA SUELEM LIMA DA SILVA
24- JULIANA DO SOCORRO SERENI
25- FLAVIO EDUARDO NASCIMENTO SALDANHA
26- JANAEL LISBOA
27- VIVIANE LEITTE CRUZ
28- BRENDA GISELE MESQUITA DE ARAUJO
29- FRANCISCO GONÇALVES TEIXEIRA
30- GABRIELA MOREIRA CARDOSO
31- SAMILY DO SOCORRO DOS SANTOS DA SILVA

TURMA 703 (TARDE)

01- CAMILLI ALVES
02- LAIS DOS SANTOS
03- LUCIRLÂNDIA OLIVEIRA SANTOS TEMBÉ
04- BRENDA KAROLINE DE SOUSA DA COSTA
05- SERGIO RODRIGO SOUSA DA SILVA
06- LUCAS WALLACY WAGNER DA SILVA COSTA
07- ISMAEL PEREIRA MARQUES
08- RAPHAEL PAULO DA SILVA SANTOS
09- IZAIAS FREITAS UCHÔA
10- JHONYS MARQUES DA SILVA
11- ANA FLAVIA BRABO SAMPAIO
12- WAGNER DA SILVA COSTA
13- CLEICIANE MOREIRA DA SILVA
14- KEILA FEITOSA NASCIMENTO
15- GABRIELA SILVA DA SILVA
16- GILCILENE PINHEIRO PIMENTEL
17- HELEM CAREM DA SILVA NASCIMENTO
18- EDSON ALBUQUERQUE ATAIDE JUNIOR
19- BIANCA PEREIRA DA SILVA
20- DAIANA DO CARMO PANTOJA
21- BEBERT MAIA BARBOSA
22- MARCIELEN ALCÃNTARADIAS
23- RENATA CHARLANNE DE SOUZA CASTRO COSTA LIMA
24- SAMARA MOREIRA BARATINHA
25- SAMARA ROBERTA AZEVEDO DA LUZ
26- JESSICA SABRINA DE MELO ALMEIDA
27- RENARA LAIS DO NASCIMENTO ROCHA
28- ALENSSANDRA PAIVA BARBOSA
29- ANDERSON ELIAS SOARES NUNES


4ª ETAPA (PAULO MENDES)

01- FÁTIMA VIVIANE SOARES
02- ANANELDE RABELO MARTINS DE SOUSA
03- JÉSSICA OLIVEIRA SANTANA
04- THAINA AMARO DOS SANTOS
05- FLÁVIA CAROLINA CORDOVIL PEREIRA
06- MIRIAM YNGRID COSTA BRAGA
07- REGINA OZABEL LISBOA DE SOUSA
08- ADRIANA SANTOS REIS
09- GEISE DA SILVA LISBOA
10- FABIANA DIAS AZEVEDO
11- SUELEN BENTES DE MATOS
12- RANIELLE PINHEIRO DA SILVA
13- HERLAYNE DE PAIVA FREIRE
14- CLARICE DE OLIVEIRA MORAES
15- VITOR LEITE CRUZ
16- RAISSA DIAS GONÇALVES
17- GÉSSICA ELANE DE CARVALHO FERREIRA
18- KARINA MAIA CORREA
19- JANAINA PENICHE GALVÃO
20- FABIANA VIEIRA DOS SANTOS
21- LARISSA DE OLIVEIRA CORREA
22- ANA EVELIN DE ASSUNÇÃO
23- JAMILSON SANTOS BATISTA
24- HELBER CALDAS RODRIGUES
25- JAMYLLE TALYA DOS SANTOS S.
26- CARLA JAQUELINE S. DA ROCHA
27- CASSIANO GABRIEL
28- ALINE FARIAS CONCEIÇÃO
29- DIEGO GOMES PINHEIRO
30- ANA KARINA M. DE FREITAS
31- ROBSON WILLIAMS SILVA
32- ELIZAR SILVA GONÇALVES
33- IDEVALDO DE OLIVEIRA SILVA
34- FÁBIO WILLIAMS SANTOS COSTA
35- EVANDRO TIAGO B. FAVACHO
36- TAYRON DA SILVA REIS
37- SANDRINE C. SILVA DE ALEXANDRIA
38- NEREIDA LOPES DO CARMO


TURMA 1001 "A" NOITE

01- RAQUEL FERNANDES DA SILVA
02- DIEGO NASCIMENTO PINHEIRO
03- SIMONE RIBEIRO SOARES
04- WELLIGTON CARVALHO TAVARES
05- KELLY CRISTINA DOS SANTOS MACHADO
06- VALDELINA DIAS DA SILVA OLIVEIRA
07- MARIA JOSÉ CARDOSO RIBEIRO
08- ARYANA CRISTINA SOARES PENA
09- LENI DO SOCORRO OLIVEIRA DO ROSÁRIO
10- ANTONIA PINHEIRO DE CASTRO
11- THAYANE RIBEIRO DE CASTRO
12- JESUELLE NAZARÉ DA SILVA
13- THAMAIA THAIS C. SERRÃO
14- JOSIMAR COLAÇO DE MOURA
15- LEONARDO FREITAS DE SENA
16- ELSIVAM CARVALHO DA CUNHA
17- SEBASTIÃO RODRIGUES DE SOUZA
18- EDIMAR DOS SANTOS PANTOJA
19- DOUGLAS GABRIEL ANDRADE MENEZES
20- ELIZABETH DOS SANTOS MONTELO
21- CLEBER FELIPE M. DOS SANTOS
22- ROBSON DA SILVA RIBEIRO


TURMA 2001 TARDE (ANTONIO GONDIM LINS)

01- ANDREIA CRISTINA FERNANDES SANTOS
02- SAMARA ALENCAR
03- THAIZE CAROLINA SANTOS MACIEL
04- IZABELLY B. DUARTE
05- ELAINE CRISTINA SILVA DOS REIS
06- TELMA COSTA QUARESMA
07- NAIDE MARIA DIAS
08- FRANCISCO EVALDO B. DO CARMO
09- LUILENE DOS SANTOS LIMA
10- FRANCISCO JOSÉ
11- DANIEL CARVALHO MENEZES
12- LEONARDO SOUZA
13- ODAIR JOSÉ B. GOMES
14- JONAS MARCILIO
15- FRANCISCO RIBEIRO COSTA
16- TIAGO DO NASCIMENTO


TURMA 304 (TARDE)

01- BRENO SÁVIO OLEGARIO DA SILVA
02- GABRIELA DO NASCIMENTO LOPES

TURMA 101 NOITE

01- MARIA NATALINA DE SOUZA PANTOJA
02- MAIARA VERISSIMO R. PANTOJA
03- TAYNARA CORRÊA PANTOJA
04- ERICK ABRAÃO
05- WELLITON CARVALHO DE CARDOSO
06- SERGIO CALDAS DA CAS
07- BRUNO ALBERTO C. N.
08- VIVIANE REIS
09- IRLAN DA S. MOVILMA
10- SELMA CRISTINA MARQUES DA SILVA
11- CAROLINE ALMEIDA JACQUES
12- MARIA LUCICLEIA C. SODRE DA SILVA
13- SÁVIO ROBERTO DA SILVA PINTO
14- VALDIRENE PINHEIRO MIRANDA
15- VALDELENE PINHEIRO MIRANDA
16- IZONETRE SODRE NASCIMENTO
17- SILVANE MONTEIRO DE BRITO
18- ATHALPA DOS SANTOS AMARAL
19- PABLO DOS SANTOS E SILVA
20- CARLOS HENRIQUE DOS REIS LOPES
21- JULIA MARIA ALVES VIANA
22- RITALINA SOUSA DOS SANJOS
23- LAURIENE MOTA REIS
24- LEANDRO LUIS N. DE OLIVEIRA
25- ANDERSON DE SOUZA SILVA
26- FRANCISCA IRACEMA BARROSO SOUZA
27- ALEXANDRE MAIA FARIAS
28- TAYNARA PANTOJA
29- LUIS CARLOS PINA FURTADO

TURMA 1004 NOITE

01- SHIRLE O. MORAES CARVALHO
02- JOSÉ CARLOS LIMA DE SOUSA
03- MARCO ANTONIO MEDEIROS
04- SANDRA MARIA GOMES SAMPAIO
05- MARTINHO RUBENS ALVES PEREIRA
06- MARCOS SILVA CRUZ
07- DAVI SOUZA DA COSTA
08- EDSON MIRANDA DA SILVA
09- LUCICLEIA DE ALMEIDA MOURA LEAL
10- MARIA INÊS PINHEIRO DA SILVA
11- TAMILES BARBOSA DA SILVA
12- DOUGLAS DA SILVA
13- DOMINGOS DO CARMO ESTUMANO SILVA
14- LIDIANE DO SOCORRO S. DA CRUZ
15- RAISSA OLIVEIRA CORREA
16- ALEXANDRE PORTILHO
17- CARLOS GUSTAVO
18- RAYANE SOUSA BRITO
19- EDNA PENHA
20- SILVANA ALMEIDA DO AMARAL
21- MARIA INÊS PINHEIRO DA SILVA
22- RODRIGO CARLOS AZEVEDO DE JESUS
23- ODINEIA RODRIGUES DA COSTA

TURMA 1005

01- ADRIANA LOBO MONTEIRO
02- MARIA HELENA DA SILVA RODRIGUES
03- LEIDINALVA MATIAS DA PAIXÃO
04- ROGERIO CHAVES HENRIQUE
05- MARIA HELENA DA SILVA RODRIGUES
06- ELIWELTON COSTA CORRÊA
07- DENIS GABRIEL DE A. MACEDO
08- ROGERIO SOUSA DOS REIS
09- JARCIELE DO VALE NUNES
10- ENIO DE SOUSA PINHEIRO
11- ANDERSON CORDOVIL DOS SANTOS
12- ILIGOR MARCIEL SILVA NOGUEIRA
13- SHIRLI M. DOS SANTOS
14- ROBSON DOS SANTOS BORGES
15- ROMIELI ALVES CHAVES
16- ALESSANDRA PEREIRA GOMES
17- LO-RUANA DE SOUZA RODRIGUES
18- INGRID CAROLINE DA SILVA SOUZA
19- JANAINA DA SILVA NERIS
20- JEAURA SOUSA DA SILVA
21- MARIA LUCIDALVA SARAIVA FERREIRA
22- JHONATAN EDIVAM FREITAS SANTANA
23- CARLICEN CARLOS CASTRO DOS SANTOS
24- ENDERSON ERIK NOGUEIRA ZEFERINO

domingo, 25 de março de 2012

TURISMO NO PARÁ

TURISMO NO PARÁ

O Pará é dividido em 143 municípios, onde vivem cerca de seis milhões de pessoas, que dedicam a atividades nos três setores principais da economia: primário, secundário e terciário. Atualmente, a economia do Estado está focada em uma tríade que se baseia nas vocações naturais do território paraense: agroindústria, verticalização mineral,turismo e as comidas tipicas.
Destas três atividades, o turismo é, com certeza, a atividade que tem grande chance de se consolidar como um dos setores de maior atração para o emprego e geração de renda. O Estado oferece grandes atrativos turísticos, principalmente de origem natural, fato atestado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que concluiu que o Pará é dono de 49% das atrações naturais da Amazônia. O estímulo à atividade turística se dá por dois fatores: a execução de obras que embelezam cidades paraenses e a divisão do Estado em seis pólos turísticos, que contemplam diversas vertentes da atividade.

PRINCIPAIS PONTOS TURÍSTICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM

A Estação das Docas, Ver-o-Rio, Parque da Residência, Mangal das Garças, Feliz Lusitânia e Aeroporto Internacional de Belém ajudaram a impulsionar a atividade turística na capital, sendo atração permanente para pessoas de todas as partes do País e do mundo durante o ano inteiro e não apenas no Círio de Nazaré, que é uma época tradicional para o turismo no Estado.
Principais pontos turísticos da Região Metropolitana de Belém. Abaixo alguns pontos turísticos da capital paraense:
Ver-o-Peso
Estação das Docas
Feliz Lusitânia
Parque da Residência
Theatro da Paz
Mangal das Garças
São José Liberto
Ver-o-Rio
Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves
Estádio Olímpico do Pará
Icoaraci
Parque dos Igarapés
Museu das Onze Janelas
Museu de Artes de Belém
Museu do Estado do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Museu de Gemas do Pará
Museu de Arte Sacra
Teatro Experimental Waldemar Henrique
Palácio Antônio Lemos
Cidade Velha
Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré
Pólos turísticosBelém/Costa Atlântica

MANGAL DAS GARÇAS
Mirante do Mangal das GarçasO Mangal das Garças, inaugurado em 12 de janeiro de 2005, está localizado às margens do rio Guamá, em pleno centro histórico de Belém do Pará, no entorno do Arsenal da Marinha. O parque ecológico é resultado da revitalização de uma área de 40.000 m², uma síntese do ambiente amazônico no coração da capital paraense. As matas de várzea, os animais da região e mais de trezentas espécies de árvores nativas plantadas estão presentes no espaço.
O local possui:
O Museu Amazônico da Navegação. Manjar das Garças,um dos melhores restaurantes da capital. Viveiro das Aningas ou Viveiro dos Pássaros, onde o visitante tem contato direto com uma impressionante quantidade de pássaros.
O Farol de Belém, com 47 metros de altura, a monumental torre-mirante do Mangal das Garças oferece dois níveis de observação.
O Borboletário (Reserva José Márcio Ayres), numa área de 1.400 m², o ambiente é o primeiro do gênero da região Norte e já é apontado como o maior de todo o Brasil. Orquidiário.O Criatório e Viveiro de Plantas.
Armazém do Tempo, onde os visitantes podem comprar plantas, artesanato, livros e CDs de artistas paraenses e é possível saborear no local um requintado serviço de café.
O parque naturalístico apresentará as diferentes macrorregiões florísticas do Estado, ou seja, as matas de terra firme, as matas de várzea e os campos. Uma natureza recriada que só vai estar pronta daqui a 15 ou 20 anos. Guará no Mangal das Garças.
Preços da entrada ao Mangal das Garças é franca, porém o estacionamento é pago, e custa o preço mínimo de R$4,00 por duas horas, sendo cobrada cada hora adicional, além disso, existem quatro áreas monitoradas, cuja visitação custa R$3,00 por pessoa, por área, ou R$9,00 pelo passaporte que da acesso a todas as quatro áreas, antes o acesso as mesmas era franco nas terças-feiras, porém isso não ocorre mais.

HANGAR - CENTRO DE CONVENÇÕES E FEIRAS DA AMAZÔNIA
Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia é um centro de convenções localizado em Belém do Pará.
A atual construção aproveitou um hangar metálico pertencente ao antigo Parque da Aeronáutica e da construção de novas estruturas similares a hangar. Deste modo, as principais características conceituais deste equipamento são grandes vãos livres, flexibilidade de uso, pé direito monumental e multifuncionalidade. É atualmente um dos maiores do Brasil e o maior da Amazônia.
O Centro de Convenções e Feiras da Amazônia conta com uma área total de 64.000m² e 25.000m² de área construída totalmente integrada ao ambiente amazônico, o HANGAR está equipado com recursos de última tecnologia e preparado para qualquer tipo de evento, como feiras, congressos, convenções, encontros, seminários, simpósios e exposições.

• Hangar 1Área de Feiras e Exposições(capacidade para dois eventos independentes e simultâneos):
• Salas Multiuso(12 salas multiuso de 66m² e 100m²):
• Além de Recepção, Hall de credenciamento, Bilheterias, Salas de apoio, Guarda-volumes, Telefones públicos, Banheiros públicos com suporte para portadores de necessidades especiais, Posto policial, Brigada de incêndio, Ambulatório, Sala VIP, Sala de imprensa e Depósitos.
• Hangar 2 - Auditório: Capacidade para até 8 subdivisões, tendo 4 opções de uso.
• Hangar 2 - Praça de Alimentação: Possibilidade de 6 subdivisões diferentes de ambiente.

• Restaurante com suporte para servir 2.000 refeições por hora, possibilidade para até seis composições do espaço e suporte para praça de alimentação, restaurante, sanitários, administração do complexo e pátio de carga e descarga.

Uma região voltada basicamente para o turismo de negócios, lazer e cultura. Abrange a cidade de Belém e municípios da região do Salgado, como Salinópolis, Bragança e Marapanim, banhados pelo oceano Atlântico. No caso de Belém, o turista vai encontrar museus, teatros, bosques e praias de rio com ondas, como as de Mosqueiro, Icoaraci e Outeiro. Conheça os principais pontos turísticos de Belém.

TEATRO DA PAZ

Fachada principal do Theatro da Paz
Autor José Tibúrcio Pereira Magalhães
Data da construção 1869-1874
Estilo arquitetônico Neoclássico
Cidade Belém, PA
Tombamento 1963
Órgão Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
O Theatro da Paz, que originalmente chamava-se Theatro Nossa Senhora da Paz, nome dado pelo Bispo da época Dom Macedo Costa, em homenagem ao fim da guerra do Paraguai, porem sua nomenclatura foi modificada a pedido do próprio Bispo, ao ver que o nome de "Nossa Senhora" seria indigno figurar na fachada de um espaço onde se tinha apresentações mundanas e sem representação eclesiastica alguma, localiza-se na cidade de Belém, no estado do Pará, no Brasil, construído com recursos auferidos da exportação de látex, no Ciclo da Borracha. Atualmente é o maior teatro da Região Norte e um dos mais luxuosos do Brasil, com cerca de 130 anos de história é considerado um dos teatros-monumentos do país.
Possui linhas neoclássicas e foi construído no período áureo da exploração da borracha na Amazônia. O seu nome foi sugerido pelo bispo D. Macedo Costa. Também foi ele quem lançou a pedra fundamental do edifício, em 3 de março de 1869.
O teatro sofreu alterações na sua fachada, após a grande reforma de 1904, por exemplo, foi retirada uma coluna do pátio frontal superior do Teatro, que era em número de 7, o que feria os preceitos arquitetonicos do periodo neo-clássico, que pede numero par de colunas em frontarias. Cobrado pela Sociedade Artística Internacional, que mantinha o Teatro, o Governador da época Augusto montenegro mandou demolir a fachada, que era um patio coberto, e reconstrui-la recuando a fachada e retirando uma coluna, e no vácuo que ficou a mostra, antes preenchido por pequenas janelas, mandou botar bustos simbolizando as artes: Dança, Poesia, Musica e Tragédia, e ao centro o brasão de armas do estado do Pará, para fortalecer a simbologia republicana que estava enfim instaurada. Entretanto, suas linhas arquitetônicas gerais foram mantidas.
O autor do projeto foi o engenheiro pernanbucano José Tibúrcio Pereira Magalhães,e construido por Calandrine de Chermont com pequenas alterações introduzidas pela repartição de Obras Públicas. Ficou pronto em 1874 mas, devido a denúncias contra os construtores, um inquérito foi aberto e o teatro só foi inaugurado após a sua conclusão.
Hall de entrada.Com o drama de Adolphe d'Ennery, As duas órfãs, no dia 16 de fevereiro de 1878, o Teatro da Paz foi aberto ao público, ao som da orquestra sinfônica do maestro Francisco Libânio Collas. O espetáculo foi organizado pela companhia de Vicente Pontes de Oliveira. O contrato durou cinco anos e fez de Vicente Oliveira o encarregado pela iluminação, decoração, coreografia e acessórios de cena no teatro, além de organizador das apresentações que se seguiram.
O Teatro da Paz, no dizer de Leandro Tocantins, "é um monumento neoclássico por excelência". Nas laterais, pátios cercados de colunas, escadas que dão acesso à Praça da República. Poltronas de palhinhas, (não de almofada), seguindo o formato de ferradura. No saguão, há dois bustos talhados em mármore de carrara: José de Alencar e Gonçalves Dias, introdutores do indianismo no Brasil. No salão nobre, ao lado de espelhos de cristal, estão os bustos dos maestros Carlos Gomes e Henrique Gurjão.
Ali Carlos Gomes encenou sua mais famosa ópera, O Guarani, e a bailarina russa, Ana Pavlova, passou com suas sapatilhas. O decorador desse cenário privilegiado foi o italiano Domenico de Angelis que, posteriormente, decorou o Teatro Amazonas, de Manaus. Ele foi também o autor do belo painel representando os deuses gregos, Apolo e Diana, no cenário amazônico que fica no teto da sala de espetáculos. Dele também era o teto de jover, perdido por causa de uma infiltração. Esse teto foi repintado em 1960 por outro artista italiano, Armando Baloni.
Durante a Ciclo da Borracha, as mais famosas companhias líricas se apresentaram ali. O teatro viveu momentos inesquecíveis porém, com o declínio da borracha, o Teatro da Paz passou por maus momentos. Sem apresentações, estava quase sempre fechado, e as restaurações não eram suficientes para lhe garantir um bom funcionamento.

VER-O-PESO

Mercado Ver-o-Peso.O Ver-o-Peso é um mercado situado na cidade brasileira de Belém, no estado do Pará, estando localizada no Boulevard Castilho Franca. Símbolo da cidade, é sua maior atração turística e a maior feira livre da América Latina. O mercado do ver-o-peso abastece a cidade com variados tipos de gêneros alimentícios e ervas medicinais do interior paraense, fornecidos principalmente por via fluvial. Foi candidato à uma das 7 Maravilhas do Brasil.
Localizado na área da Cidade Velha (Belém) e diretamente às margens da baía do Guajará, foi construído em 1625 no porto do Pirí, assim chamado na época. Enquanto um entreposto fiscal, seu nome faz jus às chamadas Casas do Ver-o-Peso, projetadas no Brasil, em 1614, para conferir o peso exato das mercadorias e cobrar os respectivos impostos para a coroa portuguesa. A partir de então foi popularmente denomindo lugar de Ver-o-Peso, dando origem ao nome do mercado, já que era obrigatório ver o peso das mercadorias que saiam ou chegavam à Amazônia, arrecadando-se os impostos correspondentes. No final do século XIX e XX, o local que temos hoje por Complexo sofreu uma série de modificações tanto funcionais quanto em sua paisagem se adaptando às necessidades e gostos da Belle Époque. Foi nessa época que houve aterramento da Baía do Guajará, amplicação do Mercado de Carne, construção do porto e o Mercado de Ferro.
O mercado faz parte de um complexo arquitetônico e paisagístico que compreende uma área de 35 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas, dentre elas o Mercado de Ferro, o Mercado da Carne, a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira e a Praça do Pescador. O conjunto foi tombado pelo IPHAN, em 1997.

TAPAJÓS
O Pólo Natural do Tapajós tem várias atrações a oferecer, como o encontro das águas do rio Amazonas e do rio Tapajós em Santarém, belas cachoeiras e formações rochosas localizados proximo a cidade de Itaituba, que permitem a prática de esportes radicais como rapel e escalada, além da exuberante fauna e flora. Ainda na região do tapajós, a 65 km do centro da cidade de itaituba, pode-se visitar o Parque Nacional da Amazônia, um dos maiores atrativos turisticos do Pará.

ARAGUAIA-TOCANTINS
Também voltado para o turismo de aventura, este pólo concentra atrações como o torneio de pesca, que acontece anualmente no lago da usina de Tucuruí e praias fluviais, que só estão disponíveis ao público no verão amazônico.

MARAJÓ
O Marajó é o pólo turístico paraense em que o turismo ecológico está melhor desenvolvido. Na maior ilha fluvial do mundo, localizada na foz do rio Amazonas, as atrações vão desde a pororoca até a culinária. As praias do Marajó são recantos visitados não só por turistas paraenses. A região é constantemente visitada por estrangeiros e já foi tema de diversas reportagens para a televisão européia.

XINGU
Pela divisão que instituiu os pólos turísticos paraenses, esta microregião é representada pelo município de Altamira, conhecido como o maior do mundo em termos de extensão. O município é dono de belas praias e de uma riqueza cultural muito bem preservada pelos descendentes de índios e portugueses da região. O rio que dá nome ao pólo é um dos principais corredores de pesca esportiva do Estado. A paisagem da região é completada por cachoeiras, corredeiras e praias de água doce.

Fonte: Blog Lucino Campos Educação e Segurança

MITOS E LENDAS DA AMAZÔNIA

MITOS E LENDAS DA AMAZÔNIA
É comum a confusão entre o que é mito e o que é lenda. E visto que os limites entre um e outro termo são praticamente inexistentes, procuramos uma definição adequada que estabelecesse a fronteira entre lenda e mito: LENDA Narração escrita ou oral, de caráter maravilhoso, no qual os fatos históricos são deformados pela imaginação popular ou pela imaginação poética. MITO - (Mytho- gr = relato, fábula) Narrativa dos tempos fabulosos ou heróicos. Narrativas de significação simbólica, geralmente ligada à Cosmogonia e referente a deuses encarnadores das forças da natureza e (ou) de aspectos da condição humana. Representação dos fatos ou personagens reais, exageradas pela imaginação popular, pelatradição.
O mito pode ser entendido como alegorias empregadas pelos antigos para revelarem ou perpetuarem verdades e conhecimentos; expressar conceitos morais, filosóficos e religiosos; justificar princípios; servir de referência histórica e geográfica, etc. Os mitos são projeções dos fatos reais, verdadeiramente acontecidos, aos quais os primeiros cronistas buscaram registrar com suas limitadas expressões e que, com a tradição oral, foram ganhando novas cores, inflacionando-se pelo calor da narrativa e pela imaginação do narrador; até que restou apenas uma "imagem" da verdade, refletida num espelho embaciado.

AS AMAZONAS
Tidas no princípio como fruto de uma observação mal feita pelos primeiros navegantes do Grande Rio; ou produto do delírio de um capitão espanhol; ou ainda, da ingenuidade clerical - sempre dispostos a aceitar o "absurdo" desde que viesse dos selvagens pagãos de um frei Gaspar de Carvajal ou Cristobal de Acunã; as Amazonas permanecem, ainda, quase meio milênio depois.
Etimologicamente, Amazonas significa "sem seios"; de A-Mazós, pois acreditavam os antigos que as famosas guerreiras da Cítia oblavam o seio direito para melhor manejarem o arco e flecha. Já o paraense Alfredo Ladislau dá-nos, numa terminologia nativa, um significado que é exatamente igual ao que a lenda de Heródoto difundiu: "Aquelas que não têm seios" ou no dizer dos índios Ikam-ny-abas. Já o Padre de Acunã informa que "Yacamiaba" é o nome dado ao pico que se destaca mais entre todos os outros", nas altas montanhas provavelmente do Tumucumaque - onde vivem "essas mulheres masculinizadas"; entretanto os Tapajós as conheciam por "cunhantensequina" ou "mulheres sem marido", que ao meu ver é a expressão mais adequada.

O BOTO
Reza a lenda que o boto costuma perseguir as mulheres que viajam pelos rios e inúmeros igarapés; ás vezes tenta virar a canoa em que elas se encontram, e suas investidas contra a mbarcação se acentuam quando percebem que há mulheres menstruadas ou mesmo grávidas.
Ele, o boto, é o grande encantado dos rios, que transformando-se num rapaz, todo vestido de branco e portando um chapéu - que é para esconder o furo no alto da cabeça, por onde respira - percorre as vilas e povoados ribeirinhos, freqüenta as festas e seduz as moças, quase sempre engravidando-as.
Para se livrarem da "influência" do bicho, os caboclos vão buscar ajuda na magia, apelando para os curandeiros e pajés. O primeiro com suas rezas e benzeduras exorciza a vítima, e o segundo "chupa" o feto do ventre da infeliz. É esse Don Juan caboclo, o sedutor das matas, o pai de todos os filhos cuja paternidade é "desconhecida".

IARA OU UIARA, OIARA, EIARA, IGPUPIARA, HIPUPIARA
Mito baseado no modelo das sereias dos contos homéricos, a Iara é a Vênus amazônica; é uma ninfa loira de corpo deslumbrante e de beleza irresistível. Sua voz é melodiosa e seu canto, tal como no original grego, é capaz de enfeitiçar a todos que o ouvem, arrastando-os em sua direção, até o fundo do rio, lagos, igarapés, etc., onde vivem esses seres fabulosos. Na Amazônia o tapuio que escuta o cantar da Iara fica "mundiado" e é atraído por ele; o mesmo se dá com as crianças que desaparecem misteriosamente. Crêem os ribeirinhos que essas crianças estão "encantadas" no reino da "gente do fundo". Lá o menino é instruído no preparo de todos os tipos de puçangas e remédios. Ao fim de sete anos, durante os quais foi iniciado nas artes mágicas, na manipulação de plantas e ervas, etc.; o jovem pode retornar para junto dos seus, onde, geralmente, se torna um grande xamã, um medicine-man.
Na nossa cultura o mito da deidade fluvial Iara, mesclou-se com seus congêneres europeus (sereias) e africanos (Iemanjá).

MAPINGUARI
Esta criatura é descrita como um macaco de tamanho descomunal -5 a 6 metros – peludo como porco espinho, "só que os pêlos são de aço". Dentro dessa descrição - um grande macaco, "uma espécie de orangotango, coberto de longo e denso pelágio", etc. Cada passo do Mapinguari mede três metros e seu alimento favorito é a cabeça das vítimas, geralmente pessoas que ele caça durante o dia, deixando para dormir à noite. Há aqueles que afirmam ser impossível matá-lo: é invulnerável. Noutra versão ele é apresentado como um ser dos mais fantásticos, com dois olhos, mas "três bocas", sendo uma debaixo de cada braço e outra sobre o coração. Essa última é considerada seu "calcanhar de Aquiles", pois quando ele abre a boca pode-se acertar seu coração, única maneira de matá-lo.
Em reportagens para a revista ISTOÉ nº 1266 e 1294 (05/01/1994 e 20/07/1994, p.35-36 e p. 44-47, respectivamente), o norte-americano David C. Oren, doutor em zoologia e especialista em biodiversidade amazônica do Museu Paraense Emílio Goeldi, derruba a lenda que o Mapinguari é um grande símio. Ele afirma a existência de um gigantesco bichopreguiça terrestre de 200 a 300 quilos e 2 metros de altura, ainda vivo nas selvas amazônicas, que ele diz ser o Mapinguari. O Dr. Oren baseia suas teorias, afirmações e pesquisas em restos fossilizados e relatos de índios e garimpeiros: “Conheci pelo menos 30 pessoas que viram o Mapinguari e mais de 100 que acharam seus rastros”.

CURUPIRA
Na Enciclopédia Delta Larousse, curu é traduzido como sarna, e pír como pele; contudo uma tradução mais adequada apresenta curu como sendo a abreviatura de curumi, e pira significando corpo, assim temos que Curupira pode ser entendido como "aquele que tem corpo de menino", por motivos óbvios, como veremos.
Na teogonia indígena o Curupira apresenta-se como um moleque de aproximadamente sete anos, com o corpo coberto de longos pêlos e tendo os pés virados para trás. As primeiras informações foram registradas pelos portugueses, nos primeiros séculos do descobrimento, e desde aquela época é vlsto como um ente maléfico, um demônio ou um mau espírito; evidentemente que foi pintado com as tintas da paleta dos missionários, as mesmas que coloriram o Jurupari.
As informações também são as mais diversas: Ora é um duende benfazejo, ora um demônio mau; ora um gnomo ou um ogro. O ponto em que todos são unânimes é quanto sua condição de deus autóctone das selvas, um protetor.
Como protetor das florestas, castiga impiedosamente aquele que caça por prazer, que mata as fêmeas prenhes e os filhotes indefesos, mas ampara o caçador que tem na caça seu único recurso alimentar, ou que abate um animal por verdadeira necessidade.
As descrições físicas são díspares e confusas: numa o Curupira aparece de "acanga piroka" - cabeça careca -, noutra é coxo e unípede. A figura mais comum é a de um ser antropomórfico, de pequena estatura - criança ou anão - muito peludo e com os calcanhares voltados para a frente.
Como percebemos, o Curupira incorporou outros atributos e ampliou seus poderes e sua área de ação, mas permanece o caráter benfazejo e protetor. Apesar disso a versão tradicional informa que um encontro com esse duende é sempre desagradável e marcante. Um dos artifícios que os caboclos utilizam quando percebem que são vítimas do Curupíra, é fazer pequenas cruzes de madeira, fortemente amarradas com cipó timbuí, e esconder a ponta do nó. Dizem que o Curupira fica tentando desfazer o nó e se esquece do caçador, que pode então escapulir, safar-se. Jurupari ou Juruparím, Jeropary, Jeropoari, Yurupari, Iurupoari, Jurupari- Pereira ou Perê Jurupari é uma denominação Tupi para um demônio particular, mas, foi usada com exclusividade pelos missionários para designar qualquer demônio; até assumindo o lugar do diabo cristão nos trabalhos de catequese dos íncolas. A lenda diz que Jurupari é um deus que veio do céu em busca de uma mulher perfeita para ser esposa de Coaraci, o Sol, mas, não diz se ele a encontrou e, segundo Orico, essa missão é inatingível. Jurupari foi o maior legislador que os indígenas conheceram, assemelhando-se a Quetzalcoaltl, a "Serpente Emplumada", deus reformador e legislador Maia.
Enquanto conviveu com os homens, estabeleceu uma série de normas de conduta e leis morais; instituiu a monogamia, a higiene pessoal através da depilação corporal, restituiu o poder aos homens que viviam em um regime matriarcal; promoveu modificações nos costumes e na lavoura; e especialmente deve-se-lhe as festas de colheita.
Segundo a lenda, a mãe do Jurupari era uma índia virgem chamada Ceuci, "filha de Tupã e Zuacacy", e instigada pela curiosidade foi espionar os rituais, contrariando assim a lei instituída pelo filho. Para servir de exemplo de que as leis do Jurupari não podem ser transgredidas, foi condenada à morte.

MACUNAÍMA
Macunaíma é um misto de deus e herói lendário do extremo norte da Amazônia, alto Rio Branco, área do grupo Aruaque, e foi trazido a lume pelo grande pesquisador alemão Köch Grúnberg. Sua presença também é atestada noutros países da região, como a Venezuela. Tal como o Jurupari, este também é um enviado dos céus. Converteu troncos de madeira em gente e bichos. Matin ou Saci (Maty-Taperê, Matinta Pereira, Maty, Çaci, Saci, Pererê, Saci Pererê, Cererê)
As informações são, também nesse mito, muito controversas. Numa, surge como "assombração" ou "visagem" que assusta as pessoas e pode até provocar-lhes a morte; noutras é uma mulher que vira passarinho assobiador; ou ainda, um duende unípede. Segundo o sobejamente citado Câmara Cascudo, Saci (h-ã-cí) significa “o que é mãe das almas", porém. Teodoro Sampaio diz que Saci (ça-ci) pode ser traduzido por "o olho doente", talvez queira dizer mau-olhado; olho gordo; olho de seca-pimenteira. etc.
Em sua Geografia dos Mitos Brasileiros, Cascudo informa-nos que foi em fins do século XVIII que se deu a aparição do Saci, "vindo do Sul, pelo Paraguai-Paraná, justamente a zona indicada como tendo sido o centro da dispersão dos Tupi-Guaranis", contudo há referências a entes semelhantes nas mais diversas regiões do planeta, provavelmente porque, como bem o percebeu o mestre potiguar, esse nosso demônio nativo corresponde ao Gremlim da América do Norte e seus similares noutros países.
O mito do "Çaci" assume diversas denominações. podendo ser SACI PERERÊ no Sul do país, KAIPORA no Centro e MATINTAPEREIRA ou MATY-TAPERÉ ao Norte. No Pará e Amazonas sua imagem é a de um curumi que anda numa única perna e tem os cabelos cor de fogo. Parece que através do sincretismo luso-africano, ele ganhou o barrete vermelho - comum em Portugal - e os traços negróides, mais o cachimbo.
Dizem que o Saci tem por companheira uma velha índia - ou uma preta velha, maltrapilha, cujo assobio arremeda seu nome: Mati-Taperé. Crêem alguns que ele é filho do Curupira; outros identificam-no como um pequeno pássaro que pula numa perna só; há também aqueles que dizem ser as mãos dele furadas no centro.
Em muitos lugarejos a existência dessa bruxa cabocla que se transforma em gato, cachorro, bota, morcego, porca, pássaro, é tida como inconteste e até encarada com normalidade.
O assobio da Matinta, atestam todos que já o ouviram, "é coisa de outro mundo"; "arrepia até a alma"; "a gente sente como se estivesse levantando do chão", etc. Dizem ainda que ao ouvir o assobio a pessoa disser: - "Vem buscar tabaco amanhã ", pode contar como certo que na manhã seguinte encontrará, à porta de sua casa, uma velha ou uma pedinte, em busca do que lhe foi prometido. Também, pode ser a primeira pessoa que aparecer na casa pedindo um inocente cigarro.

UIRAPURU OU OIRAPURU, GAUIRAPURU, IRAPURU.
É um deus que se transforma em pássaro e anda rodeado de outros pássaros, à guisa da corte. Quando canta, todos os outros pássaros da mata ao redor silenciam, ou querendo aprender seu canto ou em respeitosa reverência. Como diz a letra de uma velha canção: "A mata inteira fica muda ao seu cantar, tudo se cala para ouvir sua canção". O canto do Uirapuru é a própria Rapsódia Amazônica.
Os sons melódicos produzidos por essa ave são dotados de poder hipnótico, como o canto da Iara e do Cauré. Acreditam os caboclos que se o canto do Uirapuru tem o poder de atrair todos os pássaros, pode, por conseguinte, atrair também a sorte nos negócios e no amor, dai a crença nos seus poderes e propriedades talismânicas.Muiraquitã ou Muiraquitá, Murakitã, Tuxáua-ita (Tupi), Ninací (Tucanos)
De todos os amuletos indígenas, esse parece ser um dos mais conceituados e investido de enorme poder. Pensava-se antigamente que os delicados pingentes fossem jóias orientais - provavelmente chineses -, pois eram desconhecidas na região, jazidas de Jadeíta, material onde se esculpiam os pequenos e preciosos ídolos zoomorfos.
A forma mais conhecida desses amuletos líticos é a de uma pequena rã, mas também pode ser encontrado sob a aparência de uma tartaruga ou outro bicho. Entretanto é interessante observar que o Muiraquitã está sempre zoomorficamente relacionado com a água, sendo que a rãzinha ou perereca, na crença indígena, é a causadora das chuvas; guardiã das águas pluviais.
Apesar de batraquiformes, esses amuletos se assemelham bastante com a genitália masculina, remetendo-nos novamente as propriedades fertilizantes e fecundantes das águas, e traçando um paralelo entre elas e o falo ereto.
Tais jóias funcionavam como um salvo-conduto para que os guerreiros que mantinham relações sexuais com as Amazonas, pudessem entrar e sair da aldeia delas sem serem molestados. Segundo a lenda, as famosas mulheres guerreiras mergulhavam no lago Jamundá - espelho da Lua - para apanharem as pedras verdes, que já vinham na forma do animal.

JAPU OU JAPUAÇU.
Este é um curioso mito amazônico que se apresenta similar mito do herói Prometeu. Prometeu, aquele que trouxe o fogo do Olimpo para os homens, foi condenado por Zeus a ser acorrentado a urna rocha e ter o fígado devorado por um abutre, sendo que o fígado arrancado num dia ressurgia no seguinte, perpetuando assim o tormento do prisioneiro e a missão do abutre. Esta semelhança levou Osvaldo Orico a afirmar que o Japu é "o Prometeu indígena".
A lenda tapuia diz que no principio os índios sofriam de muito frio e desconheciam o fogo; o pajé da tribo escolheu um guerreiro valente para ir ao céu em busca do precioso elemento, que era guardado pelo raio, de quem o bravo deveria roubá-lo. Para tanto, o pajé transformou o guerreiro num belo pássaro, que voou ao alto e depois de uma dura luta com o raio, conseguiu apossar-se de um pedaço de fogo, que trouxe para a terra preso ao bico. Ao voltar a forma humana, o valente índio percebeu que estava com o rosto deformado pelo fogo celeste. Não aceitando viver estigmatizado, implorou ao pajé que o transformasse novamente em pássaro, contudo o bico ficou-lhe marcado de vermelho, cor de fogo, como uma recordação da aventura.

VITÓRIA-RÉGIA (IAUPÉ-IAÇANÃ OU JAÇANÃ).
É uma planta aquática que floresce e se desenvolve quando das "águas vivas" e definha quando a água é pouca. É comum nas águas pouco profundas (cerca de 1/2 metro). Suas folhas podem atingir mais de três metros quadrados.
Esta é uma das lendas inspiradas por Perudá e nasceu do amor entre a índia Moroti e o guerreiro Pitá. A história narra, como toda história de amor que se preze, mais um caso infeliz que termina mal, parecendo que os índios já sabiam que toda novela de um grande amor tem um final infeliz.
Diz a lenda que Pitá afogou-se nas águas caudalosas de um paraná, em busca da pulseira que Moroti havia atirado. Moroti, querendo mostrar para as amigas o quanto era amada pelo guerreiro, jogou a sua pulseira ao rio desejando que, como prova de amor, Pitá a trouxesse de volta. O infeliz apaixonado atira-se ao rio e não retorna. Desesperada e arrependida, Moroti joga-se atrás do amado, tendo igual fim.
No dia seguinte, a tribo presenciou o nascimento de uma grande flor, que ao centro era branca como o nome de Moroti, e as pétalas ao redor eram vermelhas como o nome do bravo Pitá.
A Vitória-Régia, a rainha das flores da Amazônia, só abre suas pétalas à luz do sol, recolhendo-se ao cair da noite, para abrir-se novamente no dia seguinte.

LENDA DO AÇAI
O Açaí é o fruto de uma palmeira (Euterpe Oleracea) bastante comum e abundante no Pará, onde seguramente tem o seu indigenato. No vizinho estado do Maranhão seu nome é Juçara; na Venezuela é Manaca, e Quasei, Qapoe no Suriname. Desse fruto se extrai um caldo escuro e cremoso, de cheiro e sabor característico, conhecido como vinho de açaí e que tanto pode ser servido puro, com açúcar,. com farinha de mandioca, de tapioca, ao natural ou gelado. Do vinho de açaí se obtém diversos manjares da culinária paraense, principalmente sobremesas. É o nosso correspondente a "ambrosia" dos deuses mitológicos do Olimpo.
Da palmeira do açaizeiro também se extrai outro delicioso petisco: o palmito. A derrubada desordenada dessa prodigiosa palmeira está preocupando os ecologistas e os consumidores do licoroso suco.
Segundo a lenda, uma tribo que vivia onde hoje está situada a cidade de Belém, atravessava um período negro de escassez, obrigando o cacique Itaki a decretar a morte de toda criança nascida a partir daquela data, como medida de controle demográfico da tribo.
Mas, eis que Iaçá, filha do cacique, dá a luz a uma menina. Apesar de ser neta do cacique a recém-nascida deveria ser submetida à pesada lei, debalde os rogos da infeliz e desventurada mãe.
Cumprida a setença, a pobre Iaçá chora por dias, sempre orando a Tupã para que mostre um jeito de acabar com as mortes dos inocentes. Numa noite ela ouve um choro de criança; tentando localizá-lo, descobre sua filhinha encostada numa esguia palmeira, sorrindo-lhe, mas ao abraçar a filha, esta desaparece e Iaçá vê-se atracada ao tronco da palmeira. No dia seguinte, o cacique encontra o corpo da filha abraçado ao tronco de uma palmeira, que trazia um cacho de frutinhas negras como os olhos de Iaçá. Imediatamente ordenou que esmagasse as frutas num alguidar e ao suco obtido batizou de Açai, que é o nome da filha ao contrário.

LENDA DA MANDIOCA
Reza a lenda que a filha de um cacique apareceu grávida, sem que se soubesse como, para a tristeza do pai, que a queria casada com um bravo e ilustre guerreiro. Muito triste e decepcionado com a filha, o cacique vivia infeliz, até o dia que um homem branco lhe apareceu em sonho e lhe disse que sua filha não o havia enganado; ela continuava pura e imaculada. Isso fez voltar a alegria ao coração do índio, que se desculpou com a filha pelos maus tratos que a submetera antes.
Passado alguns meses nasceu uma linda menina, de pele muito branca, que recebeu o nome de MANI, e se tornou querida por todos da tribo, sendo a alegria de sua mãe e do velho cacique, seu avô. Porém a alegria foi de pouca duração: a criança amanheceu morta em sua rede. Em desespero a índia resolve enterrá-la à entrada da maloca, para poder ficar mais perto da filha. E todos os dias ela ia chorar sobre o túmulo da pequenina.
Suas lágrimas fizeram brotar uma planta nova e estranha a todos os índios. A mãe lacrimosa alegrou-se e começou a cuidar da plantinha, vendo ali a presença de sua amada filha, até que algum tempo depois percebeu algo saindo da terra em volta da planta. Pensando tratar-se da filha que retornava à vida, a índia cava a terra com as mãos, porém encontra umas raízes grossas que retira da terra imaginando ser o corpo da pranteada filha.
Todos se aproximaram curiosos, querendo saber que milagre era aquele. Ao retirarem a casca grossa viram que as raízes eram brancas como o corpo de Mani e deram-lhe o nome de manioca, a casa ou corpo de Mani. “Acreditando ser um milagre de Tupã, os índios comeram essas raízes e fizeram com as mesmas um vinho delicioso.”

BOIÚNA OU COBRA GRANDE
Falar das coisas da Hiléia no sentido superlativo, pode parecer exagero para o estrangeiro ou turista acidental. Contudo, a grandiosidade da Amazônia não se reflete apenas no seu gigantismo territorial, ela está presente também nos elementos da flora e da fauna, na malha hidrográfica, nas riquezas do subsolo, e mais ainda, nos mistérios da natureza, nos segredos ocultados pelos inúmeros igarapés, igapós, lagos, furos, etc. Arvores monumentais, rios cuja margem oposta não se consegue enxergar, e uma considerável gama de fatos estranhos fazem parte do cotidiano do nosso caboclo, mas que deslumbram os visitantes. É nesse palco que o mito da Cobra Grande mescla-se com o réptil, no cadinho das crendices populares.
De fato existem cobras enormes, grossas e compridas como os troncos das árvores, e quase todos que costumam viajar pela complexa teia aquática da região, bem como os ribeirinhos e moradores das matas, conhecem histórias da Cobra Grande ou já viram a "bicha" nalguma de suas aparições. Qualquer um que percorrer esses interiores poderá recolher dezenas de relatos que contam tanto do mito quanto dos ofídios monstruosos.
A Boiúna é uma corruptela de Mboi (cobra) e Una (preta), designação aplicada com mais propriedade ao mito; ao réptil é boiaçu ou boiguaçu, a sucuriju, classificada dentre as maiores cobras do mundo, juntamente com a jibóia e a sucuri. No Pantanal matogrossence a boiaçu é batizada de Anaconda.
Lendas que falam de dragões e serpentes de tamanho descomunal pertencem as mais diversas culturas e civilizações, desde tempos remotos, chegando em alguns povos a constituir motivo de adoração e base de seitas de fanáticos. O mito da cobra grande é um dos mais antigos.

COBRA NORATO
Outra cobra famosa das lendas hileanas é Cobra Norato, um jovem encantado que durante a noite se desencanta e vira gente, tal como acontece com o Boto. Assumindo sua condição humana, NORATO freqüenta as festas, dança muito, namora as ribeirinhas e desaparece antes do amanhecer.
Este é um mito genuinamente paraense, se bem que jovens belos e formosos transformados em bichos lembram as histórias de príncipes encantados em sapos; de donzelas enfeitiçadas e princesas prisioneiras, dos contos europeus.
Nossa lenda diz que uma cabocla de nome Zelina deu à luz a um casal de gêmeos: Honorato e Maria Caninana, duas cobras. Jogou-as no rio onde se criaram, mas Maria Caninana vivia fazendo malvadezas até que foi morta pelo irmão, que tinha bom coração.
Sempre que assumia sua forma humana ia ele visitar sua mãe, a quem implorava que o fosse desencantar. Para que o encanto fosse quebrado, deveria chegar onde estava o corpo adormecido da serpente, por um pouco de leite na sua boca e ferir-lhe a cabeça, de forma que sangrasse. A mulher por medo nunca chegou perto do réptil, até que um soldado da guarnição da ilha de Cametá livrou o jovem da maldição.

sábado, 24 de março de 2012

NO CÉU ESTAVA FALTANDO HUMORISTA

Chico Anysio foi um dos artistas mais brilhantes que o nosso país já produziu, exercendo várias funções em diversos veículos de comunicação durante mais de seis décadas. Com o seu talento e sensibilidade, criou e interpretou caricaturas inesquecíveis de tipos humanos. Trabalhou incansavelmente durante toda a vida para levar alegria e diversão aos brasileiros. Nessa hora de tristeza, quero me solidarizar com os seus parentes.

Nascido em 12 de abril de 1931, em um pequeno sítio em Maranguape, no Ceará, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho tornou-se um dos mais renomados humoristas do país.

Em mais de 60 anos de carreira, foram mais de 200 personagens, em que satirizava tipos políticos e pessoas comuns do povo brasileiro, como o babalaô Painho, o galã Alberto Roberto, o deputado federal Justo Veríssimo e a professora Salomé. Chico Anysio também era escritor, pintor e compositor.

Chico Anysio casou-se seis vezes e teve oito filhos, sendo um adotivo.

Foste incansável na vida terrena, então descanse em paz.

VOCÊ SABE O QUE É PAC ?

O governo diz que é Programa de aceleração do crescimento e eu digo porra acabaram comigo.

Um grupo de parlamentares da oposição visitou hoje (23) as obras de transposição do Rio São Francisco no município de Mauriti (CE) e saíram de lá com duras críticas à condução do governo sobre o projeto.

A principal queixa dos oposicionistas é quanto ao aumento do preço da obra sem resultados concretos. Inicialmente, a transposição do Rio São Francisco estava orçada em R$ 4,5 bilhões. O valor já foi aumentado seguidas vezes e atualmente está previsto que a obra custará R$ 8,2 bilhões.

“A obra não só está parada como há um grave processo de deterioração com erosões, crescimento da vegetação, concreto sendo perdido. Uma obra que em 2012 foi repactuada quase no dobro do valor inicial. E ainda com cheiro de novos aumentos de preços”, disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE).

A principal queixa dos oposicionistas é quanto ao aumento do preço da obra sem resultados concretos. Inicialmente, a transposição do Rio São Francisco estava orçada em R$ 4,5 bilhões. O valor já foi aumentado seguidas vezes e atualmente está previsto que a obra custará R$ 8,2 bilhões.

Depois da experiência nas obras do São Francisco, os deputados de oposição pretendem percorrer o país para fiscalizar o investimento público em outras áreas. No que eles chamam de Caravana da Verdade, os parlamentares querem observar os gastos nas áreas de Saúde, Educação, Meio Ambiente, etc. “Estou convencido da necessidade de montar uma caravana para contrapor a propaganda oficial do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]”, disse Araújo que falou com a Agência Brasil em nome da comitiva.

E eu pensava que aquele padre estava doido ao fazer greve de fome no governo lula.

sexta-feira, 23 de março de 2012

E EU FICO COMO?

O professor de Português, Moacyr Moura Júnior, de 29 anos, foi preso nesta sexta-feira em flagrante quando vendia drogas para alunos da Escola Estadual Paulo Zillo, em Lençóis Paulista (SP). Ele era professor substituto na escola. Com o acusado, a polícia apreendeu 300 gramas de cocaína.

"A nossa investigação durou 20 dias, estudantes relataram às mães que um homem oferecia drogas no portão da escola", disse Luiz Cláudio Massa, de 45 anos, delegado titular da cidade. O professor também é suspeito de ter oferecido drogas para os estudantes da Escola Estadual Antonieta Malatrazzi, onde também dava aulas. "Mães de alunos dessa escola foram as primeiras que se queixaram", afirma o policial.

Acusado de pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC), Moura Júnior, que cursou o Magistério, já foi condenado por tráfico de drogas. "Ele é ex-presidiário, saiu da cadeia faz um ano, alegou que tinha dívidas por conta da primeira prisão e voltou a traficar", conta o delegado, que ironizou o curso feito pelo professor: "Ele fez um cursinho rápido para ser professor substituto".

O policial também não escondeu sua indignação pela contratação de Moura Júnior. "A Secretaria da Educação deveria exigir antecedentes criminais, como é que um bandido, recém saído da cadeia, é contratado para dar aulas?", questiona, tachando a contratação de "fato estranho". O professor foi transferido para a Cadeia Pública de Duartina. Se condenado, pode pegar de cinco a 15 anos de prisão. "É pena alta", completa o delegado.

REDE CELPA E NÓS

No início do século XX, o estado do Pará tinha seu fornecimento de energia controlado pela empresa Parah Electric Railways and Lighting Company Ltd.. (PARÁ ELETRICA-OU FORÇA E LUZ) após algumas decádas, por volta de 1962, a Central Elétricas do Pará é fundada objetivando eletrificar todo o estado. Em 1969 a FORLUZ (força e luz) é fundida com a Celpa, sendo então uma companhia pública. Em 1998, o Grupo Rede, que controla a Celtins desde a criação do estado do Tocantins e a Cemat desde de 1997, adquire a Celpa em um leilão, no dia 9 de Julho de 1998. Em uma aquisição Muito nebulosa no governo ALMIR GABRIEL e até hoje uma espinha atravessada na garganta do povo honesto deste Pará.

Geração e transmissão

Usina Diselétrica de Novo Progresso. A empresa esta focalizada em distribuir, e não em gerar, principal fonte de produção de energia para a Celpa é a UHE Tucuruí administrada pela Eletronorte, gerando energia para 74% da população do Pará,possui apenas a UHE Sylvio Braga, no rio Curuá-Una, as demais fontes são Usinas Dieselétricas, onde não há integração com nenhuma linha de transmissão, conhecidas também como Térmicas de Sistema Isolado, totalizando 40, sendo 17 de próprias e as restantes tercerizadas, o interessante de tudo isso é que A REDE CELPA esta parecida com a paraeletrica do inicio do século XX, com uma agravante naquele tempo não tinha computador para da pane nem televisor em cada residência.

Veja o tamanho do estrago e prejuizo que a REDE CELPA causa, bares, restaurante, hospitais, clinicas e residencias.

A energia era gerada na estação de miramar e a oleo dissel, assim muito precaria mas eficiente para os padrões da época, hoje a REDE CELPA é muito eficiente em cobrar a conta e fazer a suspenção do fornecimento de energia e quem por ventura atrasar o pagamento, você sabia que automaticamente seu nome entra na lista de maus pagadores SERASA, SPC E OUTROS TIPOS DE BLOQUEIOS DO NOME DO USUARIO,nem o telefone de plantão o usuário consegue manter contacto, a energia hoje sofre piques inesperados a qualquer hora do dia ou da noite causando prejuizos a seus usuarios a exemplo na minha residência televisor e computador já sofreram panes em função do vai e vem inesperado de energia o último foi na hora do jogo BRASIL x PARAGUAI.

O surpreendente é que a hidreletrica de Tucurui fica no quintal do Pará e 26% da população não possue o fornecimento de energia aqui produzida, e exportada para vários estados do norte e nordeste a preço mas baixos do que aqui praticado.

Não busquei meus direitos em relação aos prejuizos sofridos com televisor e computador devido ser sabedor que são feitas exigências diversas em que o usuario é obrigado a provar se realmente a celpa foi culpada, isso sem falar no chá de banco e o constrangimento de perguntas diversas.

Imaginem se todas as pessoas se unissem e fossem para frente da sede da celpa ou do governo, exigir respeito e fornecimento de energia eletrica.

ACORDA MARAJÓ! ACORDA PARÁ.

A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

Dia Mundial da Água comemorado hoje

Hoje é o Dia Mundial da Água e nunca custa lembrar que a água é um dos nossos recursos naturais mais preciosos e que precisa ser valorizada como tal. O desperdício de água é o desperdício de vida. Lembremos que em muitas partes do planeta populações inteiras lutam diariamente por um pouco de água mas não dispõem desse recurso. Então quando estiver em casa escovando os dentes, tomando banho ou lavando o carro, lembre-se disso e racionalize o consumo.

CRÉDITO: HELDER BARBALHO

CABANAGEM

Cabanagem

A denominação "Cabanagem" remete ao tipo de habitação da população ribeirinha, espécie de cabanas, constituída por mestiços, escravos libertos e indígenas.

Cabanos invadindo e ocupando a cidade de Belém (1835)

Introdução

A Cabanagem foi uma revolta popular que aconteceu entre os anos de 1835 e 1840 na província do Grão-Pará (região norte do Brasil, atual estado do Pará). Recebeu este nome, pois grande parte dos revoltosos era formada por pessoas pobres que moravam em cabanas nas beiras dos rios da região. Estas pessoas eram chamadas de cabanos.

Contexto histórico

Após a independência do Brasil, a província do Grão-Pará mobilizou-se para expulsar as forças reacionárias que pretendiam manter a região como colônia de Portugal. Nessa luta, que se arrastou por vários anos, destacaram-se as figuras do cônego e jornalista João Batista Gonçalves Campos, dos irmãos Vinagre e do fazendeiro Félix Clemente Malcher. Formaram-se diversos mocambos de escravos foragidos e eram frequentes as rebeliões militares. Terminada a luta pela independência e instalado o governo provincial, os líderes locais foram marginalizados do poder. A elite fazendeira do Grão-Pará, embora com melhores condições, ressentia-se da falta de participação nas decisões do governo central, dominado pelas províncias do Sudeste e do Nordeste.

Em julho de 1831 estourou uma rebelião na guarnição militar de Belém do Pará, tendo Batista Campos sido preso como uma das lideranças implicadas. A indignação do povo cresceu, e em 1833 já se falava em criar uma federação. O presidente da província, Bernardo Lobo de Sousa, desencadeou uma política repressora, na tentativa de conter os inconformados. O clímax foi atingido em 1834, quando Batista Campos publicou uma carta do bispo do Pará, Romualdo de Sousa Coelho, criticando alguns políticos da província. Por não ter sido autorizada pelo governo da Província, o cônego foi perseguido, refugiando-se na fazenda de seu amigo Clemente Malcher. Reunindo-se aos irmãos Vinagre (Manuel, Francisco Pedro e Antônio) e ao seringueiro e jornalista Eduardo Angelim reuniram um contingente de rebeldes na fazenda de Malcher. Antes de serem atacados por tropas governistas, abandonaram a fazenda. Contudo, no dia 3 de novembro, as tropas conseguiram matar Manuel Vinagre e prender Malcher e outros rebeldes. Batista Campos morreu no último dia do ano, ao que tudo indica de uma infecção causada por um corte que sofreu ao fazer a barba.

O movimento
Eduardo Angelim, um dos líderes da revolta.Em 6 de janeiro de 1835, liderados por Antônio Vinagre, os rebeldes (tapuios, cabanos, negros e índios) tomaram de assalto o quartel e o palácio do governo de Belém, nomeando Félix Antonio Clemente Malcher presidente do Grão-Pará. Os cabanos, em menos de um dia, atacaram e conquistaram a cidade de Belém, assassinando o presidente Lobo de Souza e o Comandante das Armas, e apoderando-se de uma grande quantidade de material bélico. No dia 7, Clemente Malcher foi libertado e escolhido como presidente da província e Francisco Vinagre para Comandante das Armas. O governo cabano não durou muito tempo, pois o novo presidente, Félix Malcher - tenente-coronel, latifundiário e dono de engenhos de açúcar - era mais identificado com os interesses do grupo dominante derrotado, e é deposto em 19 de fevereiro de 1835, com o apoio das classes dominantes, que pretendiam manter a província unida ao Império do Brasil.

Francisco Vinagre, Eduardo Angelim e os cabanos pretendiam se separar. O rompimento aconteceu quando Malcher mandou prender Angelim. As tropas dos dois lados entraram em conflito, saindo vitoriosas as de Francisco Vinagre. Clemente Malcher, assassinado, teve o seu cadáver arrastado pelas ruas de Belém.

Agora na presidência e no Comando das Armas da Província, Francisco Vinagre não se manteve fiel aos cabanos. Se não fosse a intervenção de seu irmão Antônio, teria entregue o governo ao poder imperial, na pessoa do marechal Manuel Jorge Rodrigues (julho de 1835). Devido à sua fraqueza e ao reforço de uma esquadra comandada pelo almirante inglês Taylor, os cabanos foram derrotados e se retiraram para o interior. Reorganizando suas forças, os cabanos atacaram Belém, em 14 de agosto. Após nove dias de batalha, mesmo com a morte de Antônio Vinagre, os cabanos retomaram a capital.

Eduardo Angelim assumiu a presidência. Durante dez meses, a elite se viu atemorizada pelo controle cabano sobre a província do Grão-Pará. A falta de um projeto com medidas concretas para a consolidação do governo rebelde, provocaram seu enfraquecimento. Diante da vitória das forças de Angelim, o império reagiu e nomeou, em março de 1836, o brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andréa como novo presidente do Grão-Pará, autorizando a guerra total contra os cabanos. Em fevereiro, quatro navios de guerra se aproximavam de Belém, prontos para atacar a cidade, tomada pela desordem, fome e varíola. No dia 13 de maio de 1836, o brigadeiro d'Andrea estacionou sua esquadra em frente a Belém e bombardeou impiedosamente a cidade. Os cabanos insurgentes escapavam pelos igarapés em pequenas canoas, enquanto Eduardo Angelim e alguns líderes negociavam a fuga.

O brigadeiro d'Andrea, entretanto, julgando que Angelim, mesmo foragido, seria uma ameaça, determinou que seus homens fossem ao seu encalço. Em outubro de 1836, numa tapera da selva, ao lado de sua mulher, Angelim foi capturado, tornado prisioneiro na fortaleza da Barra, até seguir para o Rio de Janeiro. A Cabanagem, porém, não acabou com a prisão de Eduardo Angelim. Os cabanos, internados na selva, lutaram até 1840, até serem completamente exterminados (nações indígenas foram chacinadas; os murá e os mauê praticamente desapareceram).

Calcula-se que de 30 a 40% de uma população estimada de 100 mil habitantes morreu. Em 1833 o Grão-Pará tinha 119.877 habitantes; 32.751 eram índios e 29.977, negros escravos. A maioria mestiça ("cruzamento" de índios, negros e brancos) chegava a 42 mil. A minoria totalizava 15 mil brancos, dos quais mais da metade eram portugueses.

Em homenagem ao movimento Cabano foi erguido um monumento, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na entrada da cidade de Belém: o Memorial da Cabanagem.


No início do Período Regencial, a situação da população pobre do Grão-Pará era péssima. Mestiços e índios de diversas tribos a exemplo dos tapuios viviam na miséria total. Sem trabalho e sem condições adequadas de vida, os cabanos sofriam em suas pobres cabanas às margens dos rios. Esta situação provocou o sentimento de abandono com relação ao governo central e, ao mesmo tempo, muita revolta.

Os comerciantes e fazendeiros da região também estavam descontentes, pois o governo regencial havia nomeado para a província um presidente que não agradava a elite local. Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil.



Causas e objetivos

Embora por causas diferentes, os cabanos (índios e mestiços, na maioria) e os integrantes da elite local (comerciantes e fazendeiros) se uniram contra o governo regencial nesta revolta. Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil.

O objetivo principal era a conquista da independência da província do Grão-Pará.

Os cabanos pretendiam obter melhores condições de vida (trabalho, moradia, comida). Já os fazendeiros e comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província.

De cunho popular, contou com a participação de elementos das camadas média e alta da região, entre os quais se destacam os nomes do padre João Batista Gonçalves Campos, do jornalista Vicente Ferreira Lavor Papagaio.


Revolta

Com início em 1835, a Cabanagem gerou uma sangrenta guerra entre os cabanos e as tropas do governo central. As estimativas feitas por historiadores apontam que cerca de 30 mil ou 40 mil pessoas morreram durante os cinco anos de combates e a população de Belem beirava os 100 mil habitantes.

No ano de 1835, os cabanos ocuparam a cidade de Belém (capital da província) e colocaram na presidência da província Félix Malcher. Fazendeiro, Malcher fez acordos com o governo regencial, traindo o movimento. Revoltados, os cabanos mataram Malcher e colocaram no lugar o lavrador Francisco Pedro Vinagre (sucedido por Eduardo Angelim).

Contanto com o apoio inclusive de tropas de mercenários europeus, o governo central brasileiro usou toda a força para reprimir a revolta que ganhava cada vez mais força.

Fim da revolta

Após cinco anos de sangrentos combates, o governo regencial conseguiu reprimir a revolta. Em 1840, muitos cabanos tinham sido presos ou mortos em combates. A revolta terminou sem que os cabanos conseguissem atingir seus objetivos.

A COSANPA E NÓS

Algo une moradores de periferia e moradores de condomínios horizontais e verticais na Região Metropolitana de Belém (RMB). A má qualidade da água. Existem atualmente na RMB cerca de 1.300 condomínios verticais e horizontais. Pelo menos 800 deles têm um sistema próprio de abastecimento de água, ou seja, possuem os próprios poços. São cerca de 900 mil pessoas que consomem água dessa forma. Se todos migrassem para o sistema da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), haveria um colapso na rede de distribuição de água.

“A rede não aguentaria a pressão”, diz o geólogo Francisco de Assis Matos de Abreu, 62 anos. Abreu sabe o que diz. Foi consultor do Banco Mundial em um trabalho que radiografou os sistemas de abastecimento em Manaus, Belém, Natal, Maceió e Fortaleza. “O banco queria ter um quadro geral do abastecimento de água, com os gargalos e possíveis soluções em termos de investimento”, diz.

Segundo o geólogo, também professor da Universidade Federal do Pará, a capacidade de abastecimento do Utinga, por exemplo, está com os anos contados. “Quinze anos, no máximo”, alerta. Há problemas graves na tubulação, que remontam, em alguns casos, aos anos 50 do século passado.

Além do problema específico da capacidade de abastecimento, insuficiente para suprir uma demanda cada vez maior, há uma situação ainda mais grave. Apenas 7% das residências na RMB possuem um tratamento sanitário adequado. “Tudo o que é dejeto vai para as fossas, sejam elas sépticas ou negras, que são aquelas em que se cava um buraco e se joga as fezes nele”, diz o professor.

Com isso, o risco de contaminação da água consumida em Belém é altíssimo. O exemplo mais claro disso está nos poços de abastecimento dos condomínios. Quase todos estão cavados a uma profundidade máxima de 40 metros. Às vezes até dez metros a menos que isso. Para que uma água seja captada de forma segura, os poços teriam de ter uma profundidade mínima de 250 metros, absorvendo as chamadas águas subterrâneas profundas. Não é o que costuma ocorrer.

Poços com 40 metros abarcam água que está facilmente em contato com os dejetos sanitários. O resultado não é complicado de se pensar. “Pelo menos 80% desses poços estão seriamente contaminados”, diz Francisco Matos de Abreu. A contaminação se dá por coliformes fecais e por todo o chamado ciclo de nitrogênio. “Desde o livre até o nitrato, que na forma mais evoluída desenvolve patologias cancerígenas”, alerta.

Um desses males é a ‘doença azul’, que acomete – e mata - crianças, principalmente bebês menores de seis meses de idade. Originada do consumo de água em bolsões com forte presença de nitrato, a ‘doença azul’ pode ser explicada, de forma simples, como uma diminuição da capacidade do sangue transportar oxigênio. Com isso, a criança pode sofrer asfixia, ficando com a pele azulada, especialmente ao redor de olhos e bocas.
Metade da água tratada se perde no caminho

As soluções não são imediatas e faltam recursos para implementá-las. Uma das ações defendidas por Abreu é o sistema de distribuição baseado em poços profundos de 250 metros a 280 metros, pelo menos, para áreas de redistribuição na Augusto Montenegro e Cidade Nova, por exemplo. “O tempo de vida útil de um poço bem feito é de 15 a 20 anos. Seria o tempo necessário para que, aos poucos, as tubulações antigas fossem substituídas”, afirma o geólogo.

Um poço com essas características produz 400 mil litros de água por hora e pode ser acionado por 18 horas. Seria o suficiente para abastecer 200 casas por hora, ou cerca de mil pessoas. “Pelo menos 30 mil pessoas poderiam ser abastecidas com um sistema desse tipo”, diz Abreu.

Por ora, a situação é difícil de ser resolvida. Segundo o pesquisador, metade da água que sai do reservatório do Utinga se perde no meio do caminho, seja por deficiência do sistema, ou pelo roubo feito por moradores, que fazem ‘gatos’ equivalentes aos que existem no sistema de energia elétrica. A Cosanpa admite a perda. “Quando falta água, o sistema puxa a água que está por perto e o que vem é água contaminada. Por isso, logo depois o que sai das torneiras é aquela água amarela. É contaminação pura, um caso de calamidade pública”, diz o geólogo.

Um olhar mais adequado por parte de governantes ou outros poderes políticos não parece ser provável. “Abastecimento de água é o exemplo de obra que não é fotogênica. Por isso os políticos não se interessam por ela”, sentencia o professor.

(Jornal diário do Pará)

quinta-feira, 22 de março de 2012

ÁGUA

Crédito HELDER BARBALHO

Hoje é o Dia Mundial da Água e nunca custa lembrar que a água é um dos nossos recursos naturais mais preciosos e que precisa ser valorizada como tal. O desperdício de água é o desperdício de vida. Lembremos que em muitas partes do planeta populações inteiras lutam diariamente por um pouco de água mas não dispõem desse recurso. Então quando estiver em casa escovando os dentes, tomando banho ou lavando o carro, lembre-se disso e racionalize o consumo!

Foi lacônico em assunto tão importante.

segunda-feira, 19 de março de 2012

CADÊ O SANGUE CABANO

GENTRIFICAÇÃO

Gentrificação é o enobrecimento, o processo de urbanizar os espaços para dar lugar ao turismo, dar lugar a outras classes sociais, abrindo assim áreas para novos empreendimentos imobiliários nos espaços da orla de Belém”, seguindo o mesmo padrão de outras cidades brasileiras e europeias, entretanto com suas particularidades. “Esse modelo de urbanização produz efeitos sociais, culturais e políticos: a resistência ribeirinha reivindica a permanência dos portos da Palha e do Açaí nos seus locais originários”.

Faltam discussões para que o projeto realmente tenha a participação popular. O debate entre a prefeitura e os ribeirinhos em Belém praticamente é inexistente. As audiências públicas planejadas para discutir o Portal da Amazônia com a população atingida não foram democráticas. Os técnicos enviados pela prefeitura não debateram com a população: apenas mostraram o projeto e seus benefícios. Não foi esclarecido nada sobre o impasse dos portos públicos. (Diário do Pará)

domingo, 18 de março de 2012

A PÁSCOA E SEUS SÍMBOLOS

O nome páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" ("passagem"), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida).

Ainda hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas.


Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria [2] .

Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos.


OVOS DE PÁSCOA

De todos os símbolos, o ovo de páscoa é o mais esperado pelas crianças.

Nas culturas pagãs, o ovo trazia a idéia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida.

Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados.

Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.


Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a páscoa, foi adotado pelos cristãos, nos século XVIII. A igreja doava aos fiéis os ovos bentos.

A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma.

A versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.

COELHO


O coelho é um mamífero roedor que passa boa parte do tempo comendo. Ele tem pêlo bem fofinho e se alimenta de cenouras e vegetais. O coelho precisa mastigar bem os alimentos, para evitar que seus dentes cresçam sem parar.

Por sua grande fecundidade, o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa. É que ele simboliza a Igreja que, pelo poder de cristo, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos.

CORDEIRO


O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.

Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.



CÍRIO PASCAL


É uma grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que "Cristo é a luz dos povos".

Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego"alfa" e "ômega", que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal.

O Círio Pascal simboliza o Cristo que ressurgiu das trevas para iluminar o nosso caminho.

GIRASSOL


O girassol é uma flor de cor amarela, formada por muitas pétalas, de tamanho geralmente grande. Tem esse nome porque está sempre voltado para o sol.

O girassol, como símbolo da páscoa, representa a busca da luz que é Cristo Jesus e, assim como ele segue o astrorei, os cristãos buscam em Cristo o caminho, a verdade e a vida.



PÃO E VINHO

O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.

Jesus já sabia que seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então, combinou com dois de seus amigos (discípulos), para prepararem a festa da páscoa num lugar seguro.

Quando tudo estava pronto, Jesus e os outros discípulos chegaram para juntos celebrarem a ceia da páscoa. Esta foi a Última Ceia de Jesus.

A instituição da Eucaristia foi feita por Jesus na Última Ceia, quando ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo... Este é o meu sangue...". O Senhor "instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo dos séculos, até que volte, confiando deste modo à sua amada Esposa, a Igreja, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se come Cristo, em que a alma se cumula de graça e nos é dado um penhor da glória futura" [3].

A páscoa judaica lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da liberdade.

Hoje, comemoramos a páscoa lembrando a jornada de Jesus: vida, morte e ressurreição.




Colomba Pascal


O bolo em forma de "pomba da paz" significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.




SINO


Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações.

O sino é um símbolo da páscoa. No domingo de páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de cristo.

Quaresma


Os 40 dias que precedem a Semana Santa são dedicados à preparação para a celebração. Na tradição judaica, havia 40 dias de resguardo do corpo em relação aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.



Óleos Santos

Na antiguidade os lutadores e guerreiros se untavam com óleos, pois acreditavam que essas substâncias lhes davam forças. Para nós cristãos, os óleos simbolizam o Espírito Santo, aquele que nos dá força e energia para vivermos o evangelho de Jesus Cristo.






Fontes:

[1] Baseado na Coleção Descobrindo a Páscoa, Edições Chocolate.
[2] A vitória da Páscoa, Georges Chevrot, Editora Quadrante, São Paulo, 2002
[3] Vida Eucarística, José Manuel Iglesias, Editora Quadrante, São Paulo, 2005

NOS TEMPOS DA BICHARADA

O hoje senador Mário Couto Filho: entre os principais chefões do Bicho de Belém




Existe ampla reportagem nos jornais de Belém de um tempo que não volta mais...

Um tempo em que os bicheiros de Belém até decretavam “assembleia geral permanente”, como se ameaçassem o distinto público com uma greve geral...

Um tempo em que os bicheiros apareciam, com foto, nome e sobrenome na primeira página, aliás, nas manchetes dos principais jornais da cidade, a acusar a polícia de “corrupção”, porque ela insistia em, literalmente, quebrar a banca...

Bicheiro, então, até convocava coletiva de imprensa e tinha – pasme-se! – porta-voz...

Tinha, aliás, direito até a charge, com campanha pela “liberdade” da Arca de Noé inteira...

Alguns podem até pensar que estou inventando os fatos, para tirar a dúvida manuseie os jornais da de década de 1980 do Pará

E mais: a jogatina, segundo afirmavam abertamente as suas “lideranças”, “contribuía” com o Governo do Estado, ao qual repassava mensalmente, religiosamente, uma polpuda quantia, para “obras de caridade”...

Daí que não é de espantar que os chefões do Jogo do Bicho até ameaçassem a polícia com um pitoresco pedido de CPI...

Tempos curiosíssimos aqueles, só possíveis mesmo em Belém do Pará...

Tempos, aliás, nos quais já despontava a estrela do hoje senador tucano Mário Couto Filho, que, segundo os jornais da época, era o dono da banca “A Favorita”, além de porta-voz de uma inusitada Associação dos Banqueiros e Bicheiros do Estado do Pará...

Os tempos mudam e Mário Couto cresceu e hoje e legislador no mais alto nivel da política nacional.

Sou a favor da legalização do jogo do bicho só assim o estado passaria até controle e mais arrecadaria impostos.

DOIS PESOS DUAS MEDIDAS

O desembargador Nelson Calandra, presidente da Associação Nacional de Juízes, denunciou Sebastião Curio por sequestro na década de 1970.

De acordo com a Constituição Federal, o terrorismo é crime imprescritível. Não é segredo para ninguém que a presidente Dilma Roussef, na juventude, fez parte de célula terrorista e realizou ações terroristas no Brasil, inclusive sequestro.

Não resta dúvida sobre sua coragem em um período tão conturbado da história brasileiro entre os anos de 1964 a 1985 que foi o período ditatorial no Brasil.

Todos sabem também, que a Lei de Anistia apagou todos os efeitos dessa prática. Por isso, no exercício de plena cidadania, Dilma chegou ao posto máximo da política nacional. Assim como fez Adolfo Hitler, só quem não sabe disso, ao que parece, é o procurador que denunciou o tenente-coronel EB "Curió".

Desembargador antes de urinar verifique se não vai mijar fora.

LALAUZINHO

"Lulinha"

Fábio Luiz Lula da Silva, o "Lulinha", processou a revista "Veja" porque veiculou matéria chamando o garoto do Lula de "Ronaldinho de Lula". A juíza Luciana Ferreira Alves considerou improcedente a ação e ainda condenou "Lulinha" a pagar as custas processuais.


MPF DEU UMA FORA

Repercutiu muito na mídia a denúncia do Ministério Público Federal protocolada contra o "major Curió", sob a alegação de que o oficial do Exército teria sequestrado várias pessoas. O representante do Ministério Público, ao forçar a acusação contra "Curió", pode expor ao desgaste a imagem do MPF e de centenas de brilhantes juristas que integram o órgão.

Não é nenhum exagero essa afirmação, porque o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, entrevistado pela imprensa, considerou totalmente inconsistente o ponto de vista defendido pelo procurador federal que assinou a denúncia.

Marco Aurélio salientou a questão importantíssima para a sociedade brasileira, da segurança dos direitos e a instabilidade jurídica que a postura do órgão ministerial pode causar, quando, a qualquer pretexto, volta a uma questão que já foi debatida e anistiada, exatamente para evitar cismas e divisões sociais.

Um aspecto técnico relevante, não observado pelo doutor procurador, foi quanto a competência para julgar a ação. Na época em que os fatos teriam ocorrido, "Curió" era militar da ativa do Exército, e portanto, se crime ele cometeu, esse crime pode ser considerado crime militar, o que esvazia a competência da Justiça Federal comum para para decidir a causa.

Em outras palavras, a competência para processar e julgar o feito é da Justiça Militar Federal, o que tornaria a denúncia do Ministério Público Federal totalmente inepta, somada a todos os fatos já expostos nesse blog como anistia, prescrição, os erros e acertos no período do governo militar.

E que se conte a história de Curio da guerrilha do Araguaia e tantos outros fatos relevantes na sociedade brasileiro, e que os dirigentes do PCdoB tenham aprendido a lição da tomada de poder não pelas armas e sim pelo voto. O jogo político continua.

sexta-feira, 16 de março de 2012

MAIS ASSIM ! É QUERER BAGUNÇAR A GUERRA COM BALADEIRA

traficante aluga casa ao lado de Batalhão da PM

Imóvel era usado como laboratório, onde era feito o refino de cocaína

Um laboratório de refino de cocaína, que funcionava no Conjunto CDP, no bairro de Val-de-Cans, foi desmontado ontem, por volta das 13 horas, por homens do 1º Batalhão da Polícia Militar. Quem comandava o negócio ilícito era André Almeida de Araújo, o Andrezinho, de 25 anos, que havia transferido o laboratório do bairro do Bengui para fugir do cerco policial. Chamou a atenção da polícia, a ousadia do traficante, que alugou uma casa na rua mais movimentada do CDP, situada ao lado do 1º Batalhão da PM. Dentro do imóvel, havia mulheres e crianças, sendo duas de colo, usadas para disfarçar o crime. Outros três adultos foram presos com ele no local.

A casa alugada onde estava funcionando o refino, fica na Rua dos Tucanos, uma das mais movimentadas do conjunto. Foram encontrados no imóvel, cerca de dois quilos de pedras e pasta base de cocaína e materiais para o refino, como barrilha e solvente, e uma balança, que estavam no quarto e no banheiro da suíte de André. Ele confessou que comercializava a pasta da coca para ser revendida e refinada por outros traficantes. Cada embalagem com cerca de 50 gramas era vendida a R$ 250. Na garagem da casa, havia um carro Citroen C3, de cor preta e placa NSJ-2831, de Ananindeua, possivelmente comprado com dinheiro do tráfico. Na casa também foram presos Otávio da Silva de Almeida, o "Bolo", de 20 anos; Jamile Suelen Soares, de 19 anos; e a sogra de "Andrezinho", Maria Severiana Melo Pereira, de 41 anos, que estariam trabalhando para Andrezinho.

Também foram encontrados na casa, uma adolescente de 17 anos, que é esposa de Andrezinho e filha de Severiana. Ela estava com a bebê dela e do traficante, de apenas cinco meses de idade, além dos outros filhos de Severiana, uma adolescente de 14 anos e um menino de 11 anos, e da filha de Jamile, de apenas três anos. As crianças estavam assustadas com a presença dos policiais. O marido de Jamile também faria parte do grupo que trabalhava e morava na casa, mas ele não estava no local. O coronel Thalles, que comandou a operação, disse que Andrezinho é conhecido da polícia, pois já tinha sido preso por tráfico de drogas, assim como Severiana.

É muito abuso, quero ver se a Justiça vai condenar ou daqui alguns dias estarão em liberdade "condicional".

O PASSADO PRECISA SER CONTADO NÃO CRUCIFICADO

Curió: o "torturador de farda" no Araguaia

Crédito diário Online

Sebastião Curió Rodrigues de Moura gravou depoimento sobre o regime militar em novela do SBT (Foto: Reprodução/ SBT TV)
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, mais conhecido como Major Curió, é coronel da reserva do Exército brasileiro e tido como um dos militares responsáveis pela repressão à Guerrilha do Araguaia na década de 1970.

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo em junho de 2009, ele revelou que de um total de 67 mortos que pertenciam ao movimento de resistência contra o governo militar, teria sido responsável por prender, amarrar e executar 41 pessoas envolvidas. Até a abertura dos arquivos de Curió, apenas se tinha o conhecimento de 25 casos de execução feitas pelo Exército.

Guardados em uma pasta de couro há mais de três décadas, os documentos, acompanhados de relatos escritos à mão, descrevem com riqueza de detalhes a forma de execução dos guerrilheiros.
Curió foi preso em Brasília em março de 2011 na capital federal durante uma operação de busca e apreensão a documentos da ditadura militar. A prisão foi feita após ordem dada pela 1ª Vara da Justiça Federal, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal do Distrito Federal (MP-DF). Ele prestou novo depoimento à Justiça e ao MPF e depois foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal, onde fora autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Logo depois, Curió foi posto em liberdade.

Nesta terça (13), o Ministério Público Federal (MPF) informou que vai pedir à Justiça a condenação do oficial de reserva pelo envolvimento do sequestro de cinco militantes na Guerrilha do Araguaia. É a primeira ação penal proposta pelo Estado contra autores de graves violações de direitos humanos cometidos durante a ditadura militar.

Os sequestros ocorreram durante a última operação de repressão à guerrilha, deflagrada em outubro de 1973. Na ação, denominada Operação Marajoara, tropas comandadas pelo major Curió capturaram os militantes Hélio Luiz Navarro Magalhães, Maria Célia Corrêa, Daniel Ribeiro Callado, Antônio de Pádua Costa e Telma Regina Corrêa. De acordo com o MPF, as vítimas foram levadas a bases militares, submetidas à tortura e permanecem desaparecidas.

A ação envolvendo o major Curió é resultado de um procedimento investigatório criminal aberto pela Procuradoria da República em Marabá, em 2009. Se for condenado, o militar pode pegar de dois a 40 anos de prisão.

“Homenagem” - De acordo com registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Curionópolis, localizado no sudeste paraense, recebeu o nome em homenagem ao Major Curió, figura conhecida por exercer liderança sobre os garimpeiros entre os anos de 1981 e 1982, período em que foi coordenador do garimpo de Serra Pelada.

Originalmente, Curionópolis surgiu como desdobramento da cidade de Marabá, uma espécie de núcleo de apoio à cidade vizinha, e abrigava principalmente mulheres e filhos de garimpeiros que eram impedidos de entrar em Serra Pelada. Com a expansão do comércio e de serviços, consolidou-se após a ‘febre do ouro’ até que foi alçado à condição de município em 1988 por meio da lei estadual nº 5.444.

TAMBÉM JÁ FUI INJUSTIÇADO E TIVE MEU DIREITO A DEFESA CERCEADO

FRANSSINETE FLORENZANO me fez lembrar Gabriel Pensador que diz em uma de suas músicas "Liberdade de expressão, democracia vai nessa estais fudido....."

Créditos de Franssinete Florezano e perreca da vizinha.

Alô, alô CNJ: mais um blog é censurado no Pará. A vítima agora é a jornalista Franssinete Florenzano, obrigada a suprimir postagens relativas ao vereador de Belém, Gervásio Morgado. Judiciário paraense virou capanga dos poderosos deste estado.

Não é brincadeira, não: se a gente realizar uma pesquisa, é bem provável que o Pará seja o estado brasileiro com a maior ocorrência de censura a blogs e a jornalistas.

Primeiro foi o Quinta Emenda, do saudoso Juvêncio Arruda. Depois, veio o blog do Barata. Depois, o meu, a Perereca da Vizinha.

Agora, a censura também atinge o blog da jornalista Franssinete Florenzano, obrigada a suprimir de seu blog toda e qualquer referência ao vereador Gervásio Morgado.

E não podemos esquecer o caso do jornalista Lúcio Flávio Pinto, escandalosamente condenado a indenizar um grileiro, além de também ter sido alvo de censura, da qual o juiz, porém, acabou por recuar.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem por norma não interferir em decisões dos magistrados.

Mas talvez seja o caso de nós, jornalistas, denunciarmos ao órgão de controle da Magistratura a transformação do Judiciário paraense num verdadeiro capanga dos poderosos deste estado.

“Juiz impõe censura ao meu blog
Hoje, na 2ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal do Idoso, na qual o quase ex-vereador Gervásio Morgado (PR) me processa – vejam só! –, por injúria, calúnia e difamação, arguí a Exceção da Verdade, visto que se trata de agente público, e apresentei provas documentais e testemunhais de que tudo o que publico a seu respeito é a mais pura verdade, e que se ele tem péssima fama é por sua própria conduta, que é pública e notória, e diariamente estampada negativamente nas páginas dos grandes jornais e emissoras de rádio e TV. A juíza Aline Martins decidiu que apreciará o incidente processual e já designou nova audiência, dessa vez para o dia 23.04.2012, às 09:30 horas.

Pois bem: ao final de audiência, sob o testemunho ocular da Juíza Aline Martins, titular da Vara, e da promotora de justiça Adriana Simões, o oficial de justiça me intimou, dando ciência de antecipação de tutela em outro processo – do qual nem tinha conhecimento – concedida pelo juiz Miguel Lima dos Reis Jr., da 1ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal do Idoso, e marcando para o dia 25.04.2012, às 10 horas – vejam só de novo! – a audiência de conciliação!

Agora pasmem: o juiz simplesmente ordenou, sem me ouvir, que retire, em 24 horas, “na íntegra, todas e quaisquer publicações em que constem em seu bojo o nome do autor, GERVÁSIO DA CUNHA MORGADO, e alcunhas por ela denominadas e seus substitutos bem como todos os comentários a ele referentes, seja no tópico específico ou não, seja postado pela própria Ré, seja postado por anônimos ou não, bem como qualquer alusão à notícias pretéritas ou à decisão judicial que determinou a retirada das publicações. Em caso de descumprimento, estipulo multa diária de R$5.000,00 (cinco mil reais) para cada dia em que as publicações pretéritas permaneçam no blog ou alusões a elas e a esta decisão seja feitas, a ser revertida em favor do requerente”.

Detalhe: a 1ª e a 2ª Varas do Juizado do Idoso funcionam no mesmo prédio. Ambas têm competência cível e criminal. A 2ª Vara já realizou audiência, com as mesmas partes e o mesmo objeto, os posts em meu blog. É, portanto, preventa. Ou seja, o outro processo tem, obrigatoriamente, que ser encaminhado à sua juíza Titular. E não poderia jamais ser objeto de decisão, muito menos liminar.

Mais: na decisão, o juiz destaca post em que sequer é mencionado o nome de Gervásio Morgado. Ou seja, ele pôs a carapuça e o magistrado endossou, sem qualquer prova e cerceando a minha defesa, em evidente afronta à Constituição, à lei, à doutrina e à jurisprudência, inclusive ao próprio STF, que já se pronunciou sobre a questão.

O art. 273 do Código de Processo Civil preceitua que o juiz pode antecipar a tutela, desde que exista prova inequívoca e, ainda, haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou fique caracterizado o abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu, o que absolutamente não é o caso.

Ora, o Brasil é um País em que é garantida constitucionalmente liberdade para se expressar e manifestar, além da liberdade de imprensa. Ademais, não havendo legislação que discipline situações em mídias sociais, o Judiciário deve proceder com cautela nas medidas restritivas.

Gervásio Morgado é vereador e 2º vice-presidente da Câmara Municipal de Belém, por isso mesmo sujeito a fiscalização da opinião pública e alvo de interesse jornalístico, eis que o Direito exige a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (CF, art. 37). Como a ninguém é lícito ignorar, a vida de um parlamentar deve garantir proteção à probidade administrativa e à moralidade no exercício do mandato. Tem que assegurar um mandato bom, honesto, equânime, justo e decente. Um parlamento de cidadãos dignos e honrados. Do contrário, as cláusulas pétreas da Constituição da República restarão comprometidas. Como não conseguiu me intimidar, apesar de todas as perseguições a que me submete, acionou indevidamente o Judiciário imputando falsamente calúnia, injúria e difamação, em gritante denunciação caluniosa, pelo que já está sendo processado.

Tal situação não pode perdurar e o MP e o TJE-PA devem agir com eficiência, eficácia e celeridade em punição a quem aciona de má fé o Judiciário, que luta com dificuldade para atender aos justos reclamos dos jurisdicionados, criando uma situação kafkiana em que a vítima é transformada em algoz.

É flagrante a ausência das condições de ação e a ilegalidade da decisão do juiz, que chega ao ponto de querer impedir a própria publicação da sentença (!) e estipula uma multa totalmente desproporcional - de R$5 mil diários -, a uma pessoa física, trabalhadora, a ser paga ao mais rico vereador de Belém (!).

A lei exige que o autor indique, na petição inicial, o fato e os fundamentos jurídicos do pedido, expondo, de modo claro e irretorquível, quais as expressões ou vocábulos desairosos atribuídos à demandada, o nexo de causalidade e os danos a que deu causa. Como se sabe, é inepta a petição a que falte a causa de pedir (CPC, art. 295, § único, I). Acontece que Morgado não indicou em que teria consistido a culpa que ensejaria a responsabilidade. Limita-se a elucubrações. Trata-se de pressuposto processual objetivo, cuja falta autoriza a decretação da nulidade do processo, isto porque a causa de pedir reside nos fatos alegados pelo autor com fundamento de seu pedido, e integra a própria causa pretendi.

Veiculei notícia de interesse público e social, relato da mais pura verdade, no estrito exercício de minhas atribuições e direitos legais e constitucionais de jornalista em relação a agente público.

Aliás, quais seriam os danos morais causados por mim a Morgado? A reputação dele é ruim – tem seu nome amplamente mencionado, sempre de forma negativa, na imprensa e nas redes sociais - e não por minha culpa. Por que ele não processa o Diário do Pará, por exemplo?

Como é que o juiz Miguel Lima dos Reis Jr. pode me condenar por antecipação se, para configurar ato delituoso, há necessidade de ato descrito por lei como crime contrário à ordem jurídica? Não há tipicidade: a minha conduta não é proibida. Não há antijuridicidade: não feri a ordem jurídica. Nem culpabilidade: nada cometi de reprovável. Sou punida por dizer a verdade?!

Cadê o nexo causal e os demais elementos que formem um contexto plausível, como personalidade da suposta vítima + ato ilícito + sofrimento + imediatidade entre ato ilícito e sofrimento + inexistência de outros fatos, estranhos ao ato ilícito tratado no processo, que podem ser a causa ou concausa da dor alegada?”

POSTADO POR ANA CÉLIA PINHEIRO ÀS 03:44