domingo, 27 de março de 2011

QUANDO VOU LEVAR A SOGRA

Como já disse anteriormente minha sogra é um barato, na vespera da viagem para Salvaterra, ela dorme até 1h30 0u 2h00 da madrugada a viagem é 6h30 mais ela fica impaciente e não deixa ninguém dormir, levanta toda hora e fica conferindo a bagagem dela se não esta esquecendo nada, e meche e remeche faz um fuzuê danado faz pigarro e assopra e olha que ela não fuma, so sossega quando levanto e digo: bom dia dona Carmita, e ela diz vamos que hoje vai dá uma enchente, enchente! exclamo eu, ela sim, vai dá muita gente precisamos chegar antes das 6h00 , vamos tomar café? ela diz não, mais dona carmita ainda são 4h00 temos bastante tempo, ela diz pois é vamos logo pra gente não pegar engarrafamento, pronto vou papeando até no porto da "escadinha", quando chega deserto, só os carregadores e alguns gatos pingados, ela pronto fica aliviada e fica mais ainda quando chamo o rapaz do café ela se delícia e aja mais papo.

Fico até ela adentrar no portão de embarque, aproveito pra dá uma passadinha no
Ver-o-Peso. Em frente ao Solar da Beira, vários carros descarregam sacos de frutas, legumes e verduras, carregados incessantemente por homens. Um surge com um tabuleiro onde estão à venda canetas, fósforos, tesouras, alicates e lanternas.

Na esquina da Boulevard Castilhos França com a avenida Portugal, dezenas de barcos se amontoam. “Isso aqui é um ‘rebuceteio’ de gente. Bandido e pai de família lutando. Tem uma magia”. Na Pedra do Peixe, o ritmo é frenético: um caixote carregado de maparás pode nocautear os mais desatentos.

E é na beirada que não dá pra enxergar a água da baía: é grande quantidade de lixo e pele de peixe jogada pelos peixeiros.

Cachorros lambem as verduras, mendigos fazem suas necessidades fisológicas direto na baia, o banheiro custa R$ 0,50. Os comerciantes que aproveitam para ‘fazer a feira’ não parecem se importar. Na Praça do Relógio, encarregados dos caminhões que transportam para outros mercados se unem aos feirantes para jogar cartas. Na Feira do Açaí, o tecnobrega soa. Rasas (espécie de cestas) são jogadas para os que trazem açaí nos barcos.

O açai em sua grande maioria vem da parte da Ilha do Marajó que fica mais longe e é melhor que o pouco açaí de inverno daqui. Adiante, homens dormem em pedaços de papelão espalhados pelo chão. O manto da noite vai dando vez aos primeiros reflexos da manhã.

É hora de comer a “pata da vaca”, sopa de mocotó revigorante oferecida com entusiasmo pelas senhoras em barracas diversas. Os sinos da Catedral da Sé anunciam as seis da manhã e os ônibus já circulam intensamente pelas ruas. Agora são as barracas de comida que saciam a fome dos que passam e vivem naquele lugar onde pulsa o coração de Belém.

E eu aproveito para gastar os R$ 20,00 reais que minha sogra me deu compro uma saca de limão por dez reais e coloco 10 de gasolina que minha sogra me deu, o limão eu divido com os cunhados, familiares e vizinhos.

Ela dá trabalho mais eu gosto.

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