quinta-feira, 15 de abril de 2010

ÉTICA NA FAMÍLIA

Ética na família
Você é responsável pelo que cativa. Para toda ação se exige o bom senso e responsabilidade. Expressar sentimentos de afeição por uma pessoa extravasa a esfera individual atingindo terceiro que se cativa com a relação, logo surgi obrigações morais e responsabilidade pelo o evento daquele que deu causa.

Uma família não é diferente. As relações que se mantém no campo afetivo são essenciais para a preservação de um bom relacionamento familiar. Manter uma família unida hoje não se pode considerar apenas a sua manutenção econômica, mas estar presente de fato na educação, criação e preservação dos valores éticos e morais.

Com o abandono dos valores de afetividade para o predomínio do valor econômico muitas Leis e aplicações jurídicas tem se afastado do ideal de família a que imaginou o constituinte ao promulgar a carta de 1988.

Quando falamos em família, imaginamos logo o modelo tradicional, a família nuclear, constituído de pai, mãe e filhos. Entretanto, os conceitos se modificam a história da humanidade é volátil, muitas coisas são efêmeras, quando você fala em família vem logo na imaginação a nuclear, na sociedade globalizada existem países que o casamento entre homossexuais é permitido, recentemente Portugal legalizou o casamento entre homossexuais, os portugueses tinham-se como uma sociedade de tradições rigorosas em relação aos bons costumes na constituição de família nuclear, modificaram seus conceitos de verdade sobre formação familiar, o que não deixa de ser perigoso e mais contra a própria natureza de perpetuação da raça humana.

Longe de mim querer ser perfeito ou discriminatória em opinar sobre a opção sexual de quem quer que seja. Fico apenas a imaginar como será a cabeça de uma criança filha de uma mulher que vive com outra mulher declaradamente como se uma família fosse, e na escola dia de comemoração vamos dá um exemplo dia das mulheres, a professora diz traga sua mamãezinha, qual das duas ele vai levar ou se vai levar as duas, ou o inverso dias dos pais, nem sei se estou escrevendo bobagem, pois para mim está sendo muito difícil conseguir entender essa nova concepção de família ou se é possível chamar essa nova junção de família.

As demandas judiciais visando alimentos para filhos, por exemplo, são as mais crescentes nos Tribunais, e o único objetivo que se pretende é a prestação de alimentos em dinheiro para custear a educação, formação e alimentação do menor. Com certeza, um menor necessitará de muito mais que dinheiro para se transformar numa pessoa com valores sociais dignos. A presença dos pais na educação dos filhos sequer é abordada, quando é claro o dever do Ministério Público é fiscalizar e prezar pelo bem estar deste.

Assim também, são as demandas de pais pleiteando com fundamento no parentesco o dever de serem auxiliados quando suas funções vitais não mais lhe permitem a manutenção por si só. Mas nestas demandas o que se verifica é o mesmo objeto daquela, a pretensão pecuniária prestada com habitualidade.


Estamos reduzindo a obrigações de direito material nossas relações de família, abandonando a afetividade e a dignidade, ser pai ou ser filho é mais do que ter direito a alimentos recíprocos.

Assim como a sociedade a lei parece perder sua finalidade maior, que é preservar a dignidade da pessoa humana, seus valores mais subjetivos.

A dignidade da pessoa humana passou a ser mencionada em casos jurídicos a fim de se assegurar a manutenção econômica mínimo do indivíduo, sua subsistência.

No entanto o princípio assegurado na Constituição federal não visa apenas garantir a alimentação, vestuário ou subsistência mínima do indivíduo, mas assegurar também uma criação digna, valores morais e éticos que só os pais e familiares poderiam repassar.

Não justifica também mencionar a denominada "crise da família no direito brasileiro" para justificar o abandono. A sociedade se modifica para o bem e clama por novas normas que regulamente novas situações. Mas quando a sociedade se modifica para valores inferiores aos já consolidados é dever do direito remolda-la coercitivamente e não transmudar sua finalidade e de seus institutos ou princípios. Se a família hoje esta em crise no direito é porque os valores que decaíram na sociedade também estão decaindo na esfera jurídica, e isso não se pode permitir.


Nascemos iguais, mas não nos desenvolvemos de modo semelhante. O modo como formamos nosso caráter e personalidade, bem como adquirimos nossas virtudes esta intimamente ligada à Família e as pessoas que participaram ativamente do nosso convívio pessoal durante o desdobrar dos anos, é justamente aí que mora o perigo da formação da família não nuclear.

Absorvemos com o passar do tempo a noção de ética e moral, valorizar certas condutas e desprezar outras, e é praticamente impossível localizar pessoas que possuem a mesma personalidade e caráter, assim como virtudes. Nem mesmo gêmeos idênticos, criados na mesma família, não compartilham as mesmas virtudes e personalidade apesar de lhe serem demonstradas ao longo do desenvolvimento o mesmo agir, educação e exemplo pela Família.

Existe uma clara influência do meio que se vive, mas, sobretudo há uma influência muito maior da família na criação das pessoas. Deixar ao abandono a criação para se privilegiar apenas sua subsistência econômica sem valores de afetividade, moral e ética é apostar numa sociedade desprovida de valores éticos e morais, como a que se principia a presente tendendo ao desprestígio de tão formoso e precioso instituto.


Para podermos conviver com um mínimo de dignidade e, sobretudo, menos aborrecimentos nas condutas humanas devemos exprimir nossas vontades com maior respeito ao outro, sermos educados e inteligentes e preservar a família como principal elemento do Estado e Sociedade. Esta é a parte que devemos evoluir para algo melhor do que o que somos hoje.

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