terça-feira, 8 de setembro de 2015

PROFESSORES NO PARÁ

Professores compram materiais do próprio bolso
Professores compram materiais do próprio bolso

Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), não existe política de Educação que seja exclusivamente do Estado. Williams Silva, diretor da entidade, diz que o o triste cenário apresentado pelo movimento “Todos Pela Educação”, só reforça esse problema de gestão no governo Jatene. O movimento divulgou o relatório “De Olho nas Metas 2013-14”, referente ao cumprimento dos objetivos estabelecidos para o biênio em todo o Brasil, e no qual o Pará figura na lanterna. 
Com números estarrecedores, o documento mostra um panorama preocupante da Educação Pública no Estado: são quase 165 mil crianças entre 4 e 17 anos sem estudar; outros quase 20 mil que pararam sem concluir o Ensino Médio e somente 33% conseguem terminá-lo, sendo que essa última é a pior taxa nacional, dentre outros índices negativos. “Já criticamos essa situação do Estado há um bom tempo. O Governo joga, evidentemente, a responsabilidade nas costas dos professores”, expõe Williams. “Nós, do Sindicato, sempre abraçamos aquilo que compete à nossa categoria. Mas há algumas questões que dependem exclusivamente do Governo do Estado, porque você não pode cobrar resultado positivo ao final do ano letivo, sem garantir estrutura mínima e condições de trabalho favoráveis para que o professor possa desempenhar a sua função”.
De acordo com ele, tanto na capital quanto no interior, os professores dão conta, do próprio bolso, de material de xerox, pincel para quadro branco, apagador, porque não há garantias mínimas. “O problema não é só a questão salarial. Apenas o dinheiro não vai resolver as questões de Educação Pública”, destaca. “Mesmo levando em consideração que, este ano, o Governo só foi pagar o piso salarial em abril. E para os três meses anteriores de 2015, a proposta do Governo era um acinte, uma provocação: pagar esse retroativo só em agosto de 2016!”, lembra.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Williams Silva acredita que o Pará ainda não tem o que precisa para que a Educação se aprimore: um conjunto de políticas públicas, combinadas com outras áreas, como saúde, assistência social, esporte e lazer. “A evasão, por exemplo, dizem que é por causa da greve. Sabemos que a greve é prejudicial para todos, principalmente para os estudantes. Mas as condições das escolas também não ajudam, não são atrativas”, justifica. “A violência, inclusive, já está dentro das escolas. E Governo só responde a isso se houver um fato grave, no mesmo local onde o fato ocorreu. As ações são reativas. O restante fica descoberto”, lamenta Williams.
(Diário do Pará)
Filho de Francisco da Silva Nunes e Maria da Silva Nunes. Ao optar pela carreira militar seguiu para o Rio de Janeiro e frequentou a Escola Militar do Realengo, a Academia Militar das Agulhas Negras, a Escola de Educação Física do Exército e a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Nesse interregno presidiu a Comissão de Concorrência da Diretoria-Geral do Material Bélico do Exército. Ajudante de Ordens do General Cordeiro de Farias (1953-1955) e comandante da Zona Militar Norte em Recife (1960), foi Secretário de Segurança e chefe de polícia do Território Federal do Amapá (1961) até que retornou a Belém onde graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Pará. Em sua cidade natal foi presidente da Comissão de Abastecimento Regional do Pará e do Círculo Militar de Belém. Entre 1961 e 1964 foi chefe da 28ª Circunscrição de Recrutamento e delegado do Comando Militar da Amazônia e da VIII Região Militar como presidente da Comissão de Abastecimento Regional. Por ocasião do 31 de março de 1964 comandava o quartel-general da VIII Região Militar e nessa condição chefiou uma miríade de inquéritos policiais-militares para investigar os adversários do novo regime.
Alinhado aos objetivos do Regime Militar de 1964 foi alçado à condição de protagonista político quando o governador Aurélio do Carmo foi deposto e em seu lugar assumiu Jarbas Passarinho, que na condição de novo ocupante do Palácio dos Despachos, o nomeou prefeito de Belém em 1964, entretanto Alacid Nunes renunciou ao cargo a tempo de concorrer às eleições de 1965quando foi eleito governador do Pará pela UDN e assim encerrou o predomínio do PSD na política estadual na última refrega antes do ciclo dos governadores biônicos.[2] Tanto Jarbas Passarinho quanto Alacid Nunes ingressaram na ARENA após obipartidarismo sendo que o primeiro foi eleito senador em 1966, mas a convivência pacífica dos primeiros anos logo foi substituída por uma cisão interna que legou a cada um metade da máquina partidária e somente com a intervenção de Brasília os líderes recalcitrantes conseguiam dividir o mesmo espaço político. Encerrado o seu primeiro mandato de governador foi a Capanema onde dirigiu a Fábrica de Cimento do Brasil S/A (1971-1974). Em 1974 foi eleito deputado federal e Jarbas Passarinho foi reeleito senador. Por decisão do presidente Ernesto Geisel em 1978 o governo do estado foi de novo entregue a Alacid Nunes, sendo que com a reforma partidária ele e Passarinho ingressaram no PDS.
A volta de Alacid Nunes ao poder tornou irremediável o rompimento entre as correntes partidárias e nesse ínterim Jarbas Passarinho logo recebeu o apoio do presidente João Figueiredo[3] ao passo que os alacidistas apoiaram a candidatura do deputado federal Jader Barbalho, que mesmo sendo do PMDB foi eleito governador do Pará em 1982 ao derrotar o empresário Oziel Carneiro, do PDS.
Com a Nova República Alacid Nunes filiou-se ao PFL e foi membro do conselho de administração da Companhia Vale do Rio Doce durante o governo José Sarney (1985-1990) afastando-se de Jader Barbalho quando este firmou uma coligação comJ arbas Passarinho com vistas às eleições de 1986. Foi eleito deputado federal em 1990 e seu filho, Hildegardo Nunes, foi eleito vice-governador do Pará em 1998 no pleito que reelegeu o governador Almir Gabriel.


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