sábado, 16 de abril de 2011

QUE DESCANSE EM PAZ

Jader e Hélio: alianças na política paraense


Aliados históricos, afastados por quase uma década e reconciliados no que seria o coroamento de uma das alianças mais marcantes da recente história política do Pará. Assim foi a relação entre o ex-governador Hélio Gueiros, morto na tarde de ontem, e o presidente do PMDB, Jader Barbalho. Ontem, após ser informado da morte de Hélio, Jader relembrou alguns momentos dessa intensa relação que começou há mais de 50 anos.

Gueiros foi amigo, aliado e colega de profissão do também jornalista Laércio Barbalho, pai de Jader. Os dois eram remanescentes do PSD, partido comandado por Magalhães Barata. Após o golpe militar, ajudou a fundar, no Pará, ao lado de Laércio e Jader, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sigla que reunia boa parte da oposição ao regime militar iniciado em 1964.

Em 1968, Gueiros foi eleito deputado federal pela legenda. Em 1969, já sob o Ato Institucional número 5 (o famoso AI5), que apertou o cerco aos críticos da ditadura, Gueiros e Laércio, que era então deputado estadual, tiveram os mandatos cassados. As agruras na vida pública acabaram estreitando os laços de amizade. Nos anos 80, Gueiros e o jovem político Jader fizeram uma aliança vitoriosa que levaria Gueiros ao Senado e Barbalho ao governo do Pará.

Em 1982, Gueiros participou ativamente da criação do veículo de resistência ao regime militar que viria a se tornar o que hoje é o jornal DIÁRIO DO PARÁ. “O jornal nasceu da certeza de que nós ficaríamos sem um órgão de comunicação que nos apoiasse no Estado, e sob a liderança do meu pai foi idealizado e nos articulamos para montar o DIÁRIO.”
Na época, Gueiros e Laércio já vinham de uma longa trajetória no jornalismo. Haviam sido redatores de O Liberal, criado por Magalhães Barata para ser o veículo oficial no Pará do PSD. (Diário do Pará)

São muitas as histórias sobre Hélio, foi um grande lutador em favor das causas populares, em suma também foi um grande gozador.

Todas as manhãs me lembro dele já faz dois anos, quando me aconselhou a não deixar de tomar meu remédio de pressão um único dia, por que nunca se sabe quando vai alterar e naquele dia que não tomar pode ser fatal.

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