sexta-feira, 8 de abril de 2011

POR QUE SERÁ QUE PERDEMOS A COPA?

História é esquecida

Cercados de mato, lixo e rachaduras, Monumentos de belém estão abandonados

Monumentos históricos de Belém parecem tão abandonados quanto a própria cidade. As obras de arte, em memória de fatos da história do município e do Estado, estão cercadas de lixo, mato e limo. Além da ação do tempo e do ambiente, moradores de rua e pichadores também contribuem para a degradação do patrimônio. Alguns apresentam rachaduras que podem causar danos irreparáveis no futuro.

Um dos mais deteriorados e mais visíveis de Belém é o monumento em memória à Cabanagem (1835 a 1840), revolta popular no Pará em que o povo assumiu o poder após a independência do Brasil. A obra do arquiteto Oscar Niemeyer fica no centro do complexo viário do Entroncamento. A obra está toda pichada. Ao redor, mato alto e muito lixo. O lago ao redor transbordou e impede parte do acesso, além de estar muito poluído. Em algumas partes há marcas deixadas por fogueiras acesas por moradores de rua que ficam no entorno. Outras obras no município não estão diferentes.

Outro monumento, mas que retrata um evento mais recente, é o Pilar da Infâmia, na praça da Leitura, em São Brás, em memória do massacre de Eldorado dos Carajás, no dia 17 de abril de 1996. A obra é uma coluna de pessoas com expressões de sofrimento e desespero. E perto de completar 15 anos desde a morte de 19 sem-terras num confronto com a Polícia Militar do Pará, a obra já apresenta sinais de abandono. A coluna está com várias rachaduras, sendo uma horizontal e profunda no meio. O mato alto ao redor encobriu parte do nome do pilar em inglês. As escrituras sujas e difíceis de ler dizem: "O velho não pode eternamente destruir o novo". Por todo o monumento há ferrugem.

Se dermos um passeio em Belém veremos muito mais, O busto de Getúlio Vargas, na praça Pedro Teixeira; o monumento do general Maximiniano Gurjão, na praça D. Pedro II e o Pilar da Infâmia, na praça da Leitura.

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