terça-feira, 30 de março de 2010

O SIGNIFICADO DA PALAVRA SAVEIRO

Saveiro é um tipo de embarcação construída exclusivamente em madeira. Nas originais e mais antigas até os pregos eram feitos de madeira. É também um termo genérico que engloba vários tipos de embarcações muito diferentes entre si, todas em madeira, com envergaduras assombrosas, e aerodinâmica naval esmerada, procurando o máximo de aerodinâmica que a madeira pode proporcionar, tanto em Portugal como no Brasil, esse trabalho teve início com a Escola de Sagres, onde o graminho ou a régua de cálculos era muito utilizada.


Saveiro do Brasil


Saveiros na Baía de Paraty
Normalmente a construção de um saveiro é primitiva, medieval; e dispensa o uso de um complicado projeto de engenharia que envolve muitos cálculos matemáticos para chegar nas curvaturas das cavernas (ou galerias), que nunca são repetitivas, obviamente, o que faz dos saveiros objetos unicos de arte artesanais. Embora não existam saveiros iguais, como as digitais, pois são objetos de arte e artesanal e científicos na sua individualidade acadêmica; todos são embarcações marinheiras, cujo objeto é a boa navegação e a aerodinâmica acadêmica naval. A técnica usada no calculo das cavernas também dispensa o uso do sistema métrico decimal, digital ou qualquer emprego de equações algébricas ou integral, aplicadas individualmente em trigonometria esférica, como seno e co-seno já que na maioria das vezes seus construtores não possuem formação técnica em metalurgia avançada e de torneagem mecânica seja manual ou digital, em escola altamente especializada; e sim em madeira e suas diversas procedências, da sua natividade, umidade natural, essa teorizações é que são sua maximização acadêmica especializada e restrita, bem como também a necessária capacidade artística, de poder com arte atingir seu objetivo final, científico da problemática naval(o que os identifica e o que podem ou não ser ou o que é mais sábio afirmar, que raramente o sào analfabetos, de letras, de estudo, funcionais ou o que quer que seja, ou seja na tecnologia científica que os cabe na verdade). As suas ferramentas o são na bases da geometria euclidiana fundamental e muita arte, do conhecimento da nave em si, que vão construir e o objeto que irão enfrentar que é o mar bravio; como se fosse uma mãe cheia de amor e arte, dando à luz a um filho(um estaleiro dando à luz a uma nave). No lugar de cálculos altamente científicos de ponta em tornearia mecânica avançada e de abstrata matemática, de uma engenharia operacional e de rede digital, estes alquimistas de Deus utilizam como seus irmãos de Sagres, de cálculos em réguas de um instrumento denominado "graminho"(ou o que poderíamos dizer, uma régua de cálculos medieval, já ulilizado pelo infante Dom Henrique em suas aulas, na antiga Escola de Sagres, das antigas, com cursor e tudo). O graminho(ou régua de cálculos antiga) consiste em uma tipo de tábua onde estão marcadas todas as relações funcionais geométricas e trigonométricas de comprimentos, curvaturas e proporções de cada peça da embarcação a serem relacionadas entre si, sendo que através do graminho ser possível construir embarcações virtualmente idênticas no desempenho porém diferentes devido ao material sempre diferentes, o que as torna diferenciadas e mais resistentes em si, sem o auxílio de gabaritos(projetos ou cálculos elaborados otimizados esses projetos em túneis aerodinâmicos de estaleiros em salas de risco), porém sem imprescindir das necessárias referências intrínsecas do cavername, pois o que pesa para esses construtores artesanais é a possibilidade naval da madeira, dando-se muito valor ao cipreste, por exemplo pelas propriedades desse na sua capacidade de envergadura naval, o que vai determinar o ponto de referência para a utilização individual na embarcação, quase exclusiva determinado pelo graminho em suas diversas determinações funcionais. Quem conhece o precedimento de cálculo das antigas réguas de cálculo, saberá o que se procura afirmar nessa enciclopédia do graminho, pois as réguas de cálculo antigas eram de base funcional; o engenheiro naval também trabalha com funcões tanto o moderno como o antigo, sendo que sua funcional é o ponto de envergadura da madeira e sua resistência material sob ação naval; o construtor naval antes de tudo é um bom e experiente marinheiro, para construir um saveiro.


MITOS – LENDAS - FOLCLORE BRASILEIRO
O termo folclore foi proposto nos fins do século XIX pelo anglo-saxão W.J.Thomas.Originou-se o vocábulo de "folk" — que significa povo mais "Lore" — ciência.A palavra é usada para designar genericamente usos e costumes típicos de um povo.
O conjunto de lendas, ritos, criações artísticas e artesanais, os hinos, músicas, cantos e canções, as danças de um grupo social, ou de um povo, constituem o folclore desse grupo ou desse povo.
Também podemos empregar o termo folclore para indicar o conjunto de tradições de um povo e as formas de que se utiliza para perpetuar e manter vivas suas tradições.
Do folclore brasileiro podemos citar danças típicas com o bumba-meu-boi, a prenda-minha, a cavalhada, o reizado, a congada, o frevo, o maracatu, etc.
Artesanatos típicos como: renda de bilro, cerâmicas, tapetes de sisal, objetos de vime, entalhes na madeira, objetos de pedra-sabão.
Uma característica bem marcante do folclore brasileiro é o nosso carnaval com seus ranchos e escolas de samba,trio-elétricos.

Boitatá : Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto: Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira: Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem: Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Iara: Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco:É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira: É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeça: Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro: Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci Pererê: O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.
O que são: Podemos definir os trava línguas como frases folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico (brincadeira). Apresentam-se como um desafio de pronúncia, ou seja, uma pessoa passa uma frase díficil para um outro indíviduo falar. Estas frases tornam-se difíceis, pois possuem muitas sílabas parecidas (exigem movimentos repetidos da língua) e devem ser faladas rapidamente. Estes trava línguas já fazem parte do folclore brasileiro, porém estão presentes mais nas regiões
A boiúna, de mboi, "cobra" e una, "negra", também conhecida como boiaçu, de mboi e açu, "grande", ou ainda cobra-grande é, segundo Câmara Cascudo, o mais poderoso e complexo dos mitos amazônicos, exercendo ampla influência nas populações às margens do rio Amazonas e seus afluentes.
Faz parte do ciclo dos mitos d'água, de que a cobra é um dos símbolos mais antigos e universais. Senhora dos elementos, a cobra-grande tinha poderes cosmogônicos, explicando a origem de animais, aves, peixes, o dia e a noite. Mágica, irresistível, polimórfica, aterradora, a cobra-grande tem, a princípio, a forma de uma sucuri ou uma jibóia comum. Com o tempo, adquire grande volume, abandona a floresta e vai para o rio. Os sulcos que deixa à sua passagem transformam-se em igarapés. Habita a parte mais funda do rio, os poções, aparecendo vez por outra na superície. É descrita como tendo de 20 metros a 45 metros.
Martius (Viagem pelo Brasil) registrou a força assombrosa do medo que os indígenas tinham do monstro, com as dimensões multiplicadas pelo terror. Chamavam-no de Mãe-d'água e Mãe-do-rio, mas as histórias só mencinavam a voracidade da cobra-grande, arrebatando crianças e adultos que se banhavam. Recusavam-se a matar a cobra, porque então era certa a própria ruína, bem como de toda a tribo.
Esse registro, de 1819, denuncia a existência de um outro mito entrevisto e anotado por Barbosa Rodrigues (Poranduba Amazonense), o da constelação do Serpentário (Ofiúco), que aparece no céu em setembro, o tempo das roças, princípio do tempo de Coaraci, o Sol. Couto de Magalhães ouviu a lenda de como a noite apareceu, numa época em que não havia noite, e a filha de Cobra-grande pediu a noite ao pai como presente de casamento.
Há ocasião em que nenhum pescador se atreve a sair para o rio à noite, pois duas vezes seguidas foi avistada uma Cobra-grande... pelos olhos que alumiavam como tochas. Os pescadores foram perseguidos até a praia, somente escapando porque o corpo muito grande encalhou na areia. Esses pescadores ficaram doentes de pânico e medo da experiência que relatavam com real emoção. (Eduardo Galvão, Santos e Visagens, Brasiliana, São Paulo, 1955).

Lendas da Boiúna
Em Belém, há uma velha crença de que existe uma cobra-grande adormecida embaixo de parte da cidade, cuja cabeça estaria sob o altar-mor da Basílica de Nazaré e o final da cauda debaixo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Outros já dizem que a tal cobra-grande está com a cabeça debaixo da Igreja da Sé, a Catedral Metropolitana de Belém, e sua cauda debaixo da Basílica de Nazaré: é o percurso da tradicional procissão do Círio de Nazaré, com 3,3 quilômetros de extensão. Os mais antigos dizem que se algum dia a cobra acordar ou mesmo tentar se mexer, a cidade toda poderá desabar. Por isso, em 1970 quando houve um tremor de terra na capital paraense, dizia-se que a tal cobra havia se mexido. Os mais folclóricos iam mais longe: "imagine se ela se acorda e tenta sair de lá!".
Em Roraima, conta-se que Cunhã Poranga ("índia bela") apaixonou-se pelo rio Branco e, por isso, Muiraquitã ficou com ciúme. Para se vingar, Muiraquitã transformou a bela índia na imensa cobra que todos passaram a chamar de Boiúna. Como ela era tinha um bom coração, passou a ter a função de proteger as águas de seu amado rio Branco.
Entre as populações que habitam as margens dos rios Solimões e Negro, no Amazonas, acredita-se que quando uma mulher engravida de uma visagem, a criança fruto desse terrível cruzamento está predestinada a ser uma cobra-grande.
Há quem acredite que a cobra-grande pode nascer de um ovo de mutum.
Segundo uma lenda mais comum no Acre, uma cobra-grande se transforma numa bela morena nas noites de luar do mês de junho, para seduzir os homens durante os arraiais de festas juninas, como se fosse a versão feminina do boto.
O folclorista Walcyr Monteiro conta que em Barcarena (PA) existe o lugar conhecido como "Buraco da Cobra-Grande", atração turística do local.
Misabel Pedrosa diz que a Cobra-grande mora debaixo do cemitério do Pacoval, na ilha de Marajó.
Cobra-grande como navio encantado
Aparece sob diferentes aspectos. Ora como cobra preta, grande, de olhos luminosos como dois faróis, ora como embarcação a vapor ou a vela. Eduardo Galvão cofirma ter a Cobra-grande se tornado navio encantado. O poeta Raul Bopp assim interpretou a cobra-grande:
- Axi, cumpadre
arrepare uma coisa:
lá vem um navio
vem-que-vem-vindo depressa, todo alumiado.
Parece feito de prata...
- Aquilo não é navio, cumpadre
- Mas os mastros e as luises... e o casco dourado?...
Alguns contam que a cobra grande pode algumas vezes parecer um navio para assustar os ribeirinhos. Refletindo o luar, suas enormes escamas parecem lâmpadas de um navio todo iluminado. Mas quando o "navio" chega mais perto é possível ver que na verdade é uma cobra grande querendo dar o bote.
Cobra-Maria
Animal fabuloso do rio Solimões, Amazonas, cobra gigantesca com poderes mágicos. É uma variante local da Cobra-grande, a Mbóia-açu. É uma tapuia encantada em uma cobra: a filha de um pajé deixou-se levar pelo amor de um emigrado, concebendo gêmeos, José e Maria. Quando o velho pajé soube do caso, calou-se e, quando as crianças nasceram, matou a filha e atirou-as n'água, morrendo José. Maria foi protegida por Iara e hoje faz tudo quanto quer. Aparece sempre à noite. Os seus lhos são como os de Anhangá, duas bolas de fogo. não tem ouvido falar numa cobra enorme, que derruba barrancos, afunda canoas, encalha navios e tem feito muitos valentes agonizar de fraqueza? Pois é a Cobra-Maria. (Quintinho Cunha, Pelo Solimões, Paris, sem data).
Cobra-Norato
Conta-se que uma índia engravidou da Boiúna e teve duas crianças: uma menina que se chamou de Maria e um menino chamado de Honorato ou Norato. Para que ninguém soubesse da gravidez, a mãe tentou matar os recém-nascidos jogando-os no rio. Mas eles não morreram e nas águas foram se criando como cobras.
Desde a infância os dois irmãos já demonstravam a grande diferença de comportamento entre eles. Maria era má, fazia de tudo para prejudicar os pescadores e ribeirinhos. Afundava barcos e fazia com que seus tripulantes morressem afogados. Seu irmão, Honorato, era meigo e bondoso. Quando sabia que Maria ir atacar algum barco, tentava salvar a tripulação. Isso só fazia com que ela o odiasse mais ainda. Até que um dia os irmãos travaram uma briga decisiva onde Maria morreu, tendo antes cegado o irmão.
Assim, as águas da Amazônia e seus habitantes ficaram livres da maldade de Maria. E Honorato seguiu seu caminho solitário. Sem ter quem combater, Honorato entendeu que seu fado já havia sido cumprido até demais e resolveu pedir para ser transformado em humano novamente. Para isso, precisava que alguém tivesse a coragem de derramar "leite de peito" (leite de alguma parturiente) em sua enorme boca em uma noite de luar. Depois de jogar o leite a pessoa teria que provocar um sangramento na enorme cabeça de Honorato para que a transformação tivesse fim. Foram muitas as tentativas, mas ninguém conseguia ter tanta coragem. Até que um soldado de Cametá,de nome SARAIVA município do interior do Pará, conseguiu reunir coragem para fazer a simpatia. Foi ele quem deu a Honorato a oportunidade de se ver livre para sempre daquela cruel maldição de viver sozinho como cobra. Em agradecimento, Honorato também virou soldado.
A cobra de Fawcett


A sucuri gigante descrita por Fawcett, de 19 metros
O coronel britânico Percy Harrison Fawcett, explorador que realizou sete expedições na Amazônia de 1906 a 1925, relatou ter visto cobras gigantescas, ou seus indícios. Em um de seus diários, ele anotou, em 1907: "Estávamos calmamente seguindo a corrente preguiçosa, não longe da confluência do Rio Negro, quando quase sob o arco da igara apareceu uma cabeça triangular e vários pés de corpo ondulante. Era uma sucuri gigante. Corri para meu rifle enquanto a criatura fazia seu caminho rumo ao banco de areia e, quase sem esperar para mirar, disparei uma bala de ponta macia calibre .44 em sua espinha, dez pés (3 metros), abaixo da maldita cabeça."
O barco parou para que o coronel pudesse examinar o corpo. A despeito de ter sido mortalmente ferida, "convulsões subiam e desciam pelo corpo como golpes de vento em um lago de montanha." Embora não tivessem equipamentos para medições com ele, Fawcett estimou que a serpente tinha 19 metros de comprimento e 30 cm de diâmetro.
Nos pântanos de Madre de Diós, em Bení, Bolívia, Fawcett disse ter visto rastros de uma cobra que indicavam um comprimento de 24 metros.

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