segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O PODER DO TRÁFICO NO PARÁ

Homem que criticou acusado de tráfico é morto


A Delegacia de Combate a Crimes Violentos anexa ao Hospital Metropolitano, em Ananindeua, tendo à frente a delegada Cristina Capucho, registrou a morte do vendedor ambulante Milton de Sousa Rodrigues, de 26 anos, executado na rua Castilhos França, em frente à Estação das Docas, no bairro do Comércio, em Belém.
Segundo as informações colhidas no local pelo DIÁRIO, a vítima apresentava lesão grave oriunda de baleamento. Quando Milton Rodrigues se encontrava em frente à Estação das Docas à noite, chegaram pelo menos três elementos em um carro Siena branco e praticaram o atentado.
Testemunhas que estavam no movimentado centro turístico de Belém disseram que, tão logo o carro parou, inclusive em fila dupla, o motorista ligou o pisca-alerta, desceu um homem anunciando um suposto assalto e se dirigiu à vítima fazendo, na sequência, uma série de disparos.
O primeiro disparo assustou testemunhas que estavam próximas de Milton Rodrigues, que, alvejado no primeiro disparo, não teve como correr e logo recebeu mais outros tiros, um deles, inclusive, atingiu Andrea do Socorro na perna, quando ela tentava buscar abrigo. Ela foi socorrida pelo 192 e encaminhada ao PSM para atendimento.
Um trabalhador do local, depois de muito relutar, disse ao DIÁRIO que o autor do baleamento seria um homem conhecido como “Gordo”, que tem uma banca de mercadorias de fachada na travessa Castilhos França e que a usa para fazer um intenso tráfico de drogas no local.
O assassinato de Milton de Sousa Rodrigues teria sido um crime premeditado. Na semana passada, a vítima procurou “Gordo” e pediu que não permitisse que “aviões” fizessem a mercância de entorpecente no local, pois era vizinho à banca de vendas da vítima.
A vítima teria publicamente dito a “Gordo” que pegaria mal para todos no local este tipo de atividade criminosa, o que levou o assassino a ameaçar Milton, dizendo que ia matá-lo porque ele era muito “afoito e cagueta”.
“Gordo” concretizou o atentado contando com a impunidade, tanto que praticou o crime na frente de muitas pessoas. Milton ainda foi socorrido até o Hospital Metropolitano, em Ananindeua, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A Seccional Urbana do Comércio deve abrir inquérito policial chamando testemunhas e quem sabia das ameaças de “Gordo” contra a vítima, para pedir na Justiça a prisão preventiva do acusado.
(Diário do Pará)

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