terça-feira, 22 de abril de 2014

SINDPOL X DELEGADO ELOI FERNANDES

Delegado defende a legalidade das detenções

Em resposta à acusação do Sindpol, o delegado Eloi Fernandes Nunes, titular da Divisão de Crimes Funcionais (Decrif), da Corregedoria da Polícia Civil, afirmou que não houve erro na prisão dos três policiais. “A detenção não foi arbitrária. Em qualquer Estado o flagrante só pode ser feito após ouvir todas as pessoas envolvidas e, neste caso, eram muitas. Eles foram detidos pelos ribeirinhos da região que eram extorquidos por eles. O juiz homologou o flagrante porque estava tudo correto. Ele analisou e decidiu que não houve qualquer desvio”.

Ainda segundo o delegado, os acusados teriam sido levados ao estado do Amapá, devido a delegacia ser mais próxima do local onde eles foram detidos. “Os ribeirinhos levaram eles para Macapá. Quem efetuou o fragrante foi a Polícia Civil mais próxima”. Segundo a corregedoria, os policiais não estavam em operação, eles apenas tinham conhecimento de um mandado de busca feito pelo delegado local. Eloi ainda questiona que dois dos policiais detidos não estavam de serviço nem eram de Chaves.
POLICIAIS

“Um dos homes presos estava de férias, ele era de Belém. O outro era de Breves e estava de folga. Então, o que eles estavam fazendo lá? Cumprindo mandado não era. Só quem pode suspender as férias e a folga para a realização de alguma operação é o delegado geral, e não houve essa autorização. A lancha que eles estavam não é de passeio, é de trabalho, a serviço da polícia. Apenas um deles era de Chaves e estava em serviço”.

Os policias detidos são: Wesley Macedo Leite, Douglas Volney de Oliveira e Rosinei Freitas Maués. Eles vieram encaminhados de Macapá para o Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves. Segundo o sindicato, eles nunca foram autuados por nenhum crime. Já segundo a corregedoria, essas informações ainda serão levantadas.

Ontem, Leonel Figueiredo Cavalcanti, juiz da comarca de Chaves, decretou o alvará de soltura dos oito suspeitos. O documento alega que não houve a presença de nenhuma das hipóteses levantadas que justifique a manutenção dos acusados na prisão. Os três policiais civis foram liberados por volta das 16h30 de ontem, segundo informações do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado do Pará.

Os diretores do Sindpol foram até o presídio de Americano para receber os colegas de profissão. “Ainda bem que eles já estão em liberdade. Agora sim, foi feito justiça, diante de uma grande injustiça”, diz o presidente do Sindpol, Rubens Teixeira.
(Diário do Pará)

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