domingo, 9 de março de 2014

HOMOFOBIA É O CARALHO

Caralho -  O termo encontra correspondente no castelhano carajo, no galego carallo, e no catalão carall, sendo exclusivo das línguas românicas da Península Ibérica, não se encontrando em nenhuma outra, incluindo o basco. E no Brasil recebe outra conotação.

“Sassaricando”, o musical das marchinhas de carnaval reunidas por Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral, continua um sucesso e ainda não entrou em recesso.
“Sassaricando” é um tratado sociológico, o retrato do Brasil de outrora — o Brasil de antes do duplo sentido, a gosto do imaginário de quem o interpretasse.

Assim como, alguém poderia muito bem interpretar a perna de pau do pirata — como sendo algo erotico e, descanso de carroça, e claro, no próprio verbo “sassaricar” — todas as marchinhas de antigamente são de uma oureza até que alguém comece a interpretar de outra maneira não aquela que o autor se inspirou. O que não falta em muitas delas é o que hoje se chamaria de política  incorreto.

Uma declara que a única coisa a fazer com mulher feia é matá-la, outros dizem que devido a cara feia dispensada supostamente esta dispensando uma boa amante. Várias outras fazem a apologia a drogas licitas, bebida em excesso e brincam com o vicio do alcoolismo, glorificando a danada da cachaça, que ninguém quer que lhe falte.

 "Sassaricando" A homofobia entrou no mundo das marchinhas antes de o termo se tornar conhecido: a cabeleira do Zezé só podia significar uma coisa, visto que ele não era nem bossa nova nem Maomé. Que cortassem o cabelo do veado. E o que dizer da Maria Sapatão, Sapatão que de dia era Maria e de noite era João? Cantava-se tudo isso sem medo de ser censurado ou  preso, por homofobia.

Apareceu uma marchinha que dizia “Não importa que a mula manque, o que eu quero é rosetar”. Foi a música mais cantada do carnaval de muitos anos atrás.

O que era “rosetar”? exatamente fica a cargo da imaginação quem sabe perveça ou engraçada de alguém. Em qualquer discionário  “roseta” e um tipo de espora. O “rosetar” da música seria, então, usar as esporas nos flancos, presumivelmente da mula manca, para fazê-la andar. Esse andar também povoa a mente de muitos no seu duplo sentido ela anda mancando.

O “rosetar” pode ser muitas coisas, assim como os nortistas ou nordestinos sem vocabulário rico usam COIZAR.

Sentar na boneca, antigamente o sentido literal era alguém sentou em uma boneca distraidamente, hoje esse sentido é outro, fulano senta na boneca (Biba mesmo).

Nem padre, nem Professor, nem Pastor, pode mais levantar o tema homossexuais, logo a gayzada levanta a voz EPA, isso é homofobia.

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