sexta-feira, 1 de outubro de 2010

QUEM PROCURAVA UMA BALA DE PRATA NÃO ENCONTROU.

A expectativa geral pelo último debate entre os candidatos à Presidência era por um confronto mais franco dos candidatos José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) com a petista Dilma Rousseff, líder nas pesquisas de intenção de voto. Nada mais natural, já que a apenas três dias da eleição, o sonho de chegar ao segundo turno passa necessariamente pela perda de apoio da ex-ministra da Casa Civil.

Nada disso aconteceu, porém. A candidata oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi pressionada fortemente em nenhum momento por seus principais adversários, não sei por que, perderam uma grande oportunidade de agregarem alguns milhares de votos a seu favor, ou será que tudo é uma grande jogada ensaiada que não conseguimos ainda perceber, que nós pobre eleitores somos apenas novamente um joguete na mão do sistema implantado a nivel global.

O escândalo que derrubou Erenice Guerra, braço direito de Dilma, do comando da Casa Civil, foi ignorado, por que será que não se falou mais no grande roubo na casa civil?

O polêmico tema da legalização do aborto, que provocou grande inquietação na campanha de Dilma por medo de perda do voto dos eleitores católicos e evangélicos, também não foi abordado em nenhum momento, por que será? olha que me esfoço para querer entender e ser um agente mutiplicador de idéias, já que sou educador e preciso analisar com insenção de animos e ser imparcial nos meus comentarios focalizando tão somente o fato em sim, mais confesso que estou deverasmente muito desconfiado desse silêncio em torno de assuntos tão importantes nessa fase final do campeonato da eleição.

Na prática, a chamada bala de prata, que poderia causar um baque eleitoral em Dilma, sequer esteve perto de aparecer durante um debate completamente morno, sem surpresas e recheado por promessas vagas sobre intenções de propostas de governo, já repetidas exautivamente por todos eles, inclusive em campanhas anteriores, fico a matutar será que tudo isso não é uma grande encenação circense, os grandes problemas apenas uma parte da solução, devido se resolverem por inteiro o que prometerão na próxima eleição? se os problemas forem resolvidos como farão suas campanhas se não tem mais problemas. Aquela da Dilma, dizer: "que ficou estaressida quando visitou Manaus e lá eles não tem sequer água potável, na região Amazônica que é considerada a maior reserva de água potável do planeta, imaginei agora sim! o Serra ou Arruda, irão tirar o figado dela e todos os seus órgãos.

Lêdo engano, na verdade, com pesquisas indicando ainda alguma possibilidade de realização de segundo turno, os candidatos pareciam muito mais focados em não cometerem deslizes do que em tentar algum movimento mais ousado.

A proposta de não derrapar na curva final ficou tão evidente que até mesmo o maior cabo eleitoral da DILMA, por que ela sozinha não teria a aprovação do alto indice de popularidade se não fosse LULA, personagem de toda a campanha presidencial o qual não foi tão citado no debate nem pelos adversários de Dilma e muito menos por ela mesma, já agora na reta final o cabo eleitoral desapareceu.

O nome do presidente Lula, principal motor eleitoral da candidatura de Dilma, deixou de ser assunto. Consolidada na liderança das pesquisas de intenção de voto, a petista nem precisou apelar para o padrinho de sua campanha. Sem poder enfrentar a popularidade do presidente, os outros candidatos preferiram não invocar seu nome, criticando outra entidade: o governo federal, o que deveriam ter feito desde os primeiros momentos da campanha, foi um erro estrategico de campanha pois sempre que pronunciavam o nome Lula acredito que era mais voto que Dilma ganhava ou pelo menos mais simpatizantes de sua candidatura, que seria minguada se a justiça eleitoral realmente fosse tão séria nas suas resoluções e impedisse que ocupante de cargo no Executivo fizesse campanha para candidatos apontados por eles, seja a nivel Municipal, Estadual ou Federal, pois assim permitido está dando vantagem a quem seja indicado pelo Executivo nos três niveis, os outros ficam em desvantagem em relação ao indicado por padrinhos políticos no Poder, o que não deixa de ser uma covardia eleitoral, em que os mais desavisados votam por que o mandatario no poder esta apoiando, fazendo uso da máquina pública, jogando milhões em camapanha o que certamente irá fazer falta nos diversos setores da sociedade tão desasistida nas grandes periferias desse Brasil afora.

Debates já tiveram o poder de decidir disputas. Foi assim em 1989, quando Fernando Collor desmontou um então inexperiente Lula com críticas que envolviam familiares.

Agora, a situação é diferente. Ensaiados à exaustão, até novatos como Dilma já sabem suas respostas de cor. Ontem, elas passearam monotonamente sobre temas tão diversos como legislação trabalhista, impostos ou saneamento.

No domingo, o eleitor poderá decidir ou não pelo fim da disputa já no primeiro turno. Mas não terá sido influenciado pelo último debate, pois, no meu entendimento nada contribuiu para que os indecisos, tenham sido convencidos por um ou outro candidato.

Meu voto é secreto, mais posso propalar por que o estado de Direito ainda me permite, votarem em MARINA, essa não só parece honesta ela é honesta, sua trajetoria de vida sofrida, me faz acreditar que realmente ela merece e o Brasil precisa dela na Presidência da república. Mas será que o sistema implantado deixara? assim como não deixou Lula em pelo menos em três oportunidades só o permitindo ganhar o cargo mais alto da Nação, quando ele se transformou em lula layte.

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