domingo, 17 de outubro de 2010

QUANDO A MENTIRA NÃO É PREJUDICIAL.

Pois bem! Minha criação pobre apenas na parte financeira, devido meu pai ser funcionário público subalterno e a minha mãe cabia a tarefa de educar e cuidar da prole, o que em sí já não é tarefa facil, quanto mais em se tratando de filhos masculinos como foi o caso de minha mãe.
Minha mãe nunca delegou suas atribuições de bem educar a outros, sempre firme nas suas conficções de valores e moral, respeito aos mais velhos e o seguimento de regras do bem viver eram suas metas,
Mentir, essa é uma questão complicada e analisada de diversas óticas dificilmente alguém confirma que mente ou já mentiu. Minha mãe era rigida com o falar a verdade, nem sempre a verdade cabe em todo lugar mais a mentira não pode ser banalisada ou ter uma prática corriqueira, existe regras até para se mentir, como exemplo posso citar uma mentira de minha mãe para apenas dá um exemplo, estranho não é, minha mãe mentir mais ela não era contra a mentira? Você deve estar se matutanto, pois bem! Explico.
Na década de 60 do século XX minha mãe se dirigiu ao Grupo Escolar Paulino de Brito na TITO FRANCO, hoje Almirante Barroso, para fazer minha matricula, acontece que diante de quem estava fazendo a pré-matricula sem apresentar qualquer documento, minha mãe declarou verbalmente que eu tinha 7 anos de idade era a idade minima para se matricular uma criança na escola pública, acontece que eu tinha apenas 6 anos de idade, moleque matrero e atento ao acontecimento fiquei a matutar, minha mãe esta mentindo, naquele tempo o respeito existia, ao que os mais velhos e principalmente aos país falavam, mais minha mãe estava mentindo, e aquilo ficava na minha cabeça minha mãe mentiu, como ela ensinava para não mentir e ela estava mentindo, minha mãe mentiu, não saía de minha cabeça, mamãe mentiu,e agora como irei falar para ela que ela mentiu ou será que ela apenas se enganou ao declarar minha idade?
Ao sairmos da Escola, minha mãe disse preciso falar com você, eu calado estava calado fiquei, e na minha cabeça minha mãe mentiu, minha mãe mentiu, ela foi logo dizendo ouça com bastante atenção o que irei falar, não se deve mentir o que eu acabei de fazer agora não foi uma mentira foi uma omissão, eu omiti sua idade verdadeira apenas para garantir sua vaga antecipada na escola,, se assim eu não fizesse você só iria estudar no próximo ano você quer estudar no próximo ano ou nesse ano? Respondi esse ano, ela muito bem! Agora vou lhe dizer outra coisa a mentira ela não pode ser repetida, você só deve mentir se realmente não for prejudicar alguém e você não deve dizer a verdade se ela vai lhe prejudicar, mais não pode mentir sempre, mentir várias vezes é doença e papai do céu não gosta, o pai da mentira é o feio, o coisa ruim, entendeu? Eu fiquei calado e ela fez aquela cara de quem queria uma concordância, eu respondi sim senhora, entendi.
Passaram alguns meses e eu estudava no turno da “FOME” assim que chamavam o horário intermediário entre a manhã e o da tarde, já haviamos inclusive entrado de férias e retornando ao 2º semestre, quando pessoalmente a Diretora LUCIMAR OLIVEIRA PACHECO, entrou na sala de aula todos os alunos se levantaram era assim que se fazia quando entrava algum funcionário ou uma pessoa adulta na sala de aula.
Pronunciou em alto e bom som LUCINO SARAIVA DE CAMPOS FILHO, pensei que ia sair correndo ou o chão se abriu aos meus pés, me deu uma tremedera, mais rápidamente veio o pensamento na minha cabeça, contaram para ela que eu repito a merenda, o leite progresso “Peidão”, ela disse “Amanhã você só entra se trouxer sua mãe ou responsável, caramba minha mãe eu trago mais o responsável quem é?
Pronto! Acabou meu dia como ia dizer para minha mãe que ela tinha quer ir a escola se eu havia repedido a merenda várias vezes. Isso foi o resto do dia na minha cabeça, como vou falar, e fiquei acabrunhado, não brinquei, a tarde toda, minha mãe sempre atenta ao comportamento dos filhos e qualquer mudança por menor que fosse ela logo notava, perguntou o que você têm? Nada! Nada não deixa eu ver se você esta com febre, Você está sentindo dor na barriga? Não senhora, então está acontecendo alguma coisa e você não quer me contar, conta logo, foi alguma coisa no grupo? Caramba! Mamãe sempre acertava na môsca, foi, então! o que aconteceu você fez alguma coisa errada? Não sei! Como não sabe? Quem, é que sabe, então? A diretora disse que não entro amanhã se não levar a senhora e o responsável, eu não sei quem é o responsável.Ela sempre meiga e simpatissima disse: “meu filho, a responsável sou eu, seu pai, eu disse logo o papai não, não leva o papai, a diretora disse a mãe e o responsável, minha mãe falou tudo bem a mamãe amanhã ira até a ela, você não fez nada errado, brigou? Não senhora, fez o dever direitinho? Fiz sim senhora. Então! Vá brincar com seus irmãos e não se preoculpe, amanhã será outro dia, a cada dia seus cuidados e hoje é pra você ir brincar, amanhã quero você perto de mim quando for falar com diretora, vamos tirar isso a limpo vamos ouvir o que ela tem para me dizer.
No dia seguinte, eu ainda cabrero, será que a diretora sabe que repito a merenda, finalmente Diretora X Mamãe frente a frente. Diretora mulher alta daquelas que marca presença quando fica em pé, voz alta. Minha mãe mulher mediana, não chamava atenção quando chegava mais marcava presença pela sua beleza, voz natural mais firme e convicta do que falava.
Começa o jogo, a diretora foi logo dizendo seu filho não pode ficar mais na escola, só no próximo ano que ele vai completar 7 anos, pensei,caramba! antes fosse a merenda.
A vêz de minha mãe, bom dia! senhora diretora?, e não deixou nem a diretora responder a saudação, foi logo dizendo se a idade minima é 7 anos a senhora pode observar na certidão dele que ele nasceu no dia 23 de maio e no próximo ano ele já terá 8 anos de idade.
A diretora ficou atônita, folheu a certidão e disse é mais no ato da matricula ele tinha 6 anos, minha mãe respondeu o ato da matricula já é passado, hoje ele tem 7 anos portando! Com licença que tenho mais o que fazer em minha casa, muito obrigada! E foi embora me puxando pelo braço e me levou até a sala de aula.

Foi um dia explendido, minha mãe não havia mentido no ato da matricula, minha mãe sempre falou a verdade. Portando eu podia repetir a merenda tranquilamente que a Diretora não sabia de nada.



LÍ NO JORNAL AMAZÔNIA
A diferença entre um mentiroso e o mitômano é que o primeiro tem finalidades práticas, enquanto o segundo encontra na fraude uma forma de suprir lacunas da vida. É o que explica a psicóloga clínica Denise Werneck: "Não são mentiras quaisquer, elas têm como objetivo o engrandecimento do ego da pessoa. É provável que o mitômano se sinta inferior, inseguro ou tenha dificuldade de acreditar em si mesmo. A autoestima é muito abalada e ele não consegue aceitar as próprias limitações. É como se a pessoa não aceitasse a realidade".
Marcelo Migon, psiquiatra pela Associação Brasileira de Psiquiatria e doutorando da UFRJ, complementa: "O fraudador objetiva ganhos secundários, conta histórias ao mesmo tempo em que acredita nelas. É uma forma de consolo".
É preciso estar atento: a mitomania pode dar sinais já na infância. Infelizmente o diagnóstico nesta fase é difícil. "O senso de realidade da criança é diferente do adulto. Quando ela diz que o pai é mais forte do que o Super-Homem ou que a mãe dará um brinquedo igual ao da amiguinha, quando não vai, é normal. É uma questão da fantasia da criança, muito importante nesta fase. Mas se ela passar da fase pré-escolar e não conseguir amadurecer para tolerar as frustrações sem recorrer à mitomania é sinal de que a criança se sente inadequada ou inferior", alerta Denise Werneck.
A mania de contar mentiras ou exagerar acontecimentos pode surgir em qualquer fase da vida. "Normalmente surge depois de um grande fracasso, quando a pessoa se sente injustiçada pela vida. Ela pode desenvolver um quadro de depressão ou usar a mitomania como forma de compensação. É como se fosse um antidepressivo, já que levanta o moral por um tempo", esclarece a psicóloga. "Muitas vezes o problema se apresenta unido à angústia profunda, TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), depressão ou pós-depressão", acrescenta Marcelo Migon.
O mitômano sabe, no fundo, que o que diz não é totalmente verdadeiro, mas, segundo os especialistas, a mentira garante um equilíbrio interior. Ele se ilude momentaneamente e quase acredita na veracidade daquilo que conta, como diz o membro da Associação Brasileira de Psiquiatria: "Em determinado momento, o sujeito prefere acreditar em sua realidade mais que na realidade objetiva exterior". Agora, quando o indivíduo tem certeza de que sua invenção é real, ressalta Denise Werneck, o nome da patologia muda: "Este é o delírio psicótico".
O curioso é que nos primeiros anos de vida as crianças nem sabem o que é mentira. Dizer a verdade parece algo natural para elas, que não entendem a malícia ou os ganhos imediatos de uma história falsa para desviar dos propósitos verdadeiros. Mas logo aprendem com os adultos que é possível esconder a verdade para fugir de uma punição. E aí não param mais.
Alguns tentam se fazer de coitadinhos
Outra vertente da doença é o mitômano negativo, que, em vez de se promover, cria uma imagem rebaixada de si próprio. "São aqueles que passam a imagem de ‘coitadinhos’, tentam provocar pena para ganhar atenção. Isso tudo está ligado à forma como você se apresenta para o outro, é uma estratégia pessoal. A mitomania é muito mais direcionada para o outro do que para si mesmo, ela só tem efeito se for contada", pontua a psicóloga Denise Werneck.
Um caso de grande repercussão que explicita este tipo de mitomania é o da advogada Paula Oliveira, ocorrido em fevereiro de 2009. A brasileira, que vivia em Zurique, na Suíça, procurou a polícia com o corpo coberto de cortes feitos com navalha. Contou que havia sito atacada por skinheads numa estação de trem e que, devido ao incidente, havia abortado os gêmeos que esperava. O caso, noticiado mundialmente, revelou-se uma grande mentira. Paula não sofreu nenhum ataque como nunca esteve grávida.
A espanhola Tânia Head também não poupou mentiras quando declarou ser uma das sobreviventes do ataque terrorista às Torres Gêmeas no 11 de setembro. Ela passou a frequentar reuniões de familiares de vítimas, organizou visitas ao marco zero da tragédia, conheceu o prefeito de Nova York na época, Rudolph Giuliani, e se tornou presidente de uma associação de sobreviventes.
No entanto, até o nome da espanhola era falso e, cinco anos depois, ela foi desmascarada pelo jornal "The New York Times".
Uma história falsa vai precisar de outras para se sustentar
O ato de mentir pode começar desde cedo, provocado por situações em que há dificuldade em dizer a verdade. "A criança pensa que pode ser castigada pelos pais caso você fale tudo o que pensa. As pessoas moldam as palavras de acordo com aquilo que os outros querem ouvir na tentativa de combater a rejeição e corresponder ao que os outros esperam dela", explica a psicóloga paraense, especialista em terapia de casal e família, Lúcia Abreu, 50 anos, ao falar sobre os fatores que propiciam a mentira.
Ela ressalta que as mentiras não estão restritas somente à pessoa considerada de "mau caráter". "Quando a mentira é uma forma de autodefesa (ou seja, minto para não ser agredido ou para não ser julgado) ela é justificável no aspecto psicológico. Mas algumas pessoas mentem sem necessidade ou motivo o tempo todo. Nesses casos é necessária a ajuda e orientação de um especialista no assunto, pois, essa atitude é característica de pessoas com a autoconfiança completamente destruída", avalia a psicóloga.
Segundo Lúcia Abreu, o maior problema da mentira é o fato de aparecer sozinha e depender de novas histórias para se manter viva. A produção constante de histórias inverídicas prejudica a credibilidade da pessoa. "É evidente que uma mentira sempre precisa de outra para que ninguém desconfie da veracidade da história. Outro problema está diretamente ligado à sua credibilidade, já que todo mundo vai questionar suas palavras dali para frente, achando que tem algo falso ali no meio. Quem engana os outros de propósito precisa ter noção de que, quando for descoberto, vai ter de enfrentar a desconfiança mesmo quando estiver falando a verdade", alerta a especialista.
Logo, a psicóloga alerta que não existe mentira saudável, pois todas são prejudiciais para a imagem de uma pessoa e pode fazer mal à outras. "Toda mentira enfraquece o caráter, fazendo uma pessoa ficar desacreditada de si própria, afinal ela não tem condições de sustentar as próprias idéias e precisa mentir", critica Lúcia Abreu. A indicação da especialista é o acompanhamento terapêutico para solucionar o problema.

Um comentário:

Unknown disse...

Mentira, realmente é um caso sério,mas o exemplo que vc citou de sua querida mãe,como parecia ser so uma questão burocrática,realmente não vejo problema nenhum em ter "mentido" ou "omitido" eu tambem teria feito o mesmo pra satisfazer o desejo do meu filho...a historia seria mais divertida se voce fosse chamado na Diretoria com sua mãe(responsável rsrsrsrs)pra ser desmascarado por repetir varias vezes a merenda escolar,desde de pequeno guloso,melhor do que mentiroso rsrsrs.
O que o psicolo explica sobre a mentira encaixa bem no perfil de "alguem que conhecemos",doença que precisa ser tratada,mas que muitos não se dão conta disso,infelizmente.