domingo, 4 de maio de 2014

GOVERNADOR DO PARÁ VAIADO, POR QUE ?

O governador Simão Jatene transferiu, ontem e hoje, seu gabinete para o município de Marabá, com a justificativa de vistoriar investimentos e entregar obras. Entretanto, no primeiro dia na cidade, o governador foi alvo de protesto. A manifestação ocorreu no final da manhã, no momento da entrega da Escola Estadual Anísio Teixeira, na avenida Nagib Mutran, no bairro da Cidade Nova.

Depois de muitos discursos de políticos locais, na presença de centenas de alunos, o que parecia ser uma simples cerimônia de inauguração, se transformou em um local tumultuado em meio a muitas vaias e gritos de protesto dos manifestantes.

O ponto alto do protesto foi quando Simão Jatene foi falar ao microfone. Ele foi vaiado com gritos dos alunos do curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e também por pessoas de caravanas de municípios vizinhos.

Quando Jatene encerrou sua fala, foi seguido por alguns manifestantes, que empunhavam cartazes. Foi nesse momento que o Grupamento Tático da Polícia Militar conseguiu fazer uma espécie de cordão de isolamento.

Este não foi o primeiro protesto que Jatene teve que enfrentar ao tentar inaugurar escolas no interior. Em novembro de 2013, no município de Santarém, Jatene participou da cerimônia de entrega oficial das obras da Escola Estadual de Ensino Médio Rio Tapajós, mas também foi alvo de manifestação.

Estudantes que acompanhavam o discurso do governador o interromperam e se manifestaram contra as obras, chamando-as de “maquiagem” e lembraram vários problemas na escola, como a falta de estrutura na quadra esportiva, além de problemas em outras escolas estaduais da cidade.

O governador chegou a bater boca com as alunas e fez acusações: “Minha filha, se tu destrói, não vai ter dinheiro nunca pra fazer isso”, falou, despois virou as costas para as estudantes. A discussão foi retomada quando o governador resolveu falar mais uma vez sobre a falta de cuidado dos alunos com as obras do governo. Novamente as estudantes rebateram. “Essa maquiagem não satisfaz os alunos”, retrucou uma jovem.

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