quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Estudantes protestam por melhorias em escola

Estudantes protestam por melhorias em escola



Estudantes protestam por melhorias em escola
Estudantes dizem que há 30 anos não fazem reformas no local e banheiros estão em estado precário




















Alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Lucy Corrêa de Araújo, localizada no Conjunto Cidade Nova 6, realizaram protesto, ontem pela manhã. O objetivo da manifestação, que percorreu diversas ruas da Cidade Nova, era pressionar a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) a iniciar obras de infraestrutura na escola.

De acordo com estudantes e funcionários, há mais de 30 anos o prédio não passa por uma reforma geral. Alunos criticam as salas sem climatização, a quadra poliesportiva sem cobertura, banheiros em condições precárias e problemas estruturais que prejudicam o andamento das aulas.

O estudante Davi Silva, 16, que cursa o primeiro ano, comenta que a infraestrutura da Escola Lucy Corrêa de Araújo prejudica a rotina dos alunos. “A gente não tem nem banheiro direito porque a maioria tá quebrado. Tem uma sala que quando chove, molha tudo e o pessoal precisa mudar de lado. A quadra não tem cobertura e a gente precisa ter aula no sol ou na chuva”, critica. Para Davi, a reforma do prédio deveria ser prioridade. “A gente tá precisando muito e já esperamos demais, por isso a gente resolveu protestar, pra ver se é ouvido”, diz.
O professor de filosofia Antônio Almeida, 35 anos, afirma que a reforma da Lucy Corrêa é uma promessa antiga que nunca foi concretizada. “Desde que eu vim trabalhar aqui, em 2010, se fala nessa obra e até agora nada. São diversos problemas, como a falta de climatização, que prejudicam e desmotivam os estudantes. Se você não tem um espaço apropriado para o ensino, é claro que isso compromete o processo de aprendizagem”, observa. Para o professor, o governo do Estado está sendo omisso ao não fazer uma gestão democrática e participativa na área da educação. “Se fala em pacto pela educação, mas que pacto é esse que é firmado sem consultar e levar em consideração as visões de professores e alunos?”, questiona.

Beto Andrade, coordenador do Sintepp, afirma que a situação na Lucy Corrêa é exemplo de uma realidade que se estende a diversas escolas da rede estadual e municipal. “Segundo o coordenador do Sintepp, outras manifestações, em outras escolas, deverão acontecer. “O sindicato apoia qualquer iniciativa que vise lutar pela valorização da educação”, completa.

A SEDUC foi procurada pela reportagem do DIÁRIO, mas não deu resposta.
(Diário do Pará)

Nenhum comentário: