sábado, 11 de maio de 2013

RACISMO E SALVATERRA


Abertura conteceu em Salvaterra devido o município possuir o maior número de comunidades quilombolas.


A mesa da abertura da semana de combate em Salvaterra (Foto:Dário Pedrosa)

Estudantes e professores de Salvaterra e Soure, abriram a quarta edição da semana integrada de combate ao racismo no Marajó. Eles conseguiram integrar as escolas estaduais Gasparino Batista da Silva e Ademar de Vasconcelos em torno das discussões sobre o fenômeno social do racismo.

Salvaterra é dos municípios da Ilha do Marajó que possui o maior número de comunidades quilombolas oficiais, devidamente reconhecidas pelo Governo Federal, através da Fundação Palmares.

Por este motivo a cidade foi referência para o início das atividades pedagógicas idealizadas pelo historiador Vinicius Darlan desde 2010, usando as prerrogativas da Lei Federal nº 10.639/03, que torna obrigatória a prática, nas escolas, do ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira, fortalecida pelo Estatuto da Igualdade Racial e pela proclamação da Década dos Afro-Descendentes, pela ONU, para o período de 2013 a 2022.

Soure integrou o projeto a partir de 2012 e este ano já se destaca pelo envolvimento da comunidade escolar e pela participação efetiva de professores e alunos na confecção de painéis, faixas, cartazes e várias manifestações culturais com dança música e teatro, além do concurso para a escolha da beleza negra masculino e feminino, a exemplo do que já acontece em Salvaterra há quatro anos.

Este ano o evento pode contar com a participação do Coletivo Cultural Casa Preta, do bairro da Terra Firme em Belém. Dom Perna e o DJ RG, deste coletivo de afro-desenvolvimento, mostraram um pouco da história da música negra no mundo e no Brasil, o que provocou bastante curiosidade dos alunos e professores.  A Seduc enviou sua representação através da COPIR – Coordenadoria de Educação Para a Promoção da Igualdade Racial. O professor Amilton Barreto está no Marajó e integra a equipe de palestrantes do evento “A Seduc não poderia deixar de apoiar uma iniciativa grandiosa como esta e que promove um debate tão importante para a nossa sociedade” disse Hamilton.

Durante três dias as escolas realizam palestras, debates, exposições e duas grandes caminhadas na culminância, que acontece durante o encerramento, na próxima quinta feira, 09. Durante as caminhadas os estudantes utilizarão apito e vuvuzelas compradas por eles mesmos para promover o alerta social contra o racismo.

Entre os temas que serão abordados ainda estão a religiosidade, a dança, o bullying e o corpo através da capoeira. Os palestrantes foram selecionados, na sua maioria, entre os professores da própria região marajoara.

Fonte: Dário Pedrosa

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