terça-feira, 28 de maio de 2013

Conjuntos começam a ser desocupados por policiais

Conjuntos começam a ser desocupados por policiais


Cerca de 180 famílias terão que deixar, até amanhã, os conjuntos Albatroz I e II, em Marituba, Região Metropolitana de Belém. Isso porque começou a ser cumprida ontem uma ordem judicial de despejo. Os moradores reclamam que não teriam sido comunicados oficialmente. A Polícia Federal, com o apoio da Polícia Militar fazia o cumprimento do pedido feito pela Caixa Econômica Federal.

Quando a dona de casa Fátima Lima viu vários militares do Choque, Rotam, canil, cavalaria e policiais federais preparados para a desocupação, ela se juntou logo cedo aos demais moradores do Albatroz e bloqueou a entrada de acesso ao conjunto.

“A gente não quer ficar aqui de graça, queremos negociar com a Caixa ou então a prefeitura deve cumprir com a promessa de mandar a gente para outro lugar assim que saísse daqui. O meu maior medo é que aqui tem muitos idosos, crianças e pessoas deficientes que não terão onde morar”, disse.

Os conjuntos habitacionais Albatroz I e II fazem partes das moradias que contemplam famílias inscritas pela prefeitura no programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal.

PROGRAMA

Segundo o morador Levy Pantoja, no ano passado a prefeitura teria incluído aquelas famílias no programa e que desde agosto teriam ocupado os conjuntos, pois, segundo ele, já estariam com as obras concluídas, mas que era abrigo para a marginalidade.

Guilherme Barcelar, gerente regional da Caixa Econômica Federal, disse que “as casas foram invadidas por algumas famílias que não estavam inscritas. Como representante do programa, a Caixa solicitou à Justiça federal que fossem entreguem as chaves, pois existem pessoas habilitadas à espera da moradia”.

Depois de uma longa conversa entre os membros da associação dos moradores e a polícia, a retirada de pelo menos 60 famílias foi pacífica. Hoje e amanhã a operação de desocupação deve ser concluída. “Tenho um filho de nove meses. Se eu sair daqui, não tenho para onde ir”, apelava uma jovem ocupante. Ninguém ficou ferido.
(Diário do Pará)

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