domingo, 15 de janeiro de 2012

SE NÃO INOVAR PERDE FIEIS

Católicos reagem contra os 'sermões' sem sabor

Ministro da Cultura do Vaticano adverte para conteúdo da pregação dos padres na homilia, as missas são sonoletas e poucos padres ou diáconos conseguem chamar a atenção para o momento máximo da igreja católica.


Fieis da Igreja Católica se esforçam em missas diárias para entender às homilias de padres, os populares "sermões", que acontecem em todas as celebrações, após a leitura de passagens do Evangelho e do Antigo Testamento. Consideradas por muitos católicos a parte mais cansativa da missa, o que deveria ser ensinamento espiritual acaba se materializando em sono, desatenção e desleixo entre os fieis, fato também observado pela própria igreja em 2011, quando o ministro da Cultura do Vaticano, cardeal Gianfranco Ravasi, chamou a atenção de padres de todo o mundo, ao declarar que as homilias carecem de conhecimento cultural, intelectual e espiritual, classificando os sermões de "incolores, inodoros e sem sabor".

Os apontamentos feitos pela Santa Sé e por outros pesquisadores da Igreja podem ser notados em celebrações diárias na capital paraense. Uma missa, realizada diariamente em um bairro portuário da capital paraense, é sintoma da morosidade das celebrações e seus reflexos entre a população católica.

Não adianta querer fazer celebração diária, terá poucos presentes. Mesmo que o templo tenha capacidade para centenas de pessoas, ficará algumas fileiras ocupadas. E a presença de jovens será minima, devido a vários fatores.

A homilia proferida durante a missa já não chama tanto atenção e não desperta o interesse dos jovens, pois os tempos são outros e a juventude gosta de inovação de espetáculo, de dramatização, de encenação teatral ou mesmo circense.

Alguns dirigentes espirituais insistem no tradicional, com essa teimosia perdem fieis aos milhares para outra denominações que inovam e vão justamente agradar os anseios de jovens e adultos que vão a Igreja em busca de respostas para suas pertubaçõe e incomodações digamos assim algo mais picante novo.

Sempre acontece a insistência, em seguir o rito conforme o escrito apresento exemplo: primeira leitura e o relato do Evangelho, tudo bem que são procedimentos corretos, mas acontece que muitas das vezes são feitas leituras monotonas que não despertam a atenção dos fiéis em sua maioria, que devido a falta de entusiasmo de seus leitores e em seguida os comentários muitas das vezes inaudiveis ou mesmo em descompaso com a própria leitura acredito que leva ao desinteresse do distinto público.

As homilias de Belém e até de Roma, na Itália, já foram observadas pelo padre italiano Cláudio Pighin, que também é jornalista. Ele, que é doutor em teologia, com mestrado em missiologia e comunicação, foi o autor do livro "Homilética e Comunicação", junto de Jax Nildo Aragão Pinto. O religioso também realizou estudo com jovens seminaristas, buscando aprimorar a desenvoltura na hora de esclarecer os cristãos acerca do Evangelho. "Os seminaristas tinham que fazer uma homilia de três minutos em frente à câmera. Depois, todos faziam observações para melhorar", "Vários padres ainda se lembram disso, que esse de trabalho marcou a vida deles de como fazer uma boa pregação".

Na homilia vemos dificuldades para comunicar e interagir com o público. O padre ou dirigente pode fazer uma homilia até interessante, mas pode ser que não seja comunicativa, não atinja os fieis", Isso vai desde a linguagem utilizada, capacidade de dialogar com os públicos, dicção, arte oratória. Tudo é uma questão de interação o que raramente acontece na Igreja católica.

No momento contemporâneo, cada vez mais há a tendência a "descristianização em massa", além da formação comunicativa, os padres precisam de preparação no conteúdo que ministrarão tendo conhecimento do apresentado e sempre tem. Os padres precisam se preparar bem antes do ínicio da missa. Muitas vezes o conteúdo não é bem manifestado porque não houve a devida preparação, acredito devido o corre corre de suas diversas atribuições e a procura constante de seus auxiliares na Igreja que tomam grande parte do precioso tempo, muitas das vezes com coisas banais que poderiam muito bem ser resolvido por eles mesmos.

Com demandas cada vez mais intensas nascendo na sociedade, a Igreja deve ser um baluarte a guardar os fieis, e "as homilias são oportunidades de o catolicismo responder aos anseios que as pessoas levam às missas". O que corrobora a orientação do Vaticano aos sacerdotes, não devem se privar de falar sobre assuntos que "perturbem, questionem e causem preocupação". "As pessoas levam a própria vida, seus anseios, as alegrias, as tristezas, as dificuldades para a igreja. E essa homilia tem que ter a capacidade de disseminar a ação do Espírito Santo para dar uma resposta às pessoas", assim nos ensina padre Cláudio. "Precisamos aumentar a competência comunicativa e a experiência espiritual. É aí que precisamos de estudo e oração".

Segundo o Padre Cláudio, em tempos de grandes espetáculos religiosos e líderes espirituais que arrebatam corações com seus discursos.

Outras denominações encenam e dramatizam coisas simples e inventadas que prendem atenção do público, já precensiei por duas vezes contarem a mesma história de forma dramatica, uma foi contada por um padre e o mesmo "fato" por um pastor. O dirigente dizia: "O homem tinham pouco dinheiro no bolso e estava atento nas palavras de quem dirigia no caso do padre a missa e no caso do pastor lógico o culto, e deveria doar seu dinheiro tudo e ter fé, que tinham a sua espera um carro luxuoso a sua espera do jeito que sonhava e não podia comprar, mas o carro estava lhe esperando. no dia seguinte ao abrir o jornal estava lá no caderno de compra e venda, um carrão por apenas R$ 1,00 não acreditou no que estava vendo poderia muito bem ser erro de digitação de quem mandou imprimir, estava endereço e o número do telefone, incredulo no que estava lendo, mesmo assim ligou, sem acreditar, uma voz feminina do outro lado atendia e confirmava que era verdade o carro estava na garagem a mais de 6 meses e não havia aparecido comprador e contou que seu esposo havia falecido e deixou a viúva em situação privilegiada financeiramente, entretanto apareceu uma mulher se dizendo ter sido amante do falecido e o juiz determinou que a viuva vendesse o carro e desse a metade do dinheiro a amante, e ela pra se vingar do marido e da amante estava vendendo por R$ 1,00 e assim fez obedeceu a ordem judicial e deu R$ 0,50 para a amante do falecido".


Sou filho de diácono da igreja Católica Apostólica Romana, e ele tem uma voz de trovão que chama atenção dos fiéis, hoje está se recuperando de uma angioplástia e esta incomodado e ansioso para voltar a pregar o bom sermão.

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