segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GLADIADORES DE ONTEM E DE HOJE

Provavelmente você já deve ter visto uma luta de boxe televisionada, ou uma luta mais conhecido como “vale tudo”. Certamente você já assistiu um filme da Roma Antiga toda História sobre ROMA tudo mesmo me fascina, as lutas entre gladiadores romanos, me fascina apesar de ser adepto da não violência e não me vejo práticando tal esporte, o que só difere dos dias de hoje é que não existe a eliminação fisica do outro préviamente, certamente que não. Os jogos romanos sobrevivem até os dias de hoje, como uma nova roupagem e acertos, mas ainda desperta em seus espectadores o mesmo interesse de tempos romanos.


Arenas lotadas, estádios lotados passaram mais de dois mil anos e o prazer por assistir o combate “homem a homem” continua perpetuado na sociedade moderna. Sempre tenho dito que o mundo Ocidental cópia ROMA, até nossa base Juridica é romana.

A ética cristã, não foi capaz de mudá-lo e hoje as lutas (o MMA) é um dos esportes que mais cresce em todo o mundo gerando lucros exorbitantes. Aqui deixo meu recado faremos um pequeno relato da história que não passa, que tem como parâmetro traçar um comparativo entre os gladiadores de ontem e os gladiadores de hoje, inclusive já comentado em sala de aula.



Os gladiadores tem a origem do nome na pequena espada utilizada pelos romanos os gladios, e que nos treinamento de combate usavam o gladio em madeira,claro para não ferir de morte seu adversário, só sendo permitido o combate até a morte nas arenas romanas, hoje os alunos, os cadetes a oficiais das FFAA e das PPMM no Brasil usam o espadim e depois de Oficiais é chamada de espada.

Foi entre os romanos que os combates entre gladiadores se popularizaram, tendo seu auge por volta do século II a.C. e IV d.C. Contudo, os combates homem a homem eram bem mais antigos do que se pensa. Foram os etruscos, povo que habitou o norte da península Itálica, que costumavam lutar entre servo e escravo como um ritual fúnebre com a finalidade de homenagear o morto. Certamente os etruscos acabariam por influenciar a cultura romana.


Seria em 264 a.C. realizado o primeiro combate público quando os irmãos Décimo Bruto e Marcus promoveram um combate com três duplas para homenagear o pai falecido. Um século se passou e, também para homenagear a morte de seu pai, o general Tito Flavio promoveu um torneio com 74 gladiadores que duraram três dias.


Os romanos conheceram a República e os jogos perderam seu caráter fúnebre. Agora o Estado romano financiava os combates. 105 a.C. os Cônsules Rutilo Rufo e Caio Mamilo, realizaram os primeiros jogos sob a tutela do Estado. À população os jogos agradaram e os espectadores cresceram a cada evento. Em 44 a.C. Julio César organizou evento com 300 pares de lutadores. No Império, Trajano colocaria frente a frente 5 mil gladiadores em um evento que durou 117 dias sob os olhos e a ovacionação de espectadores que lotavam as arenas, fazendo parte do projeto da política do PÃO E CIRCO.


Os jogos foram proibidos por Constantino (306-337), todavia a relatos de combates até o governo do imperador Honório (395-423). O fato é que o público existia e era fanático por aquilo, alguns historiadores comparam o fanatismo pelo futebol na atualidade ao fanatismo pela luta entre gladiadores em Roma.


Os lutadores de ontem


Diferentemente do que muitos pensam quem lutava nas arenas romanas não era somente escravo. Os chamados homens livres também se enfrentavam, bem como alguns criminosos.



Em seu grande número os escravos que combatiam eram decorrente de guerras, alugados por seus senhores para promover o espetáculo. Sendo escravos, portanto, esses homens não tinham muitas escolhas a não ser lutar e ser um campeão nas arenas. O que poderia significar conquistar da tão sonhada espada de madeira chamada de rudiarii, ou seja era a conquista da liberdade.


Durante o período da Republica romana foi muito comum o enfrentamento de homens livres, chegando a metade dos gladiadores sendo formados por eles. O mais famoso deles talvez tenha sido o grande campeão Públio Ostório que na cidade de Pompéia fez 51 combates.


Mas o que levava homens livres a se submeterem ao fio da espada? Bem, apesar de toda a insalubridade da vida de um gladiador a fama e a admiração do público, principalmente feminino, faziam do gladiador um herói. E esse apreço feminino gerou várias histórias: Eppia, mulher de um senador romano, fugiu para o Egito com um gladiador isso quem nos confirma são os registros do poeta Juvenal. Cômodo, filho de Marco Aurelho e Faustina, era de fato fruto de uma paixão dela com um gladiador.


O fato é que os combates entre homens, e entre homens e feras era muito bem quisto entre os romanos.



Os gladiadores de hoje


Os tempos mudaram e hoje nos assistimos lutas entre homens, sem regras ou com um limite mínimo, televisionadas é o Mixed Martial Arts, conhecido popularmente como “Vale Tudo”. Poucos sabem, mas o “Vale Tudo” é uma invenção brasileira grande legado da família Gracie (criadores do Jiu-jitsu brasileiro), cujo seus membros nos anos de 1950 e 1960, desafiavam praticantes de outras categorias marciais para combates que valia tudo mesmo.



Em 1993, a família Gracie levou o evento para os EUA que foi batizado de Ultimate Fighting Championship (UFC). O campeão seria aquele que vencesse o torneio de caráter eliminatório entre oito homens praticantes de qualquer luta marcial. O esporte se difundiu e devido às barbáries assistidas teve que se impor algumas regras.

Antônio Rodrigo Nogueira


O UFC foi comprado pela empresa de cassinos norte-americana Zuffa, que pertencia aos irmãos Frank e Lorenzo Fertitta. A Zuffa investiu pesado nos eventos e transformou em espetáculos televisionados. Os atletas foram divididos em categorias, foram realizados eventos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, foram criados jogos de vídeo game, brinquedos em fim, em tudo se lucrava. Um esporte que gera divisas volumosas nas bolsas de apostas. Sendo o esporte que mais cresce no mundo hoje.


Os lutadores tem prestigio e fama estando os brasileiros entre os melhores nas diversas categorias como Anderson Silva, “the Spiderman”, Atual campeão do cinturão dos Medios do UFC; Mauricio Milani Rua, o “Shogun”, Atual campeão do Médios Pesados; José Aldo da Silva Oliveira Júnior, Atual campeão dos Peso Pena do UFC, temos ainda nomes lendários que fizeram história e fama como Antônio Rodrigo Nogueira, o “Minotauro” e o Wanderlei Silva. Os dois brasileiros juntamente com o croata Mirko "Cro Cop" Filipović foram os homens mais perigosos das arenas durante vários anos.


Mas o maior de todos os tempos para vários especialistas em MMA é o russo Fedor Vladimirovich Emelianenko "The Last Emperor". O último imperador como é chamado pelos fãs pode ser comparado ao grande campeão romano Públio Ostório.

Portanto, podemos concluir que o MMA é um dos esportes que mais cresce em todo mundo. Uma contradição em meio a uma sociedade ocidental pautada pela ética cristã que condena a violência. Os gladiadores de hoje, bem como os de ontem, tem fama e prestigio sendo ovacionados por multidões quando entram nas arenas octogonais cercadas por arame. No passado as lutas tinham uma função política, fazendo parte do "panis et circenses" e acabavam, geralmente, com a morte do perdedor; os gladiadores lutavam por suas vidas, pela liberdade. Os combates de hoje estão inseridos na ótica capitalista de lucrar; não se luta pela liberdade ou pela vida, se luta por dinheiro e o evento é formidavelmente lucrativo e felizmente não mais acaba em mortes. Despertando novos e antigos adeptos assim como é o futebol de modo geral controlado e dirigido por poucos que lucram e muito para satisfazer a vontade de uma maioria que não mede esforços em pagar ingressos que vai encher os bolsos daqueles que sabem que o humano de hoje é igual o de antigamente e vejo o passado presente nos dias de hoje.

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