Professores compram materiais do próprio bolso
Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública
do Estado do Pará (Sintepp), não existe política de Educação que seja
exclusivamente do Estado. Williams Silva, diretor da entidade, diz que o o
triste cenário apresentado pelo movimento “Todos Pela Educação”, só reforça
esse problema de gestão no governo Jatene. O movimento divulgou o relatório “De
Olho nas Metas 2013-14”, referente ao cumprimento dos objetivos estabelecidos
para o biênio em todo o Brasil, e no qual o Pará figura na lanterna.
Com números estarrecedores, o documento mostra um
panorama preocupante da Educação Pública no Estado: são quase 165 mil crianças
entre 4 e 17 anos sem estudar; outros quase 20 mil que pararam sem concluir o
Ensino Médio e somente 33% conseguem terminá-lo, sendo que essa última é a pior
taxa nacional, dentre outros índices negativos. “Já criticamos essa situação do
Estado há um bom tempo. O Governo joga, evidentemente, a responsabilidade nas
costas dos professores”, expõe Williams. “Nós, do Sindicato, sempre abraçamos
aquilo que compete à nossa categoria. Mas há algumas questões que dependem
exclusivamente do Governo do Estado, porque você não pode cobrar resultado
positivo ao final do ano letivo, sem garantir estrutura mínima e condições de
trabalho favoráveis para que o professor possa desempenhar a sua função”.
De acordo com ele, tanto na capital quanto no
interior, os professores dão conta, do próprio bolso, de material de xerox,
pincel para quadro branco, apagador, porque não há garantias mínimas. “O
problema não é só a questão salarial. Apenas o dinheiro não vai resolver as
questões de Educação Pública”, destaca. “Mesmo levando em consideração que,
este ano, o Governo só foi pagar o piso salarial em abril. E para os três meses
anteriores de 2015, a proposta do Governo era um acinte, uma provocação: pagar
esse retroativo só em agosto de 2016!”, lembra.
POLÍTICAS PÚBLICAS
POLÍTICAS PÚBLICAS
Williams Silva acredita que o Pará ainda não tem o
que precisa para que a Educação se aprimore: um conjunto de políticas públicas,
combinadas com outras áreas, como saúde, assistência social, esporte e lazer.
“A evasão, por exemplo, dizem que é por causa da greve. Sabemos que a greve é
prejudicial para todos, principalmente para os estudantes. Mas as condições das
escolas também não ajudam, não são atrativas”, justifica. “A violência,
inclusive, já está dentro das escolas. E Governo só responde a isso se houver
um fato grave, no mesmo local onde o fato ocorreu. As ações são reativas. O
restante fica descoberto”, lamenta Williams.
(Diário do Pará)
Filho
de Francisco da Silva Nunes e Maria da Silva Nunes. Ao optar pela carreira
militar seguiu para o Rio de Janeiro e
frequentou a Escola Militar do Realengo, a Academia Militar das Agulhas Negras, a Escola
de Educação Física do Exército e a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Nesse
interregno presidiu a Comissão de Concorrência da Diretoria-Geral do Material
Bélico do Exército.
Ajudante de Ordens do General Cordeiro
de Farias (1953-1955) e comandante da Zona Militar Norte em Recife (1960), foi Secretário de Segurança e chefe de
polícia do Território Federal do Amapá (1961) até que retornou a Belém onde graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Pará. Em sua cidade natal foi
presidente da Comissão de Abastecimento Regional do Pará e do Círculo Militar
de Belém. Entre 1961 e 1964 foi chefe da 28ª Circunscrição de
Recrutamento e delegado do Comando Militar da Amazônia e da VIII Região Militar
como presidente da Comissão de Abastecimento Regional. Por ocasião do 31 de março de 1964 comandava o quartel-general da VIII
Região Militar e nessa condição chefiou uma miríade de inquéritos
policiais-militares para investigar os adversários do novo regime.
Alinhado
aos objetivos do Regime
Militar de 1964 foi alçado à condição de protagonista político
quando o governador Aurélio
do Carmo foi deposto e em seu lugar assumiu Jarbas Passarinho, que na
condição de novo ocupante do Palácio dos Despachos, o nomeou prefeito de Belém em 1964, entretanto
Alacid Nunes renunciou ao cargo a tempo de concorrer às eleições de 1965quando foi eleito governador do Pará pela UDN e assim encerrou o predomínio do PSD na política estadual na última
refrega antes do ciclo dos governadores biônicos.[2] Tanto Jarbas Passarinho quanto
Alacid Nunes ingressaram na ARENA após obipartidarismo sendo que o primeiro foi eleito senador em 1966, mas a convivência pacífica dos primeiros anos logo foi
substituída por uma cisão interna que legou a cada um metade da máquina
partidária e somente com a intervenção de Brasília os líderes recalcitrantes
conseguiam dividir o mesmo espaço político. Encerrado o seu primeiro mandato de
governador foi a Capanema onde
dirigiu a Fábrica de Cimento do Brasil S/A (1971-1974). Em 1974 foi eleito deputado federal e Jarbas Passarinho foi
reeleito senador.
Por decisão do presidente Ernesto Geisel em 1978 o governo do estado foi de novo
entregue a Alacid Nunes, sendo que com a reforma partidária ele e Passarinho
ingressaram no PDS.
A
volta de Alacid Nunes ao poder tornou irremediável o rompimento entre as
correntes partidárias e nesse ínterim Jarbas Passarinho logo recebeu o apoio do
presidente João
Figueiredo[3] ao passo que
os alacidistas apoiaram a candidatura do deputado federal Jader Barbalho, que mesmo
sendo do PMDB foi eleito governador do Pará em 1982 ao derrotar o empresário Oziel Carneiro, do PDS.
Com
a Nova
República Alacid Nunes filiou-se ao PFL e
foi membro do conselho de administração da Companhia Vale do Rio Doce durante
o governo José Sarney (1985-1990) afastando-se de Jader Barbalho quando
este firmou uma coligação comJ arbas Passarinho com
vistas às eleições de 1986. Foi eleito deputado federal em 1990 e seu filho, Hildegardo Nunes, foi
eleito vice-governador do Pará em 1998 no pleito que reelegeu o governador Almir Gabriel.
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