Filho
de Francisco da Silva Nunes e Maria da Silva Nunes. Ao optar pela carreira
militar seguiu para o Rio de Janeiro e
frequentou a Escola Militar do Realengo, a Academia Militar das Agulhas Negras, a Escola
de Educação Física do Exército e a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Nesse
interregno presidiu a Comissão de Concorrência da Diretoria-Geral do Material
Bélico do Exército.
Ajudante de Ordens do General Cordeiro
de Farias (1953-1955) e comandante da Zona Militar Norte em Recife (1960), foi Secretário de Segurança e chefe de
polícia do Território Federal do Amapá (1961) até que retornou a Belém onde graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Pará. Em sua cidade natal foi presidente
da Comissão de Abastecimento Regional do Pará e do Círculo Militar de Belém.
Entre 1961 e 1964 foi chefe da 28ª Circunscrição de
Recrutamento e delegado do Comando Militar da Amazônia e da VIII Região Militar
como presidente da Comissão de Abastecimento Regional. Por ocasião do 31 de março de 1964 comandava o quartel-general da VIII
Região Militar e nessa condição chefiou uma miríade de inquéritos
policiais-militares para investigar os adversários do novo regime.
Alinhado
aos objetivos do Regime
Militar de 1964 foi alçado à condição de protagonista político
quando o governador Aurélio
do Carmo foi deposto e em seu lugar assumiu Jarbas Passarinho, que na
condição de novo ocupante do Palácio dos Despachos, o nomeou prefeito de Belém em 1964, entretanto Alacid Nunes renunciou
ao cargo a tempo de concorrer às eleições de 1965 quando foi eleito governador do Pará pela UDN e assim encerrou o predomínio do PSD na política estadual na última
refrega antes do ciclo dos governadores biônicos. Tanto Jarbas Passarinho quanto
Alacid Nunes ingressaram na ARENA após obipartidarismo sendo que o primeiro foi eleito senador em 1966, mas a convivência pacífica dos primeiros anos logo foi
substituída por uma cisão interna que legou a cada um metade da máquina
partidária e somente com a intervenção de Brasília os líderes
recalcitrantes conseguiam dividir o mesmo espaço político. Encerrado o seu
primeiro mandato de governador foi a Capanema onde dirigiu
a Fábrica de Cimento do Brasil S/A (1971-1974). Em 1974 foi eleito deputado federal e Jarbas Passarinho foi
reeleito senador.
Por decisão do presidente Ernesto Geisel em 1978 o governo do estado foi de novo
entregue a Alacid Nunes, sendo que com a reforma partidária ele e Passarinho
ingressaram no PDS.
A
volta de Alacid Nunes ao poder tornou irremediável o rompimento entre as
correntes partidárias e nesse ínterim Jarbas Passarinho logo recebeu o apoio do
presidente João
Figueiredo[3] ao passo que
os alacidistas apoiaram a candidatura do deputado federal Jader Barbalho, que mesmo
sendo do PMDB foi eleito governador do Pará em 1982 ao derrotar o empresário Oziel Carneiro, do PDS.
Com
a Nova
República Alacid Nunes filiou-se ao PFL e
foi membro do conselho de administração da Companhia Vale do Rio Doce durante
o governo José Sarney (1985-1990) afastando-se de Jader Barbalho quando
este firmou uma coligação com Jarbas Passarinho com
vistas às eleições de 1986. Foi eleito deputado federal em 1990 e seu filho, Hildegardo Nunes, foi
eleito vice-governador do Pará em 1998 no pleito que reelegeu o governador Almir Gabriel.
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