Bairro da condor em Belém, o palácio dos bares foi a coqueluche do filme BAY BAY BRASIL, que inclusive no decorrer das filmagens teve até incêndio real.
Foi um estrondo a noticia de que o Prefeito de Belém AJAX DE OLIVEIRA, iria acabar com a Condor, área da ZBM kkkkkkk (Zona do Baixo Meretricio) e não o bairro propriamente dito, a ZBM da Condor era considerado logradouro turístico a praça Princesa Isabel com seu Palácio do bares e nos seus arredores outros tantos bares e "puteiros" hoje chamadas de boyate, bem provável que a medida do gestor municipal fosse apenas moralizadora, acontece que algumas centenas ou até mesmo milhares de pessoas tinham seu sustento da noite, aí incluídos garçons, taxisistas, mariposas ou simplesmente prostitutas, e tantos outros pequenos vendedores ambulantes de qualquer coisa até mesmo de cigarros a retalhos, que faziam de cada noite uma luta incessante em busca de algum dinheiro que pudesse levar pra casa e custear o sustento dos seus.
Acontece que: Não era apenas o bairro da CONDOR que tinha ZBM, havia muitos outros espalhados na periferia de Belém, a Condor era o mais frequentado devido a proximidade com o cais do porto que por sí só já justificava a alta frequência de pessoas que buscavam se divertir independente do dia da semana, claro nos fins de semana a procura era muito maior. Se a medida de AJAX DE OLIVEIRA fosse realmente implantada as "meninas" teriam que se deslocar para outras paragens e isso não era problema, mesmo que elas não tivessem dinheiro para a corrida do taxi, tinha seu deslocamento garantido em troca de algum favor sexual ou não.
Já naqueles anos da década de 70, se falava em fazer ponte para a ilha do cumbu e vias de acesso para as cidades do baixo tocantins, acontece que não seria viável, pois, necessitavam de muito dinheiro para se fazer realmente o que AJAX pretendia naquele momento, acabar com a ZBM da Condor.
A vida noturna na Condor era observada com certa curiosidade por um jovem taxista que tinha o serviço de taxista como complemento de renda, devido ser funcionário público e seu ganho não satisfazia suas necessidades da família que estava começando já com filhos recém-nascidos. Sempre atento ao vai e vem das "meninas" ou quando elas faziam "POLEIRO", nada nelas sensibiliza o taxista os vestidos estampados e as perucas berrantes, impossível descobrir se são bonitas ou feias a noite as escura todo gato e pardo, era uma luta inglória ficar a noite acordado em busca do pão do dia seguinte, sempre atento a qualquer aceno das "meninas" a concorrência dos taxistas não era grande como os dias de hoje que se vê grandes filas na frente dos super-mercados e shopping, acenou de bate pronto era atendida para fazer deslocamento a qualquer lugar (SHANGRILAR, SENZALA, CALANDRINE, MEDALHA,HERCULES e tantos outros).
Quando o movimento estava fraco o jovem taxista ficava no muro admirando o vai e vem da maré, principalmente em noite de luar, sonhava com dias melhores.
Lutei o bom combate.
domingo, 22 de fevereiro de 2015
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