A campanha de apologia à prostituição que o Ministério da Saúde colocou e retirou do ar ignora que o comércio do próprio corpo degrada a mulher e não pode ser comparado a outras atividades profissionais.
O Ministério da Saúde recuou e tirou do ar, na terça-feira, uma peça da campanha publicitária voltada a prostitutas e lançada no fim de semana passado. O cartaz que dizia “Eu sou feliz sendo prostituta” era parte de uma ação com o objetivo de conscientizar as profissionais do sexo em relação à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). “Enquanto eu for ministro, não acho que seja uma mensagem a ser passada pelo Ministério da Saúde”, afirmou o titular da pasta, Alexandre Padilha, antes de demitir o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dirceu Greco, que seria o responsável pela campanha. Na noite de terça, o ministro ainda ordenou a retirada do ar de toda a campanha, e não apenas da peça polêmica. A simples menção a uma suposta “realização profissional” das prostitutas em uma ação sobre DSTs já soa estranha; mais preocupante, no entanto, é a glamourização de uma atividade que envolve a degradação da dignidade da mulher.
Mas como chegamos ao ponto em que, em vez de tolerar, se passa a promover um claro atentado ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, tratando a comercialização do corpo como se fosse uma coisa qualquer? A consciência de que todo ser humano é portador de uma incomensurável dignidade é uma conquista histórica da civilização ocidental, erguida sobre os escombros de impérios antigos que (a despeito das contribuições que tenham dado à humanidade) viam a mulher praticamente como propriedade do homem, reduzida a um misto de objeto de prazer sexual, empregada doméstica e incubadora, como atestava o orador ateniense Apolodoro, ao dizer “temos moças para o prazer, amantes para o refrigério diário dos nossos corpos, mas esposas para nos darem filhos legítimos e olharem pela casa”.
Nos dias de hoje uma marcha qualquer que promova a patifaria pura e simples, seja apologia a uso de drogas e alucinógenos, muita das vezes com dinheiro público, a exemplo do carnaval em que se gasta milhões do dinheiro público com camisinha para vadios, muitas das vezes assoprarem e fazerem gracejos com o nosso dinheiro, e o governo através de seus ministérios e secretarias promovem a gastança, enquanto que centenas ou milhares de cidadãos tem seus direitos negados no atendimento ao básico previsto na própria Constituição, a exemplo da saúde pública.
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