quinta-feira, 20 de junho de 2013

IVANILDO ALVES E O MST

IVANILDO ALVES, a muito tempo denúncia e alerta os governantes, bem como o poder judiciário, que o movimento é um ninho de criminosos e marginais.

A juíza substituta da 5ª Vara Penal de Marabá Elaine de Oliveira Neves converteu o flagrante contra o líder sem-terra Ruy de Oliveira Cavalcante em prisão preventiva e o acusado está à disposição da Justiça numa cela do Centro de Recuperação de Marabá (CRM).
Ruy Cavalcante foi preso na semana passada, após cobrar propina à pecuarista Ana Carolina, dona da fazenda Água Boa, em Itupiranga, que estaria ocupada por um grupo de sem-terra liderado pelo acusado.
A prisão foi coordenada pelo Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) e a Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) e foi cercada por um esquema que envolveu diversas técnicas de infiltração, cobertura e até mesmo o uso de tecnologia de captação de imagem e som por meio de uma caneta espiã.
DENÚNCIA
Tudo começou no dia 11 de junho quando a fazendeira Ana Carolina denunciou à Deca que um grupo de sem-terra estava ocupando a fazenda e lhe cobrava propina no valor de R$ 500 mil para desocupar a terra.
Os sem-terra se intitulavam integrantes da Associação dos Ribeirinhos do Lago do Macaco, em Itupiranga e ocupavam a fazenda há pelo menos três meses.
Intitulando-se líder campesino, Ruy Cavalcante iniciou uma negociação com a pecuarista Ana Carolina e exigiu desta a quantia de R$ 500 mil e garantiu que iria retirar os sem-terra da propriedade.
Diante desta denúncia, de acordo com o delegado Victor Leal, titular da Deca, as equipes de investigadores se mobilizaram para prender os supostos líderes campesinos.
Um encontro foi marcado entre a pecuarista e três destes supostos líderes na praça São Francisco Cidade Nova. Os sem-terra chegaram, conversaram com a pecuarista e naquela ocasião foi feita a proposta de cobrança de propina.
Ana Carolina, de acordo com o delegado, alegou aos sem-terra que a fazenda não valia os R$ 500 mil que eles estavam cobrando e, portanto o acusado Ruy Cavalcante se comprometeu em baixar o valor para R$ 150,00 e que se ela resolvesse pagar a taxa, iria disponibilizar a conta dele para que ela depositar o dinheiro.
Enquanto o diálogo entre Ruy Cavalcante e a pecuarista Ana Carolina transcorria em uma lanchonete da Cidade Nova os agentes se misturavam à população e logo após a conversação apareceram e prenderam três acusados, entre eles, Ruy Cavalcante.
Outro líder sem-terra, Helder de Sousa Silva, foi ouvido e também indiciado por extorsão. Ele também pode ser preso.
Juíza repudia comportamento de acusado
Após tomar conhecimento do caso, a magistrada, de certa forma, se comoveu com a situação da pecuarista e não somente manteve o acusado preso como repudiou, por meio da sentença, a postura dos supostos líderes sem-terra.
Em trecho da sentença, considerou grave o delito praticado por Ruy Cavalcante e um comparsa, que seria Helder de Sousa, que teriam exigido a quantia de R$ 500 mil da vítima para que a deixassem usar livremente de sua propriedade.
Em seguida, a magistrada afirma que “os crimes contra o patrimônio tem causado grande insegurança social nesta comarca, sendo que os cidadãos, muitas vezes, precisam se submeter aos arbítrios de grupos armados ou pessoas que buscam lucro fácil para não sofrerem maior lesão ao produto de seu trabalho”, observou.
Por fim, a magistrada afirma que a conduta do indiciado “demonstra total descaso pelas instituições de segurança pública do Estado e que a medida incide também como forma de acautelar o meio social e preservar a credibilidade da justiça, pois a adoção das medidas previstas em lei diminuirá a sensação de impunidade junto à população e aos infratores, estimulando a redução dos índices de cometimento de infrações penais”, conclui a magistrada.
(Diário do Pará)

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