terça-feira, 2 de julho de 2013

PRP E A ESCRAVIDÃO

Partido Republicano Paulista (PRP) foi um partido político brasileiro fundado republicano moderno no Brasil. Seus adeptos eram chamados de perrem 18 de abril de 1873, durante a Convenção de Itu, que foi o primeiro movimento epistas. O PRP foi o partido político predominante no estado de São Paulo durante toda a República Velha. O PRP foi extinto em dezembro de 1937.

O PRP foi um partido republicano com existência legal, mesmo na fase do Império do Brasil, fundado durante a convenção de Itu, em 18 de abril de 1873. Foi o Partido Republicano Paulista (PRP) o resultado da fusão política produzida entre fazendeiros alarmados ante a Lei do Ventre Livre de 1871 e elementos do Clube Republicano ou Radical entre os quais se destacavam Américo Brasiliense, Luís Gama, Américo de Campos e Bernardino de Campos, Prudente de Morais, Campos Sales, Francisco Glicério, Júlio de Mesquita e Jorge Tibiriçá Piratininga, seu primeiro presidente. O fechamento do jornal "A República" em 23/24 de fevereiro de 1873, pela polícia imperial fornecera o elo da união entre abolicionistas e escravocratas, vislumbrando ambos os grupos no regime republicano a concretização dos seus objetivos. Nesta primeira convenção partidária, compareceram 124 delegados de diversas cidades da província paulista.

O PRP, no período imperial, chegou a eleger deputados para a Assembleia Geral do Império (a atual Câmara dos Deputados), Campos Sales e Prudente de Morais, na legislatura 1885-1888. Em 1887, Bernardino de Campos colocou a agremiação em linha definitivamente abolicionista, salvando-a da crise em que caíra pela propensão escravocrata dos proprietários de terras.

Seu órgão oficial era o jornal "Correio Paulistano", o qual, no segundo reinado, pertenceu ao Partido Conservador, e foi empastelado (destruído), em 1930, quando da vitória da Revolução de 1930, porém voltou a circular, e, finalmente encerrou suas atividades na década de 1960. Outros jornais, apoiadores do PRP, também foram empastelados em 1930, entre eles: "A Platéia" e a "Folha da Manhã", a atual Folha de S. Paulo.

Seus quadros compunham-se de profissionais liberais (advogados, médicos, engenheiros etc.), as chamadas classes liberais, e, sobretudo, por importantes proprietários rurais paulistas, cafeicultores, as chamadas classes conservadoras, partidárias da imigração de mão-de-obra européia para as lavouras de café e, também, partidários da abolição dos escravos.

Quase toda a cúpula do PRP, na época se dizia "próceres", eram membros da maçonaria. Eram tradicionais os encontros dos próceres do PRP na redação do Correio Paulistano.

Seu primeiro jornal foi o "A Província de S. Paulo", hoje O Estado de S. Paulo, fundado, em 1875,
pelos republicanos históricos, entre eles, Campos Sales.

O objetivo primordial do PRP era implantar no Brasil uma federação republicana, com um alto grau de descentralização administrativa, o que inexistia durante o período imperial (1822-1889).

Outra importante reivindicação dos republicanos era o retorno dos impostos arrecadados pela união à província (depois estados) de origem.

O PRP viveu, na oposição, de sua fundação, em 1873, até a Proclamação da República. Voltou, após a Revolução de 1930, a ser um partido de oposição. Permanecendo, o PRP, na oposição, de 1930, até sua extinção, com o advento do Estado Novo, em 1937.

O PRP e a República Velha

Com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, iniciou-se um novo ciclo de poder político no Brasil, chamado de República Velha.

A República Velha dividiu-se em dois períodos. Inicialmente instalou-se a denominada República da Espada, com os governos militares de marechal Deodoro da Fonseca e o marechal Floriano Peixoto consolidando o regime republicano no Brasil.

Após a saída dos militares do poder federal teve origem a República do café com leite ou República Oligárquica, quando e o país foi governado por presidentes civis fortemente influenciados pelo setor agrário da economia.

O PRP, através de seu principal líder e ideólogo Campos Sales com a sua "Política dos Estados", que era mais conhecida como Política dos Governadores, foi o partido político que teve importância decisiva no afastamento dos militares da política no início da República.

E assim, Campos Sales se manifestou a respeito:

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