domingo, 27 de janeiro de 2013

ANA JULIA TAMBÉM NA LUTA

A obra da Eclusas, inaugurada no final do mandato do presidente Lula, em 2010, torna-se ociosa, visto que a navegação no rio só é possível por seis meses, durante a sua cheia. Um investimento desta monta, que custou ao povo brasileiro mais de 1 bilhão de reais, tem um papel importante na logística do nosso país.

A ampliação do Porto de Vila do Conde idem. Este projeto também ficará superdimensionado se não for usado para receber a produção industrial da ALPA e outras empresas que se instalarão na região.

Atualmente, surge em nosso Estado um debate, baseado em informações de um ofício do Presidente da Companhia Docas do Pará, Carlos José Ponciano da Silva, ao presidente Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Mineração no Estado do Pará, Deputado Estadual Raimundo Santos, onde aquele afirma que “há indícios de que a CVRD não mais retomará o projeto do Complexo Siderúrgico de Marabá, ou pelo menos não mais o retomaria na sua concepção original... Estaria a CVRD trabalhando em um plano alternativo que deslocaria para o Estado do Ceará esses investimentos.” Segundo Ponciano, “já prospera na Casa Civil e no Ministério do Planejamento, sob as bênçãos da empresa de Projetos e Logística, diga-se Dr. Bernardo Figueiredo, a idéia falaciosa de que a realização do trecho da Ferrovia Norte-Sul, entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA) tornaria desnecessária a realização do derrocamento do Pedral do Lourenço na hidrovia do Tocantins”.

Nossa preocupação, Senhora Ministra, diz respeito às consequências nefastas ao Pará se isso se confirmar. Os grandes empreendimentos previstos para o polo metalmecânico das regiões sul e sudeste do Pará levaram em conta, em seus estudos para implantação a realização da obra, o pleno funcionamento da hidrovia. Sem esta providência, todos os investimentos estão no mínimo paralisados, incertos ou, a se confirmarem essas notícias, fadados a se destinarem a outras unidades da Federação.

O polo metalmecânico representará o grande marco para a industrialização no estado do Pará, viabilizando a implantação da ALPA – Aços Laminados do Pará, da Companhia Vale; da Aline, para produção de laminados finos, em uma iniciativa da Sinobrás em associação com a Vale; além de diversos projetos de verticalização de cadeias produtivas que permitirão que nosso Estado dê um salto qualitativo de um Estado exportador de matéria prima com baixo valor agregado, para um Estado com efetiva indústria de transformação de nossas riquezas naturais.

Além do Pólo Metal Mecânico, a hidrovia ajudará no escoamento da produção agropecuária da região sul/sudeste do Pará e do centro oeste brasileiro, assim como da produção de oleaginosas, nas regiões sudeste e leste do estado.

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