domingo, 3 de julho de 2011

NO BRASIL AFORA E EM BELÉM

BRASILEIRO É ASSASSINADO EM PORTUGAL POR URINAR NA RUA

O brasileiro Luciano Correia da Silva, de 28 anos, foi assassinado na madrugada de 14/11/2010, por ter urinado na rua, na cidade de Caldas da Rainha, a 100 quilômetros de Lisboa, em Portugal. De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira, 16, pelo jornal português "Correio da Manhã", o crime ocorreu quando o rapaz e sua companheira saíram de um bar e voltavam para casa caminhando. "O meu marido parou para urinar e apareceu um homem, que nunca vi, mas que devia estar embriagado, e começou a insultá-lo, dizendo: ‘Brasileiro de m…vai para a tua terra, vagabundo’", contou Andressa Valéria, de 26 anos, ao "Correio da Manhã". Segundo a brasileira, o agressor, aparentemente de origem portuguesa, puxou um canivete assim que Luciano fechou o zíper da calça. HISTÓRIA DO MAU COSTUME – até o rei fazia na rua
O historiador Milton de Mendonça Teixeira relata que não são poucos os viajantes que se referem à sujeira das ruas do Centro do Rio no início do século XIX. As casas não tinham banheiros. No máximo, uma “casinha” no quintal, cuja fossa era limpa à noite por um escravo, o qual recolhia o conteúdo em tonéis de barro e depois conduzia esse “cabungo” na cabeça até a praia ou terreno baldio mais próximo, onde era feito o despejo. Como, freqüentemente, esse tonel vazava e tingia o infeliz de malcheirosas manchas, o povo apelidava esses pobres escravos de “tigres”.
A urina, por sua vez, era despejada das janelas das casas em urinóis, em plena rua. Uma lei de 1776 obrigava apenas ao arremessante a bradar antes a advertência: “água vai!”.

Quanto ao povo, este se desobrigava em qualquer lugar. Não existiam pudores ou restrições. Afinal de contas, eram poucas as mulheres que saíam às ruas e, quando saíam, era aos domingos, e sempre acompanhadas de seus maridos ou pais. Nas ruas do Rio, no dia-a-dia de 1800, somente homens e escravos perambulavam.

Para piorar a situação, o mau exemplo vinha do próprio Rei! D. João VI comia muito. Devorava de quatro a seis frangos por refeição. Quando ele partia do Palácio de São Cristóvão em direção ao Centro, em sua carruagem não poderiam faltar um urinol, penico e os respectivos criados responsáveis pela sua higiene. No trajeto, a carruagem parava ao menos duas vezes. Quando era a vez do Rei “obrar”, a carruagem estancava, um criado montava o “trono” portátil e a guarda cercava Sua Majestade, impedindo os curiosos de ali passar.

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