Comércio nas residências vira solução para o desemprego
As iniciativas de comércio apartir da própria residência, bazar, pequenas vendas de refeição, são o que os especialistas denominam como "economia de residência" - mercado informal criado nas casas - parte de um processo da crise do modelo de desenvolvimento industrial, quando houve a produção e consumo em massa.
A crise, iniciada nos países desenvolvidos nos anos 70 gerou um processo de reestruturação produtiva e uma nova a divisão internacional do trabalho centrada na new economy, baseada no conhecimento centrado na pesquisa&desenvolvimento, o capitalismo cognitivo, também chamado de capitalismo das redes.
Especialista afirma que inchaço das cidades levou a negócios
No bojo do processo revolução industrial, "a economia de residência", ou da "casa bazar" surge do inchaço das cidades e do crescimento das periferias urbanas em decorrência do processo de expulsão das populações rurais, gerada, no caso do Brasil, pelo desenvolvimentismo acelerado.
Na década de 70 o Brasil viveu o chamado milagre econômico e os anos de chumbo no período do governo militar que foi de 1964 a 1985, Hoje, com a crise da sociedade salarial, cresce a informalidade urbana intensificando a "economia de residência" voltada à produção e ao consumo dos sujeitos habitantes em situação de segregação socio espacial em consequência ao direito à cidade, quem não quer ter seu próprio cantinho sua moradia própria, seu trabalho?
Especialista em "Desenvolvimento Local - Economia Solidária", relatam que por conta do avanço da robótica e das novas tecnologias, na década de 70, foram surgindo crises econômicas nos países desenvolvidos e que resultaram no desemprego estrutural.
No Brasil, esse processo se deu na década de 90, com o processo de abertura de mercado, privatização das empresas públicas e da reforma do Estado, período que o País não tinha condições de competir com as empresas reestruturadas, ou seja, as "lean production" (empresas enxutas), com a substituição dos homens pelas máquinas-robôs, com maior desemprego e menor o valor da força de trabalho.
Na região amazonica a situação não foi diferente do contexto nacional, sobretudo porque anteriormente - mais especificamente na década de 70 e 80, com o fenômeno social do êxodo rural, saída do campo para a cidade - foram gerados os chamados "bolsões" de pobreza ou miséria, palavra essa que a elite brasileira detesta, e mas dizem que o pobre é pobre por que gosta ou contribue pra isso, em parte até concordo. Entretanto ser pobre não é vergonha, vergonha é não querer sair da pobreza, e a elite gananciosa que só pensa em lucrar e lucrar muito, tem sua parcela de responsabilidade no empobrecimento daquelas pessoas inertes e sem iniciativas em lutar para conquistar um espaço no mercado esperando pela esmola governamental em suas diversas modalidades, muitos são devido a falta de emprego para absorver em especial as pessoas não qualificadas para as atividades produtivas da economia urbana. Resultado: a alternativa encontrada foi a informalidade sob diversas formas, inclusive a "economia de residência", onde o pequeno comerciante vende para consumidores que compram em pequenas quantidades.
A "economia de residência" consegue se manter porque é focada, sobretudo, na área alimentícia dos cosméticos e do trabalho artesanal, os dois setores de serviço que mais cresceram no Brasil nos últimos tempos e tende a evoluir ainda mais.
"Funciona porque o pequeno comércio supre as necessidades básicas de alimentos e higiene. Trata-se de uma economia que tem gerado trabalho, emprego e renda, e que hoje vem sendo estimulada, inclusive com a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, que visa a agregar os que estão no mercado informal para o formal, como futuros empreendedores, a partir do resgate da participação do Estado na economia".
Entretanto, podemos enfatiza que a presidenta Dilma Rousseff criará o Ministério da Micro e Pequena Empresa para desenvolver políticas públicas imediatas para inserir as pessoas que se encontram no mercado informal, em especial, no que diz respeito ao acesso a sistemas de créditos, dificultado por conta das altas taxas de juros e de impostos para os pequenos empreendimentos os quais são os maiores do planeta e desestimula os pequenos empreededores a se legalizarem e contribuirem para o bem comum como um todo.
Economia doméstica significa a falta do emprego protegido ou seja o cidadão trabalha a vida inteira e quando vai buscar seus direitos junto a previdência é barrado e humilhado de todas as formas, as exigências são muitas em cima da pessoa honesta e o que vimos nos noticiarios quase que diáriamente são falcatruas feitas por esses mesmo funcionários que negam o direito ao cidadão.
O surgimento do mercado informal é o reflexo da falta de emprego formal no Brasil. O que é preocupante, afirma, pelo motivo de a explosão do mercado informal ser, em sua maioria, precário sem carteira assinada ou garantia de direitos trabalhistas, como férias e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Tudo isso faz com que haja um retorno às origens da revolução industrial, quando as pessoas trabalhavam mais de oito horas por dia passando por um retrocesso malefico sem precedentes e muitos ainda não se deram conta do prejuizo futuro ao ser humano, que em poucas décadas não será mais produtivo e portanto levará o rótulo de economicamente inviavel e pior ainda será chamado pela elite de peso morto para a sociedade.
Os trabalhadores informais trabalham mais porque são eles os seus próprios patrões e não se dão conta da carga excessiva de trabalho, ao ponto de abrirem mão até mesmo do lazer ou da própria saúde. "Se o trabalhador informal não trabalhar um dia, ele entende que não terá lucro e, por isso, trabalha mesmo que esteja doente" e um mero engano e que com o passar dos anos perceberá que todo seu trabalho e esfôrço em se manter numa sociedade consumista foi em vão,então, será tarde demais já está incapacitado para o trabalho e pior sem amparo nenhum.
Se o mercado informal existe, é por não haver espaço suficiente para atender a mão de obra. Atualmente, acredito que cerca de 60% da população economicamente ativa está no mercado informal é só dá um passeio pela cidade ou nas periférias.
Por conta disso, é que afirmo ao contrário de um tempo atrás, o puxadinho o uso da garagem, da sala deixou de ser um complemento da renda familiar e passou a ser a única forma de sustento da família. Essa é a opção de várias pessoas, que montão a partir de um compartimento a mais puxado na frente de uma casa.
Faço todas essas observações devido ter vários exemplos na minha própria família incluindo irmãos, sobrinhos (as) cunhados (as).
Assim os diga, YOLANDA, LAÉRCIO, LUCINILDO, AMANDA, ROSILENE que trasnformaram suas salas ou garagem em um pequeno empreendimento. E dou graças aos céus por ter sido salvo desse tormento imposto por uma corja de políticos ganaciosos e muitos empresários sem sensibilidade para o bem comum.
Desculpas mil, minha fiel leitora que tanto me pede para ser lacônico.
TENHO DITO.
domingo, 11 de setembro de 2011
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