quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CIDADE-ESTADO

Anterior aos gregos, mesopotâmicos e egípcios, o homem sofreu por longos anos uma evolução natural (segundo Darwin) do macaco até o Homo Sapiens sapiens – o homem atual, como nós. Contrário à Darwin, que pregava uma teoria evolucionista, tem-se  também a teoria criacionista do surgimento do homem, onde fora Deus quem criou o ser humano diretamente do barro, dando-lhe vida. Para o Enem 2013, você deve focar na teoria darwinista, a mais aceita pela ciência atualmente.
Outra informação importante que você deve saber são as eras relacionadas à evolução desse homem primitivo. Para o Enem 2013, você deve se ater a 3 delas: O Paleolítico, o Neolítico e a Idade dos Metais.
EXERCÍCIOS
(Enem) Se compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos (4,5∙109 anos), com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começaram a florescer os primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há menos de um minuto percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e, como denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi nesses últimos sessenta segundos que se produziu todo o lixo do planeta!
O texto permite concluir que a agricultura começou a ser praticada há cerca de:
a) 365 anos.
b) 460 anos.
c) 900 anos.
d) 10.000 anos.
e) 460.000 anos.
RESPOSTA Correta: Letra D.
Como deverá também ser comum no Enem 2013, apareceram questões de natureza interdisciplinar e, por isso, nesta questão de História, você deverá construir uma simples regra de três para que possa desenvolver a resolução deste problema. No caso, você achará a equivalência entre um ano de vida do homem e a idade da Terra, para depois estabelecer as outras proporções que equiparam uma hora com a idade do planeta.

O termo cidade-Estado significa cidade independente, com governo próprio e autônomo. Cidades-Estado eram comuns na Antiguidade, principalmente na Grécia Antiga, tais como Troia, Atenas e Esparta. Mais tarde as cidades-Estado e suas ligas, também vieram a fazer um papel importante na península Itálica. Por exemplo, as repúblicas de Gênova, Pisa, Florença, Amalfi e, a mais famosa de todas, Veneza. O mesmo ocorreu na Alemanha, como a Liga Hanseática medieval ('Hansa' é um termo do alemão antigo que significa 'Liga'). Na Alemanha moderna existem três cidades que muitas vezes podem ser classificadas erroneamente de cidades-Estado: Hamburgo, Berlim e Bremen, que apesar de não pertencerem a nenhuma província ou subdivisão do país (tendo status político ao mesmo nível destas), ainda estão sob o poder da República Federal da Alemanha, isto é, não são independentes, como uma cidade que é corretamente tida como "cidade-Estado" deve ser (como é o caso de Singapura).
Atualmente, o termo cidade-Estado também é, às vezes, empregado para designar cidades que se transformaram em minúsculos países, como Vaticano e Mônaco, politicamente autossuficientes.
Singapura, na Ásia, conhecida internacionalmente como um dos Quatro Tigres do Oriente, uma referência a sua robusta economia, também é uma cidade-Estado. Ainda na Ásia, Hong Kong e Macau também são consideradas cidades-Estado por serem consideradas Regiões Administrativas Independentes dentro da China;
No norte da África, Tânger foi uma cidade-Estado por algum tempo no século passado. Quando a França e a Espanha dividiram o Sultanato de Marrocos em zonas administrativas de acordo com o Tratado de Fez de 1912, Tânger recebeu um status especial. A Convenção de 1923 transformou o status de Tânger em uma "cidade internacional", governada por uma assembleia legislativa de vinte e seis representantes estrangeiros, oriundos do Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Países Baixos, Suécia e Estados Unidos. O poder executivo ficou sob o manto do Comitê de Controle, composto de representantes consulares dos países signatários. O poder do judiciário era administrado por cortes de juizes da paz da Bélgica, França, Espanha e Reino Unido. Árabes e judeus tinham sistemas de corte próprios.
Cidades-Estado da Grécia Antiga
Pólis
A partir do século VIII a.C., os gregos formaram as chamadas pólis, que eram cidades-Estado (cidades autónomas): estas cidades eram economicamente autossuficientes (autarquia); tinham uma massa proporcionada de cidadãos; era nestas cidades que se davam os cultos cívicos, religiosos e aos heróis e tinham leis próprias.
Cidades-Estado nas Américas
Algumas das mais notáveis cidades-Estado da América Central foram:
Teotihuacán, localizada a vinte e cinco quilômetros ao norte da atual Cidade do México; Copán, localizada em Honduras; Tula (México), uma cidade Tolteca que dominou a região central do atual país do México; Texcoco, uma pequena cidade-Estado do México, fundada por volta dos anos 1200 nas margens do (drenado) lago Texcoco, a qual veio a servir de base de planos de ataque dos conquistadores espanhóis à capital de Tenochtitlán (a atual Cidade do México); e ainda no México, a cidade-Estado de Tlaxcala, vizinha da cidade-Estado de Texcoco (citada acima), e rival invicta da poderosa cidade-Estado de Tenochtitlán, o que motivou seus líderes a ajudarem os espanhóis em sua histórica conquista desta cidade-Estado, a capital azteca de Tenochtitlán.
É importante notar o papel histórico da jovem Malintzin, uma moça ameríndia também conhecida como La Malinche ou Doña Marina. Malintzin, que já era bilíngue antes da chegada dos espanhóis, tendo sido fluente em seu idioma materno, o nahuatl (idioma dos aztecas, também conhecidos como mexicas) e yucateco (a língua de seus amos, uma das línguas do tronco maia peninsular), facilmente aprendeu também a falar o castelhano uma vez em contato com os espanhóis. Assim, dotada dessas habilidades linguísticas e, depois, adicionalmente, também na condição íntima de amante do conquistador Hernán Cortez, ela veio a auxiliar grandemente na devastadora dominação dos povos das terras da América Central pelos invasores ibéricos.
Vale notar que algumas destas civilizações da América Central chegaram a manter redes de comércio muito expansivas a se estenderem, por exemplo, até ao Vale de Ohio, ao norte, no atual estado de Ohio (localizado entre os estados de Nova Iorque e Michigan), na fronteira entre os Estados Unidos com o Canadá. Quanto aos limites meridionais destas vastas redes de empreitadas comerciais pelas cidades-Estado da América Central, isso ainda não está bem claro e definido. Mas certo é que obtiveram seus conhecimentos de ourivesaria de seus contatos comerciais ao sul. Portanto, é concebível que tenham chegado a alcançar comercialmente, através de povos intermediários, até as grandes civilizações andinas da América do Sul.
Algumas das cidades-Estado mais notórias da América do Sul foram Chancay, Cusco, Sipan, Cajamarca e Caral; esta última, supostamente, sendo a mais antiga de todas elas.


1. (ENEM 2009) O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo. O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois:

a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.
b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.
c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.
d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.
e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.

2. (UFRS 2011) Na África, durante a Antiguidade, entre 3000 a.C. e 322 a.C., desenvolveu-se o primeiro Império unificado historicamente  conhecido, cuja longevidade e continuidade ainda despertam a atenção de arqueólogos e historiadores. Esse império

a) legou a humanidade códigos e compilações de leis.
b) desenvolveu a escrita alfabética, dominada por amplos setores da sociedade.
c) retinha parcela insignificante do excedente econômico disponível.
d) sustentou a crença de que o caráter divino dos reis se transmitia exclusivamente pela via paterna.
e) dependia das cheias do rio Nilo para a prática da agricultura.

3. (ENEM 2008) Ao visitar o Egito do seu tempo, o historiador grego Heródoto (484 – 420/30 a.C.) interessou-se por fenômenos que lhe pareceram incomuns, como as cheias regulares do rio Nilo. A propósito do assunto, escreveu o seguinte: “Eu queria saber por que o Nilo sobe no começo do verão e subindo continua durante cem dias; por que ele se retrai e a sua corrente baixa, assim que termina esse número de dias, sendo que permanece baixo o inverno inteiro, até um novo verão. Alguns gregos apresentam explicações para os fenômenos do rio Nilo. Eles afirmam que os ventos do noroeste provocam a subida do rio, ao impedir que suas águas corram para o mar. Não obstante, com certa freqüência, esses ventos deixam de soprar, sem que o rio pare de subir da forma habitual. Além disso, se os ventos do noroeste produzissem esse efeito, os outros rios que correm na direção contrária aos ventos deveriam apresentar os mesmos efeitos que o Nilo, mesmo porque eles todos são pequenos, de menor corrente.” (Heródoto. História (trad.). livro II, 19-23. Chicago: Encyclopaedia Britannica Inc. 2.ª ed. 1990, p. 52-3 (com adaptações)).
Nessa passagem, Heródoto critica a explicação de alguns gregos para os fenômenos do rio Nilo. De acordo com o texto, julgue as afirmativas abaixo.

I- Para alguns gregos, as cheias do Nilo devem-se ao fato de que suas águas são impedidas de correr para o mar pela força dos ventos do noroeste.
II- O argumento embasado na influência dos ventos do noroeste nas cheias do Nilo sustenta-se no fato de que, quando os ventos param, o rio Nilo não sobe.
III- A explicação de alguns gregos para as cheias do Nilo baseava-se no fato de que fenômeno igual ocorria com rios de menor porte que seguiam na mesma direção dos ventos.

É correto apenas o que se afirma em

a) I.

b) II.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

4. (Enem) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.(VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-estado. São Paulo: Atual, 1994).

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania

a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

5. (UDESC) São fontes indispensáveis para o conhecimento dos primeiros tempos daquilo que viria a se constituir na civilização grega os poemas “Ilíada” e “Odisséia“, atribuídos a Homero. Seus versos tratam, sobretudo, de episódios e consequências relacionadas com a seguinte alternativa:

a) o domínio do fogo ofertado aos homens por Prometeu;

b) a longa guerra contra a cidade de Tróia;

c) a implantação da democracia em Atenas;

d) os combates e batalhas da Guerra do Peloponeso;

e) a conquista da Grécia pelas tropas romanas.

6. (Fei) Atenas foi considerada o berço do regime democrático no mundo antigo. Sobre o regime democrático ateniense, é CORRETO afirmar que:

a) Era baseado na eleição de representantes para as Assembléias Legislativas, que se reuniam uma vez por ano na Ágora e deliberavam sobre os mais variados assuntos.

b) Apenas os homens livres eram considerados cidadãos e participavam diretamente das decisões tomadas na Cidade-Estado.

c) Os estrangeiros e mulheres maiores de 21 anos podiam participar livremente das decisões tomadas nas assembléias da Cidade-Estado.

d) Era erroneamente chamado de democrático, pois negava a existência de representantes eleitos pelo povo.

e) A inexistência de escravos em Atenas levava a uma participação quase total da população da Cidade-Estado na política.

RESPOSTAS:

Questão  de prova anulada.  Muita confusão neste ano de 2009 no Enem. A resposta no Gabarito era letra A. O Egito era um estado teocrático, ou seja, o faraó era considerado um representante dos deuses na terra. Esta imagem do governante tornava sua autoridade indiscutível, despótica. Assim, grandes contingentes humanos foram escravizados e muitos monumentos foram erguidos para representar esta autoridade. Mas vale ressaltar que no caso da construção das pirâmides, hoje,  as teorias mais aceitas, dizem que estes monumentos não foram erguidos por escravos, mas por trabalhadores livres. Então, o que fazer num caso assim?  Não se preocupe, este tipo de erro resulta em anulação da questão. O importante é você saber a resposta correta.
Esse enunciado refere-se ao Egito, Estado Teocrático organizado por volta de 3200 a.C., a partir de comunidades de camponeses estabelecidas ao longo do rio Nilo. O Egito desenvolveu uma economia agrária extremamente dependente do regime de cheias e vazantes do rio, daí ser considerada uma sociedade hidráulica.
Esta questão mistura conhecimentos de História e Geografia. Ao utilizar a fala de Heródoto, a questão foge da frase clássica que se tornou lugar comum – “O Egito é uma dádiva do Nilo” – e busca outra abordagem. Observando a fala do Historiador fica fácil encontra a resposta correta.
 B  - O Filósofo grego Aristóteles considerava que o trabalho era um entrave, tanto para quem se dedica à política como para os pensadores. Por este motivo somente os grupos privilegiados poderiam exercer plenamente sua cidadania, pois não precisavam destinar seu tempo para outras atividades.
B – As duas obras remetem a Guerra de Tróia, a Ilíada narra a guerra e seu desfecho e a Odisséia o retorno de Odisseu, herói grego, a sua terra natal Ítaca.
B – A democracia ateniense previa apenas a participação de cidadãos livres na política. Isso excluía mulheres, escravos e estrangeiros.


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