O Pará (topônimo de origem tupi e significa mar)
é uma das vinte e sete unidades
federativas do Brasil,
sendo o segundo maior estado do país, com extensão de 1.247.689,515 km², e
dividido em 144 municípios (com a criação de Mojuí
dos Campos). Situado ao leste da região
norte, faz fronteira com Suriname e o Amapá ao norte, o oceano
Atlântico a nordeste, o Maranhão a leste, Tocantins a sudeste, Mato Grosso a sul, o Amazonas a oeste e Roraima e a Guiana a noroeste.
É o mais rico e mais populoso estado da região
norte, contando com uma população de 7.321.493 habitantes. Sua
capital é o município de Belém,
que reúne em sua região metropolitana cerca de 2,1 milhões habitantes, sendo a
segunda maior população metropolitana da região
Norte. Outras cidades importantes do estado são: Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Barcarena, Cametá, Castanhal, Itaituba, Marituba, Marabá, Paragominas, Parauapebas, Redenção, Santarém e Tucuruí. O relevo é baixo
e plano; 58% do território se encontra abaixo dos 200 metros. As altitudes
superiores a 500 metros estão nas serras de Carajás, Caximbo e Acari.
Belém, a capital do Pará.
O Forte
do Presépio, fundado em 1616 pelos
portugueses, deu origem a
Belém, mas a ocupação do território foi desde cedo marcada por incursões de Neerlandeses e Ingleses em busca de especiarias. Daí a
necessidade dos portugueses de fortificar a área.
No século XVII,
a região, integrada à capitania
do Maranhão, conheceu a prosperidade com a lavoura e a pecuária. Em 1751, com a expansão para o oeste, cria-se o
estado do Grão-Pará,
que abrigará também a capitania de São José do Rio Negro (hoje o estado do Amazonas).
Em 1821, a Revolução Constitucionalista do Porto (Portugal) foi apoiada pelos
paraenses, mas o levante acabou reprimido. Em 1823, o Pará decidiu unir-se ao
Brasil independente, do qual estivera separado no período colonial,
reportando-se diretamente a Lisboa. No entanto, as lutas políticas continuaram.
A mais importante delas, a Cabanagem
(1835), chegou a decretar a independência
da província do Pará. Este
foi, juntamente com a Revolução
Farroupilha, no Rio Grande do Sul, o único
levante do período regencial onde o poder foi tomado, sendo que a Cabanagem foi
a única revolta liderada pelas camadas populares.
A economia cresceu rapidamente no século XIX e início do século XX com a exploração
da borracha, pela extração do látex, época esta que ficou
conhecida como Belle
Époque, marcada pelos traços artísticos da Art Nouveau. Nesse período
a Amazônia experimentou dois ciclos econômicos distintos com a exploração da
mesma borracha.
Estes dois ciclos (principalmente o primeiro) deram não só a Belém, mas
também a Manaus (Amazonas), um momento áureo
no que diz respeito à urbanização e embelezamento destas cidades. A construção
do Teatro da Paz (Belém) e do Teatro Amazonas (Manaus)
são exemplos da riqueza que esse período marcou na história da Amazônia.
O então intendente Antônio Lemos foi o
principal personagem da transformação urbanística que Belém sofreu, onde chegou
a ser conhecida como Paris N'América (como referência à influência da
urbanização que Paris sofrera na época, que serviu de inspiração para Antônio
Lemos). Nesse período, por exemplo, o centro da cidade foi intensamente
arborizado por mangueiras
trazidas da Índia. Daí o apelido que
até hoje estas árvores (já centenárias) dão à capital paraense.
Com o declínio dos dois ciclos da borracha, veio
uma angustiante estagnação, da qual o Pará só saiu na década de 1960, com o desenvolvimento de atividades
agrícolas no sul do Estado. A partir da década de 1960, mas
principalmente na década de
1970, o crescimento foi acelerando com a exploração de minérios
(principalmente na região sudeste do estado), como o ferro na Serra
dos Carajás e do ouro em
Serra Pelada.
Divisão do estado
A Criação
Imagem de
uma vila no Interior do Pará, com um cartaz incentivando à divisão do estado,
que foi negada.
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou em 2011, dois decretos
legislativos que autorizavam a realização de um plebiscito que iria decidir
pela criação dos estados de Carajás e Tapajós, que seria uma divisão do estado do
Pará. O decreto foi promulgado pelo presidente do Congresso
Nacional, José Sarney
(PMDB-AP). Depois de promulgado, o plebiscito foi
realizado em dezembro de 2011, e foi negado.
A aprovação da criação dos estados de Carajás e Tapajós causaria um
saldo negativo anual de cerca de R$ 2 bilhões à União, o estado do Tocantins por exemplo da
União R$ 500 milhões, de repasse voluntário, cinco anos depois de criado, sendo
R$ 100 milhões por ano.
Sobrerrepresentação
Politicamente, haveria o nascimento de dois estados com populações
comparáveis às dos estados de Tocantins
e Rondônia, fazendo
proporcionalmente jus a uma bancada de apenas quatro deputados federais e de
fração de um senador — uma vez que não
atinge a proporção de 8/513 (cerca de 1,56%) da população nacional. Entretanto,
por motivos constitucionais, é obrigatório respeitar o piso de oito deputados
federais e o fixo de três senadores por unidade federativa: o que
produziria uma sobrerrepresentação na Câmara dos Deputados e uma super-representação no Senado Federal, vindo assim
a facilitar substancialmente o acesso a cargos eletivos por parte da classe
política desses possíveis estados.
Lei Kandir: O atual
território correspondente ao Estado do Pará é um dos maiores responsáveis pela
pauta exportadora nacional, costumando ficar entre quinto ou sexto maior
exportador nos últimos anos — aproximadamente 87% de suas exportações são de
minérios diversos, destinados sobretudo à China. Contudo, a legislação brasileira,
através da Lei Kandir, isenta de ICMS as empresas exportadoras, justamente as
principais responsáveis por maior parte da geração de riquezas no estado
paraense. As reservas minerais em exploração estão localizadas quase todas na
região do Sudeste
Paraense, pretenso Estado de Carajás. Expressa-se assim que os
grande projetos mineroenergéticos pouco colaboram de maneira direta para a
arrecadação das esferas públicas no Pará. Neste cenário, de grandes perdas
tributárias para a esfera estadual, percebe-se a fragilidade de um modelo
assentado nas exportações, no sentido de viabilizar recursos para a
administração satisfatória de um estado, independente de seu tamanho ou
demografia.
A bacia hidrográfica do estado abrange área de 1.253.164 km², sendo
1.049.903 km² pertencentes à bacia Amazônica e 169.003 km² pertencentes à bacia
do Tocantins. É formada por mais de 20 mil quilômetros de rios como o Amazonas,
que corta o estado no sentido oeste/leste e deságua num grande delta marajoara,
ou os rios Tocantins e Guamá que formam bacias independentes.
Estão também no Pará alguns dos mais importantes afluentes do Amazonas
como Tapajós, Xingu e Curuá, pela margem direita, Trombetas, Nhamundá, Maicuru
e Jari pela margem esquerda. Os rios principais são: rio Amazonas, rio Tapajós, rio Tocantins, rio Xingu, rio Jari e rio Pará.
Esta rede hidrográfica garante duas importantes vantagens:
- Facilidade
da navegação fluvial.
- Potencial
hidroenergético avaliado em mais de 25.000 MW.
Economia
A economia se baseia no extrativismo
mineral (ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro, estanho), vegetal
(madeira), na agricultura,
pecuária, indústria e no
turismo
A mineração é atividade preponderante na região sudeste do estado, sendo
Parauapebas a principal
cidade que a isso se dedica. As atividades agrícolas são mais intensas na
região nordeste do estado, onde destaca-se o município de Castanhal; a agricultura
também se faz presente, desde a década de 1960, ao longo da malfadada Rodovia
Transamazônica (BR-230). O Pará é o maior produtor de pimenta do reino do Brasil e está entre os primeiros na
produção de coco da Bahia e banana. São Félix do Xingu é o município
com maior produção de banana
do país. A pecuária é mais presente no sudeste do estado, que possui um rebanho
calculado em mais de 14 milhões de cabeças de bovinos. A indústria do estado
concentra-se mais na região metropolitana de Belém, com os distritos
industriais de Icoaraci e Ananindeua, e também vem se
consolidando em municípios como Barcarena
e Marabá através de
investimentos na vesticalização dos minérios extraídos, como bauxita e ferro,
que ao serem beneficiados, agregam valor ao se transformarem em alumínio e aço
no próprio Estado. Pela característica natural da região, destacam-se também
como fortes ramos da economia as indústrias madeireira e moveleira, tendo um polo
moveleiro instalado no município de Paragominas.
O extrativismo mineral vem desenvolvendo uma indústria metalúrgica cada
vez mais significativa. No município de Barcarena é beneficiada boa
parte da bauxita extraída no
município de Paragominas
e na região do Tapajós em Oriximiná.
No momento Barcarena é um grande
produtor de alumínio,
e sedia uma das maiores fábricas desse produto no mundo, boa parte dele é
exportado o que contribui para o município abrigar também a principal atividade
portuária do Pará, no distrito de Vila do Conde. Ao longo da Estrada
de Ferro Carajás, que vai da região sudeste do Pará até São
Luís do Maranhão,
é possível atestar a presença crescente de siderúrgicas. O governo federal
implementou em Marabá um pólo siderúrgico
e metalúrgico, além das companhias já presentes na cidade. O polo siderúrgico
de Marabá utilizava
intensamente o carvão vegetal para aquecer os fornos que produzem o ferro gusa, contribuindo
assim, para a devastação mais rápida das florestas nativas da região, mas
recentemente este cenário vem mudando, as indústrias estão investindo no
reflorestamento de áreas devastadas e na produção de carvão do coco da palmeira
Babaçu, que não devasta
áreas da floresta nativa porque consiste somente na queima do coco e não do
coqueiro, este é produzido principalmente no município de Bom Jesus do Tocantins.
Nos últimos anos, com a expansão da cultura da soja por todo o território nacional, e também
pela falta de áreas livres a se expandir nas regiões sul, sudeste e até mesmo
no centro-oeste (nas quais a soja se faz mais presente), as regiões sudeste e
sudoeste do Pará tornaram-se uma nova área para essa atividade agrícola. Pela
rodovia Santarém-Cuiabá
(BR-163) é escoada boa parte
da produção sojeira do Mato Grosso,
que segue até o porto de Santarém,
aquecendo a economia da cidade tanto pela exportação do grão como pela franca
expansão de seu plantio: a produção local já representa 5% do total de grãos
exportados.
Etnias
O Pará teve um elevado número de imigrantes portugueses, espanhóis e japoneses. Estes povos têm
suas trajetórias contadas em um espaço permanente, a “Sala Vicente Salles” do “Memorial
dos Povos”, situado em Belém. Os lusitanos foram seguidos
pelos espanhóis, que chegaram à
capital quase que exclusivamente por questões políticas, graças às disputas
pela Península
Ibérica, em seguida vieram os italianos. Os japoneses, após deixar sua
contribuição para o surgimento da cidade de Belém, estabeleceram-se no
interior agrário, fixando-se em municípios como Tomé-açu. A maioria da
população é parda, devido à grande herança genética indígena e, em menor
parcela, africana.
Cor/Raça
|
Porcentagem
|
73,0%
|
|
23,0%
|
|
3,5%
|
|
0,6%
|
Fonte: PNAD (dados obtidos por
meio de pesquisa de autodeclaração) .
Imigrantes
Portugueses
A presença dos portugueses no estado, deu-se no século XVII. Em Janeiro
de 1616, o capitão português, Francisco Caldeira Castelo Branco iniciou a ocupação da
terra, fundando o Forte do Presépio, núcleo da futura capital paraense. A
fixação portuguesa foi efetivada com as missões religiosas e as bandeiras, que
ligavam o Forte do Presépio a São
Luís do Maranhão,
por terra e subiram o Rio Amazonas.
Os portugueses foram os primeiros a chegar no Pará, Deixando contribuições que
vão desde a culinária à arquitetura.
Japoneses
Os primeiros imigrantes japoneses que se destinaram a Amazônia saíram do Porto de
Kobe, no Japão, no dia 24 de julho
de 1926, e só chegaram ao município de Tomé-Açu, no dia 22 de
setembro do mesmo ano, com paradas no Rio de Janeiro e Belém.
Os japoneses foram responsáveis pela introdução de culturas como a juta e a pimenta-do-reino na década
de 1930; de mamão hawai e do melão na década de 1970. A terceira maior colônia
japonesa no Brasil está no Pará, com
cerca de 13 mil habitantes, perdendo apenas para os estados de São Paulo e Paraná. Eles vivem
principalmente nos municípios de Tomé-Açu, Santa
Izabel do Pará e Castanhal.
Sabendo-se que Tomé-Açu
foi o primeiro local do Norte do
país a receber imigrantes japoneses,
por volta de 1929.
Italianos
Os imigrantes italianos
que vieram para o Pará são predominantemente da região Sul da Itália, originários da Calábria, Campania e Basilicata. Eram todos
colonos, mas aqui se dedicaram ao comércio. O primeiro comércio italiano de que
se tem notícia é de 1888 que ficava em Santarém.
Eles fincaram raízes familiares em Belém, Breves, Abaetetuba, Óbidos,
Oriximiná, Santarém
e Alenquer.
A presença na região oeste do Pará era tão acentuada, que havia uma
representação do consulado da Itália
em Óbidos,
considerada a cidade mais italiana do Estado. O consulado ficava em Recife, Pernambuco.
Em Belém, os italianos se
dividiram entre a atividade comercial e os pequenos serviços. Ao mesmo tempo em
que trabalharam, foram importantes no início do processo de industrialização da
capital (1895). Segundo o censo de 1920, existia no Pará cerca de mil
italianos. Ao final da Segunda Guerra, registrou-se um refluxo causado pela
perseguição a alemães,
japoneses e italianos. Os italianos,
assim como os franceses, não permaneceram
em território paraense.
Libaneses
A emigração dos libaneses para o Pará se deu na metade do século XIX, na
época do Ciclo
da Borracha e até 1914 desembarcaram em Belém entre 15 mil e 25 mil
imigrantes
sírios-libaneses, dois quais um terço foram para o Acre. No Pará, além da capital paraense, o libaneses se deslocaram
para os municípios de Cametá, Marabá, Altamira, Breves, (Pará), Monte Alegre, Alenquer, Santarém,
Óbidos,
Soure, Maracanã, Abaetetuba, entre outros.
Franceses
Os primeiros imigrantes franceses chegaram ao Brasil na segunda metade do século XIX,
dirigiram-se para a colônia de Benevides,
na região
metropolitana de Belém do
Pará. Os franceses foram atraídos para a região, por causa do Ciclo da Borracha, acabaram
se instalando em Belém, tornando-a conhecida
como Paris N'América.
Maranhenses
São os maiores imigrantes nacionais no Estado do Pará.Por ser vizinho do
Estado do Pará, os maranhenses vão em busca de melhores condições materiais.A
população de Belém, sul e sudeste do Pará é formada basicamente por imigrantes
maranhenses. O Maranhão e o Pará tem uma longa história de ligação que começou
desde a criação dos Estados do Grão-Pará e Maranhão. A parte cultural também há
uma reciprocidade entre os dois estados. Inclusive a origem do carimbó (dança
de negros) é do Maranhão que com o processo de aculturação tomou a forma
paraense. A lambada paraense da década de 1970 também influenciou o maranhão. A
parte da religião umbandista também há uma cumplicidade entre os dois estados.O
hino do Círio de Nazaré foi composto por um poeta maranhense chamado Euclides Farias.
Dialetos
O Pará tem pelo menos dois dialetos de destaque: o dialeto paraense
tradicional, usado na capital Belém, no
nordeste do Pará, Oeste do estado, e em boa parte do território estadual;
enquanto outro sotaque é utilizado na região sudeste do Pará (Região
de Carajás): dialeto derivado da misturas de nordestino, mineiro,
capixaba, goiano e gaúcho.
Dialeto
da Amazofonia - Dialeto
tradicional do Pará
Tem como característica mais distintiva o raro uso do pronome de
tratamento "você", sobretudo nas intimidades, substituindo
"você" por "tu": "tu fizeste", "tu és",
"tu chegaste", muitas vezes chegando a omitir o pronome
"tu", verbalizando expressões apenas como: "chegaste bem?",
"já almoçaste?". O "r" e o "s" são pronunciados
de maneira semelhante à do Rio de
Janeiro. Tal dialeto é considerado brando (à exceção da letra
"s") e possuidor de menos vícios de linguagens, comparado aos outros
do Brasil, e decorre da forte influência portuguesa na linguagem.
- Em uma
visita a Belém, o renomado professor de língua
portuguesa, Pasquale
Cipro Neto, afirmou que considera o dialeto de Belém
semelhante em muitos aspectos ao de Lisboa, Portugal.
Sujeito ativo x passivo: enquanto em outros estados, a população
utiliza verbos com sujeito ativo ou passivo e os considera quase com mesmo
sentido, as duas formas apresentam sentidos distintos no Pará. Exemplos:
- verbo
chamar: ele chama tem apenas o sentido de ele chamou o elevador
ou ele chamou uma criança (sujeito ativo). Caso refira-se ao seu
nome próprio, é ele se chama Alberto, a pergunta seria qual
é o nome dele?.
- verbo
formar: ele formou tem apenas o sentido de ele formou uma
quadrilha, ele formou uma empresa (sujeito ativo). Se não for
nesse sentido, a maneira utilizada é ele se formou em engenharia
ou a coligação se formou ano passado.
Existe concordância dos verbos com relação ao pronome de tratamento,
diferenciando-se situações informais das formais:
- eu te
avisei (informal) x eu lhe avisei (formal)
- Ramo ré (informal) x vamos ver (formal)
- vem
ver, é para ti (informal) x venha
ver, é para você (formal)
- compra
um açaí (informal) x compre um açaí (formal)
- atende
o telefone que é para ti (informal) x atenda o telefone que é para você
(formal)
Uso menos abusivo do Que: o paraense faz um pouco menos uso dos ques
que outros brasileiros, nunca coloca dois ques juntos. Exemplo:
- que
isso? ao invés de que que isso?
- quanto
isso custa? no lugar de quanto
que isso custa?
- qual é
o nome disso? ao invés de como que
isso chama? (sic)
- como
vai ser? substituindo como que vai ser?
No x para: nesse
sotaque, o para é mais utilizado quando o sentido é ao ou à:
- ele vai
"pro" cinema ao invés de ele vai
ao cinema
- eu vou
"pra" feira no lugar de eu vou à
feira
- ela foi
"pro" shopping em detrimento de ela
foi ao shopping
Semelhanças e diferenças:
- apesar de soar como sotaque carioca para muitos paulistas, é nitidamente distinguível o sotaque paraense do carioca, já que o paraense tem bem menos "gingado" e conjuga mais verbos como em Lisboa, como "foste", "chegaste" etc.
- apesar
de muitos brasileiros esperarem um sotaque nordestino quando se fala em
Pará, é ainda maior a diferença entre o sotaque do Pará e os da região
Nordeste.
Dialeto
do Arco do Desflorestamento - Região
de Carajás
Com marcante o uso do "s" como o de São Paulo, e outras
peculiaridades. Essa maneira de falar existe no Pará desde meados da década de
1970, quando houve uma maciça migração desordenada de nordestinos, goianos,
sudestinos e sulistas para a região, atraídos com a descoberta da maior reserva
mineralógica do planeta (Carajás) e pela oferta em abundância de terras
baratas. Também são
conhecidos como amazônicos da serra, pelo motivo dessa região estar
distante do vale amazônico, em altitudes mais elevadas, aproximando-se do
planalto central.
Mal-estar cultural: Essas diferenças culturais geraram mal estar entre os habitantes da
região colonizada e do resto do estado (entre os "tradicionais
paraenses" e os "novos paraenses"). Hoje em dia, a diferença
cultural é um dos motivos dessa região manifestar interesse de ser um estado autônomo.[22] A região também
registra o maior número de conflitos e mortes no campo, derivados de disputas
por terras em um sistema fundiário caótico da região.
EM ANANINDEUA VOTE MIRANDA 44141Porcentagem | |
---|---|
Nenhum comentário:
Postar um comentário