domingo, 18 de dezembro de 2011

QUEM ÉS TU?

Belém é a bela morena, portal da Amazônia, terra das mangueira, és tão faceira, que te confundes com Ananindeua, terra do shopping castanheira onde muitos já fizeram algum tipo de besteira, és faceira que deita sobre o rio a baia do guajará, quem te conhece sempre irá te amar,tens cheiro de patchouli, que se mistura com outros odores nem sempre agradaveis, mas não me canso de passear as margens da baía do guajará, sempre no céu ou no mar uma surpresa a olhar.
É a terra da chuva fina da tarde e das refinadas iguarias, como o dourado do tucupi e o manjar branco das frutas mais deliciosas sem igual: a graviola que nem sei se é nossa, não me importa o certo é que aqui se faz presente nessa terra de boa gente.

Belém dos sorvetes e danças exóticas, do povo amável, da copa das árvores deitadas sobre as largas avenidas, AV. Presidente Vargas entrando em Nazaré, quanto bonita tu és, o canto dos pássaros na velha samaumeira da generalíssimo, abrigo de muitos já foste, a velha acolheu mendigos e namorados que por ela se encantaram.

Belém das cores e sabores, dos encantos,dos amores e dos desabores daqueles que se foram.

Ai, os amores, Casais enamorados na saída do cinema apressados, beijam-se pelas calçadas, como a tentar espantar o vento úmido do final da tarde, aquecem o corpo e descompassam o coração.Casais recostados nos muros dos prédios antigos, abandonados por todos e amigos dos mendigo e passáros diversos, dizem muitos que são abrigos até de assombrações.

Belém da tarde quente, da sesta,das janelas escancaradas, da cobra grande, da doce FAFÁ. Tempos que não voltam mais, de minha juventude não tão distante.

Belém com suas luzes e agitações. Das cadeiras nas calçadas ou dos jantares românticos,embalados por uma boa conversa, meninos correndo ao entardecer nada disso mais se vê na AV. Duque de Caxias, que saudade tenho de tempos de outrora, naquele tempo não se passava em mente ter sogra,doce infância, inocencia que se foi em dias de hoje é motivo de espanto, criança inocente raro de se encontrar o que eles querem mesmo é gastar, se não tem tomam de quem tem , acreditem fazem até refém.

Belém da madrugada, das ruas desertas, dos segredos e festejos de periferia, do sexo equatorial, que só o cabloco amazonida sabe fazer e com muito prazer, do sono e da esperança de um novo amanhecer, sem temer de morrer.

Belém! Belém! onde se encontra muitos bens.

Principalmente os bens aventurados.

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