domingo, 22 de agosto de 2010

OLHA O PARÁ CRESCENDO GENTE!

Rússia? Nada! Se dependesse dos títulos que estão registrados em cartórios espalhados pelo interior do Brasil, seríamos o maior país do mundo em extensão territorial. É como uma cebola: você vai descascando, retirando os diversos títulos de propriedade podres que se sobrepõem e quando percebe, não sobrou nada lá dentro, só vento. Descobre-se que, na verdade, a terra era pública – minha, sua, nossa. Apesar da situação fazer chorar, o problema está menos para cebola e mais para abacaxi, difícil de descascar.

O Conselho Nacional de Justiça deu mais um passo importante ao determinar que fossem cancelados mais de 5,5 mil registros irregulares no Pará, muitos deles resultado de grilagem de terras públicas. Os títulos praticamente dobravam no papel o tamanho real do Estado, imaginem o Pará duas vezes maior do que já é, imagino o que não acontece em outros Estados.

A ação do CNJ atendeu a pedido da Comissão Permanente de Monitoramento, Estudo e Assessoramento das Questões Ligadas à Grilagem no Pará, composta pelo Tribunal de Justiça, Ministério Público, Instituto de Terras do Pará, Advocacia Geral da União, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Comissão Pastoral da Terra, Ordem dos Advogados do Brasil e Federação dos Trabalhadores na Agricultura. Os cartórios têm 30 dias para cancelar os registros e cabe recurso – básico. Mas os latifundiários terão que apresentar documentos – desta vez, de verdade – que provem a propriedade da terra. Vale lembrar que, desde 1988, imóveis com mais de 2500 hectares precisam de autorização do Senado para serem registrados (de 1964 a 1988, o limite era de 3 mil hectares e, de 1934 a 1964, 10 mil hectares). Acabou-se aquela aplicação de capitanias hereditárias ou sesmarias.

Além da suruba que é a situação fundiária no Pará, o Estado é conhecido pela violência contra os trabalhadores rurais, estou me referindo aquele colono humilde e verdadeiramente trabalhador, que nem estrada tem para escoar seus produtos, isolado mata adentro fazendo a cultura de subsistência, o qual foi empurrado para isso, sem falar no trabalho escravo e pelo desmatamento ilegal, feito por grileiro criminosos, que usam a figura do "gato" para fazerem o trabalho de mobilização, e muitas das vezes fugitivos de sua cidade de origem, normalmente do Sul e Suldeste. Não é todo mundo que vive à sombra da lei, é claro. Mas os que vivem já fazem um estrago gigante a exemplo do MST, o maior grupo criminoso no Brasil, aqueles assaltantes que fizeram mais de 30 reféns no Rio de Janeiro dentro de um hotel são fichinha diante do aparato bélico e financeiro do MST, que por trás deles existem dezenas de ONGs que sugam o dinheiro público, nosso dinheiro isso com a conivência do mandatário máximo do pais e do próprio Senado que não se posiciona diante de tão grave ameaça ao direito de propriedade previsto na própria Constituição brasileira, a qual é a Carta Magna e o direito já citado é matéria pétria. .

Qualquer passarinho que voa a Amazônia sabe, contudo, que por trás dos nomes que estão em cartórios, há aqueles que ganham dinheiro de verdade. Muitos deles antigos coronéis, novos coronéis, políticos, filhos e filhas de políticos, mulheres e maridos de políticos, irmãos de empresários, tios de empresários. Não poupam nem empregados e funcionários os quais são transformados em laranjas, são tão somente usados suas documentações para fazerem uma pseuda legalização em cartórios e diante do órgão oficial …

Seria mais fácil para descascar cebolas ou limpar abacaxis se soubéssemos quem está por trás dos laranjas. Mas isso ia pegar tanta gente, de diferentes credos e orientações políticas, que não é tão interessante descobrir. VIVA O BRASIL! NUNCA NA HISTÓRIA DESSE PAIS O BRASILEIRO FOI TÃO SURRUPIADO E SAQUEADO, ATÉ QUANDO? ALGUÉM ME RESPONDA?

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