sexta-feira, 6 de agosto de 2010

06 DE AGOSTO NÃO DEVEMOS ESQUECER

65 anos da bomba atômica em Hiroshima

Hiroshima após a explosão que liberou 15 mil toneladas de TNT

Na manhã do dia 6 de agosto de 1945, o mundo conheceu o poder de destruição das bombas atômicas. A cidade japonesa de Hiroshima foi alvo do primeiro ataque nuclear da história, proferido pelos Estados Unidos, matando milhares de pessoas instantaneamente e outras lentamente, em decorrência dos efeitos da radiação.

A Segunda Guerra Mundial estava em curso desde 1939. Na Europa, a Inglaterra e a União Soviética tentavam conter as forças nazi-fascistas, enquanto os Estados Unidos reuniu suas forças para combater o Japão imperialista. Os EUA buscavam revidar o ataque japonês à base de Pearl Harbor em 1941 e, após dar ao país um ultimato de rendição sem obter resposta, enviaram a Hiroshima a bomba “Little Boy”, transportada e lançada pelo bombardeiro B-29, apelidado Enola Gay e comandado pelo piloto Paul Tibbets.

Passados apenas 57 segundos do lançamento, a 600 metros do solo, a bomba explodiu liberando 15 quilotons de carga - o equivalente a 15 mil toneladas de TNT –, em uma onda de calor e choque que pulverizou instantaneamente 11 quilômetros quadrados a partir de seu epicentro. Além das 70 mil pessoas mortas no momento da explosão, o número de vítimas dobraria em questão de horas, devido aos graves ferimentos causados por queimaduras e soterramentos. Nos meses e anos que se seguiram, o Japão viu seus milhares de hibakusha – como foram chamados os sobreviventes da bomba atômica – morrerem em decorrência da radiação, com câncer e mutações.

Constatando seu país destruído, o imperador Hiroito assinou a rendição do Japão dia 14 de agosto, após a cidade de Nagasaki também sofrer um ataque. A saída do conflito trouxe o fim da Segunda Guerra, mas marcou para sempre a história mundial, colocando a dúvida sobre o uso deste novo artefato militar.

Após o desastre, Hiroshima construiu museus e memoriais para relembrar o acontecimento e honrar os 140.000 japoneses mortos no ataque. O local do epicentro da explosão recebe hoje o Parque Memorial da Paz, idealizado pelo renomado arquiteto japonês Kenzo Tange. Às margens do rio Motoyasu, onde foram criados os jardins, encontra-se a Cúpula Genbatsu, uma estrutura que resistiu às explosões, tornando-se um marco da cidade e dos sobreviventes. O complexo abriga ainda um museu, com objetos pessoais e ruínas, como um relógio com os ponteiros parados na hora da explosão, 8h15 da manhã. O parque tornou-se patrimônio mundial da Unesco em 1996 e todos os anos é sede de cerimônias para honrar as vítimas e os hibakusha - os sobreviventes que atualmente contabilizam 263.945 pessoas.

Acredito que os EUA, fez demonstração de força perante ao mundo, quando jogou as duas bombas sobre Hiroshima e Nagasaki, não havia mais motivo do uso de tamanha brutalidade uma vez que a guerra estava no seu final, as forças japonesas já estavam sem folego, para qualquer ataque, um dos indicios foram os KAMIKAZE, em que os pilotos japoneses arremessavam seus aviões contra os navios inimigos pois não tinham combustível o suficiente para chegar em uma base segura. Há um relato de um japonês que tentou colidir com um navio no seu avião mas foi abatido antes de chegar ao alvo, sobrevivendo logo após a queda no mar.Isto fez com que ele sentisse muita vergonha por não ter conseguido cumprir sua missão.

Existem versões diferentes para a verdadeira história da criação do tipo Kamikaze. Durante os combates aéreos da Guerra do Pacífico, muitos pilotos, sobrevoando diretamente os navios inimigos ou instalações em terra, se viram em situações de gravemente feridos ou o avião muito avariado. Em tais situações, muitos optaram enquanto era possível manobrar a aeronave, por um mergulho suicida contra o objetivo inimigo. Essas ocasiões não raras, ainda não eram consideradas verdadeiramente um ataque-suicida e sim uma maneira de atingir o objetivo uma vez que havia mínimas chances de sobrevivência, pois não havia equipamentos de salvamento, tais como, paraquedas.

O ataque Kamikase foi um assunto totalmente diverso, pois nesta operação, o piloto ou a tripulação inteira de um avião atacante, eliminava até a mais remota probabilidade de salvamento, uma vez empenhado no mergulho mortal contra o inimigo.

Portanto, nesse sentido os EUA, apenas quis se firmar como potência bélica e se fazer respeitar por outras Nações, devido o ataque japones à base de Pearl Harbor em 1941, o que foi uma grande perda para os nortes americanos, jamais esquecida.

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