Para a prática da atividade agropecuária, ocorrem frequentemente as queimadas, pois esse é um ato que gera poucos custos para o preparo inicial do solo. Outra forma de queimadas nesse bioma são os tocos de cigarros jogados na mata – temperaturas elevadas, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar contribuem para a propagação do fogo.
Porém, o fogo no cerrado pode iniciar-se por fatores naturais, isso ocorre através do acúmulo de biomassa seca, de palha, baixa umidade e alta temperatura, que acabam criando condições favoráveis para tal. Descargas elétricas, combustão espontânea e, até mesmo, o atrito entre rochas e o atrito do pelo de alguns animais com a mata seca podem acabar desencadeando a queimada.
O fogo originado por fatores naturais pode ser benéfico para o bioma, pois contribui para a germinação de sementes, que necessitam de um choque térmico para que seja efetuada a quebra de sua dormência vegetativa, principalmente as que são impermeáveis. A rápida elevação da temperatura causa fissuras na semente, favorecendo a penetração de água e iniciando o processo de germinação. As queimadas contribuem também para a ciclagem de nutrientes do solo.
Outro fator resultante dessa ocorrência são as formas retorcidas das árvores, fazendo com que suas gemas de rebrota ocorram lateralmente. As cascas espessas dos troncos funcionam como um mecanismo de defesa às queimadas.
O cerrado apresenta um rápido poder de recuperação, rebrota em um curto período e atrai diversos animais herbívoros em busca de forragem nova. Algumas espécies, como os anus, carcarás e seriemas, seguem as queimadas e alimentam-se de insetos e répteis atingidos pelo fogo.
No entanto, a intensificação das queimadas pelo homem, sem o manejo adequado, tem ocasionado a degradação do ambiente, esgotamento das terras, erosão, perda da biodiversidade do cerrado, entre outros fatores negativos.
Os incêndios florestais destroem milhões de acres de floresta por ano só nos EUA. E não é preciso muito para iniciá-lo, apenas uma fagulha, ou mesmo o calor do sol em condições específicas, pode deflagrar um incêndio de proporções catastróficas.
Os incêndios florestais diferem das queimadas, bem mais comuns aqui no Brasil, pela amplitude do estrago causado. Um incêndio florestal ocorre, como o próprio nome já diz, em florestas. Ou seja, locais onde a concentração de potenciais combustíveis é muito grande, o que contribui para a sua maior gravidade.
Por mais que incêndios deste tipo possam ter causas naturais, como já foi dito, a maioria dos que ocorre atualmente, acontece por causa da ação descuidada do homem. Pontas de cigarro atiradas em beiras de estrada, fogueiras mal apagadas, ou mesmo incêndios criminosos provocados intencionalmente, são cada vez mais comuns. Infelizmente.
Os incêndios florestais causam grandes impactos ambientais e mesmo sociais, pois colocam em perigo todos os que moram ao redor da área incendiada até mesmo, meses após o incêndio ter sido apagado. Foi o que ocorreu nos EUA em 1994, quando, dois meses após um incêndio ter devastado uma área de 2 mil acres de floresta na Montanha Storm King, Colorado, uma chuva forte causou um deslizamento de toneladas de lama e detritos em um trecho de cerca de 5 km de uma rodovia. A lama ainda arrastou consigo dois carros e deixou mais 30 encobertos.
Para que se inicie um incêndio de forma espontânea três componentes são necessários: calor, combustível e oxigênio. Estes três componentes geralmente são chamados de triângulo do fogo pelos envolvidos em combate a incêndios. Para que se combata o incêndio basta que se destrua um dos tripés deste triângulo.
Os incêndios florestais geralmente ocorrem em épocas de seca e calor quando a vegetação (combustível) encontra-se com pouca umidade. O calor do sol sobre a folhagem seca, ou sobre galhos e arbusto menores (quanto menor a área do combustível, mais fácil é a ocorrência da ignição espontânea, ou seja, vegetações arbustivas e com muita grama tendem a queimar mais rápido), provoca pequenas faíscas que acabam queimando a vegetação que já se encontra seca. Após iniciado o incêndio, a fumaça e os ventos quentes em torno dos locais em chamas contribuem para secar mais ainda o restante da vegetação que se encontra em volta, ajudando o incêndio a se espalhar.
Três fatores contribuem para a propagação do fogo: os ventos, os combustíveis e a topografia. Os ventos são o fator que mais interfere na velocidade de propagação e intensidade de um incêndio. Em uma região com ventos fortes o incêndio tende a se propagar mais rápido, a até 23km/h. E o calor produzido pelo fogo ainda produz rajadas que aumentam em até 10 vezes a velocidade dos ventos locais criando, em alguns casos, redemoinhos de vento que lançam para longe do incêndio principal, dezenas de labaredas e pedaços de galhos em chamas, formando novos focos de incêndio.
O combustível é tudo o que se encontrar pelo caminho do fogo, vegetação e até mesmo casas. Quanto mais seca se encontrar a vegetação, mais espaçada (quanto maior a densidade maior o acúmulo de umidade e menor a quantidade de oxigênio disponível), e maior a quantidade de arbustos e grama, ou árvores menos robustas, mais fácil é a propagação do fogo.
Já a topografia interfere no sentido de que o fogo tende a se propagar mais rapidamente na subida do que na descida. Isso ocorre porque geralmente, o sentido do vento em uma montanha ou colina é para cima, o que faz com as chamas e a fumaça fiquem neste sentido, secando a vegetação que está logo acima e fazendo-a queimar mais rápido. O bom disso, é que quando um incêndio atinge o topo de uma colina, ele geralmente se extingue, pois o combustível abaixo já foi todo queimado e ele não conseguirá se propagar em sentido contrário ao do vento. Mas o contrário pode ocorrer. Se o vento estiver em sentido de descida, o fogo pode se propagar para baixo. Mas isso é bem mais raro.
Fogo constante, apaga-se o fogo na superfície, no entanto no sub-solo continua o fogo invisivel, sendo observado apenas por emissão de fumaça aparecendo o fogo de incêndio a uma considerada distância do local onde foi apagado.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
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