terça-feira, 9 de julho de 2013

O que é HPV?

vírus do papiloma humano (VPH ou HPV, do inglês human papiloma virus) é um vírus que infecta os queratinócitos da pele ou mucosas, e possui mais de 200 variações diferentes. A maioria dos subtipos está associada a lesões benignas, tais como verrugas, mas certos tipos são frequentemente encontrados em determinadas neoplasias como o cancro do colo do útero, do qual se estima que sejam responsáveis por mais de 90% de todos os casos verificados.


A cada ano, 270 mil mulheres no mundo morrem por conta de câncer no colo do útero. No Brasil, 5.160 mulheres morreram em 2011 em decorrência da doença. Dessas 254 eram do Pará. O Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 17.540 novos casos no país este ano.

O câncer é a terceira causa de morte no Pará, atrás apenas das doenças cardiovasculares. O câncer no colo do útero é o mais incidente entre as mulheres no Estado, com a estimativa de 810 casos, sendo 21 a cada 100 mil mulheres. Só em Belém, serão, até este ano, 250 casos, sendo 34 a cada 100 mil mulheres. Os dados foram publicados pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) em novembro de 2011, por ocasião das estimativas para 2012 e 2013.

Para reduzir essas estatísticas o Ministério da Saúde vai imunizar meninas entre 11 e 12 anos em todo o país contra o papilomavírus (HPV), com vacina usada na prevenção de câncer de colo do útero. No total 168.635 meninas nessa faixa etária serão beneficiadas gratuitamente no Pará a partir do próximo ano. A meta é atingir 80% do público-alvo, estimado em 3,3 milhões no Brasil. Serão investidos R$ 360,7 milhões na aquisição de 12 milhões de doses.

Luiz Levy, médico da Casa Saúde da Mulher vinculada à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e membro da Sociedade Brasileira de Patologia Cervical, diz que a decisão do Ministério da Saúde é acima de tudo uma vitória da classe médica que sempre lutou para que a vacina contra o HPV fosse incluída no calendário de vacinação. “O ideal é que todos os homens e mulheres a partir dessa faixa etária fossem imunizados, mas o Ministério decidiu nessa primeira etapa privilegiar as meninas entre 11 e 12 anos, quando há maior produção de anticorpos, dando mais eficácia à vacina".  Conclui.

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