Insegurança sitia o Icuí
Edição de 04/07/2013
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Assaltos recorrentes e a presença ostensiva do tráfico de drogas transformam a rotina dos moradores do conjunto Uirapuru, que cobram providências
Moradores do conjunto Uirapuru, no Icuí-Guajará, estão preocupados com a insegurança. Assaltos e tráfico de drogas ocorrem em plena luz do dia, em pontos comerciais movimentados e perto das áreas residenciais, em meio a crianças que brincam pelas ruas.
"A nossa segurança aqui é péssima. A gente vê esses rapazes roubando, não podemos fazer nada e muitos nem falam, porque têm medo", reclama Rosinete de Souza, 32 anos, que mora no bairro da Terra Firme e trabalha em um ponto comercial no conjunto.
"Estou aqui há um mês, mas já ouvi muita coisa. Outro dia, um vizinho contou que uma padaria da outra quadra foi assaltada três vezes. Tem também uma mulher que inaugurou uma loja de roupas um dia e, no outro, teve toda a mercadoria roubada. Foi um prejuízo de uns 35 mil reais que ela teve", relata Rosinete.
O proprietário de uma padaria na rua Santa Fé, que também mora no conjunto Uirapuru, destaca que a proteção se limita às grades. "Quando eu comecei a tomar conta dessa padaria, já estava tudo gradeado, porque o antigo dono tinha sido assaltado quatro vezes. Agora temos que conviver com essa situação. Nós ficamos presos enquanto eles estão soltos", lamenta.
O chefe de operações da Seccional da Cidade Nova, Carlos Moreira, garante que o policiamento da área tem sido feito, mas outros impasses dificultam a ação dos militares, como o efetivo reduzido e o silêncio da população. "Nós estamos com policiais atuando direto no Icuí, mas muitas vezes os moradores não colaboram. A lei do silêncio é muito forte. Quando vamos até esses locais para apurar um crime ou prender alguém, por exemplo, as pessoas dizem que não sabem de nada", explica.
Para o chefe de operações, a participação da comunidade em sintonia com a polícia é fundamental para qualquer investigação. "A população pode nos ajudar ligando para o Disque Denúncia, 181, sem precisar se identificar. Além disso, estamos fazendo o policiamento nas áreas de maior risco dentro de todas as nossas possibilidades. Já conseguimos prender traficantes e outros criminosos, combatendo assaltos e protegendo a população", afirma Carlos Moreira.
Crédito Amazônia jornal
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