domingo, 4 de julho de 2010

VIRA PORCO E MARIA PEIXE FRITO

VIRA PORCO" MORRE PERFURADO:-Dezenas de populares amontoados, a fim de observar pela fresta de uma porta de madeira, na entrada de uma pequena vila, localizada na rua 2 de junho, bairro das Águas Brancas, em Ananindeua. E o que inquietava os curiosos era o fato de Nizael Ferreira de Souza, de 26 anos, vulgo “Vira Porco”, encontrar-se morto, logo no início da manhã de ontem.

O corpo de “Vira Porco” encontrava-se repleto de perfurações, que um policial militar especula serem provenientes de vergalhões de ferro. Pela forma como rastros de sangue estavam espalhados pelo local, a polícia também acredita que os assassinos de “Vira Porco” desferiram golpes nele também dentro da pequena vila. De acordo com a esposa de Nizael, Kelly Silene Correa de Melo, 26, ele foi abordado por dois homens, na rua 2 de junho, bem próximo do local onde foi encontrado morto. Segundo ela, depois de ser bastante ferido com as perfurações, seu marido tentou fugir dos agressores e entrou na pequena vila. Kelly afirmou que, atualmente, Nizael trabalhava como marceneiro, mas que já havia sido preso por assalto e ficou preso por sete meses na Penitenciária de Americano, em Santa Isabel do Pará. Ela informou ainda que seu marido estava em liberdade há cerca de oito meses.

Kelly revelou que soube através de suas amigas que Nizael passou a madrugada bebendo em duas casas de shows de Ananindeua, “Centro Mix” e “Raízes”. “As minhas amigas me disseram que encontraram com ele, e que comentou com elas que tinha bebido muito e já iria voltar para casa”, relatou. Nizael, o “Vira Porco”, deixou um filho de 4 anos.-


Este não é o fato que realmente quero relatar, vira porco do qual quero me reportar são provenientes de minha infância na Duque de Caxias bairro da pedreira, Dona LUCINDA apesar do nome não pertence a minha parentela, trata-se apenas de uma meiga senhora fala rouca possivelmente de tanto mascar tabaco, hábito comum de muitas pessoas antigas principalmente oriundas do interior, não sei precisar quem chegou primeiro na Duque de Caxias dona LUCINDA ou se eu nasci antes de sua chegada o certo é que: Muitos diziam que dona LUCINDA virava porco, e muitos dos guris e até mesmo adultos tinham medo e se escondiam quando viam dona LUCINDA se aproximar, mulher de passos lentos caminhava longa distâncias diáriamente, todos os dias ia ao Cemitério Santa Izabel, as más linguas diziam que era pra pagar promessa e se livrar da maldição de VIRAR PORCO.

O certo é que todas as tarde por volta das 17h00, ela se dirigia a um terreno baldio na esquina da VILÉTA, não sem antes passar e dá uma paradinha para conversar com minha mãe e saber como estava o nenê (eu sou o nenê) como em família sou tratado carinhosamente mas isso é uma outra história.

Ela gostava de crianças mais muitos tinham medo dela e ela não gostava muito do ZÉ MARIA meu primo e irmão de coração, devido chama-la as escondida de: "fala vira porco" dizem que foi ele quem espalhou na redondesa que dona LUCINDA virava porco ele até hoje nega, só sabe que várias vezes ele viu ela entrar no terreno baldio e de lar não ver ela sair quem saia era um porco e assim dona LUCINDA era conhecida.

Todas as tardes ela já práticava o comportamento de preservação do meio ambiente, termo então desconhecido naquele momento, ela recolhia pequenos monturos de lixo ou mesmo papel e outros na via e jogava no terreno e logo em seguida ateava fogo, a arrecadação de lixo era inexistente pelo menos na Duque de Caxias, a qual nem asfaltada era considerada longe do centro e até igarapés tinha a exemplo do hoje canal da Visconde de água limpidas e bom de banho.

Em conversa com dona LUCINDA, vim a saber o que só minha mãe sabia, a visita diária no cemitério de Santa Izabel era em visita do tumulo de sua genitora que havia falecido quando ela ainda era adolescente, e que possuia um único filho que era médico e tinha vergonha dela devido ter sido "mãe solteira",quanto ao comportamento e a visita ao terreno baldio era para jogar e atear fogo no lixo devido ela preservar um pé de abolbora (JIRIMUM) que ela cuidava e de lá só saia a noite para que ninguém observasse que de lá saia com o legume que ela tanto gostava.

Já Maria Peixe frito, era uma gorda senhora que no fim da linha do ônibus viléta localizado bem enfrente da casa de meu pai na Duque de Caxias, vendia comida e morava em um barraco bem na esquina da viléta no lado oposto do terreno baldio onde aquela sofrida senhora conservava seu pé de abolbora.

Normalmente pela parte da tarde MARIA PEIXE FRITO gritava ZÉ MARIAAAAA vem cá, todos saiam correndo pra ver quem chegava primeiro dona Maria peixe frito dava o peixe frito que não havia vendido, na condição de quando começase a novela fosse avisada, a residência de meu pai era a única liberada para sessão popular na TV assim que era conhecida, fosse sessão telequete, filme de bang bang ou novela com público próprio e cativo raro os dias que não faltava energia elétrica. É assim que me lembro de dona LUCINDA e MARIA PEIXE FRITO.

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