quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ALMIR, TODOS TEMOS ALGO A DIZER


O médico “escolhido” para a política


Almir José de Oliveira Gabriel nasceu em Belém em 18 de agosto de 1932. O interesse pela política começou quando ele ainda era estudante de medicina. Participou ativamente do movimento estudantil. Foi presidente de Diretório Acadêmico e um dos militantes em defesa da criação da Universidade Federal do Pará. Depois de uma passagem pelo Amazonas e da especialização em cardiologia feita em São Paulo, ajudou a implantar, no Pará, os primeiros centros de terapia intensiva. Foi diretor do hospital João de Barros Barreto. 

O bom trabalho o levou a Brasília onde dirigiu a Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária. Lá se tornou defensor da vacina BCG e do tratamento encurtado da tuberculose, reduzindo-o de até 24 meses para apenas seis. Em Belém, assumiu a Secretaria Estadual de Saúde Pública ainda no governo de Alacid Nunes. Foi mantido no cargo pelo governador seguinte: Jader Barbalho, que logo depois o nomeou prefeito de Belém. Na época, os prefeitos da capital eram escolhidos pelo chefe do Executivo estadual.
Em 1986, ainda pelo PMDB, foi eleito senador Constituinte e, como tal, se tornou o relator do capítulo da Ordem Social, um dos mais importantes da Constituição de 1988. No Senado, estreitou os laços de amizade com o também senador Mário Covas, um dos líderes do grupo que estava formando um novo partido: o PSDB. 
Almir deixou o PMDB e foi convidado a disputar a vice-presidência da República na chapa de Covas que ficou em quarto lugar na disputa vencida por Fernando Collor de Melo. Em 1990 concorreu ao governo, mas foi derrotado pelo ex-alido Jader Barbalho. Em 1994 voltou a concorrer e chegou ao Palácio dos Despachos. Entre as obras importantes do governo estão revitalização da área conhecida hoje como Feliz Lusitânia, onde ficam o Forte do Castelo e a Igreja de Santo Alexandre, a Estação da Docas e a Alça Viária.
Almir estava separado da primeira mulher, Socorro Gabriel. Deixou quatro quaro filhos Almir José, Haifa, Marcelo e Samia.

Mesmo aposentado, continuava um líder

Em agosto do ano passado, o ex-governador Almir Gabriel concedeu sua última entrevista. Recebeu a reportagem do DIÁRIO em sua casa, em um condomínio fechado. Reclamou do gravador, exibiu as novas orquídeas - presente pelo aniversário de 80 anos no dia 18 - e declarou que enfim penduraria as chuteiras. “Me deixem sossegar. São 80 anos”. 
Ele havia passado o aniversário no hospital. Ficara abatido ao saber da morte de um sobrinho. “Fiquei chateadíssimo. Não é justo. Ele era 20 anos mais jovem que eu”. E reclamou da idade. “Eu diria que não há nada de bom em fazer 80 anos. Preferia ter menos idade”. Mas disse que os anos traziam de bom “a experiência, a capacidade de observação”.

Apesar dos muitos anos na política, Almir Gabriel não era exatamente um exemplo de diplomacia. Falava o que pensava e sentia. Não conseguia esconder quando ficava irritado. Diante de uma pergunta incômoda, se agitava na cadeira, empurrava o gravador, como querendo se livrar da questão. “Sempre fica uma mágoa”, disse naquela tarde, ao fazer um balanço sobre a vida. “Quem disser que nunca se arrepende está mentindo e quem disser que, no exercício do poder, fez tudo o que queria ou está mentindo ou tem a cabeça pequena demais para os sonhos”. 

Almir estava sem mandato há seis anos, mas a longa trajetória na política e os dois bem avaliados mandatos como governador fizeram dele uma liderança sempre consultada sobre alianças e projetos para o Estado. Nos últimos meses, estava atormentado por ações do Ministério Público que pediam esclarecimentos sobre a construção da Estação das Docas e começou a estudar casos de desobediência civil, o que acabou se tornando um de seus assuntos prediletos. 

No ano passado, pouco antes da eleição à Prefeitura de Belém, lançou mão dos estudos diante de um oficial de justiça que tentou intimá-lo para depor em uma ação por propaganda fora do prazo. Almir aparecera ao lado de Duciomar Costa em programa de TV e no site institucional do município, quando ainda era apontado como potencial candidato à prefeitura de Belém. “Mandei que ele levasse (a intimação) ao partido. Nem candidato eu sou”.

Sem nunca abandonar o cigarro, apesar do agravamento dos problemas pulmonares, podia discursar por horas a fio. Na entrevista, ao lado da segunda mulher Raquel Gribel, garantiu que não se sentia sozinho, mesmo com a entourage diminuta dos últimos meses. “Está acontecendo comigo o que é normal acontecer. Perde-se poder, progressivamente vai se perdendo força. A gente vê dezenas e dezenas de casos”. Confrontado com as muitas idas e vindas políticas, se defendeu: “Político que não tem contradição não é político. Todos nós temos direito. Agora, não pode é ter mais contradição do que coerência”.

Vinte anos depois, o reencontro

Em uma trajetória de mais de 50 anos de política, foram muitos os encontros e desencontros políticos na vida de Almir Gabriel. O primeiro deles foi com o hoje senador Jader Barbalho, presidente do PMDB, partido onde Almir nasceu para a política. A parceria formal começou ainda no primeiro governo de Jader. Em 1983, Almir era secretário do governador que deixava o cago: Alacid Nunes e foi reaproveitado na nova equipe do jovem governo. 
O bom desempenho levou Jader a nomeá-lo prefeito da capital em 1984. Almir fez uma gestão bem avaliada e na eleição seguinte foi candidato ao Senado. 

Com a criação do PSDB, começou o afastamento de Jader com quem concorreu ao governo em 1990. Foi derrotado e voltou a disputar o cargo em 1994, vencendo o ex-ministro Jarbas Passarinho. Na década de 90, afastamento entre as duas lideranças paraenses era cada vez mais visível. 

O reencontro só se deu em 2010. Almir procurou o então presidente da Assembleia Legislativa Domingos Juvenil para propor uma “terceira via” na disputa ao governo do Pará. O objetivo era ter alternativa à polarização entre o PSDB de Jatene e o PT de Ana Júlia.

A paz foi selada em um café da manhã no apartamento em que Almir morava. Os dois ex-governadores se encontraram na portaria. Almir desceu minutos antes de Jader chegar. Esperou no hall do prédio, vestindo camiseta regata, calça de pijama e sandálias crocs. 

A conversa foi amena. Falaram dos filhos, da vida pessoal e pediram que a reportagem se retirasse para então acertar os detalhes da campanha, onde Almir mergulharia de cabeça. “Tenho a consciência de que todos têm direito de seguir seus próprios caminhos. Nunca transformei adversários em inimigos. A política é a arte do encontro, dos desencontros, da enchente e da vazante”, disse ontem o senador Jader Barbalho. “Há que se reconhecer a contribuição dele como administrador. Foi um homem público que deu sua contribuição para o Estado”, concluiu.

VISITA AMÁVEL

Quando Almir Governador na década de 90 e esse blogueiro diretor financeiro da ASSUBSAR/PMBM, e constantemente procurado por associados que encontravam-se em situação financeira precária, mesmo a Entidade não prevendo em seu Estatuto o empréstimo financeiro, fazíamos a revelia, e isso causava embaraço administrativo, explico: a) Sobrava pouco dinheiro para realizações de obras em virtude de tais empréstimos; b)   Era como "tapar um buraco e destapar outro".

Pois bem!  diante da dificuldade financeira e outros problemas administrativos e questões da caserna como por exemplo: 32 alunos ao CFSDPM (Curso de formação de soldados PM), que já haviam concluído o curso básico de soldado e passaram 6 meses sem receber um único centavo e a questão estava sub-judicie, foi que: a) A diretoria aprovou a idéia de  convidarmos o Mandatário e Comandante para uma visita na sede campestre em que apresentaríamos propostas de parceria com o governo do estado para a construção de um ginásio coberto na sede na Rod. Mário Covas e ao mesmo tempo interceder em favor dos novos soldados sem vencimentos.

Convite aceito pelo Governador ALMIR, quando apresentamos o projeto do ginásio orçado em R$ 400 mil ele disse: " Mais é um belo ginásio e muito caro, me faça um outro projeto viável" gargalhada geral dos quase 500 sócios presentes, eu prontamente estava com um pela metade do valor e bem menos sofisticado ele fez um belo discurso por mais de 1h00 elogiando todos da diretoria e a coragem da profissão do ser PM e por fim  falou " gostaria muito de atender o pedido mais o Estado tem outras prioridade quem sabe em uma outra ocasião e além do mais não sou PAPAI NOEL ele é PAPAI NOEL e me deu um forte abraço e falou em meu ouvido faça outro pedido eu não perdi a oportunidade apresentei os nomes dos 32 novos soldados e disse autorize o enganjamento desse homens nas fileiras eles também são bravos e desfilaram em sua honra no CEFAP e estão sem vencimento ele prontamente disse leia o Diário Oficial na próxima semana e o Boletim da tropa.

E na semana seguinte foi publicada a inclusão dos policias militares,e mais receberam todos os meses em atrasos, os advogados festejaram e receberam seus honorários de cada policial, que nem sei se souberam que foi um ato do Governador e não da Justiça, talvez hoje sejam Sargentos ou oficiais e nem sabem o que realmente motivou a decisão do GRANDE MANDATÁRIO QUE FOI ALMIR GABRIEL. Descanse em PAZ.                  




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