quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

EXERCITANDO

1ª) A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo período de quinze anos (1930-1945). Foram anos de grandes e importantes mudanças para o país e para o mundo.
Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era Vargas".
Entretanto, Vargas não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um fervoroso nacionalista, um progressista ativo e o "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem como ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites.
Considerando as colocações acima, responda à questão seguinte, assinalando a alternativa correta:
Provavelmente você percebeu que as duas opiniões sobre Vargas são opostas, defendendo valores praticamente antagônicos. As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas, conforme uma das opções abaixo. Assinale-a.
(A) Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de idéias coerentes e de uma política contínua.
(B) O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras forçado pelas circunstâncias.
(C) Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - um verdadeiro marionete nas mãos das elites da época.
(D) O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado. Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.
(E) Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas.

RESPOSTA: E



2ª) Em dezembro de 1998, um dos assuntos mais veiculados nos jornais era o que tratava da moeda única européia. Leia a notícia destacada abaixo.
O nascimento do Euro, a moeda única a ser adotada por onze países europeus a partir de 1º de janeiro, é possivelmente a mais importante realização deste continente nos últimos dez anos que assistiu à derrubada do Muro de Berlim, à reunificação das Alemanhas, à libertação dos países da Cortina de Ferro e ao fim da União Soviética. Enquanto todos esses eventos têm a ver com a desmontagem de estruturas do passado, o Euro é uma ousada aposta no futuro e uma prova da vitalidade da sociedade Européia. A “Euroland”, região abrangida por Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal, tem um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a quase 80% do americano, 289 milhões de consumidores e responde por cerca de 20% do comércio internacional. Com este cacife, o Euro vai disputar com o dólar a condição de moeda hegemônica.
(Gazeta Mercantil, 30/12/1998)
A matéria refere-se à “desmontagem das estruturas do passado” que pode ser entendida como
(A) o fim da Guerra Fria, período de inquietação mundial que dividiu o mundo em dois blocos ideológicos opostos.
(B) a inserção de alguns países do Leste Europeu em organismos supranacionais, com o intuito de exercer o controle ideológico no mundo.
(C) a crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia levando à polarização ideológica da antiga URSS.
(D) a confrontação dos modelos socialista e capitalista para deter o processo de unificação das duas Alemanhas.
(E) a prosperidade das economias capitalista e socialista, com o conseqüente fim da Guerra Fria entre EUA e a URSS.

RESPOSTA: A


3ª) “Somos servos da lei para podermos ser livres.”
Cícero
“O que apraz ao príncipe tem força de lei.”
Ulpiano

As frases acima são de dois cidadãos da Roma Clássica que viveram praticamente no mesmo século, quando ocorreu a transição da República (Cícero) para o Império (Ulpiano).
Tendo como base as sentenças acima, considere as afirmações:

I A diferença nos significados da lei é apenas aparente, uma vez que os romanos não levavam em consideração as normas jurídicas.
II Tanto na República como no Império, a lei era o resultado de discussões entre os representantes escolhidos pelo povo romano.
III A lei republicana definia que os direitos de um cidadão acabavam quando começavam os direitos de outro cidadão.
IV Existia, na época imperial, um poder acima da legislação romana.

Estão corretas, apenas:
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.

RESPOSTA: E

4ª) 1 - “”(...) O recurso ao terror por parte de quem já detém o poder dentro do Estado não pode ser arrolado entre as formas de terrorismo político, porque este se qualifica, ao contrário, como o instrumento ao qual recorrem determinados grupos para derrubar um governo acusado de manter-se por meio do terror””.
2 - Em outros casos “ “os terroristas combatem contra um Estado de que não fazem parte e não contra um governo (o que faz com que sua ação seja conotada como uma forma de guerra), mesmo quando por sua vez não representam um outro
Estado. Sua ação aparece então como irregular, no sentido de que não podem organizar um exército e não conhecem limites territoriais, já que não provêm de um Estado”. ”
Dicionário de Política (org.) BOBBIO, N., MATTEUCCI, N. e PASQUINO, G., Brasília: Edunb,1986.
De acordo com as duas afirmações, é possível comparar e distinguir os seguintes eventos históricos:
I. Os movimentos guerrilheiros e de libertação nacional realizados em alguns países da África e do sudeste asiático entre as décadas de 1950 e 70 são exemplos do primeiro caso.
II. Os ataques ocorridos na década de 1990, como às embaixadas de Israel, em Buenos Aires, dos EUA, no Quênia e Tanzânia, e ao World Trade Center em 2001, são exemplos do segundo caso.
III. Os movimentos de libertação nacional dos anos 50 a 70 na África e sudeste asiático, e o terrorismo dos anos 90 e 2001 foram ações contra um inimigo invasor e opressor, e são exemplos do primeiro caso.

É correto o que se afirma apenas em
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.

RESPOSTA: C


5ª) Observe as duas afirmações de Montesquieu (1689-1755), a respeito da escravidão:
A escravidão não é boa por natureza; não é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus hábitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel.
Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da América, tiveram que escravizar os da África para utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria muito caro se não fizéssemos que escravos cultivassem a planta que o produz.
(Montesquieu. O espírito das leis.)

Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu,
(A) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa.
(B) a política econômica e a moral justificaram a escravidão.
(C) a escravidão era indefensável de um ponto de vista econômico.
(D) o convívio com os europeus foi benéfico para os escravos africanos.
(E) o fundamento moral do direito pode submeter-se às razões econômicas.

RESPOSTA: E

6ª) A seguir são apresentadas declarações de duas personalidades da História do Brasil a respeito da localização da capital do país, respectivamente um século e uma década antes da proposta de construção de Brasília como novo Distrito Federal.
Declaração I: José Bonifácio
Com a mudança da capital para o interior, fica a Corte livre de qualquer assalto de surpresa externa, e se chama para as províncias centrais o excesso de população vadia das cidades marítimas. Desta Corte central dever-se-ão logo abrir estradas para as diversas províncias e portos de mar.
(Carlos de Meira Matos. Geopolítica e modernidade: geopolítica brasileira.)

Declaração II: Eurico Gaspar Dutra
Na América do Sul, o Brasil possui uma grande área que se pode chamar também de Terra Central. Do ponto de vista da geopolítica sul-americana, sob a qual devemos encarar a segurança do Estado brasileiro, o que precisamos fazer quanto antes é realizar a ocupação da nossa Terra Central, mediante a interiorização da Capital.
(Adaptado de José W. Vesentini. A Capital da geopolítica.)

Considerando o contexto histórico que envolve as duas declarações e comparando as idéias nelas contidas, podemos dizer que
(A) ambas limitam as vantagens estratégicas da definição de uma nova capital a questões econômicas.
(B) apenas a segunda considera a mudança da capital importante do ponto de vista da estratégia militar.
(C) ambas consideram militar e economicamente importante a localização da capital no interior do país.
(D) apenas a segunda considera a mudança da capital uma estratégia importante para a economia do país.
(E) nenhuma delas acredita na possibilidade real de desenvolver a região central do país a partir da mudança da capital.

RESPOSTA: C

7ª) No dia 7 de outubro de 2001, Estados Unidos e Grã-Bretanha declararam guerra ao regime Talibã, no Afeganistão.

Leia trechos das declarações do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama Bin Laden, líder muçulmano, nessa ocasião:
George Bush:
Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos à batalha em território estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrifício das próprias vidas. A partir de 11 de setembro, uma geração inteira de jovens americanos teve uma nova percepção do valor da liberdade, do seu preço, do seu dever e do seu sacrifício. Que Deus continue a abençoar os Estados Unidos.
Osama Bin Laden:
Deus abençoou um grupo de vanguarda de muçulmanos, a linha de frente do Islã, para destruir os Estados Unidos. Um milhão de crianças foram mortas no Iraque, e para eles isso não é uma questão clara. Mas quando pouco mais de dez foram mortos em Nairóbi e Dar-es-Salaam, o Afeganistão e o Iraque foram bombardeados e a hipocrisia ficou atrás da cabeça dos infiéis internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fiéis e o campo dos infiéis. Que Deus nos proteja deles.
(Adaptados de O Estado de S. Paulo, 8/10/2001)
Pode-se afirmar que:
(A) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de George W. Bush.
(B) a justificativa das ações militares encontra sentido apenas nos argumentos de Osama Bin Laden.
(C) ambos apóiam-se num discurso de fundo religioso para justificar o sacrifício e reivindicar a justiça.
(D) ambos tentam associar a noção de justiça a valores de ordem política, dissociando-a de princípios religiosos.
(E) ambos tentam separar a noção de justiça das justificativas de ordem religiosa, fundamentando-a numa estratégia militar.

RESPOSTA: C

8ª) O texto abaixo é um trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da declaração de guerra ao regime Talibã:

Essa atrocidade [o atentado de 11 de setembro, em Nova York] foi um ataque contra todos nós, contra pessoas de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos meios de vida. As empresas aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas e a confiança econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.
(O Estado de S. Paulo, 8/10/2001)
Nesta declaração, destacaram-se principalmente os interesses de ordem
(A) moral.
(B) militar.
(C) jurídica.
(D) religiosa.
(E) econômica.

RESPOSTA: E

9ª) Constituição de 1824:
“Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador (…) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado.”
Frei Caneca:
“O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.”
(Voto sobre o juramento do projeto de Constituição)
Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824 era:
(A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador.
(B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo.
(C) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade.
(D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação.
(E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política.

RESPOSTA: C

10ª) A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes:
I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio.
Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social.
II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas etnias.

Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões:
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil,adoçando-o.
(Gilberto Freire. O mundo que o português criou.)
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das “raças” em condições de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da “população de cor” que
conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva.
(Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.)
Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar:
(A) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes.
(B) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II.
(C) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II.
(D) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes.
(E) somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes.

RESPOSTA: C

11ª) Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra “restaurante”. Desde o final da Idade Média, a palavra restaurant designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido atual.
A mudança do significado da palavra restaurante ilustra
(A) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza.
(B) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza.
(C) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia.
(D) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à Idade Média.
(E) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária.

RESPOSTA: B

12ª) Segundo a explicação mais difundida sobre o povoamento da América, grupos asiáticos teriam chegado a esse continente pelo Estreito de Bering, há 18 mil anos. A partir dessa região, localizada no extremo noroeste do continente americano, esses grupos e seus descendentes teriam migrado, pouco a pouco, para outras áreas, chegando até a porção sul do continente. Entretanto, por meio de estudos arqueológicos realizados no Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí), foram descobertos vestígios da presença humana que teriam até 50 mil anos de idade.
Validadas, as provas materiais encontradas pelos arqueólogos no Piauí:
(A) comprovam que grupos de origem africana cruzaram o oceano Atlântico até o Piauí há 18 mil anos.
(B) confirmam que o homem surgiu primeiramente na América do Norte e, depois, povoou os outros continentes.
(C) contestam a teoria de que o homem americano surgiu primeiro na América do Sul e, depois, cruzou o Estreito de Bering.
(D) confirmam que grupos de origem asiática cruzaram o Estreito de Bering há 18 mil anos.
(E) contestam a teoria de que o povoamento da América teria iniciado há 18 mil anos.

RESPOSTA: E

13ª) Os cruzados avançavam em silêncio, encontrando por todas as partes ossadas humanas, trapos e bandeiras.No meio desse quadro sinistro, não puderam ver, sem estremecer de dor, o acampamento onde Gauthier havia deixado as mulheres e crianças. Lá, os cristãos tinham sido surpreendidos pelos muçulmanos, mesmo no momento em que os sacerdotes celebravam o sacrifício da Missa. As mulheres, as crianças, os velhos, todos os que a fraqueza ou a doença conservava sob as tendas, perseguidos até os altares, tinham sido levados para a escravidão ou imolados por um inimigo cruel. A multidão dos cristãos, massacrada naquele lugar, tinha ficado sem sepultura.
J. F. Michaud. História das cruzadas. São Paulo:
Editora das Américas, 1956 (com adaptações).
Foi, de fato, na sexta-feira 22 do tempo de Chaaban, do ano de 492 da Hégira, que os franj* se apossaram da Cidade Santa, após um sítio de 40 dias. Os exilados ainda tremem cada vez que falam nisso, seu olhar se esfria como se eles ainda tivessem diante dos olhos aqueles guerreiros louros, protegidos de armaduras, que espelham pelas ruas o sabre cortante, desembainhado, degolando homens, mulheres e crianças, pilhando as casas, saqueando as mesquitas.

*franj = cruzados.
Amin Maalouf. As Cruzadas vistas pelos árabes.
2.ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1989 (com adaptações).
Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos acima, que tratam das Cruzadas.
I Os textos referem-se ao mesmo assunto — as Cruzadas, ocorridas no período medieval —, mas apresentam visões distintas sobre a realidade dos
conflitos religiosos desse período histórico.
II Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre cristãos e muçulmanos durante a Idade Média e revelam como a violência contra mulheres e crianças era prática comum entre adversários.
III Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas medievais e revelam como as disputas dessa época,apesar de ter havido alguns confrontos militares, foram resolvidas com base na idéia do respeito e da tolerância cultural e religiosa.
É correto apenas o que se afirma em:
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

RESPOSTA: D

14ª) A moderna democracia brasileira foi construída entre saltos e sobressaltos. Em 1954, a crise culminou no suicídio do presidente Vargas. No ano seguinte, outra crise quase impediu a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek. Em 1961, o Brasil quase chegou à guerra civil depois da inesperada renúncia do presidente Jânio Quadros. Três anos mais tarde, um golpe militar depôs o presidente João Goulart, e o país viveu durante vinte anos em regime autoritário.

A partir dessas informações, relativas à história republicana brasileira, assinale a opção correta.
(A) Ao término do governo João Goulart, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da República.
(B) A renúncia de Jânio Quadros representou a primeira grande crise do regime republicano brasileiro.
(C) Após duas décadas de governos militares, Getúlio Vargas foi eleito presidente em eleições diretas.
(D) A trágica morte de Vargas determinou o fim da carreira política de João Goulart.
(E) No período republicano citado, sucessivamente, um presidente morreu, um teve sua posse contestada, um renunciou e outro foi deposto.

RESPOSTA: E

15ª) A Idade Média é um extenso período da História do Ocidente cuja memória é construída e reconstruída segundo as circunstâncias das épocas posteriores. Assim,
desde o Renascimento, esse período vem sendo alvo de diversas interpretações que dizem mais sobre o contexto histórico em que são produzidas do que propriamente sobre o Medievo.
Um exemplo acerca do que está exposto no texto acima é:
(A) a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro Império Romano Germânico.
(B) o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos do Concílio Vaticano II.
(C) a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por valores dos primeiros cristãos.
(D) o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que se justificava na amplitude de poderes que tivera Carlos Magno.
(E) a tradição heróica da cavalaria medieval, que foi afetada negativamente pelas produções cinematográficas de Hollywood.

RESPOSTA: A

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AMAZONAS E SEUS AFLUENTES

Principais afluentes da nascente à foz:

MARGEM ESQUERDA:

1- Rio Napo 2- Rio Içá 3- Rio Japurá 4- Rio Piorini 5- Rio Piorini 6- Rio Negro )
7- Rio Negro 8- Rio Manacapuru 9- Rio Uatumã 10- Rio Nhamundá 11- Rio Trombetas
12- Rio Curuá 13- Rio Maicuru 14-Rio Paru 15- Rio Jari


MARGEM DIREITA:

1- Rio Javari ou Yavari 2- Rio Jandi 3- Rio Jutai 4- Juruá 5- Rio Tefé
6- Rio Coari 7- Rio Purus 8- Rio Madeira 9- Rio Tapajós 10- Rio Uruará
11- Rio Xingu

SERÁ ELA A SALVADORA DA PÁTRIA ?

Continua em chamas o rasga-toga da Justiça brasileira.

O tititi da hora é a entrevista concedida ao Estadão pela corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, na qual ela afirma que não recuará na luta por um Judiciário mais transparente.

"Eu estou vendo a serpente nascer, não posso me calar", avisa.


As declarações de Calmon são uma resposta à entrevista do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, ao programa Roda Viva, no último dia 9. Teria sido o mais duro ataque à corregedora.

E o STF está com crédito ou sem crédito?

Diante dos jogos da MEGA acumulados e outros da Caixa Econômica eu fico com um pé atrás.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ACREDITO QUE O CARIMBÓ DA SORTE SEJA MAIS SÉRIO

O prêmio da Quina acumulou e pode chegar a R$ 1 milhão no sorteio que ocorre amanhã (17/1).

Nenhuma aposta acertou as dezenas da faixa principal do concurso 2.799 realizado na noite de hoje (16/1) em Praia Grande (SP). A quadra saiu para 61 apostadores (prêmio de R$ 5,5 mil) e o terno para 4.406 apostadores (prêmio de R$ 108). Os números sorteados foram: 23 - 35 - 40 - 48-80.

Vamos dá uma refrescada na memória, vocês lembram do JOÃO ALVES? Não lembram? foi aquele deputado que disse que acertava na mega toda semana por que "deus" ajudava. Pois é!

Por que digo que o Carimbó da sorte é mais sério? na cartela do Carimbó da sorte, você escreve seus datos, telefone e coloca nº de contacto caso você ganhe o carimbó vai atras de do ganhador para pagar o prémio, recebe um selo com controle e o número da cartela, já os prémios da caixa econômica você não preenche nem seu nome isso me cheira a má fé em não querer pagar o prémio, a novela FINA ESTAMPA na figura da "PEREIRÃO" alertou para o caso.

Será que estou vendo chifre em cabeça de cavalo?

TORTURA NO BRASIL É CRIME OU NÃO É?

Durou três horas e meia o depoimento do primeiro dos cinco acusados de participar do assassinato da deputada alagoana Ceci Cunha e de três familiares em 16 de dezembro de 1998, em Maceió. José Alexandre dos Santos, conhecido como José Piaba, alegou inocência, chorou e disse ter sido torturado por policiais federais para confessar o crime.

Além disso, disse que os policiais que o torturaram eram "pessoal do (senador) Renan Calheiros (PMDB-AL)". Segundo Santos ele é amigo de outro acusado de executar o crime, Alécio César Alves Vasco, mas não conhece os outros dois, Jadielson Barbosa da Silva e Mendonça Medeiros da Silva.

O acusado alega que estava em outro município - Arapiraca, a 128 quilômetros de Maceió, quando houve o crime. "Eu teria de ser dois para ter participado", diz. Sua confissão de participação na chacina, em depoimento gravado, teria sido fruto de tortura por parte de policiais federais.

De acordo com ele, um grupo de agentes o prendeu em Sítio Novo, no Maranhão, onde passeava. De lá, teria sido levado para Imperatriz (MA), a cerca de 120 quilômetros, em uma caminhonete plotada com o logotipo de Ibama.

"Eles disseram: 'A gente é pessoal do Renan Calheiros e você está lascado, vai pegar 20 anos de cadeia'", contou o acusado. "Eles me bateram, botaram muita pressão, com armas, metralhadoras. Dei depoimento algemado. Um me batia e dizia 'fala assim, porque a gente tem de incriminar alguém' e 'alguém tem de pagar pelo crime'. Depois, falava 'a gente sabe que você não tem nada a ver, mas tem de acusar os caras'."

A defesa do acusado lembrou que Santos foi absolvido da acusação de participação no crime pela Justiça estadual. "Nunca fui condenado por nada, nunca tinha sido preso antes disso", contou. "Sou mototáxi, pai de família, nunca molhei minha mão de sangue."

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GLADIADORES DE ONTEM E DE HOJE

Provavelmente você já deve ter visto uma luta de boxe televisionada, ou uma luta mais conhecido como “vale tudo”. Certamente você já assistiu um filme da Roma Antiga toda História sobre ROMA tudo mesmo me fascina, as lutas entre gladiadores romanos, me fascina apesar de ser adepto da não violência e não me vejo práticando tal esporte, o que só difere dos dias de hoje é que não existe a eliminação fisica do outro préviamente, certamente que não. Os jogos romanos sobrevivem até os dias de hoje, como uma nova roupagem e acertos, mas ainda desperta em seus espectadores o mesmo interesse de tempos romanos.


Arenas lotadas, estádios lotados passaram mais de dois mil anos e o prazer por assistir o combate “homem a homem” continua perpetuado na sociedade moderna. Sempre tenho dito que o mundo Ocidental cópia ROMA, até nossa base Juridica é romana.

A ética cristã, não foi capaz de mudá-lo e hoje as lutas (o MMA) é um dos esportes que mais cresce em todo o mundo gerando lucros exorbitantes. Aqui deixo meu recado faremos um pequeno relato da história que não passa, que tem como parâmetro traçar um comparativo entre os gladiadores de ontem e os gladiadores de hoje, inclusive já comentado em sala de aula.



Os gladiadores tem a origem do nome na pequena espada utilizada pelos romanos os gladios, e que nos treinamento de combate usavam o gladio em madeira,claro para não ferir de morte seu adversário, só sendo permitido o combate até a morte nas arenas romanas, hoje os alunos, os cadetes a oficiais das FFAA e das PPMM no Brasil usam o espadim e depois de Oficiais é chamada de espada.

Foi entre os romanos que os combates entre gladiadores se popularizaram, tendo seu auge por volta do século II a.C. e IV d.C. Contudo, os combates homem a homem eram bem mais antigos do que se pensa. Foram os etruscos, povo que habitou o norte da península Itálica, que costumavam lutar entre servo e escravo como um ritual fúnebre com a finalidade de homenagear o morto. Certamente os etruscos acabariam por influenciar a cultura romana.


Seria em 264 a.C. realizado o primeiro combate público quando os irmãos Décimo Bruto e Marcus promoveram um combate com três duplas para homenagear o pai falecido. Um século se passou e, também para homenagear a morte de seu pai, o general Tito Flavio promoveu um torneio com 74 gladiadores que duraram três dias.


Os romanos conheceram a República e os jogos perderam seu caráter fúnebre. Agora o Estado romano financiava os combates. 105 a.C. os Cônsules Rutilo Rufo e Caio Mamilo, realizaram os primeiros jogos sob a tutela do Estado. À população os jogos agradaram e os espectadores cresceram a cada evento. Em 44 a.C. Julio César organizou evento com 300 pares de lutadores. No Império, Trajano colocaria frente a frente 5 mil gladiadores em um evento que durou 117 dias sob os olhos e a ovacionação de espectadores que lotavam as arenas, fazendo parte do projeto da política do PÃO E CIRCO.


Os jogos foram proibidos por Constantino (306-337), todavia a relatos de combates até o governo do imperador Honório (395-423). O fato é que o público existia e era fanático por aquilo, alguns historiadores comparam o fanatismo pelo futebol na atualidade ao fanatismo pela luta entre gladiadores em Roma.


Os lutadores de ontem


Diferentemente do que muitos pensam quem lutava nas arenas romanas não era somente escravo. Os chamados homens livres também se enfrentavam, bem como alguns criminosos.



Em seu grande número os escravos que combatiam eram decorrente de guerras, alugados por seus senhores para promover o espetáculo. Sendo escravos, portanto, esses homens não tinham muitas escolhas a não ser lutar e ser um campeão nas arenas. O que poderia significar conquistar da tão sonhada espada de madeira chamada de rudiarii, ou seja era a conquista da liberdade.


Durante o período da Republica romana foi muito comum o enfrentamento de homens livres, chegando a metade dos gladiadores sendo formados por eles. O mais famoso deles talvez tenha sido o grande campeão Públio Ostório que na cidade de Pompéia fez 51 combates.


Mas o que levava homens livres a se submeterem ao fio da espada? Bem, apesar de toda a insalubridade da vida de um gladiador a fama e a admiração do público, principalmente feminino, faziam do gladiador um herói. E esse apreço feminino gerou várias histórias: Eppia, mulher de um senador romano, fugiu para o Egito com um gladiador isso quem nos confirma são os registros do poeta Juvenal. Cômodo, filho de Marco Aurelho e Faustina, era de fato fruto de uma paixão dela com um gladiador.


O fato é que os combates entre homens, e entre homens e feras era muito bem quisto entre os romanos.



Os gladiadores de hoje


Os tempos mudaram e hoje nos assistimos lutas entre homens, sem regras ou com um limite mínimo, televisionadas é o Mixed Martial Arts, conhecido popularmente como “Vale Tudo”. Poucos sabem, mas o “Vale Tudo” é uma invenção brasileira grande legado da família Gracie (criadores do Jiu-jitsu brasileiro), cujo seus membros nos anos de 1950 e 1960, desafiavam praticantes de outras categorias marciais para combates que valia tudo mesmo.



Em 1993, a família Gracie levou o evento para os EUA que foi batizado de Ultimate Fighting Championship (UFC). O campeão seria aquele que vencesse o torneio de caráter eliminatório entre oito homens praticantes de qualquer luta marcial. O esporte se difundiu e devido às barbáries assistidas teve que se impor algumas regras.

Antônio Rodrigo Nogueira


O UFC foi comprado pela empresa de cassinos norte-americana Zuffa, que pertencia aos irmãos Frank e Lorenzo Fertitta. A Zuffa investiu pesado nos eventos e transformou em espetáculos televisionados. Os atletas foram divididos em categorias, foram realizados eventos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, foram criados jogos de vídeo game, brinquedos em fim, em tudo se lucrava. Um esporte que gera divisas volumosas nas bolsas de apostas. Sendo o esporte que mais cresce no mundo hoje.


Os lutadores tem prestigio e fama estando os brasileiros entre os melhores nas diversas categorias como Anderson Silva, “the Spiderman”, Atual campeão do cinturão dos Medios do UFC; Mauricio Milani Rua, o “Shogun”, Atual campeão do Médios Pesados; José Aldo da Silva Oliveira Júnior, Atual campeão dos Peso Pena do UFC, temos ainda nomes lendários que fizeram história e fama como Antônio Rodrigo Nogueira, o “Minotauro” e o Wanderlei Silva. Os dois brasileiros juntamente com o croata Mirko "Cro Cop" Filipović foram os homens mais perigosos das arenas durante vários anos.


Mas o maior de todos os tempos para vários especialistas em MMA é o russo Fedor Vladimirovich Emelianenko "The Last Emperor". O último imperador como é chamado pelos fãs pode ser comparado ao grande campeão romano Públio Ostório.

Portanto, podemos concluir que o MMA é um dos esportes que mais cresce em todo mundo. Uma contradição em meio a uma sociedade ocidental pautada pela ética cristã que condena a violência. Os gladiadores de hoje, bem como os de ontem, tem fama e prestigio sendo ovacionados por multidões quando entram nas arenas octogonais cercadas por arame. No passado as lutas tinham uma função política, fazendo parte do "panis et circenses" e acabavam, geralmente, com a morte do perdedor; os gladiadores lutavam por suas vidas, pela liberdade. Os combates de hoje estão inseridos na ótica capitalista de lucrar; não se luta pela liberdade ou pela vida, se luta por dinheiro e o evento é formidavelmente lucrativo e felizmente não mais acaba em mortes. Despertando novos e antigos adeptos assim como é o futebol de modo geral controlado e dirigido por poucos que lucram e muito para satisfazer a vontade de uma maioria que não mede esforços em pagar ingressos que vai encher os bolsos daqueles que sabem que o humano de hoje é igual o de antigamente e vejo o passado presente nos dias de hoje.

domingo, 15 de janeiro de 2012

SE NÃO INOVAR PERDE FIEIS

Católicos reagem contra os 'sermões' sem sabor

Ministro da Cultura do Vaticano adverte para conteúdo da pregação dos padres na homilia, as missas são sonoletas e poucos padres ou diáconos conseguem chamar a atenção para o momento máximo da igreja católica.


Fieis da Igreja Católica se esforçam em missas diárias para entender às homilias de padres, os populares "sermões", que acontecem em todas as celebrações, após a leitura de passagens do Evangelho e do Antigo Testamento. Consideradas por muitos católicos a parte mais cansativa da missa, o que deveria ser ensinamento espiritual acaba se materializando em sono, desatenção e desleixo entre os fieis, fato também observado pela própria igreja em 2011, quando o ministro da Cultura do Vaticano, cardeal Gianfranco Ravasi, chamou a atenção de padres de todo o mundo, ao declarar que as homilias carecem de conhecimento cultural, intelectual e espiritual, classificando os sermões de "incolores, inodoros e sem sabor".

Os apontamentos feitos pela Santa Sé e por outros pesquisadores da Igreja podem ser notados em celebrações diárias na capital paraense. Uma missa, realizada diariamente em um bairro portuário da capital paraense, é sintoma da morosidade das celebrações e seus reflexos entre a população católica.

Não adianta querer fazer celebração diária, terá poucos presentes. Mesmo que o templo tenha capacidade para centenas de pessoas, ficará algumas fileiras ocupadas. E a presença de jovens será minima, devido a vários fatores.

A homilia proferida durante a missa já não chama tanto atenção e não desperta o interesse dos jovens, pois os tempos são outros e a juventude gosta de inovação de espetáculo, de dramatização, de encenação teatral ou mesmo circense.

Alguns dirigentes espirituais insistem no tradicional, com essa teimosia perdem fieis aos milhares para outra denominações que inovam e vão justamente agradar os anseios de jovens e adultos que vão a Igreja em busca de respostas para suas pertubaçõe e incomodações digamos assim algo mais picante novo.

Sempre acontece a insistência, em seguir o rito conforme o escrito apresento exemplo: primeira leitura e o relato do Evangelho, tudo bem que são procedimentos corretos, mas acontece que muitas das vezes são feitas leituras monotonas que não despertam a atenção dos fiéis em sua maioria, que devido a falta de entusiasmo de seus leitores e em seguida os comentários muitas das vezes inaudiveis ou mesmo em descompaso com a própria leitura acredito que leva ao desinteresse do distinto público.

As homilias de Belém e até de Roma, na Itália, já foram observadas pelo padre italiano Cláudio Pighin, que também é jornalista. Ele, que é doutor em teologia, com mestrado em missiologia e comunicação, foi o autor do livro "Homilética e Comunicação", junto de Jax Nildo Aragão Pinto. O religioso também realizou estudo com jovens seminaristas, buscando aprimorar a desenvoltura na hora de esclarecer os cristãos acerca do Evangelho. "Os seminaristas tinham que fazer uma homilia de três minutos em frente à câmera. Depois, todos faziam observações para melhorar", "Vários padres ainda se lembram disso, que esse de trabalho marcou a vida deles de como fazer uma boa pregação".

Na homilia vemos dificuldades para comunicar e interagir com o público. O padre ou dirigente pode fazer uma homilia até interessante, mas pode ser que não seja comunicativa, não atinja os fieis", Isso vai desde a linguagem utilizada, capacidade de dialogar com os públicos, dicção, arte oratória. Tudo é uma questão de interação o que raramente acontece na Igreja católica.

No momento contemporâneo, cada vez mais há a tendência a "descristianização em massa", além da formação comunicativa, os padres precisam de preparação no conteúdo que ministrarão tendo conhecimento do apresentado e sempre tem. Os padres precisam se preparar bem antes do ínicio da missa. Muitas vezes o conteúdo não é bem manifestado porque não houve a devida preparação, acredito devido o corre corre de suas diversas atribuições e a procura constante de seus auxiliares na Igreja que tomam grande parte do precioso tempo, muitas das vezes com coisas banais que poderiam muito bem ser resolvido por eles mesmos.

Com demandas cada vez mais intensas nascendo na sociedade, a Igreja deve ser um baluarte a guardar os fieis, e "as homilias são oportunidades de o catolicismo responder aos anseios que as pessoas levam às missas". O que corrobora a orientação do Vaticano aos sacerdotes, não devem se privar de falar sobre assuntos que "perturbem, questionem e causem preocupação". "As pessoas levam a própria vida, seus anseios, as alegrias, as tristezas, as dificuldades para a igreja. E essa homilia tem que ter a capacidade de disseminar a ação do Espírito Santo para dar uma resposta às pessoas", assim nos ensina padre Cláudio. "Precisamos aumentar a competência comunicativa e a experiência espiritual. É aí que precisamos de estudo e oração".

Segundo o Padre Cláudio, em tempos de grandes espetáculos religiosos e líderes espirituais que arrebatam corações com seus discursos.

Outras denominações encenam e dramatizam coisas simples e inventadas que prendem atenção do público, já precensiei por duas vezes contarem a mesma história de forma dramatica, uma foi contada por um padre e o mesmo "fato" por um pastor. O dirigente dizia: "O homem tinham pouco dinheiro no bolso e estava atento nas palavras de quem dirigia no caso do padre a missa e no caso do pastor lógico o culto, e deveria doar seu dinheiro tudo e ter fé, que tinham a sua espera um carro luxuoso a sua espera do jeito que sonhava e não podia comprar, mas o carro estava lhe esperando. no dia seguinte ao abrir o jornal estava lá no caderno de compra e venda, um carrão por apenas R$ 1,00 não acreditou no que estava vendo poderia muito bem ser erro de digitação de quem mandou imprimir, estava endereço e o número do telefone, incredulo no que estava lendo, mesmo assim ligou, sem acreditar, uma voz feminina do outro lado atendia e confirmava que era verdade o carro estava na garagem a mais de 6 meses e não havia aparecido comprador e contou que seu esposo havia falecido e deixou a viúva em situação privilegiada financeiramente, entretanto apareceu uma mulher se dizendo ter sido amante do falecido e o juiz determinou que a viuva vendesse o carro e desse a metade do dinheiro a amante, e ela pra se vingar do marido e da amante estava vendendo por R$ 1,00 e assim fez obedeceu a ordem judicial e deu R$ 0,50 para a amante do falecido".


Sou filho de diácono da igreja Católica Apostólica Romana, e ele tem uma voz de trovão que chama atenção dos fiéis, hoje está se recuperando de uma angioplástia e esta incomodado e ansioso para voltar a pregar o bom sermão.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

29 DE FEVEREIRO

O ano de 2012 tem uma peculiaridade: será bissexto. Na prática, significa que mais um dia será acrescentado aos 365. O mês de fevereiro irá até o dia 29, uma quarta-feira. A cada quatro anos isso ocorre para manter o calendário anual ajustado com a translação da Terra e com os eventos sazonais, relacionados às estações do ano.

Oficialmente, o dia 29 de fevereiro, embora ocorra apenas a cada quatro anos, é tratado como uma data igual às outras pelos cartórios de registros. No entanto, os aniversariantes do dia 29 de fevereiro consideram-se privilegiados.

366 DIAS

A expressão “ano bissexto” surgiu com a implantação do Calendário Juliano, no ano de 45 a.C., definindo alterações no Calendário Gregoriano – que é adotado pela maioria dos países no mundo, principalmente os ocidentais.

Para os estudiosos da astronomia, a análise sobre o ano bissexto é mais complexa. O ano representa o período em que a Terra completa uma órbita ao redor do Sol. Em seguida, ela retorna ao mesmo lugar no espaço.

Essa volta da terra é chamado de “ano solar”, com duração de 365,242199 dias, ou seja, cerca de seis horas mais longo do que nosso atual ano civil, que dura 365 dias – isso multiplicado por quatro equivale a 24 horas ou um dia. No no ano 238 a.C., os egípcios propuseram a intercalação de um dia no calendário, após 4 anos.

Já houve tentativa no Ocidente de corrigir a defasagem causada pelos calendários com 365 dias inteiros foi adotada no governo romano de Júlio César, em 46 a.C. Na ocasião, foi criado o Calendário Juliano.

No entanto para corrigir a distorção n tempo houve outra reforma mais profunda nos sistemas de contagem do tempo a partir do Calendário Gregoriano – no período do Papa Gregório XIII, em 1582 da era Cristã, daí o nome do calendário.

domingo, 8 de janeiro de 2012

MEU HERÓI MEU AMIGO DE FÉ CAMARADA

O ÚLTIMO DOS MOICANOS
A INFÂNCIA

Um caboclo do interior do estado, menino oriundo de família humilde de pai e mãe lutadores que vieram do CEARÁ, radicaram-se em ANHANGA hoje município de SÃO FRANCISCO DO PARÁ, anteriormente pertencia a CASTANHAL, desde sua tênue idade já começava a trabalhar para ajudar no sustento da família, trabalho esse que lhes rendia sustos e carreiras, constantemente tinha que esta correndo com tabuleiro com bananas que vendia, fruto da produção da roça de sua mãe, corria para não pagar a passagem do TREM o fiscal cobrador da linha férrea na estrada férrea de Bragança no Km 95, o perseguia, mas nunca, nunca mesmo conseguia alcançá-lo o moleque era arisco chegava a pular do trem ainda em movimento sem deixar cair as bananas do tabuleiro.

A LUTA

A luta pela sobrevivência era uma batalha diária, uma vez que o mundo velho a EUROPA estava sendo destroçada pela doidivana hitlerista, derrotado Hitler e com o fim da II guerra, o jovem continuava a luta diária e nunca deixou de lutar, pois a mais árdua das missões estava por vir.

Passado essa fase, já pós-adolescente conseguiu um serviço de jardineiro, no antigo educandário EUNICE WEAVER, sem nunca ter sido artífice da jardinagem era a luta pela sobrevivência uma maneira honesta e honrada de ganhar a vida, no educandário EUNICE WEAVER, lá encontraria a árvore inesquecível de sua vida e aqui estão seus frutos, na figura de filhos, netos e bisnetos, não podemos deixar de falar e esquecer as noras, bravas mulheres que garantiram a perpetuação da raça humana e o nome da família SILVA (RAIMUNDA) e CAMPOS (LUCINO).

A CARRASCA

O educandário EUNICE WEAVER, tinha como administradora a freira madre superiora irmã ZENÓBIA PINTO QUEZADO, que marcava serrado o garboso e suado jardineiro, sempre o observava se realmente estava fazendo seu devido serviço ou se estava olhando as jovens costureiras entre elas as irmãs de sangue MUNDICA/ADELAIDE/MARIA DE LOURDES.
De nada adiantou os olhares atentos da irmã ZENÓBIA, Mundica permitia que o jardineiro se aproximasse e lhes tocasse a mão o que na época já era um grande atrevimento, e ele aproveitava para fazer galanteios e entregar pequenos bilhetes em um deles dizia: “você é o balsame da minha vida” e ela sorrindo lhes dava um copo com leite que era seu lanche (a merenda).
Irmã ZENÓBIA policiava e muito o jovem jardineiro que também era observado pelas irmãs da mundica sempre estavam atentas a qualquer movimento do jardineiro.
ABUSO DE PODER

O irmão mais velho LUIS trabalhava na Municipalidade LIMPEZA PÚBLICA e para lá também foi o veloso jardineiro, na Alcindo Cacela exercia o controle de entrada e saída dos veículos, certo dia um major PM aposentado que administrava aquele setor da prefeitura determinou que o jovem juntamente com LUIS seu irmão e mais um colega de trabalho o Marambaia, fosse apanhar cinza e entulhos para aterrar um terreno particular de propriedade do administrador na Soares Carneiro, sobre protestos e reclamações foi realizar a tarefa, em pleno fim de semana e dia de sua folga, na semana seguinte foi novamente determinado a realizar o trabalho que não condizia com sua função, desta feita se recusou pois, considerava abuso de poder e foi PUNIDO com 8 dias de suspensão. Entretanto no decorrer do cumprimento da punição se dirigiu ao quartel da PM na Gaspar Viana onde funcionava a Companhia de Guarda e o comando geral da PM, lá foi recebido pelo Cel. VIANA Tesoureiro geral da PM foi encaminhado até ao alfaiate para tirar as medidas da farda por que no dia seguinte já estaria em treinamento para ser incorporado nas fileiras na PM isso no ano de 1953 uma sexta feira e no domingo já estava de serviço de plantão de alojamento, entrou como soldado PM seguiu carreira militar, onde permaneceu por 35 anos.

O INOVADOR

Na década de 60 já era bastante conhecido no futebol paraense onde atuou em diversos clubes, acompanhou a Comissão da UFPA que participou de jogos Olímpicos na capital Federal, ao retornar fundou seu próprio clube de várzea o DUQUE também conhecido como LEÃOZINHO DA DUQUE, foi também dono de aparelhagem sonora. Seu primeiro carro foi uma rural azul e branca que fazia a alegria dos filhos e de seus amigos na condução para o grupo escolar Paulino de Brito e Donatila Lopes.

O GRANDE PASSO

Quando esposou Mundica, com poucos meses de casados tomou para si a responsabilidade de criar dois sobrinhos JOSÉ MARIA e PEDRO PAULO ( este já falecido), que os tem como filhos, homem versátil, corajoso, casou-se uma única vez, manteve seu juramento com sua inesquecível amada, com quem teve cinco filhos, cumprindo o evangelho crescei e mutiplicai, corajosamente adotou mais uma filha DÉA.

Já na PM inquieto como sempre foi, participou do curso de cabo enfermeiro, foi de soldado a última graduação de praça na PM, enfermeiro militar, massagista do time Julio Cesar, pedreiro, mecânico, taxista e hoje DIÁCONO DA IGREJA CATÓLICA APOSTOLICA ROMANA E FIEL A JESUS.

Quando jardineiro já plantava o futuro e cuidava de sua árvore mais preciosa e inesquecível, como militar combateu o bom combate em defesa da Pátria e a garantia da tranqüilidade nacional, a Revolução de 1964 faz parte de sua história militar/bem como a Guerrilha do Araguaia, não deixou que o poder fosse tomado pelas armas, dias difíceis aqueles de combate nas matas do sul e sudeste paraense, como massagista fez andar pessoas entrevadas, como pedreiro construiu várias casas de amigos, parentes e a sua própria que até hoje estão em pé lá na Duque de Caxias, como enfermeiro chegou a fazer cirurgia inclusive em uma de suas noras, extração de projétil, partos e tantos outros procedimentos, como mecânico consertava seu próprio carro e de amigos, como taxista deu sua parcela de colaboração para o crescimento de Belém, sempre tinha dois empregos, não aceitou a divisão do Pará, apesar de não ter votado, devido ter ficado hospedado, para descansar uns dias, foi dá um tempo em um spar em um hotel dentro da cidade o INCOR , e hoje é motivo de nossas alegrias e é pescador de almas.

Em suma foi e é um grandioso pai amigo/avô/bisavô.

sábado, 7 de janeiro de 2012

4.447 MOTIVOS PARA PEDIR MINHA APOSENTADORIA

Tenho quase 4.500 motivos para pedir minha aposentadoria e construir minha própria escola baseada nas teorias de platão.

Em que ele acredita serem as Idéias Perfeitas o extrato da realidade, enquanto que o sensível (o que podemos sentir, usando os sentidos), que nos é dado pelo corpo, é um elemento que verdadeiramente atrapalha nosso espírito no conhecimento das Idéias Puras.

E não o que é posto oficialmente e está levando ao fracasso de grande parte de nossa juventude.

A escola que penso tem que ter educação ESPARTANA.

Feliz 2012 a todos.

SERÁ MESMO?

PMs podem parar atividades

Edição de 07/01/2012 (Jornal Amazônia)


Líderes dizem que categoria planeja cruzar os braços para exigir reajustes, mas comando afirma desconhecer tensão

A ameaça de greve bate à porta da Polícia Militar do Pará. Ontem, circularam informações não oficiais de uma convocação de soldados, cabos e sargentos para cruzar os braços no próximo dia 19. O Comando da PM no Estado disse desconhecer essa movimentação. Nem todas as 13 instituições que representam os policiais militares e bombeiros no Estado estão envolvidas na mobilização. O dirigente de uma dessas associações, ouvido pela reportagem, não concorda com o movimento paredista, mas confirmou que existe uma movimentação, cuja finalidade, segundo ele, "é desestabilizar o governo estadual". Já a liderança de outra associação afirmou que os PMs do Pará estão se movimentando com os de outros estados para uma greve nacional, sem confirmar a data de convocação que vazou ontem.

A Polícia Militar é proibida de fazer greve por força de lei, mas a greve de seis dias da PM do Ceará, que gerou avanços para o segmento, serve de modelo a militares de todo o País. "A greve está sendo discutida em Roraima, no Rio de Janeiro, Goiás, Brasília e Minas Gerais", disse uma fonte. No caso da greve se concretizar no Pará, o governo do Estado poderá requerer a Força Nacional e o Exército para suprir a Segurança Pública, como ocorreu no Ceará. "O Pará tem o 23º menor salário do País. É o salário mais baixo das regiões Norte e Nordeste, perdemos até para o Maranhão", afirma.

Um dos principais nós na questão salarial da categoria paraense é o soldo (salário) do soldado que, em 2006, passou a ser regulado ao salário mínimo. Como a mesma regra não contempla o chamado escalonamento vertical, ou seja, não prevê dispositivo idêntico às patentes superiores, o salário dos soldados vai superando os de cabos e sargentos. Segundo um dirigente de associação, o soldo do soldado passa a valer R$ 622,00 com o reajuste do mínimo que passou a vigorar em 1º de janeiro, enquanto que o soldo do cabo está em R$ 545,00. Outra fonte revelou que, hoje, o soldo do sargento é apenas R$ 50,00 maior que o do cabo.

Uma das lideranças reclama que a categoria não vai aguentar esperar até a data-base, que é abril, para resolver esse problema. A situação exigiria que o Estado concedesse reajuste à PM e aos bombeiros superior ao índice inflacionário dos últimos 12 meses, passando a acompanhar a evolução do salário mínimo, que foi de 13,5%. "Todos os estados estão se movimentando e o Pará não pode ficar de fora", diz uma fonte. Além do soldo, os militares e bombeiros recebem 50% de adicional de risco de vida, 20% de auxílio moradia, 20% de indenização de tropa, R$ 325,00 de auxílio-alimentação e um adicional por localidade especial, que varia conforme a lotação do policial.

"Em abril é que o negócio vai pegar", diz fonte sobre mobilização

A categoria também está de olho em melhores condições de trabalho e na valorização profissional. Segundo os policiais, o Pará também tem um dos maiores índices de morte de militares, com 20 a 25 PMs mortos por ano, sendo que a maioria é assassinada fora do expediente, quando está prestando serviços de segurança a particulares, mais conhecidos como "bicos".

"Em abril (data-base) é que o negócio vai pegar. Isso eu posso garantir. Esperamos que a resposta do governo contemple a categoria. Existe o limite (para gasto com pessoal) da Lei de Responsabilidade Fiscal e as outras categorias também têm necessidades, mas a gente precisa avançar porque é a PM que cuida da vida das pessoas. A maioria dos militares mora na periferia, em condições ruins e sob risco, pois está nas mesmas áreas que os traficantes e bandidos. Além disso, é alto o índice de estresse (entre a categoria). O Pará é um dos estados mais violentos do País. É necessário que o policial faça ‘bicos’ para sobreviver, porque só com o soldo não consegue sustentar a família", justificou um informante.

Em nota, a PM declarou o seguinte: "O Comando da Polícia Militar do Pará não tomou conhecimento de quaisquer movimentações grevistas por parte de sua tropa, bem como não identificou tensões envolvendo o aumento do salário mínimo, deixando de manifestar-se a respeito da política salarial por ser assunto alheio às competências do Comando da corporação".

Lamentavelmente o Comando sempre se posisiona a favor do Estado, em situações como essa devido não querer perder as gratificações e mordomias incluidos os DAS, mais quando estão na reserva querem levantar bandeira de luta e possar de paladino. Contudo a tropa esta sempre atenta atraves da "rádio cipó" e não se deixam enganar fácilmente.

domingo, 1 de janeiro de 2012

FEUDALISMO

A jovem SAFIRA em SOURE é uma jovem simpatissima conforme já relatei em agosto/11 "MARAJORA" em plena festa de fim de ano, diferente de muitas jovens de sua idade nessa época em que normalmente deixam os estudos para segundo plano.

SAFIRA, em plena noite de passagem de ano em conversa comigo e sempre muito curiosa e ávida por conhecimento, muito gentil e muito educada fez-me indagações a cerca do feudalismo, diante de rápida explanação me comprometi a explanar conforme segue abaixo:

O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média.

Segundo o teórico escocês do Iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e sucedido pelo capitalismo em certas regiões da Europa. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei lhas dava. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal.


O feudalismo tem suas origens no século IV a partir das invasões germânicas (bárbaras) ao Império Romano do Ocidente (Europa).

Com a decadência e a destruição do Império Romano do Ocidente, por volta do século V d.C. (de 401 a 500), em decorrência das inúmeras invasões dos povos bárbaros e das péssimas políticas econômicas dos imperadores romanos, várias regiões da Europa passaram a apresentar baixa densidade populacional e ínfimo desenvolvimento urbano.

O esfacelamento do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras, ocorridas em diversas regiões da Europa, favoreceram sensivelmente as mudanças econômicas e sociais que vão sendo introduzidas e que alteraram completamente o sistema de propriedade e de produção característicos da Antiguidade principalmente na Europa Ocidental. Essas mudanças acabam revelando um novo sistema econômico, político e social que veio a se chamar Feudalismo. O Feudalismo não coincide com o início da Idade Média (século V d.C.), porque este sistema começa a ser delineado alguns séculos antes do início dessa etapa histórica (mais precisamente, durante o início do século IV), consolidando-se definitivamente ao término do Império Carolíngio, no século IX d.C.

Em suma, com a decadência do Império Romano e as invasões bárbaras, os nobres romanos começaram a se afastar das cidades levando consigo camponeses (com medo de serem saqueados ou escravizados). Já na Idade Média, com vários povos bárbaros dominando a Europa Medieval, foi impossível unirem-se entre si e entre os descendentes de nobres romanos, que eram donos de pequenos agrupamentos de terra. E com as reformas culturais ocorridas nesse meio-tempo, começou a surgir uma nova organização econômica e política: o feudalismo.

Características gerais do feudalismo são: poder descentralizado, economia baseada na agricultura de subsistência, trabalho servil e economia amonetária e sem comércio, onde predomina a troca (escambo). Tudo isso só será modificado com os primeiros indícios das Revoluções Burguesas.

A sociedade feudal era composta por três estamentos (mesmo que grupos sociais com status praticamente fixo, não se pode dizer que a mudança de classe social não existia, pois alguns camponeses tornavam-se padres e passavam a integrar o baixo clero, por exemplo, mas essa mudança era rara e um servo dificilmente ascenderia à outra posição): os Nobres (guerreiros, bellatores), o Clero (religiosos, oratores), e os servos (mão de obra, laboratores). O que determinava o status social era o nascimento. Havia também a relação de suserania entre os Nobres, onde um nobre (suserano) doa um feudo para um outro nobre (vassalo). Apresentava pouca ascensão social e quase não existia mobilidade social (a Igreja foi uma forma de promoção de mobilidade.

O clero tinha como função oficial rezar. Na prática, exercia grande poder político sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre a religião e a política era desconhecido. Mantinham a ordem da sociedade evitando, por meio de persuasão e criação de justificativas religiosas, revoltas e contratações camponesas.

A nobreza (também chamados de senhores feudais) tinha como principal função a de guerrear, além de exercer considerável poder político sobre as demais classes. O Rei lhes cedia terras e estes lhe juravam ajuda militar (relações de suserania e vassalagem).

Os servos da gleba constituíam a maior parte da população camponesa: estavam presos à terra, sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestarem serviços à nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar. Embora geralmente se considere que a vida dos camponeses fosse miserável, a palavra "escravo" seria imprópria. Para receberem direito à moradia nas terras de seus senhores, juravam-lhe fidelidade e trabalho. Por sua vez, os nobres, para obterem a posse do feudo faziam o mesmo juramento aos reis.

Os Vassalos oferecem ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.

Economia e prosperidadeA produção feudal própria do Ocidente europeu tinha por base a economia agrária, de escassa circulação monetária, auto-suficiente. A propriedade feudal pertencia a uma camada privilegiada, composta pelos senhores feudais, altos dignitários da Igreja, (o clero) e longínquos descendentes dos chefes tribais germânicos. As estimativas de renda per capita da Europa feudal a colocam em um nível muito próximo ao mínimo de subsistência..

A principal unidade econômica de produção era o feudo, que se dividia em três partes distintas: a propriedade individual do senhor, chamada manso senhorial ou domínio, em cujo interior se erigia um castelo fortificado; o manso servil, que correspondia à porção de terras arrendadas aos camponeses e era dividido em lotes denominados tenências; e ainda o manso comunal, constituído por terras coletivas - pastos e bosques - , usadas tanto pelo senhor quanto pelos servos.

Devido ao caráter expropriador do sistema feudal, o servo não se sentia estimulado a aumentar a produção com inovações tecnológicas, uma vez que tudo que produzia de excedente era tomado pelo senhor. Por isso, o desenvolvimento técnico foi pequeno, limitando aumentos de produtividade. A principal técnica adaptada foi a de rotação trienal de culturas, que evitava o esgotamento do solo, mantendo a fertilidade da terra.

Para o economista anarco-capitalista Hans Hermann Hoppe, como os feudos são supostamente propriedade do Estado (neste caso, representado pelos senhores feudais), o feudalismo é, consequentemente, considerado por ele como sendo uma forma de manifestação socialista - o socialismo aristocrático (servismo).

Tributos e impostos da épocaAs principais obrigações dos servos consistiam em:

Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana;

Talha: parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre, geralmente um terço da produção;

Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes;

Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça);

Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;

Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;

Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;

Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, regra também válida para quando um parente do nobre iria casar. Todo casamento que ocorresse entre servos deveria ser aceito pelo suserano. No sul da França, especificamente, o Senhor poderia ou não determinar que a noite de núpcias de uma serva seria para o usufruto dele próprio e não do marido oficial. Tal fato era incomum no restante da Europa, pois a igreja o combatia com veemência;

Mão Morta: era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família;

Albermagem: obrigação do servo em hospedar o senhor feudal caso fosse necessário.
Muitas cidades europeias da Idade Média tornaram-se livres das relações servis e do predomínio dos nobres. Essas cidades chamavam-se burgos. Por motivos políticos, os "burgueses" (habitantes dos burgos) recebiam frequentemente o apoio dos reis que, muitas vezes, estavam em conflito com os nobres[7]. Na língua alemã, o ditado Stadtluft macht frei ("O ar da cidade liberta") ilustra este fenômeno. Em Bruges, por exemplo, conta-se que certa vez um servo escapou da comitiva do conde de Flandres e fugiu por entre a multidão. Ao tentar reagir, ordenando que perseguissem o fugitivo, o conde foi vaiado pelos "burgueses" e obrigado a sair da cidade. Desta maneira, o servo em questão tornou-se livre.

Ascensão e queda do sistemaO feudalismo europeu apresenta, portanto, fases bem diversas entre o século IX, quando os pequenos agricultores são impelidos a se proteger dos inimigos junto aos castelos, e o século XIII, quando o mundo feudal conhece seu apogeu, para declinar a seguir.

No século X, o sistema ainda está em formação e os laços feudais unem apenas os proprietários rurais e os antigos altos funcionários ou Ministeriais - administradores da propriedade feudal em nome de um senhor -, dos quais destacamos os Bailios (tomavam conta de uma propriedade menor) e os Senescais (supervisionavam os vários domínios de um mesmo senhor). Entre os camponeses existiam homens livres - os Vilões - com propriedades menores independentes. A monarquia feudal não apresenta a rigidez que caracterizaria o regime monárquico posteriormente e a ética feudal não está plenamente estabelecida.

Entretanto, a partir do ano 1000 até cerca de 1150, o Feudalismo entra em transformação: a exploração camponesa torna-se intensa, concentrada em certas regiões superpovoadas, deixando áreas extensas de espaços vazios; surgem novas técnicas de cultivo, novas formas de utilização dos animais e das carroças, o que permitiu a produção agrícola garantir um aumento significativo, surgindo, assim, a necessidade de comercialização dos produtos excedentes. Esse renascimento do comércio e o consequente aumento da circulação monetária, reabilita a importância social das cidades e suas comunas. Com as Cruzadas, esboça-se uma abertura para o mundo, quebrando-se o isolamento do feudo.

O restabelecimento do comércio com o Oriente Próximo e o desenvolvimento das grandes cidades, começam a minar as bases da organização feudal, na medida em que aumenta a demanda de produtos agrícolas para o abastecimento da população urbana. Isso eleva o preço dessas mercadorias, permitindo aos camponeses maiores fundos para a compra de sua liberdade. Não que os servos fossem escravos; com o excedente produzido, poderiam comprar de seus senhores lotes de terras e, assim, deixar de cumprir suas obrigações junto ao senhor feudal. É claro que esta situação poderia gerar problemas já que, bem ou mal, o servo vivia protegido dentro do feudo e, para evitá-los, tornavam-se comerciantes ou iam morar em burgos, dominados por outros tipos de senhores, desta vez, comerciais[4]. Ao mesmo tempo, a expansão do comércio cria novas oportunidades de trabalho, atraindo os camponeses para as cidades.

Tais acontecimentos, aliados à formação dos exércitos profissionais — o Rei, agora, não dependeria mais dos serviços militares prestados por seus vassalos —, à insurreição camponesa, à peste, à falta de alimentos decorrente do aumento populacional e baixa produtividade agrária, contribuíram para o declínio do feudalismo europeu[6]. Na França, nos Países Baixos e na Itália, seu desaparecimento começa a se manifestar no final do século XIII. Na Alemanha e na Inglaterra, entretanto, ele ainda permanece mais tempo, extinguindo-se totalmente na Europa ocidental por volta de 1500. Em partes da Europa central e oriental, porém, alguns remanescentes resistiram até meados do século XX, como, por exemplo, a Rússia, que só viria a se libertar dos resquícios feudais com a Revolução de 1917.

Portanto minha cara SAFIRA o feudalismo foi um sistema de governo anterior ao capitalismo, e foi substituido pelo capitalismo devido não esta bem estruturado como está o capitalismo, até ceto ponto podemos dizer que o senhor feudal foi tolo e inocente, devido não dá muita importância a ouro ou dinheiro e praticava o escambo, o que importava para o senhor feudal era a propriedade terra, pois a terra era mãe e produzia o nescessário para o consumo da pessoas.

Não se pode considerar o feudo autosuficiente, o feudo não produzia tudo a exemplo podemos citar: O sal, as ferramentas para trabalhar o agrário, etc...

Já encontrei alguns livros mas antigos que seu autor afirmava que o Brasil colônia foi feudal, se você encontrar alguma referência nesse sentido desconsidere pois a colônia portuguesa que hoje chamamos de Brasil foi uma sociedade escravocrata, e no mundo feudal não se tinha uma relação de trabalho nem de escravidão e sim tão somente uma relação de servidão, uma relação servil, o vassalo estava comprometido apenas com a terra e preso apenas ao juramento defender a propriedade e a familia do suserano, podendo sair do feudo a qualquer tempo que desejase, o juramento de fidelidade não implicava dizer que o vassalo não conspirava contra o suserano, não õpodemos dizer que o senhor feudal dormia tranquilamente sem preocupações.

Espero ter contribuido e satisfeito suas curiosidades a cerca do assunto.